Tópicos | Marinaldo de Lima

Dor e emoção marcaram o enterro do tenente-coronel, comandante do 13° Batalhão da Polícia Militar (BPM), que cometeu suicídio nessa quinta-feira (10). Sob os aplausos de familiares e amigos, o corpo de Marinaldo de Lima Silva, de 49 anos, foi sepultado no cemitério de Santo Amaro, área Central do Recife. O enterro também contou com as honras militares.

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Além da família, que preferiu não comentar o fato, representantes de diversos comandos militares de Pernambuco participaram da cerimônia. O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, também esteve presente e desmentiu a nota divulgada pela Associação Pernambucana dos Cabos e Sargentos (ASC-PE) declarando que a morte do tenente “retrata o esgotamento mental e a pressão sofrida pela tropa”. “Essa história de pressão não existe. Mas sim uma política bem definida, bem direcionada e cada área com a sua responsabilidade”, disse.

O secretário reafirmou a versão de que o suicídio do militar foi motivado por problemas pessoais. Damázio lamentou a morte do tenente e disse se sentir frustrado em não ter podido ajudá-lo. “Eu não tinha conhecimento dos problemas que ele vinha enfrentando. Só fiquei sabendo ontem, quando tudo já havia acontecido", afirmou.

O tenente-coronel se matou no segundo andar do edifício sede da Secretária de Planejamento (Seplag), em Santo Amaro, onde estava sendo realizada uma reunião do Pacto pela Vida. Marinaldo de Lima deixa a esposa e três filhos.

Será enterrado na manhã desta sexta-feira (11) o tenente-coronel do 13° batalhão da Polícia Militar, Marinaldo de Lima e Silva, de 49 anos, que cometeu suicídio no segundo andar do edifício sede da Secretária de Planejamento (Seplag), nessa quinta-feira (10). O sepultamento será às 11h no Cemitério de Santo Amaro, Zona Norte do Recife. Marinaldo de Lima deixa a esposa e três filhos.

Durante uma entrevista coletiva, concedida ontem, o Secretário de defesa Social, Wilson Damázio, revelou que o tenente passava por problemas financeiros, o que pode ter motivado o suicídio. O suicídio ocorreu após uma reunião de rotina do Programa Pacto Pela Vida, a qual Marinaldo não participou.

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Ainda segundo Damázio, o coronel teria ido a SEPLAG conversar com um amigo. Em um momento pediu para esse interlocutor buscar um copo d’água para ele. Ao voltar, Marinaldo já estaria com a arma – uma pistola ponto 40 – engatilhada e apontada para a boca. Duas pessoas que presenciaram a cena ainda tentaram impedi-lo de apertar o gatilho, mas sem sucesso. O tenente era responsável por cuidar de alguns bairros centrais do Recife, como Santo Amaro, Derby, Aflitos, Encruzilhada e Agamenon Magalhães.

A Associação Pernambucana dos Cabos e Sargentos (ASC-PE) divulgou, ainda ontem (10), nota oficial onde afirma que "as reuniões do Pacto pela Vida são verdadeiras torturas psicológicas na busca ensandecida por resultados. Excessivas cargas horárias de trabalho, promessas de diárias que não existem, tudo para tentar garantir o cumprimento das metas previstas pelo projeto".

 



*Com a colaboração de Rhayana Fernandes

O Tenente-Coronel do 13° batalhão da Polícia Militar, Marinaldo de Lima, cometeu suicídio após uma reunião de rotina do Programa Pacto Pela Vida, que aconteceu hoje (10), na sede da Secretária de Planejamento (SEPLAG), na Rua da Aurora, em Santo Amaro.

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Segundo o Secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, na hora do ocorrido ele almoçava, pois a reunião do Programa Pacto Pela Vida (que havia começado às 9h) já havia acabado, por volta das 11h30. O Tenente-Coronel Marinaldo de Lima Melo teria ido à sede da SEPLAG por volta das 13h, tratar de um assunto de cunho particular com um funcionário da Secretaria, cujo nome não foi divulgado, no qual teria uma relação de amizade. Ainda segundo Damázio, o Coronel passava por problemas financeiros e teria ido a SEPLAG conversar com esse amigo.

