Tópicos | loja móvel

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Os serviços delivery, principalmente de comida, caíram no gosto dos consumidores. Já nas ruas por onde circulam muitos populares, funcionam empresas e existem centros de compras, não faltam os famosos e atraentes carros que comercializam cachorro-quente, refrigerantes, sanduíches, entre outros salgados. Recentemente, a “gourmetização” de pratos ganhou mais destaque com a onda do food truck. O que todas essas atividades têm em comum é o fato de que seus produtos são oferecidos em veículos, que são estacionados em pontos fixos ou circulam por várias localidades.

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Todo esse cenário desperta nos empreendedores a necessidade de usar carros para comercializar produtos e manter a clientela com comodidade. A mobilidade virou ferramenta essencial para muitos empresários, como a criadora da Color Me, marca recifense de camisetas ilustradas com desenhos próprios. Formada em direito para manter a tradição da família, Andrea Mendes, 31, apenas tem o canudo de advogada para agradar a mãe. Na verdade, sua forte atuação no mercado profissional é como designer de moda e empreendedora. Em 2014, após muita pesquisa de mercado, ele entendeu que usar um carro para expor suas peças seria a estratégia ideal para o negócio render.

De acordo com a empresária, após meses de rejeição, boa parte das pessoas que se deparam com o serviço passou a aprovar a loja móvel. O veículo circula durante a semana em ruas da Zona Sul do Recife e em trechos da Zona Norte. “As pessoas adoram a loja móvel, ficam mais à vontade para escolher as peças. No começo, quando a loja móvel não era tão conhecida no Recife, o público às vezes não valorizava nosso trabalho, como aconteceu em uma faculdade que fiquei apenas por um dia. Agora, principalmente com o crescimento do serviço food truck, a recepção é bem diferente”, conta Andrea. Veja no vídeo mais um depoimento da empresária:

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A Color Me chega a colocar à venda cerca de 300 peças por mês. Os preços variam de R$ 25 a R$ 50 e existe a possibilidade de encomendar as camisetas. Andrea Mendes revelou ao LeiaJá que já está sendo fechado um modelo de franquia da empresa e algumas pessoas estão interessadas no negócio. De acordo com a empresária, o investimento no empreendimento, já contando com o carro do mesmo modelo do atual da Color Me, deverá ser de R$ 200 mil. Andrea estipula que o retorno financeiro para os franqueados venha em até 24 meses.

Segundo o analista de orientação empresarial do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Pernambuco, Vitor Abreu, apesar da nomenclatura “empreendedorismo móvel”, esse tipo de serviço “não é tão móvel assim”. “A gente tem que deixar bem claro para o empreendedor que é preciso definir alguns pontos de venda. Se o empresário não cria uma frequência do seu negócio em um determinado local, isso pode prejudicar o reconhecimento do produto pelos clientes”, orienta Abreu.

Para o analista, é importante que o empreendedor móvel faça um roteiro. “É importante ter um roteiro fixo, passando por pontos pré-estabelecidos semanalmente. Assim, a empresa cria um costume nos clientes”, explica. Abreu reconhece que os custos para abrir um negócio móvel são bem menores, porém, segundo ele, isso não representa um lucro maior. “Existe uma redução de custo, porque o processo de instalação é mais enxuto. Porém, isso não quer dizer que o lucro será maior. O lucro vai sempre depender do produto que é comercializado”, frisa o analista empresarial do Sebrae.

Regras importantes

De acordo com a Companhia de Serviços Urbanos do Recife (Csurb), em relação ao comércio informal realizado em veículos estacionados, só os que são autorizados e possuem alvará de funcionamento disponibilizado por uma das seis Gerência Regionais da Prefeitura do Recife estão aptos a comercializar. Segundo a Csurb, o cadastro atual conta com cerca de 100 comerciantes que usam carros para vender seus produtos em terras recifenses.  

A Companhia também esclarece que é permitido o estacionamento em locais que não impeçam a mobilidade das pessoas. “Como veículo, o equipamento utilizado para comércio poderá ser notificado pela Companhia de Trânsito e Transporte (CTTU) se estiver infringindo alguma lei de trânsito. Quanto ao comércio informal, o ambulante que invadir áreas de logradouros públicos e dificultar a mobilidade dos transeuntes com cadeiras, mesas e qualquer outro equipamento no passeio público está sujeito a ter sua mercadoria apreendida e ser notificado”, consta na nota da Csurb enviada ao LeiaJá. Interessados em saber como é possível conseguir o alvará podem acessar o site da Prefeitura.

