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Aprovado no início de outubro na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e agora em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o projeto que impede sindicatos de exigirem pagamento da contribuição sindical sem a autorização do empregado foi um dos temas debatidos na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, nesta segunda-feira (9).

O PL 2.099/2023, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), foi aprovado na CAE após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela legalidade da cobrança da contribuição de empregados não filiados a sindicatos em caso de acordo, convenção coletiva ou sentença judicial. O STF também garantiu ao trabalhador o direito de se opor à cobrança, desde que o faça expressamente. Mas o texto que tramita no Senado determina que, mesmo que seja filiado a sindicato, o empregado precisa autorizar a cobrança para que ela ocorra.

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O presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS), disse que trabalhará para que a CAS construa um texto de consenso, ouvindo empregados e empregadores, pois entende que sindicatos fortes favorecem a economia nacional. De acordo com o senador, a base governista não quer a volta da contribuição compulsória como o antigo imposto sindical, mas entende que o Senado precisa levar em conta a relevância dos sindicatos visando a um maior equilíbrio nas relações trabalhistas.

— Podemos chamar de contribuição negocial ou assistencial, mas definitivamente não somos a favor do imposto sindical. Mas ao mesmo tempo não dá para as entidades não terem nenhuma forma de manter suas estruturas, para que possam ser boas negociadoras. E o diálogo que defendemos não é só com os empregados, é com empregados e empregadores — afirmou Paim.

Segundo Marinho, o governo também não atua a favor da volta do imposto sindical, mas entende que a precarização da representação trabalhista não favorece o país. Disse que conquistas trabalhistas, fruto da luta sindical, precisam ser reconhecidas. E comparou melhorias salariais e das condições de trabalho, que seriam resultados da atuação sindical, a melhorias para quem mora em condomínios, por exemplo.

O ministro enfatizou que condôminos não têm a opção de não contribuir em caso de taxas ou cobranças específicas visando a melhoria da infraestrutura, desde que aprovadas em assembleias. Para o ministro, a mesma lógica precisa ser respeitada nas relações trabalhistas.

— Os sindicatos fragilizaram demais após o fim do imposto sindical em 2017, mas é interessante fragilizar a representação trabalhista? O governo nem cogita o retorno do imposto sindical, mas precisamos reconhecer que o sindicato precisa de recursos para que possa exercer uma boa representação. Essas receitas vêm de mensalidades e serviços prestados à categoria. Isso porque, quando um sindicato fecha um acordo benéfico, trabalhadores associados e não associados são beneficiados. Não é justo que os não associados, como chupins [parasitas], participem do resultado sem dar qualquer contribuição — disse.

Trabalhadores de APPs

Marinho também detalhou ações que o governo pretende adotar sobre os trabalhadores de aplicativos, como motoristas ou entregadores. O ministro lembrou do pacto feito entre os presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Joe Biden, dos Estados Unidos, para ampliar direitos trabalhistas dessas categorias. De acordo com ele, o tema já é debatido mundialmente, com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Mercosul avançando na determinação de protocolos. Para o ministro, o Brasil pretende ser um ator nessa regulamentação, com as negociações já em pleno andamento.

— Já temos acordado com o setor de aplicativos de quatro rodas, de transporte de pessoas, as bases já estão acordadas e deverão ser chanceladas em breve. Após a chancela, enviaremos essa regulamentação ao Parlamento. Já no que tange a quem trabalha para aplicativos de entregadores ainda não chegamos a um acordo, não está fácil, então, nesse caso, enviaremos um projeto arbitrando o que deve ocorrer, porque as empresas donas do negócio estão muito duras em relação às negociações - informou.

Cotas para negros 

Marinho ainda detalhou o sistema de cotas que o Ministério do Trabalho adotará no concurso público que realizará em breve, visando ao preenchimento de 900 vagas para auditores-fiscais.

Segundo o ministro, 2% das vagas serão destinadas a pessoas trans, 2% e a quilombolas e a povos indígenas. já a cota de pessoas com deficiência aumentará de 5% para 6%. 

—  O restante das vagas será dividido entre brancos e negros, com 45% das vagas para negros — detalhou.

*Da Agência Senado

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, confirmou, nesta segunda-feira (9), que o governo federal vai encaminhar ao Congresso Nacional um projeto para corrigir um trecho da lei que instituiu o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo Marinho, a mudança que será proposta com o projeto de lei é que os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário poderão sacar o saldo restante caso sejam demitidos.

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Pela regra atual, o trabalhador que realiza o saque-aniversário não pode sacar o saldo do FGTS em caso de demissão.

O ministro classificou essa regra como uma injustiça criada pela lei e que o projeto a ser encaminhado não vai tratar do fim do saque-aniversário - apesar de ele defender que essa modalidade acabe.

"Vamos encaminhar ao Congresso um PL corrigindo somente uma injustiça que ele trouxe. Não vamos falar de fim do saque-aniversário, a não ser que o Parlamento assim entenda, o que eu acho que seria louvável, e preservar na íntegra o fundo do trabalhador", afirmou o ministro.