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Para o secretário, durante a conversa, Marinaldo mostrava-se bastante nervoso com as dívidas e em um momento pediu para esse interlocutor buscar um copo d’água para ele. Ao voltar, Marinaldo já estaria com a arma – uma pistola ponto 40 – engatilhada e apontada para a boca. Duas pessoas que presenciaram a cena ainda tentaram impedi-lo de apertar o gatilho, mas sem sucesso. “Infelizmente, em um momento de desespero devido a problemas pessoais, o Coronel cometeu suicídio”, lamentou o secretário. De acordo com informações, ele estava de férias e teria ido à sede da secretaria a paisana tratar dos assuntos pessoais.

O Pacto pela Vida é uma política pública de segurança que articula o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Assembleia Legislativa, os municípios e a União. Marinaldo era responsável por cuidar de alguns bairros centrais do Recife, como Santo Amaro, Derby, Aflitos, Encruzilhada e Agamenon Magalhães. Especula-se que o Coronel vinha sofrendo com a constante pressão pelo desempenho do Batalhão e os índices de criminalidade na área dele.

Marinaldo de Lima acabara de completar 30 anos de Polícia. Era responsável pela Área Integrada 2, era casado e tinha três filhos. Passou dois anos no 1° Batalhão da Polícia Militar e pelos excelentes resultados foi indicado para comandar o 13° BPM, há cerca de nove meses. Nesse tempo, o 13° apresentou uma redução de mais de 48% na taxa de homicídio e era o preferido a ganhar o Prêmio de Defesa Social (PDS). Em junho, ele seria promovido.

Em nota, a Associação Pernambucana dos Cabos e Sargentos (ASC-PE) falou sobre a morte do oficial:  











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“Morte do Ten– Cel Marinaldo: um divisor de águas

O que acontece com a Segurança Pública de Pernambuco? O suicídio do Tenente – Coronel Marinaldo Lima retrata o esgotamento mental da tropa. Este é o segundo suicídio de um oficial da PM registrado em 2012. Salários baixos e muitas cobranças. A sociedade não sabe mas as reuniões pelo Pacto pela Vida são verdadeiras torturas psicológicas na busca ensandecida por resultados. Excessivas cargas horárias de trabalho, promessas de diárias que não existem tudo para tentar garantir o cumprimento das metas previstas pelo projeto.

Onde andamos, seja na Capital ou no Interior, o oficialato fala das cobranças do Governo do Estado e não é à toa que os fatos estão acontecendo. O problema é que a tropa, do soldado ao coronel, já não é mais a mesma. Policiais e bombeiros militares já não acreditam mais nas promessas de melhorias.

Ninguém quer arriscar a vida por tão pouco: um soldo de R$ 1.700 ou por gratificações que nunca são pagas. Nós que fazemos a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS – PE) esperamos que a morte deste militar não tenha sido em vão e que seja um divisor de águas quanto a necessidade de mudança no esquema do Sistema de Segurança de Pública.

O Tenente-Coronel Marinaldo era um oficial bem quisto pela tropa. Reconhecido pela operacionalidade e dedicação ao serviço. A própria Secretaria de Defesa Social informou que ele estava com problemas financeiros. Ora, se um coronel vem passando por tamanha dificuldade, imaginem a situação de um soldado?  

Não adianta tapar o sol com a peneira. PMs e BMs estão cada vez mais insatisfeitos. Os oficiais não tem como cobrar dos praças e agonizam. A tropa não da o resultado esperado. Um dia alguém vai ter que entender, o que se passa na cabeça de uma pessoa que está sendo cobrada de forma ostensiva por metas impossíveis de serem alcançadas.”

 









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