 

Andréa Mendes gostava de desenhar roupas para as bonecas junto com a irmã, quando criança. A menina cresceu e decidiu transformar a brincadeira em coisa séria. Depois de formar-se em direito, ela resolveu dedicar-se a sua verdadeira paixão e foi para São Paulo estudar Design de Moda e MBA de Negócios de Moda. Ao voltar para Pernambuco, Andréa criou a Color Me, uma marca de camisetas ilustradas com criações próprias. Mas não era esta a única novidade, ela criou a primeira loja de moda móvel do Recife e vende suas "t-shirts fofas", como chama, pelas ruas da cidade.

Após passar um ano vendendo em um ponto fixo, a empresária quis novos caminhos para sua grife e desenvolveu o projeto da loja móvel. "É diferente de uma loja onde a pessoa entra só pra comprar. É menos formal e as pessoas têm mais liberdade", diz. Andréa optou pela versatilidade: ela é quem escolhe os horários e os pontos onde vai estacionar 'suas roupas' e garante que é uma boa vantagem poder ir até o cliente sem precisar esperar por ele.

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Durante a semana, com a ajuda da mãe, Eliane Mascarenhas, ela passa por quatro pontos na região Metropolitana do Recife - a pracinha de Boa Viagem, a Avenida Boa Viagem no segundo Jardim, o Pina e a Faculdade Guararapes - e já estuda 'abrir' um novo ponto na Zona Norte, no segundo semestre. No bairro de Boa Viagem ela também tem um escritório, onde trabalha com pedidos de ca misas personalizadas. Além disso, a marca conta com lojas virtuais e serviço de delivery.

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A Color Me faz camisetas divertidas, todas ilustradas pela própria Andréa, e com um conceito bem redondo. "Não queria montar só uma loja, uma marca, mas sim um conceito de vida", explica ela. Os temas usados são assuntos que lhe interessam, como moda, animais, sustentabilidade e respeito às diferenças. As t-shirts foram escolhidas como produto chave também de acordo com o gosto pessoal da empresária, que prefere vestir-se de forma mais básica, além de serem algo que agrade de crianças a adultos. 

No Instagram, Andréa testa as ilustrações antes de passá-las para as peças. Este é um canal em que ela também recebe sugestões e pedidos de seguidores e clientes, mas talvez seja a proximidade com o público nas ruas o que mais movimenta suas criações. "A gente fica sabendo em primeira mão o que o cliente gosta", afirma a ilustradora, que está sempre de olho nas tendências. As t-shirts de frase são as mais pedidas, e todas vêm em diversos tamanhos e modelos como baby look e regatas. Algumas camisas têm desenhos exclusivos, são no máximo 30 peças de cada: "Queremos dar um toque especial (às peças), nossas ilustrações são nossa personalidade". Também é possível encontrar na loja acessórios e leggings.

Todos os detalhes da Color me foram cuidadosamente pensados por Andréa. O símbolo da marca, o ursinho Bruce, representa espiritualidade, energia e superação. Os tecidos usados são os mais naturais, como os 100% algodão, e polliester, que secam mais rápido e praticamente dispensam o uso do ferro de passar roupa, gerando menos gasto de energia. Até a sacolinha na qual as roupas são embaladas é de material reciclável. Tudo em conformidade com o conceito da Color Me.

Solidariedade 

A Color Me é engajada com a causa em prol dos animais. Nos locais onde é estacionada, a loja móvel também funciona como um ponto de arrecadação de ração para cães e gatos. As doações são entregues a ONGs, cuidadores e abrigos que cuidam de animais abandonados.  

Serviço

Color  Me

Segunda e Terça | 10h às 15h30

Faculdade Guararpes (Rua Comendador José Didier, 27 - Piedade)

 

Quarta a sexta | 9h às 14h

Pracinha de Boa Viagem (ao lado do restaurante Chica Pitanga)

 

Sábado | 10h às 15h

Avenida Boa Viagem

 

Domingo | 10h às 20h

Segundo Jardim (Pina)

 

Show Room

R. Ribeiro de Brito, 1111 - Boa Viagem

(81) 3033 6651

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