E completou: "O trabalhador, quando é demitido, não sabia lá atrás, porque os bancos não informaram, que se for demitido não poderá sacar o saldo. Então o trabalhador tem 30 mil reais, se fez empréstimo de 10 mil, se for demitido teria direito de sacar os 20 mil. Mas ele não pode sacar por dois anos e pouquinho, pela lei criada. Isso nós vamos mandar para corrigir."

Marinho disse ainda que o FGTS Digital, uma nova forma de gestão integrada do fundo, representará uma redução de até 34 horas de trabalho por mês das empresas com o recolhimento dos valores.

"Estamos criando o FGTS digital. Temos 4 milhões de empregadores no Brasil. Com essa inovação de gestão do fundo, vamos trazer uma economia em média de 34 horas por mês que as empresas vão economizar com a nova sistemática do FGTS digital", disse o ministro.

Os depósitos, afirmou o ministro, poderão ser feitos por Pix e os trabalhadores terão mais transparência em todo o processo.

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) se reúne nesta segunda-feira (9), às 9h, com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para debater ações da pasta. A iniciativa da reunião é do presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS).

No requerimento de convite (REQ 7/2023 - CDH), aprovado em 15 de março, Paim destaca que a comissão, em diálogo com o Executivo, "está aberta para seguir acompanhando os apelos sociais, contemporâneos e humanos da população". 

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— Ele vai falar de como é que está hoje a questão do desemprego, como estão os acidentes no trabalho, como está sendo trabalho virtual, como está o trabalho no sistema de aplicativo que eu chamo de urberização. Todos são temas do mundo do trabalho — ressaltou Paim em entrevista à TV Senado.

Segundo o senador, Marinho "tem feito um brilhante trabalho" e foi duas vezes ao Rio Grande do Sul para verificar a questão do trabalho escravo e o drama das enchentes na região. Paim disse ainda que o ministro apoia a redução da jornada de trabalho para quatro dias por semana, mas defende um amplo diálogo entre empregado e empregador sobre a questão.

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo.

O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

*Da Agência Senado

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, repetiu nesta quarta-feira (13) que a criação do saque-aniversário no governo anterior fragilizou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele voltou a argumentar que o instrumento seria até mesmo inconstitucional e defendeu que, mesmo que tenha aderido ao saque-aniversário, o trabalhador possa acessar os recursos do FGTS em caso de demissão.

"Quando você fragiliza o fundo, você fragiliza investimentos, quando estamos discutindo subsídios para o Minha Casa Minha Vida", afirmou, em entrevista à EBC.

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E completou: "Não está em debate o fim do saque-aniversário. Mas vamos encaminhar ao Congresso a correção de uma grande injustiça que o saque-aniversário trouxe ao trabalhador que aderiu ao sistema e eventualmente foi demitido."

Líder da oposição no Senado e ex-ministro do governo Bolsonaro, o senador Rogério Marinho (PL-RN) avaliou que o desenho do novo arcabouço fiscal apresentado até agora pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem regras frouxas. Segundo ele, senadores dos partidos de oposição ao governo Lula vão trabalhar para "apertá-las" durante a tramitação da proposta no Congresso.

Ao Estadão, Marinho afirmou que a oposição vai trabalhar de forma "construtiva" e quer ajudar a melhorar o projeto. A ideia é marcar uma audiência com o ministro Haddad para propor mudanças na proposta, após o texto legal ser encaminhado ao Congresso.

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O grupo de oposição, segundo ele, reúne 23 senadores, além de outros oito a dez senadores de partidos independentes. "Temos dúvidas sobre a eficácia do projeto para controlar a dívida pública", afirmou. Marinho encaminhou aos senadores da oposição e da minoria uma nota técnica com uma análise sobre o arcabouço.

O líder da oposição disse que um dos pontos de maior preocupação é que o desenho da regra foi feito com base num nível de despesas muito elevado pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que permitiu a expansão dos gastos em cerca de R$ 200 bilhões neste ano.

Marinho disse que é preocupante a necessidade de arrecadar R$ 150 bilhões extras para os cofres públicos - uma referência às medidas que Haddad prometeu anunciar na próxima semana para aumentar as receitas de forma permanente e melhorar o resultado das contas públicas nos próximos anos.

Ele diz que o ministro, na reunião com senadores de apresentação das linhas gerais do arcabouço, falou que iria cortar as isenções tributárias. Marinho lembrou que o histórico no Congresso não tem sido favorável a esse caminho e enfatizou que, no governo Dilma Rousseff (PT), esses gastos tributários aumentaram.

"A nossa ideia é que a regra seja exequível e que a trajetória de alta dívida possa ser estabilizada. Do jeito que está, não vai chegar lá", afirmou.

O senador disse que está curioso para saber quais serão as isenções a serem cortadas, uma vez que as maiores são o Simples e a Zona Franca de Manaus - e acabar com esses benefícios tem resistência muito grande entre parlamentares.

