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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou, nesta segunda-feira (4), vitória na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, um dia depois que as forças ucranianas se retiraram de seu último bastião de resistência na província. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, informou a Putin, em uma reunião televisionada, que as forças russas assumiram o controle de Luhansk, que junto com a província vizinha de Donetsk compõe o coração industrial de Donbass.

Putin, por sua vez, disse que as unidades militares "que participaram das hostilidades ativas e alcançaram o sucesso, a vitória" em Luhansk, "devem descansar, aumentar suas capacidades de combate".

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A declaração de Putin ocorreu enquanto as forças russas tentam intensificar sua ofensiva no leste da Ucrânia, depois que os militares ucranianos confirmaram que suas forças haviam se retirado de Lysychansk no domingo. O governador de Luhansk, Serhii Haidai, disse que as forças ucranianas se retiraram da cidade para evitar serem cercadas.

"Havia o risco de cerco de Lysychansk", disse Haidai à Associated Press, acrescentando que as tropas ucranianas poderiam ter resistido por mais algumas semanas, mas teriam potencialmente pago um preço muito alto.

O Estado-Maior ucraniano disse que as forças russas estão agora concentrando seus esforços em avançar para a linha de Siversk, Fedorivka e Bakhmut na região de Donetsk, cerca de metade da qual é controlada pela Rússia. O exército russo também intensificou o bombardeio dos principais redutos ucranianos de Sloviansk e Kramatorsk, mais em Donetsk.

Em seu discurso noturno em vídeo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu a retirada, mas prometeu que as forças ucranianas lutarão para voltar. "Se o comando do nosso exército retira pessoas de certos pontos da frente onde o inimigo tem a maior superioridade de fogo, em particular se aplica a Lysychansk, isso significa apenas uma coisa: voltaremos graças às nossas táticas, graças ao aumento do fornecimento de armas modernas", disse Zelensky. Fonte: Associated Press.

Residentes de duas cidades no leste da Ucrânia sacudidas pela insurgência pró-Rússia desafiaram o governo central em Kiev ao votar neste domingo (11) em referendos de independência polêmicos e organizados apressadamente.

A votação, que a Ucrânia e o Ocidente rejeitam como ilegal, busca a aprovação da população para a declaração de autoproclamadas repúblicas populares soberanas nas regiões de Donetsk e Luhansk, onde os rebeldes tomaram prédios do governo e entraram em confronto com a polícia e as tropas ucranianas ao longo do último mês.

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O presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, disse que a independência de áreas no leste ucraniano destruirá a economia do país. "Este é um passo para o abismo para as regiões", salientou Turchynov, em comentários postados no site da Presidência no sábado.

Os locais de votação abriram abriram às 8 horas (2h de Brasília) e fechariam às 10 horas (16h de Brasília). Organizadores do referendo disseram esperar um alto comparecimento às urnas. Houve relatos de confrontos esporádicos, mas a calma predominou na maioria das áreas das duas cidades, que, somadas, têm uma população de 6,5 milhões de pessoas, enquanto a votação era realizada.

Enquanto isso, insurgentes na cidade de Sloviansk, que tem visto alguns dos confrontos mais violentos entre militantes pró-Rússia e forças do governo nas últimas semanas, trocaram tiros com as forças ucranianas no entorno da cidade durante a noite. O Ministério da Defesa da Ucrânia informou que um soldado do Exército foi ferido em um ataque com morteiros perto da torre de TV de Sloviansk. A situação na cidade e porto de Mariupol, no Mar de Azov, continuou tensa após os confrontos de sexta-feira, nos quais pelo menos sete pessoas morreram.

Autoridades eleitorais disseram que mais de 30% dos eleitores votaram nas três primeiras horas de votação. Com nenhuma missão de supervisão internacional como observadora, confirmar tais afirmações pode ser impossível. Em um posto de votação em uma escola em Donetsk, havia pouco movimento na primeira hora do referendo. Todos os votos que podiam ser vistos nas urnas claras mostravam que a opção pela autonomia tinha sido selecionada. Embora as autoridades eleitorais em Donetsk disseram estar convictas de que o comparecimento será alto, parece provável que a maioria dos que se opõem à autonomia irá se recusar a participar.

