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Nessa terça (16), a justiça publicou sentença que condenou o advogado Gil Teobaldo de Azevedo a 1 ano e 10 meses de cadeia por caluniar o Sub-Procurador Geral da República, Francisco Rodrigues dos Santos Sobrinho. O condenado já havia se envolvido em várias outras confusões, entre elas, a defesa pública de um homicídio e a divulgação de uma carta homofóbica durante eleições da OAB-PE.

O juiz federal Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho, da 13ª vara, decidiu que o advogado “imputou gratuitamente e sem fundamento, crime a terceiro”. O processo aponta que Gil Teobaldo acusou o sub-procurador de cometer crimes contra o erário e improbidade funcional, o que não ficou provado.

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O condenado é pai de José Ramos Lopes Neto, preso em outubro de 2012 pelo assassinato de Maristela Just e pela tentativa de assassinato de um de seus filhos Naldo Just e do cunhado Ulisses Just. Na ocasião, até o FBI foi acionado para auxiliar na prisão do homicida.

Por declarações públicas de apoio ao assassinato cometido pelo filho, o advogado Gil Teobaldo foi processado administrativamente pela OAB/PE, vindo a ser punido por aquela entidade, com suspensão (de 30 dias), da atividade jurídica, por ter cometido infração ético-disciplinar prevista na Lei Federal 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB).

Com informações de assessoria

O senador Humberto Costa (PT/PE) registrou, durante pronunciamento no plenário do Senado Federal nesta quarta, a prisão do assassino da estudante Maristela Just, morta há 23 anos em Pernambuco. No discurso, o petista disse que não era aceitável que casos como esses demorem tanto para ter um desfecho.

O senador fez questão de relembrar que acompanhava o caso desde a década de 1990. “Presidi a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa entre 1990 e 1993 e lutamos juntos com a família de Maristela neste caso. Também participei do Fórum de Mulheres de Pernambuco, quando realizamos várias ações de mobilização da sociedade pernambucana, pedindo justiça”, recordou Costa.

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“Finalmente, a justiça prevalecerá. Desde junho de 2010 esse réu confesso era procurado. Foi uma tragédia familiar que chocou a todos os pernambucanos. Não podemos aceitar que um crime brutal como esse demore tanto tempo para ser punido”, frisou Humberto, que também parabenizou o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de Pernambuco pela ação que culminou com a prisão de José Ramos Neto, autor do homicídio.

Humberto ainda mostrou indignação pelos casos de violência no Estado. “Não podemos deixar que mais mulheres sejam vítimas de violência. E me refiro não somente à violência física, mas também à violência moral, sexual, psicológica, patrimonial e do cárcere privado”, defendeu o senador. 

Segundo dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres, mais de 388 mil casos de violência contra a mulher foram registrados no primeiro semestre deste ano. Um aumento de 13% sobre o mesmo período do ano passado. As estatísticas mostraram que 70% dos casos de violência doméstica foram realizados pelos companheiros e cônjuges. Esse percentual sobe para 89% se forem incluídos os ex-maridos, namorados e ex-namorados.

Apesar das elevadas estatísticas, o senador Humberto Costa citou alguns avanços no país, como a aprovação da Lei Maria da Penha e o trabalho que vem sendo realizado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência Contra a Mulher, que tem percorrido o país levantando informações para subsidiar novas políticas de proteção às mulheres e de igualdade de gênero.

O Grupo de Operações Especiais (GOE) prendeu, na manhã desta segunda-feira (29), o José Ramos Lopes Neto condenado por matar a ex-mulher, Maristela Just, em 1989. A mulher foi morta na frente dos filhos do casal. José Ramos ainda deu um tiro no filho. Ele foi julgado e condenado a 79 anos de prisão.

Maristela foi assassinada com três tiros em 4 de abril de 1989, quando tinha 25 anos. O marido foi preso em flagrante, porém só por um ano, por conta de um habeas corpus. Segundo a polícia, ele estava foragido após ter sido condenado a 78 anos de prisão, por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. O réu cumprirá a pena em regime fechado.

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A Secretária Estadual da Mulher Cristina Buarque, o Secretário de Defesa Social, Wilson Damásio e o Chefe da Polícia Civil, Osvaldo Morais Júnior, além do delegado Cláudio Castro, do Grupo de Operações Especiais (GOE), vão conceder uma entrevista coletiva à tarde sobre o caso.

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