'Fura-teto'

Apontado pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes como "gastador" e "fura-teto", Marinho diz que não vê contradição entre a preocupação de agora com a regra fiscal e ajuste das contas públicas e o período em que buscava recursos, quando foi ministro do Desenvolvimento Regional entre 2020 e 2022.

Ele justificou que era natural que, como ministro de uma área do governo que executa as políticas públicas, buscasse recursos para investir. "Imagina se eu fosse o ministro de uma área fim que não quisesse gastar", ressaltou.

Sobre Guedes, Marinho disse que o ex-ministro tinha a função de segurar os gastos, mas apresentava muitas vezes um comportamento "mercurial". "O ministro Guedes em alguns momentos explodia, mas era o homem que estava sentado em cima do cofre e tinha responsabilidade dentro do governo de segurar as despesas", disse.

Ao lado dos ex-ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Walter Braga Neto (Casa Civil), Marinho integrou o grupo que defendeu o aumento de gastos com investimentos.

Apesar das críticas ao novo arcabouço fiscal, Marinho defendeu as medidas de combate às distorções tributárias, como a tributação dos fundos exclusivos e dos planejamentos tributários de empresas nos paraísos fiscais para pagar menos impostos. E provocou: se o governo não incluir uma medida para mudar essa tributação, ele vai apresentar uma emenda sobre o assunto no projeto.

O senador defendeu a política fiscal do governo Bolsonaro e minimizou o impacto das medidas de expansão de gastos adotadas no ano passado, às vésperas das eleições. Como revelou o Estadão, Bolsonaro também adotou isenções tributárias e tirou recursos de programas importantes, como a Farmácia Popular, que tiveram de ser recompostos agora.

Segundo o senador, o plano de Bolsonaro era aumentar o gasto em R$ 75 bilhões em 2023, caso ganhasse a eleição. "As ações que o governo Bolsonaro implementou foram cíclicas, episódicas e as despesas não foram permanentes", disse. Bolsonaro chegou a propor na campanha um reajuste do salário mínimo para R$ 1.400, valor que não caberia, no entanto, na conta de R$ 75 bilhões devido ao forte impacto nas contas da Previdência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Novas adesões ao saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) devem ser suspensas em março. O anúncio foi feito nesta terça-feira (24), pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Ele garantiu que os contratos em vigor não sofrerão interferência. 

Uma reunião do Conselho Curador do FGTS deve retomar o assunto no dia 21 de março. "Devemos acabar com esse formato de saque-aniversário. Os contratos que existem, não vamos criar distorção", confirmou Marinho ao Globo News.

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O ministro apontou que a modalidade proposta pelo governo Bolsonaro enfraqueceu o fundo para investimento dos próprios trabalhadores, para construir uma casa, por exemplo, e citou que o saque-aniversário vem sendo criticado, pois o dinheiro fica retido por dois anos em caso de demissão.

Em meio às cerimônias de posse dos novos ministros, uma chamou a atenção nesta terça-feira (3), a do Ministério do Trabalho. Isto porque o evento contou com a participação do ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, José Carlos Oliveira, que fez questão de transmitir o cargo ao novo títular da pasta, Luiz Marinho. 

A atitude de Oliveira, que destoou demuitos dos seus demais colegas de governo - inclusive do próprio ex-presidente da República que deixou o país antes da posse de Lula para não passar a faixa presidencial - rendeu elogios. 

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“Estou muito orgulhoso de poder estar aqui e passar esse cargo para o Luiz Marinho, que eu tenho certeza que fará muito pelo povo brasileiro", disse Oliveira.

"Infelizmente nem todos os ministros do atual governo que se encerra teve a hombridade que você teve", ressaltou Marinho ao antecessor durante seu discurso.

Também participaram do evento o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, além de sindicalistas como o presidente da CSB, Antonio Neto, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e o presidente da UGT, Ricardo Patah.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quinta-feira, 22, a escolha do deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) para comandar o Ministério do Trabalho no novo governo - o Estadão antecipou a escolha. Marinho voltará a ser ministro de Lula 15 anos depois ter comandado o Ministério do Trabalho (2005 a 2007) e o Ministério da Previdência Social (2007 a 2008).

Marinho deixou o governo federal no final de 2008 para concorrer à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), município que comandou de 2009 a 2016. Atualmente, ele preside o diretório estadual do PT em São Paulo e foi eleito deputado federal nas eleições de outubro, após derrotas em disputas para o governo do Estado, em 2018, e para a prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), em 2020.

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Marinho fez carreira junto ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no qual ocupou a presidência entre 1996 e 2003. Sua principal vitória no comando da instituição foi em 1998, quando reverteu as demissões de 10 mil trabalhadores de Volkswagen e Ford. Na sequência, ocupou a presidência da CUT entre 2003 e 2004, chegando ao governo Lula sem nunca ter ocupado um cargo eletivo antes.

