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A chegada do Dia Intenacional da Mulher sempre levanta o debate da posição da mulher na sociedade. De como mudaram nas últimas décadas os padrões de comportamento feminino e as expectativas em relação ao que seria feminilidade. A moda é um destes campos em que diferentes visões se encontram, e cada vez mais as mulheres têm tomado para si a missão de produzir moda.
##RECOMENDA##No Recife, são várias as grifes mantidas por elas, criando roupas com uma visão feminina e autoral. Cada vez mais as mulheres têm usado a roupa como uma ferramenta de expressão para colocar-se no mundo e afirmar sua voz. Nisto concordam as estilistas pernambucanas Keila Benício, Magna Coeli e Mariana Almeida, três profissionais que trabalham para o sexo feminino com a preocupação e a delicadeza de quem se reconhece no seu próprio público alvo.
Mariana Almeida, estilista da Soslayo, está no mercado há um ano. Ela valoriza uma moda confortável na hora de produzir e não abre mão da autenticidade em suas coleções. A versatilidade também é palavra de ordem em sua criação. "Tento investir em peças que sejam ideais tanto para baladinhas quanto para o trabalho", diz.
Mariana nunca sofreu qualquer tipo de dificuldade no mercado de trabalho por ser mulher e acredita no potencial da moda como meio de expressar-se. "A roupa é uma extensão do corpo, através dela a mulher transmite a sua personalidade e a sua mensagem para o mundo", diz a estilista.
Já Magna Coeli, da Refazenda, e Keila Benício, da Blu K, atuam na área há 35 e 31 anos, respectivamente. As duas conseguem enxergar mudanças na realidade da presença feminina no mercado de trabalho. "Logo quando iniciei minha carreira enquanto empresária e estilista, havia certa deturpação na imagem da mulher que trabalha. Existia uma interpretação equivocada de que tratava de um sexo abordável", diz Magna.
Quanto a produzir moda para o público feminino, ambas concordam que o conforto deve ser priorizado. "Quando crio minhas coleções, penso em elevar a autoestima feminina. Que a peça ressalte os predicados naturais da mulher e que alie conforto e bem-estar a referências de moda", diz Magna. Keila complementa: "Minha preocupação é que essa mulher fique elegante e confortável. Como nós 'somos' a mulher para a qual trabalhamos, sabemos que tipo de roupa vai unir esses dois adjetivos e facilitar o dia-a-dia dela".