Um incêndio ocorrido na madrugada desta segunda-feira em uma mesquita no meio-oeste dos Estados Unidos devastou o templo e levantou suspeitas de mais um crime de ódio no país apenas um dia depois de um atentado contra um templo sikh.
Não há informações sobre vítimas do incêndio que devastou o Centro Islâmico de Joplin, no Estado norte-americano de Missouri. Os bombeiros e a polícia foram chamados por volta das 3h40 locais, segundo a divisão da polícia federal dos EUA (FBI, por sua iniciais em inglês) em Kansas City.
##RECOMENDA##
"O prédio foi devastado", declarou Sharon Rhine, porta-voz do xerife do condado de Jasper. "Ninguém foi preso. O caso não será chamado de crime de ódio sem que surjam mais informações ou até que alguém venha a ser indiciado", disse ela.
Pouco mais de um mês atrás, em 4 de julho, uma pessoa não identificada atirou uma bomba caseira no telhado da mesma mesquita, mas o ataque não resultou em danos consideráveis.
"Se ficar determinado que foi um ataque intencional, vamos investigar para saber se há alguma relação entre o incêndio e o episódio de 4 de julho", disse Bridget Patton, porta-voz do FBI.
O Centro Islâmico de Joplin é frequentado pela comunidade muçulmana local, composta de cerca de 125 pessoas. O templo foi fundado em 2007. Desde então, o local já foi alvo de diversos ataques, afirma Navid Zaidi, que já integrou o grupo de administradores da mesquita.
"Nosso letreiro foi incendiado, nossa caixa de correios foi destruída várias vezes, já atiraram no nosso letreiro", relatou Zaidi, de 47 anos. "Nos 27 anos em que estou nos Estados Unidos, não me lembro de ter visto os autores desses ataques serem presos", denunciou.
Ontem, um ex-militar norte-americano aparentemente ligado a neonazistas abriu fogo em um templo da comunidade sikh em Wisconsin. No atentado, Wade Michael Page, de 40 anos, assassinou seis pessoas antes de ser morto por um policial. As informações são da Dow Jones.