Já à frente do Ministério do Trabalho, em 2006, Marinho viu o salário mínimo saltar de R$ 300 para R$ 350, aumento real de 13%. No ano seguinte, o aumento foi de 5,1%, chegando a R$ 380. Quando decidiu concorrer à prefeitura de São Bernardo, obteve vitória em segundo turno 58,19% dos votos válidos (ou 237.617 votos). Já sob o momento de baixa do PT, ficou apenas em quarto lugar no pleito para o governo paulista em 2018. Em 2020, novo fracasso: foi derrotado em primeiro turno por Orlando Morando (PSDB).

Em 2018, Marinho foi acusado pelo Ministério Público Federal de fraude à licitação da obra de construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, entre 2011 e 2012. Em 2020, ele e outros 15 réus acusados foram inocentados pelo juiz federal substituto Leonardo Henrique Soares, da 3.ª Vara Federal de São Bernardo do Campo. No ano passado, ele foi considerado novamente inocente pela Justiça.

O presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escolheu o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) para comandar o Ministério do Trabalho no novo governo, a partir de janeiro de 2023. De acordo com integrantes da equipe de transição e da cúpula do PT, Lula convidou Marinho para assumir o cargo e ele já aceitou o convite, após articulação de centrais sindicais ligadas ao partido.

Marinho foi ministro do Trabalho e depois ministro da Previdência Social nos dois primeiros mandatos de Lula, entre 2005 e 2008.

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No próximo ano, as duas áreas devem ser novamente separadas em ministérios diferentes, mas ainda não há uma decisão final e nem um nome anunciado pra ocupar a Previdência Social.

Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marinho preside o diretório estadual do PT em São Paulo e foi eleito deputado federal nas eleições de outubro, após derrotas em disputas para o governo do Estado, em 2018, e para a prefeitura da cidade onde Lula tem domicílio eleitoral, em 2020.

A juíza substituta Letícia Mendes Gonçalves, da 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo (SP), absolveu nesta sexta, 5, o ex-prefeito da cidade do ABC Paulista Luiz Marinho (PT), acusado de fraude em licitação e peculato nas obras do Museu do Trabalho e do Trabalhador (MTT). A decisão atendeu pedido do Ministério Público Federal, que apontou falta de provas para a condenação.

Marinho foi denunciado em abril de 2018 no âmbito da Operação Hefasta por fraude na contratação e elaboração do Estudo Preliminar, do Projeto Básico e do chamado Estudo Museológico do Museu do Trabalhador. O prefeito era acusado de integrar esquema que fraudou licitações para a construção da obra, direcionando-a para um grupo pré-determinado de empresários.

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As provas colhidas pelo Ministério Público Federal, no entanto, revelaram que o ocorreu não foi uma contratação direta dissimulada entre a prefeitura comandada por Marinho e a empresa de arquitetura responsável pelo estudo preliminar, mas sim a subcontratação da empresa por parte de um consórcio que já estava contratado pelo município.

Segundo a juíza, embora a acusação inicial tenha sido de que havia um acerto prévio entre Luiz Marinho e servidores municipais como Alfredo Buso (ex-secretário municipal de Obras) e Sérgio Suster (ex-sub-secretário de Obras) com os arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, os autos apontam que o contrato investigado foi iniciado e concluído na gestão anterior à do petista.

"A despeito das declarações à imprensa prestadas por Marcelo Ferraz e Luiz Marinho, em que há referência ao projeto do museu como sendo uma ‘encomenda’, primeiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, segundo, do próprio Luiz Marinho, as demais provas produzidas nos autos não corroboram a tese acusatória de que a contratação da Brasil Arquitetura teria sido realizada diretamente pela prefeitura de forma dissimulada, em violação ao princípio da impessoalidade que permeia a atuação da administração pública", frisou a juíza Letícia Gonçalves.

Em outro ponto, a magistrada condenou Alfredo Buso, Sérgio Suster, o ex-secretário de Obras José Clovis da Silva, o ex-diretor de obras públicas Luiz Fernando Pires Guilherme, o coordenador do consórcio Enger-Hagaplan-Planservi Arthur Anísio dos Santos e o arquiteto Pedro Armando de Barros.

Esta é a segunda ação que Marinho é inocentado envolvendo o Museu do Trabalhador. Em fevereiro do ano passado, o juiz federal substituto Leonardo Henrique Soares, da 3.ª Vara Federal de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, inocentou o ex-prefeito e outros 15 réus em outra denúncia sobre as obras.

O Ministério Público Federal acusava os réus de direcionar a licitação para o consórcio Cronacon-CEI-Flasa. Segundo a denúncia, os sócios responsáveis pelas empresas Construtora Cronacon Ltda. e Flasa Engenharia e Construções Ltda. firmaram acordo com Luiz Marinho, então prefeito de São Bernardo de Campo, e servidores públicos para vencer licitações milionárias, dentre as quais a construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador.

Nos autos, porém, o Ministério Público Federal apontou ausência de provas contra Marinho, visto que a empresa CEI foi criada em 2007, antes da gestão do petista.

