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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou, no último final de semana, a ocupação de oito latifúndios em Pernambuco, abrigando 2.280 famílias nos acampamentos. A movimentação faz parte das ações da Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, no mês de abril. Conforme explicado pela organização, os assentamentos não estão ligados a nenhuma mobilização nacional, mas sim como forma de marcar o mês em que se relembra a chacina de Eldorado dos Carajás, quando 21 integrantes do MST foram assassinados no Pará, em 1996.

Os acampamentos são localizados na Região Metropolitana, Zona da Mata, Agreste e Sertão. Confira a lista abaixo:

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Engenho Cumbre, Timbaúba - 200 famílias, área pública que pertence ao governo estadual desde 2012;

Engenho Juliãozinho, Timbaúba - 150 famílias, terras do governo de Pernambuco, mas que estão sendo arrendadas de maneira irregular pela Usina Cruangi;

Engenho Pinheiro, Jaboatão dos Guararapes - 400 famílias ligado à falida Usina Bulhões, que além de não cumprir a sua função social também possui irregularidades tributárias perante à União;

Barra de Algodão, Tacaimbó - 80 famílias, área com situação irregular em relação à impostos;

Santa Terezinha, Caruaru - 350 famílias, área está com suas terras ociosas e tem implicações na Receita Federal;

Fazendo Boa Esperança, Glória do Goitá - 200 famílias, área que está sob controle de uma tradicional família da região, os “Paes”;

Engenho Barreirinha, Goiana - 300 famílias, as terras foram desapropriadas pelo Governo do Estado desde 2013, mas a Usina Santa Tereza mantinha sob seu controle;

Petrolina - 600 famílias ocupam área da Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).

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De acordo com a equipe de comunicação, o MST também reivindica que o Governo do Estado assente, em 2023, todas as famílias acampadas no período dos últimos 8 anos, que somam um total de 65 mil, localizadas em 140 acampamentos. Reivindica também Crédito à Reforma Agrária para produção de mais alimentos para resolver de vez o problema da fome no país. O movimento reforça a importância da atuação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Pernambuco no processo de negociação com o governo estadual.

O MST justifica que, segundo o artigo nº 184 da Constituição Federal, a União deve desapropriar terras que não cumprem a sua função social e destiná-las à Reforma Agrária.

Com informações da Assessoria.

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