Atualmente em Mar do Sertão, novela das seis da TV Globo, Debora Bloch conversou com o jornal O Globo e abriu o coração sobre diversos assuntos. Engajada em sua função como atriz que transmite importantes mensagens para o público, a artista acredita que o papel da arte lúdica é falar sobre o próprio Brasil.
"Cada vez fica mais claro para mim que nossa função como artista é falar do nosso país, da gente. Isso pode ser feito de várias maneiras. Da lúdica de Mar do Sertão ou através da comédia de Diário de um confinado, como a gente fez na pandemia, com o Bruno Mazzeo. Ou em Segunda chamada, que tratava de uma realidade bem dura e de um assunto tão importante que é a educação carente no Brasil. É a nossa função: falar da gente, representar o país. Me lembro de quando fiz Segunda Chamada. No trabalho de pesquisa, comecei a ir a escolas de EJA [Educação para Jovens e Adultos], às periferias. Eu tinha o desejo de que as professoras se sentissem representadas realmente por aquela personagem. Meu maior prazer foi o retorno que as professoras me deram", disse.
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Em Mar do Sertão, a atriz vive Deodora e representa a elite brasileira cheia de privilégios e que se usa de falcatruas para conseguir o que almeja. Ainda segundo o jornal, nos próximos capítulos, Deodora vai tentar seduzir Pajeú.
"Deodora vai começar a ter um caso com o personagem dele [Caio Blat]. Ela é bem vilã de novela. É divertido de fazer porque ela tem humor e uma coisa meio safada, de ir conseguindo o que quer através da sedução. Eu acho engraçada. E encontrar Caio nesse trabalho foi uma coincidência boa", afirmou.
Prestes a completar 60 anos de idade, a artista ainda não planeja se colocar no centro dos holofotes para contar os mais de 40 anos de carreira.
"Não é um objetivo meu. Nem pensei nesse assunto. [...] Eu aprendi que vêm os 30 [anos de idade], os 40 [anos de idade], depois os 50 [anos de idade], os 60 [anos de idade], os 70 [anos de idade]. Eu não sou muito comemorativa de ciclos. Eu acho que... Sei lá. Toda idade tem o seu barato", observou.
Debora também comentou sobre o seu desejo de sair um pouco de frente das câmeras e passar a dirigir novos projetos. Apesar de ter atuado como diretora principal em Diário de um confinado durante a pandemia, a atriz ainda não participou de grandes produções.
"Trabalhar na direção foi uma coisa que tive vontade de fazer, mas requer um tempo de dedicação que ainda não consegui. Eu teria que parar de trabalhar um tempo como atriz para poder fazer como quero. É algo de que gosto muito. O tempo de trabalho traz essa experiência, esse conhecimento, que, apesar de diferente, estar presente 42 anos num set é uma coisa que você vai aprendendo. Apesar de diferente, isso me interessa", contou.