Com a palavra, os advogados de Luiz Marinho

 

"A absolvição de Luiz Marinho revela a lisura e idoneidade de sua administração como prefeito de São Bernardo do Campo. O processo foi conduzido de forma imparcial e o deslinde da questão não poderia ser diferente." declaram Marco Aurélio Florêncio Filho e Rodrigo Camargo Aranha, sócios do escritório Florêncio Filho e Camargo Aranha, que atuaram na defesa de Marinho

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concedeu, neste sábado, 1, liminares para suspender a veiculação da campanha eleitoral em rádio e TV do candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes, Luiz Marinho. Em representações, a Coligação São Paulo Confia e Avança, de Márcio França (PSB) e a Coligação Acelera SP, de João Doria (PSDB) afirmaram que houve apoio político acima do tempo permitido por lei, já que a propaganda 'foi narrada por Lula, candidato à Presidência da República'.

O juiz auxiliar da propagada Afonso Celso da Silva considerou que as propagandas veiculadas trazem aparente apoio político em tempo superior ao que permite a Lei das Eleições.

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"Em cognição sumária, pode-se aferir que a participação de então candidato à Presidência da República (na noite de ontem houve inovação nesta situação em decisão proferida pelo TSE, cuja citação se dispensa, dada sua notoriedade) na inserção impugnada nestes autos teria, aparentemente, ultrapassado os 25% permitidos à aparição de candidato ou apoiador (art. 54, §§ 1º e 2º da Lei 9.504/97), notadamente em se considerando que há cenas externas exibidas em quase todo o tempo", anotou.

TSE usa Lei da Ficha Limpa para barrar Lula

 

De acordo com a representação da coligação São Paulo Confia e Avança, do atual governador Márcio França (PSB), boa parte da inserção televisiva, incluindo tomadas externas, teria sido narrada por Luiz Inácio Lula da Silva, sem a presença do candidato ao governo.

Já a Coligação Acelera SP, do candidato João Doria (PSDB), alegou que na propaganda eleitoral radiofônica transmitida na sexta-feira, 31, nos blocos da manhã (7h) e da tarde (12h), bem como nas inserções, o ex-presidente Lula teria aparecido por 30 segundos, enquanto o candidato Luiz Marinho havia ocupado apenas 25 segundos da inserção, contrariando, também, os limites legais.

Com a concessão das liminares, fica suspensa a veiculação das inserções eleitorais questionadas, sob pena de multa de R$ 10.000,00.

Com a palavra, Luiz Marinho

 

Na realidade, a decisão suspende a veiculação de uma propaganda específica. Não se trata de suspensão da propaganda. A campanha já está recorrendo da decisão para poder veicular o vídeo em questão.

Em clima de defesa do ex-presidente Lula, o diretório estadual do PT em São Paulo definiu sua chapa paulista para as eleições. O ex-prefeito de São Bernardo do Campo e presidente estadual do PT, Luiz Marinho, se firmou como pré-candidato petista ao governo ao derrotar o ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá por 660 votos (79%) contra 175 (21%). O quórum foi menor do que os de 1.200 delegados esperados inicialmente.

O vereador Eduardo Suplicy foi aclamado candidato a uma das duas vagas do partido para disputa no Senado. A segunda será usada para fechar aliança com outra sigla. Se não houver composição que exija a vaga, Jilmar Tatto, ex-secretário municipal de Transportes, entra na disputa. Ele derrotou a vereadora Juliana Cardoso, com 489 votos (58%) contra 350 (42%).

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Palavras de ordem em favor de Lula permearam o evento. Marinho falou da "defesa intransigente de Lula livre" e convocou a militância a protestar no dia 3 de abril, véspera do julgamento do mérito do habeas corpus impetrado pela defesa do petista no Supremo Tribunal Federal. No dia 2, haverá manifestações no Rio e, no dia 4, em Brasília.

O PT de São Paulo ainda não se coligou a outra sigla. Se não fechar alianças, calcula que terá pouco mais de um minuto do tempo de TV dedicado às campanhas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PCdoB de São Paulo negocia tanto com o vice-governador Márcio França (PSB) quanto com o pré-candidato do PT, Luiz Marinho.

A prioridade da legenda em São Paulo é a eleição para a Câmara dos Deputados. O PCdoB quer se reforçar antes que a cláusula de barreira entre em vigor a partir de 2022. Por isso o partido vai priorizar uma coligação proporcional que facilite a reeleição do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e, se possível, mais um.

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Para o PCdoB, se o governador Geraldo Alckmin tiver dois candidatos em São Paulo, aumentam as chances de apoio a França, que seria empurrado para uma aliança de centro-esquerda. O partido avalia que, ao dividir a preferência de Alckmin com outro candidato, França estaria desobrigado de garantir exclusividade ao tucano e poderia abrir seu palanque para Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB ao Planalto.

