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Não foi desta vez que o Lyon viu sua hegemonia no futebol feminino ser quebrada. O Wolfsburg até chegou animado na decisão da Liga dos Campeões, mas as meninas do time francês mostraram superioridade para erguer a taça pela quinta vez seguida, a sétima na história. No Estádio Anoeta, em San Sebastián, na Espanha, ganharam por 3 a 1.

Os números na competição prometiam um duelo equilibrado. Afinal de contas, ambos vinham com apenas um gol sofrido e tinham ataques poderosos. Em seis jogos, as alemãs balançaram as redes adversárias em 32 oportunidades. As francesas, por sua vez, foram um pouquinho menos efetivas no quesito, mas não menos poderosas, anotando duas vezes a menos.

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De quebra, o Lyon ainda defendia uma série invicta de dar inveja em qualquer time mundial. Com o triunfo na final, agora somam 74 jogos sem perder. Com impiedosas 67 vitórias e outros 7 empates. A última derrota foi em 2018 diante do North Carolina. Curiosamente, essa não é a maior invencibilidade do Lyon. Entre abril de 2011 e maio de 2013 a equipe somou 78 jogos sem perder. Derrubarão a marca? Falta pouco!

Na final, o Lyon fez um primeiro tempo primoroso. Não foi incomodado e mostrou seu poderio ofensivo. De tanto insistir, abriu o marcador com 24 minutos. Bela trama pela direita, o lado forte do poderoso time francês. A ligeira Delphine Cascarino foi até a linha de fundo e cruzou para trás. Le Sommer recebeu o cruzamento e bateu forte. A goleira alemã defendeu, mas a camisa 9 não desperdiçou o rebote.

A artilheira da Champions 2011/12, com 9 gols, abriu o caminho do título com chute rasteiro, forte. E festejou muito, pois vem disputando a posição de titular na equipe.

O Lyon deu enorme passo para a conquista antes do intervalo, após nova jogada de Cascarino pela direita. O cruzamento foi mal afastado pela defesa e sobrou para a japonesa Fumagai pegar a sobra e acertar um lindo chute para fazer 2 a 0.

Sem ter outra opção, senão atacar, o Wolfsburg foi para o ataque na etapa final. E mostrou estar melhor fisicamente, já que as francesas vinham também de jogos desgastantes na liga francesa. Conseguiram diminuir o placar com Alexandra Popp e renasceram na decisão. Até chegaram perto da igualdade, mas...

Aos 42, porém, o sonho alemão de igualar o placar e se manter vivo para conquistar o terceiro título sofreu a ducha de água fria. Quando pressionava atrás do empate, viu a lei do ex acabar com suas pretensões.

Cobrança de escanteio mal afastada pela goleira, Le Sommer bate forte e no meio do caminho Gunnarsdóttir desvia para fechar a conta e garantir o título. Em respeito ao Wolfsburg, sua ex-equipe, ela não comemorou. Deixou para vibrar no fim, com a taça confirmada.

O Lyon apenas administrou os minutos finais para manter a rotina de erguer taças. Apito final, muitos abraços, gritos, cantoria, selfies e alegria em mais uma conquista merecida e de maneira irretocável do poderoso esquadrão francês. Foi o terceiro título do Lyon sobre o Wolfsburg.

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