Muitos dos que votaram afirmaram esperar que a votação ajude a estabilizar a situação. "Eu não tenho palavras para expressar o que está acontecendo em nosso país", disse Liliya Bragina, de 65 anos. "Eu vim para que haja estabilidade, para que então possa haver paz." O chefe do posto de votação, Andrei Mamontov, disse estar convicto de que a votação seria justa e não seria maculada por falsificações. "Neste posto de votação, tudo ficará bem, mas não posso falar por outros", afirmou. "Preparamos tudo, assinamos tudo, fizemos todas as checagens - tudo deve ser legítimo e limpo."

Mas em Spartak, uma arborizada aldeia localizada na margem norte de Donetsk, os moradores não puderam votar por cerca de três horas depois de aberta a votação porque os funcionários eleitorais não conseguiam trazer a urna. Depois de algumas discussões entre a população local e o chefe do conselho da aldeia, um organizador do referendo chegou com uma urna de votação grosseiramente formada a partir de caixas de papelão e selada com fita. A maioria dos presentes disse que votaria a favor da autonomia e contra o governo interino. Uma delas relatou que não participaria das eleições presidenciais nacionais marcadas para 25 de maio. "Eu não concordo com o que está acontecendo no país. E quero ver algumas mudanças para melhor. O que ocorrerá em 25 de maio não é honesto, verdadeiro ou em nosso melhor interesse. E é por isso que estou votando hoje", disse Irina Zelyonova, de 30 anos.

As cédulas organizadas às pressas são semelhantes às do referendo de março na Crimeia, que aprovou secessão da Ucrânia. A Crimeia foi formalmente anexada pela Rússia dias depois. Mas organizadores da votação deste domingo afirmam que apenas após o resultado da votação uma decisão será tomada se a região usará a sua soberania nominal para buscar total independência, ser anexada pela Rússia ou continuar parte da Ucrânia, mas com maior autonomia. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, prometeu nesta quinta-feira que ativistas que invadiram prédios do governo nas cidades de Donetsk e Luhansk, no leste do país, não serão processados se entregarem suas armas. Turchynov, falando ao Parlamento da Ucrânia em Kiev, elogiou os ativistas em Luhansk, que começaram a negociar com as autoridades nacionais, e exortou Donetsk a seguir o exemplo.

Centenas de manifestantes armados pró-Rússia invadiram um prédio da administração regional do governo federal em Donetsk e uma instalação do Serviço de Segurança Ucraniano em Luhansk no domingo. Eles exigem um referendo sobre maior autonomia ou até a secessão do território ucraniano.

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Em Donetsk, o clima continua tenso hoje, com cerca de 1 mil manifestantes do lado de fora do prédio invadido cantando "Rússia! Rússia!". Ativistas estavam reforçando linhas de barricadas, empilhando pneus de borracha ou construindo muros de paralelepípedos. Os líderes locais dos protestos desafiaram os pedidos de saída do prédio e anunciaram que criarão um grupo de relações exteriores para pedir auxílio à Rússia e a outras antigas repúblicas soviéticas.

Também nesta quinta-feira, o comandante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, condenou mais uma vez a anexação da Crimeia. "A Rússia está tentando justificar suas ações acusando autoridades ucranianas ou oprimindo falantes de russo e acusando a Otan de mentalidade de guerra fria. Isso não é nada além de propaganda criada para subverter o governo ucraniano, deturpar a verdade e desviar a atenção dos próprios atos ilegais e ilegítimos da Rússia", assinalou. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou Rasmussen por "reproduzir zelosamente a retórica da era da Guerra Fria".

Na França, Conselho da Europa, órgão de vigilância de direitos humanos no continente, que tem legisladores de 47 países, incluindo Rússia e Ucrânia, suspendeu hoje o direito da Rússia de votar no conselho e participar do monitoramento de eleições este ano para punir a nação pela anexação da Crimeia. Fonte: Associated Press.

Autoridades ucranianas disseram nesta segunda-feira que um grupo "radical", cujo nome não foi revelado, mantém 60 pessoas reféns dentro de um escritório do governo na cidade de Luhansk, no leste do país.

O Serviço de Segurança da Ucrânia disse que os "separatistas" mantêm os reféns dentro de uma instalação do serviço de segurança em Luhansk e os ameaçam com armas e explosivos. Não havia informações sobre as identidades dos reféns. A Ucrânia informou que o edifício foi invadido no domingo por manifestantes armados pro-Rússia.

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Autoridades ucranianas recuperaram nesta terça-feira o controle de outro prédio do governo em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, expulsando manifestantes pró-Rússia e detendo dezenas de pessoas. Fonte: Associated Press.

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