O PT, além do PCdoB, ainda negocia aliança com o PDT, mas, já admite a possibilidade de ficar isolado na disputa estadual. "Não é tão ruim para o PT ficar sozinho. Se o PDT lançar por exemplo o Gabriel Chalita para o governo de São Paulo, aumentam as chances de ter segundo turno", disse o ex-deputado Jilmar Tatto, um dos coordenadores da pré-campanha de Marinho.

O PT confia em uma negociação nacional, que incluiria o apoio petista à reeleição do governador do Maranhão, Flávio Dino, para convencer o PCdoB.

O PCdoB quer adiar a decisão: "Ainda é cedo", avalia o vice-presidente do partido, Walter Sorrentino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as bancadas municipal, estadual e federal do PT decidiram nesta segunda-feira, 30, adiantar para o dia 1º de dezembro o lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho ao governo de São Paulo.

O objetivo, segundo petistas, é aproveitar o vácuo existente no debate estadual e as disputas internas entre os partidos na órbita do governador Geraldo Alckmin.

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A decisão, no entanto, restringe as opções do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad na campanha do ano que vem. Cotado inicialmente para ser o nome do PT na disputa presidencial, caso o ex-presidente seja impedido pela Justiça, Haddad hoje dependeria da intervenção direta de Lula para concorrer ao Senado pois até este espaço já foi ocupado pelo vereador Eduardo Suplicy.

"Se o Lula não quiser Haddad como principal formulador do programa de governo dele eu gostaria que ele coordenasse o meu programa", disse Marinho.

Uma ala importante do PT se posicionou a favor de o partido também bater o martelo sobre a candidatura de Suplicy ao Senado, mas um setor da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) conseguiu empurrar a decisão para o início de dezembro.

Segundo deputados estaduais petistas, há cerca de dois meses Haddad se reuniu com a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo e se colocou à disposição do partido para disputar o governo. Semanas depois, Haddad se reuniu com Marinho e declarou apoio à sua pré-candidatura. No encontro Marinho teria sugerido que ele fosse candidato a senador e Suplicy a deputado federal. Haddad concordou desde que não houvesse disputa com o vereador. Suplicy, no entanto, não abre mão de tentar voltar ao Senado. Resta a Haddad a segunda vaga para senador, mas o PT pretende usar a legenda para compor a aliança de apoio a Marinho.

Segundo participantes da reunião realizada hoje na sede do diretório estadual do PT de São Paulo, apenas o deputado federal Paulo Teixeira e os estaduais João Paulo Rillo e Carlos Neder não apoiaram a ideia de antecipar o lançamento da pré-candidatura de Marinho.

"Acho um erro essa antecipação. É fazer a política do fato consumado caso o PT necessite do Haddad. Essa hegemonia que o Marinho tem na institucionalidade está longe de refletir o sentimento na base do partido", disse Rillo.

Nos bastidores, petistas comentam que o objetivo real da antecipação é evitar que o possível mal desempenho de Marinho nas pesquisas dê margem para um movimento nas bases do PT em defesa da candidatura de Haddad. Marinho nega.

"Se fizerem uma pesquisa hoje o Haddad tem mais (intenção de voto), o Suplicy tem mais. Em 2008 o Lula não queria nem que eu fosse candidato a prefeito de São Bernardo. Eu tinha 3% e fui eleito", lembrou.

Marinho argumenta ainda que até agora nenhum outro nome do PT se colocou na disputa pelo governo paulista. "É importante nos colocarmos agora para começar o processo de diálogo com outras forças", disse Marinho.

O presidente do diretório paulista do PT, Luiz Marinho, afirmou, neste sábado (15), na posse da direção local do partido em Diadema (SP), que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não concorrer à eleição presidencial em 2018, o pleito será uma fraude eleitoral. "Processo eleitoral no ano que vem sem Lula candidato não é eleição democrática, é fraude eleitoral", disse. Lula também participa do evento.

Marinho pediu que a militância lote as manifestações contrárias à condenação de Lula pelo juiz federal Sergio Moro. "Precisamos fazer a nossa parte. A juventude poderia fazer umas pichações como antigamente...", sugeriu. "A indignação contra essa sentença tem de estar nas ruas. O povo que pode condenar ou não, eleger ou não uma liderança política", completou.

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O presidente estadual do PT ainda convocou para uma manifestação na próxima quinta-feira (20) na Avenida Paulista, com concentração às 17 horas. "A manifestação é em defesa da democracia, eleição sem Lula é fraude, eleição direta, fora Temer e contra o desmonte da legislação trabalhista e da Previdência."

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), acredita que a atual crise que atinge o governo da correligionária, presidente Dilma Rousseff (PT), terá reflexos nas eleições municipais para a legenda no ano que vem. Contudo, diz que isso não será o fator essencial para o bom ou o mau desempenho dos candidatos petistas nas urnas. "O PT não está disputando vida ou morte nessas eleições municipais, talvez uma vitória que seria mais tranquila poderá ser mais suada, mas não creio que será um teste para nós porque o PT é um partido forte e consolidado", disse Marinho, em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Na sua avaliação, as eleições municipais terão uma dinâmica diferente e irão depender mais do trabalho realizado pelos gestores da legenda do que de outros fatores, como o eventual apoio de padrinhos políticos, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve protagonismo na eleição de seu afilhado político, o prefeito da Capital, Fernando Haddad, em 2012. "A força do Lula continua, eu diria até algo que não vai acontecer, mas se acontecesse de derrubarem a Dilma hoje, Lula se elegeria presidente, mas, as eleições municipais (de 2016) dependerão basicamente do trabalho das lideranças locais, não vai ter a figura dos padrinhos políticos fazendo o diferencial."

