Tópicos | Luiz Paulo Dominguetti

A CPI da Pandemia ouve, nesta quinta-feira (15), Cristiano Alberto Carvalho, apontado como vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil. Carvalho tem um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para silenciar sobre temas que possam incriminá-lo, mas ele disse que vai responder todas as perguntas da CPI. Ele também havia feito um pedido para não comparecer à comissão, que foi negado pelo STF.

Ao responder a primeira pergunta do relator, Cristiano Carvalho informou que não tem vínculo empregatício ou contrato com a Davati. Ele disse que na CPI foi erradamente atribuída a ele a função de CEO da companhia, o que não é verdade. Cristiano informou também que a Davati não tem atuação no Brasil e faz parte de um grupo empresarial que opera em várias áreas nos Estados Unidos. 

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Eduardo Braga (MDB-AM) pediu esclarecimentos de Cristiano Carvalho sobre o vínculo empregatício com a Davati. De acordo com o depoente, ele atua como consultor e vendedor, mas sem formalização de contrato. Segundo o depoente, ele teria poderes limitados para representar a empresa no Brasil por possuir apenas uma carta de representação, sem valor legal no país, por estar em inglês. A afirmação foi contestada pelos senadores Eduardo Braga e Eliziane Gama (Cidadania-MA). Para eles, Cristiano Carvalho é sim representante oficial da Davati e não apenas um "simples vendedor".

A Renan Calheiros (MDB-AL), Cristiano Carvalho esclareceu que a Davati não possui operação no Brasil, apenas nos Estados Unidos, no estado do Texas. Ele acrescentou que a Medical Supply faz parte da Davati Group, que incorpora outros setores, como a construção civil. 

Cristiano Carvalho afirmou que não conhecia Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati Medical Supply, até receber uma mensagem dele em 10 de fevereiro. 

"Eu não tenho nada que possa desaboná-lo, mas eu não tenho confiança pessoal. Não faz parte do meu rol de amizades. Ele me foi apresentado de uma forma que tinha essa demanda através do governo federal", disse.

*Da Agência Senado

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), deu voz de prisão, nesta quarta-feira (7), para o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde por mentir durante o interrogatório. Roberto Dias é acusado de pedir propina e de pressionar funcionários da pasta para a compra das vacinas Covaxin.

Algumas sustentações de Roberto Dias, como a de que o encontro com o PM Luiz Paulo Dominghetti, que representava a Davati Medical Supply no dia 25 de fevereiro, foi por acaso, ficaram em xeque depois que foram divulgados áudios de conversas no celular do policial que foi apreendido pela CPI, durante o depoimento dele, na quinta-feira, 1º de julho. Por conta disso, o presidente da CPI, afirmou que "deu várias chances" para que ele contasse a verdade e o acusou de "estar mentindo desde manhã". Omar Aziz solicitou à polícia do Senado que prendesse Roberto Dias. 

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O servidor Roberto Ferreira Dias abriu sua exposição na CPI da Pandemia no Senado já negando ter oferecido vantagem indevida ao policial Luiz Paulo Dominguetti, que tentava intermediar negociações junto ao governo federal para compra de vacinas da AstraZeneca. Segundo a testemunha, nunca houve pedido ilegal dele além de documentos, que também não chegaram a ser apresentados. 

"Como ficou demonstrado por esta CPI, trata-se de um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde", afirmou. 

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Depois, ao ser questionado pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), Roberto Dias disse que em jantar de 25 de fevereiro no restaurante Vasto, em Brasília, o coronel Marcelo Blanco, ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, o viu no restaurante e apresentou uma proposta de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

Blanco estava acompanhado de Luiz Paulo Dominguetti. Dias informou ao relator que esta proposta já havia circulado pelo Ministério. E acrescentou ter informado a Blanco que só trataria do assunto através de reunião formal no Ministério, durante o expediente de trabalho.

Para Dias, a Davati nasceu em 26 de fevereiro

Em resposta ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (MDB-AM), Roberto Dias disse que não participou dos processos de compra das vacinas Pfizer, AstraZeneca ou Janssen. Segundo ele, sua participação nesses processos se dava apenas "a nível operacional".

Em relação a negociações com a Davati, Dias afirmou que apenas comprovou a disponibilidade dos 400 milhões de doses do imunizante.

O depoente acrescentou que, segundo documentação que recebeu no ministério, a Davati surgiu em 26 de fevereiro, um dia após o encontro no restaurante Vasto.

Diálogos mostram interesse em valores do Ministério da Saúde

Renan Calheiros então exibiu aos senadores um print com um diálogo entre o policial militar e representante comercial Luiz Paulo Dominguetti Pereira e Cristiano Alberto Carvalho, CEO da Davati no Brasil. Na conversa, Cristiano diz que cada secretário-executivo do Ministério da Saúde tem nas mãos um orçamento de R$ 5 bilhões.

Dias negou o fato e voltou a criticar Dominguetti: "Isso mostra o total desconhecimento desse aventureiro do funcionamento do Ministério da Saúde".

*Da Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado apreendeu o celular do representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti, que depõe nesta quinta-feira (1º). A medida foi adotada após Dominguetti apresentar um áudio do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e afirmar que o parlamentar teria tentado negociar a compra de vacinas. 

Em resposta a Humberto Costa (PT-PE), Dominguetti afirmou que parlamentares tentaram negociar a busca por vacinas diretamente com a Davati. Entre eles, Luis Miranda, que teria procurado o CEO da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, para negociar a aquisição dos imunizantes.

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Depois de exibir o áudio do deputado, Dominguetti entregou o aparelho à mesa da comissão. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), determinou que a Polícia Legislativa faça perícia no áudio e informou que o arquivo será disponibilizado a todos os senadores.

*Com a Agência Senado

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