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Após uma troca de tiros que resultou na morte de um miliciano na Zona Oeste do Rio de Janeiro, mais de 27 ônibus foram incendiados na capital carioca, nesta segunda-feira (23). Os ataques seriam em represália à morte do criminoso que era apontado como o número 2 da milícia liderada pelo seu tio, conhecido como Zinho.

Outros veículos e alguns pneus também foram incendiados, fechando diversas avenidas em bairros como Recreio, Campinho, Santa Cruz, Campo Grande, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Inhoaíba e Barra. Até a Avenida Brasil, a principal via expressa do Rio, chegou a ser fechada.

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Às 16h50, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio comunicou que o município entrou em estágio de mobilização devido aos ataques ao transporte público. Esse estágio é considerado o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto em todas as regiões da cidade.

“Veículos foram incendiados em diversas vias da zona oeste do Rio. Diante disso, há impactos em vários bairros daquela área. O estágio de mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade. Há possibilidade de nova mudança de estágio devido à chuva e/ou outros fatores”, diz o Centro de Operações. 

A MobiRio, que opera o sistema BRT, informou que estão circulando, no corredor Transoeste, somente as linhas 13 (Alvorada x Mato Alto - Expressso), 25 (Alvorada x Mato Alto - Parador) e 22 (Jd. Oceânico x Alvorada - Parador). 

Outros transtornos 

Para manter a segurança da população, aulas foram suspensas em mais de 30 escolas públicas das áreas de conflitos. Em algumas instituições, estudantes e professores permaneceram nos colégios para se protegerem das violências.

Além disso, os impactos da ação criminosa também refletiu no trânsito da cidade. No final da tarde, foram registrados 58 quilômetros de congestionamentos, o dobro da média, que é de 29 quilômetros, das últimas três segundas-feiras deste mês.

 Morte do miliciano 

Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, foi assassinado em uma troca de tiros com a Polícia Civil na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste do Rio, nesta segunda-feira. Ele era considerado como o número 2 da milícia liderada pelo seu tio, chamado na região de Zinho. O criminoso é o terceiro da família a morrer em confrontos com policiais.

Durante o tiroteio, um garoto de 10 anos foi atingido de raspão, segundo testemunhas. A criança foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Paciência, e liberada após atendimento médico.

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