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Indagado sobre avaliação recente feita pelo deputado cassado José Dirceu, réu no mensalão, de que o PT não deve ter bom desempenho nas urnas nas eleições municipais do ano que vem, em razão da crise que atinge o governo Dilma e os reflexos da Operação Lava Jato, Luiz Marinho é direto: "O Zé Dirceu não tem que ficar analisando isso, tem que ficar quieto e cuidar da defesa dele."

Para o prefeito de São Bernardo, conhecido como um dos mais próximos interlocutores de Lula, seu partido tem condições de reeleger muitos correligionários em 2016, inclusive no pleito que deverá ser um dos mais acirrados do País, a corrida pela Prefeitura de São Paulo. "Haddad pode se reeleger", avalia, ressaltando que a disputa com a senadora Marta Suplicy, que deixou o PT para concorrer nessas eleições, não assusta. "Vamos disputar com ela, que tem a consequência de ter deixado o partido, ter cuspido no prato que comeu e assumido outras bandeiras." Ele avalia também que deverá fazer seu sucessor na cidade.

PMDB

Na entrevista que concedeu ao Broadcast Político, Marinho falou também sobre a tensa relação entre PT e seu aliado PMDB. "Acho que está na hora da alta cúpula dos dois partidos conversar e buscar ajustar os ponteiros, afinal os dois estão governando o País. Temos de pensar no País, não se pode aprovar projetos que vão contra os interesses do Brasil, até o PSDB sabe disso. Não adianta ficar fazendo proselitismo, criando um estado de governança por pouco tempo, tem coisa aí que não aguenta uma década, por isso é preciso cuidado com isso."

Coordenador da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em São Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, disse neste domingo, 27, que o empresário Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo paulista, vai "arcar com as consequências" se não apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição.

Acho que é um erro o Skaf não colocar o nome dele junto com o da Dilma. Ele vai arcar com as consequências", afirmou o petista. A declaração foi feita durante a festa de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Durante uma atividade de campanha nesse sábado, em Franca, Skaf afirmou que "seria maluco" se apoiasse o PT. A afirmação foi feita no momento em que o PMDB nacional pressiona o diretório paulista da sigla a se engajar na campanha de Dilma. "Pedi uma reunião com o PMDB, mas o Skaf está fugindo do assunto", revelou Marinho.

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Também presente ao evento dos sindicalistas em São Bernardo, o ex-ministro Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo paulista, ironizou a frase de Paulo Skaf. "Eu sou louco pela Dilma e pelo Lula. Eu falei para o Marinho que comigo não precisa enquadrar. Desde o começo defendo o legado de Dilma". O petista afirmou, ainda, que já agendou atividades com Dilma em sua campanha. No dia 9 de agosto, ele e a presidente farão uma passeata em Osasco e na mesma semana devem ir juntos até a Baixada Santista.

O prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho (PT), disse nesta segunda-feira que, se o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, se candidatar à Presidência, ele não será adversário do projeto do PT apenas em 2014, mas também em 2018. "Isso é o que ele precisa pesar. Eu, no lugar do Eduardo, continuaria no projeto e batalharia para liderar o projeto em 2018."

Marinho disse que o posicionamento do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB é uma incógnita "porque ele faz parte do projeto atual que está em curso no Brasil". "Ele é um jovem brilhante e inteligente e essa inteligência lhe indicaria continuar no projeto vitorioso no Brasil, continuar mostrando serviço para liderar esse projeto mais adiante", afirmou.

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O prefeito de São Bernardo do Campo disse que Campos tem de lembrar que o sucesso dele em Pernambuco não é exclusivo dele. "O tamanho do sucesso ele tem de partilhar com Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) e com Dilma (presidente Dilma Rousseff). Então, ele pode refletir sobre isso e, quem sabe, na hora em que botar a cabeça no travesseiro, tentar imaginar o que seu avô Miguel Arraes recomendaria." As declarações de Marinho foram dadas após evento em que a Ford apresentou, oficialmente, o primeiro hatch global - que já é montado em vários países - produzido no Brasil, o New Fiesta. O veículo será fabricado na unidade da montadora em São Bernardo.

A renegociação da dívida de São Paulo foi um dos temas do encontro na manhã desta quinta-feira (10) entre o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT). Segundo Marinho, Haddad e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estão "construindo" a solução para um problema que atinge não só a capital paulista e São Bernardo como também se transformou numa das principais preocupações de governos municipais e estaduais de todo o País. "Todos os municípios e Estados têm problemas (dívidas) com a União. Essa repactuação da dívida precisa ser feita. O pagamento de juros é inaceitável", reclamou Marinho.

No discurso de posse, no último dia 1º de janeiro, Haddad classificou a renegociação da dívida como fundamental para a retomada da capacidade de investimento de São Paulo. Com um orçamento de R$ 41 bilhões, a dívida municipal obriga a cidade pagar anualmente R$ 4 bilhões à União. Na sexta-feira (4), Haddad se reuniu com Mantega para discutir a questão.

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Além da questão da dívida, os prefeitos conversaram sobre ações conjuntas de combate às enchentes e integração na área de transporte público intermunicipal. Marinho também pediu a liberação de uma área para a construção do piscinão Jaboticabal, obra necessária para evitar os constantes alagamentos na região do ABC provocados pelo transbordamento dos córregos Jaboticabal, Ribeirão dos Couros e dos Meninos, em períodos de chuvas.

O prefeito de São Paulo aproveitou a visita ao colega petista para visitar as instalações do Campus de São Bernardo da Universidade Federal do ABC, projeto iniciado quando Haddad ainda era ministro da Educação. Além do encontro com Marinho, Haddad deve se reunir, em um almoço, com prefeitos petistas da Região Metropolitana de São Paulo ainda nesta semana. "Há um interesse mútuo de se trabalhar as agendas em comum", afirmou Marinho.

No encontro, o prefeito de São Paulo também aproveitou para agradecer o empenho de Marinho durante a campanha eleitoral. No período de definição da candidatura petista na capital paulista, Marinho foi um dos principais entusiastas do nome de Haddad. "Ele agradeceu nossa força. Eu trabalhei para ele virar candidato", contou.

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Um movimento que começou sem grandes pretensões, desafiou tabus em uma época em que ser ator ou atriz significava ser um degenerado e marcou a história das artes cênicas do Estado de Pernambuco. Com a liderança de uma das mais importantes figuras do teatro pernambucano, Valdemar de Oliveira, o Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) conseguiu alcançar ótimas bilheterias e ajudou a derrubar preconceitos, trazendo pessoas da sociedade para seu elenco e a devoção ao teatro.

Como parte das comemorações dos setenta anos de existência do TAP, completados ano passado, o grupo está em curta temporada com o espetáculo Um Sábado em 30, o maior sucesso em décadas de atuação. "Essa peça estreou aqui no Teatro de Santa Isabel em 8 de julho de 1963", avisa Reinaldo de Oliveira, filho de Valdemar e atual diretor do TAP.

Reinaldo recebeu, em nome do Teatro de Amadores de Pernambuco, antes do espetáculo desta sexta (14), a Comenda José Mariano, da Câmara Municipal do Recife. A honraria foi entregue pelo vereador Marco Menezes, que propôs a homenagem. À reportagem do LeiaJá, Reinaldo de Oliveira afirmou que "o TAP revolucionou a cena teatral pernambucana", trilhando um caminho até hoje percorrido por diferentes grupos. Ele fala também da honra que é continuar o legado do pai, Valdemar. "Momentos como esse marcam a história do TAP", completou o diretor.

A peça

Um Sábado em 30 é uma peça escrita por Luiz Marinho, ambientada durante a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. A trama retrata a vida de uma família abastada do interior de Pernambuco. Uma típica comédia de costumes, o espetáculo tem tipos marcantes, como a velha falastrona Sá Nana, o Major Paulino, chefe da família que ficou cego na Guerra do Paraguai e agora vive passando a mão nas mulheres, e o negro Julião, responsável por alguns dos momentos mais hilários da encenação.

O texto bem-humorado e capaz de causar o riso fácil conquistou o público rapidamente. As  gargalhadas brotavam o tempo todo, motivadas pelos diálogos, pelas situações imaginadas por Luiz Marinho e trejeitos dos atores. Um destaque é a qualidade da atuação de Ivanildo Silva como Julião e a de Maria Paula como Sá Nana, além da espevitada empregada Zefa, interpretada por Clenira Melo.

Apesar de se passar num momento histórico muito específico do Brasil, a peça é ainda de uma vitalidade marcante em vários aspectos e usa muito bem a comédia de situações cotidianas e dos vários conflitos vividos dentro do seio familiar. Um Sábado em 30, ainda que despretenciosamente, condensa diferentes aspectos do desenvolvimento social brasileiro, encarnados nas figuras das filhas "libertinas" com um comportamento moderno demais para os mais antigos, as relações de subserviência dos empregados numa época em que muitos tinham nascido no período da escravidão ou nos tabus em relação à sexualidade ridicularizados no texto.

E chega a ser um alento poder rir de piadas escritas em uma época em que o patrulhamento do "politicamente correto", que pasteuriza e torna qualquer humor em algo completamente sem graça, ainda nem tinha pensado em nascer. Feito por quem ama teatro acima de tudo, o Teatro de Amadores de Pernambuco está de parabéns. E foi aplaudido de pé.

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