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Cientistas do Instituto Pasteur de Paris anunciaram que identificaram em morcegos do norte do Laos uma cepa do vírus muito parecida com a do SARS-CoV‑2, que originou a Covid-19.

As conclusões da pesquisa ficaram disponíveis a partir desta quarta-feira (22) na plataforma científica "Research Square", de livre acesso.

O estudo ainda não foi avaliado de forma independente por outros pesquisadores, antes de ser publicado em uma revista científica, como acontece habitualmente.

Os cientistas franceses, ao lado de seus colegas do Instituto Pasteur do Laos e da Universidade Nacional deste país, integraram entre o fim de 2020 e início de 2021 uma missão na região norte do Laos para analisar diferentes espécies de morcegos que vivem em cavernas calcárias.

"A ideia inicial era tentar identificar a origem desta epidemia", explicou à AFP Marc Eloit, diretor do laboratório especializado na descoberta de novos patógenos no Instituto Pasteur de Paris.

Após análises das diversas mostras obtidas e, graças a dados coincidentes, "suspeitamos que alguns morcegos insetívoros poderiam hospedar o vírus".

As amostras foram recolhidas em uma região que faz parte de um imenso relevo cárstico, com formações geológicas calcárias, ideais para abrigar colônias de morcegos, que vai do Laos até o norte do Vietnã e o sul da China.

"Laos compartilha este território comum com o sul da China, repleto de cavernas onde vivem os morcegos, e por isso decidimos explorar por este lado", explica Marc Eloit. O que acontece nesta região é representativo de todo o ecossistema das cavernas.

As sequências dos vírus encontrados nos morcegos são quase idênticas às do SARS-CoV-2 (nome científico do vírus da covid-19) e os cientistas conseguiram demonstrar que é capaz de contaminar células humanas.

Os vírus examinados, no entanto, não tinham o que é conhecido como "local de clivagem da furina", uma função presente no SARS-CoV-2, que ativa a proteína Spike.

Esta proteína é a que permite ao vírus melhorar seu poder de penetração nas células humanas e, por este motivo, é a chave do poder patógeno do vírus que se propagou por todo o planeta.

- O mistério da propagação do vírus -

Várias hipóteses poderiam explicar o elo perdido nos vírus recentemente analisados, disse Marc Eloit.

"Talvez um vírus não patogênico tenha circulado primeiro entre os seres humanos antes de sofrer mutação", sugere o especialista.

"Ou talvez um vírus muito próximo dos vírus identificados possua este local de clivagem, e ainda não encontramos".

Mas a pergunta mais sensível é outra: "Como é possível que o vírus dos morcegos encontrado nas cavernas tenha acabado em Wuhan?", uma cidade que fica mais de 2.000 quilômetros ao norte.

Wuhan é a cidade chinesa considerada a origem oficial da pandemia de covid-19.

Até o momento não há uma resposta clara para esta pergunta.

Seja como for, este estudo "representa um grande avanço na identificação da origem do SARS-CoV-2", destaca Eloit.

A principal conclusão seria a de que existem vírus muito próximos ao SARS-CoV-2 nos morcegos, capazes de infectar o homem sem um animal intermediário, como os pangolins.

No fim de agosto, um grupo de especialistas que recebeu a missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de elaborar um relatório sobre a origem da covid-19 advertiu que as investigações estavam em um "ponto morto".

Os cientistas que deram o sinal de alerta integraram a equipe de 17 pesquisadores que a OMS enviou à China, onde trabalharam com outros 17 cientistas chineses.

A investigação inicial, no mês de janeiro, resultou em um relatório conjunto, divulgado em 29 de março, que não apresenta uma resposta clara às incógnitas.

A água da represa hidrelétrica que se rompeu no Laos na última segunda-feira (23) e submergiu várias localidades, deixando 26 mortos e 131 desaparecidos, alcançou nesta quinta (26) o país vizinho Camboja, onde provocou inundações em 17 povoados e o deslocamento de milhares de pessoas.

De acordo com o porta-voz da província de Stung Streng, Men Kong, "17 aldeias foram inundadas por causa do colapso da represa do Laos".

"Evacuamos 5.600 moradores, porque suas casas estavam submersas", disse essa mesma fonte à AFP, sem citar mortos, ou desaparecidos.

As autoridades do Camboja, que estão organizando as eleições legislativas de domingo, esperam um aumento dos níveis das águas e novas evacuações.

Ao todo, 131 pessoas estão desaparecidas no Laos, declarou ontem o primeiro-ministro Thonglun Sisulith, em um primeiro balanço da catástrofe.

O isolamento da região, devido às torrenciais chuvas de monção, complicou as tarefas de resgate.

Os sobreviventes ouvidos pela AFP no Laos lamentam que não tenham sido advertidos sobre os riscos de colapso da represa com mais tempo. Alguns trabalhadores revelaram que a infraestrutura começou a apresentar danos pelas chuvas vários dias antes.

China, Vietnã e Tailândia enviaram equipes de resgate para o Laos nesta quinta.

O cônsul tailandês no Laos, Chana Miencharoen, que visitou o local do acidente, disse nesta quinta que foram recuperados 26 corpos. Segundo ele, nas aldeias próximas à represa a água chegava ao teto das casas.

A ONG International Hydropower Association (IHA) relata que existem mais de 50 projetos hidroelétricos no Laos. Várias organizações de defesa do meio ambiente advertiram para o impacto dessas represas no rio Mekong, em sua flora e fauna, assim como nas populações rurais.

Centenas de pessoas estão desaparecidas e 6,6 mil ficaram desabrigadas após o rompimento de uma represa hidrelétrica localizada no Sul do Laos, em uma região sujoita a grandes inundações, conforme informações de autoridades locais ouvidas nesta terça-feira (24) pela agência de notícias laosiana.

A Represa Xe Pian Xe Nam Noi, localizada a 550 quilômetros da capital, Vientiane, rompeu-se ontem. Segundo a Agência. EFE, a água inundou seis aldeias.

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Brasil expressa pesar

Em nota divulgada nesta terça-feira (24) pelo Itamaraty, o governo brasileiro manifestou pesar pelo rompimento da represa no Sul do Laos, que provocou mortes e afetou diversas localidades do país asiático.

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, do rompimento de represa de usina hidrelétrica em construção na província de Attapeu, no Sul do Laos, na noite de 23 de julho. O acidente afetou diversas localidades na região, com vítimas fatais", diz a nota.

Na mensagem, o governo brasileiro expressa ainda condolências aos parentes e amigos das vítimas e estende sua solidariedade ao povo e ao governo do Laos.

*Com informações da Agência EFE

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos trabalharão com seus aliados para endurecer as sanções contra a Coreia do Norte, após o país comunista realizar lançamentos de mísseis balísticos na segunda-feira. Obama avaliou, porém, que há espaço para diálogo se Pyongyang mudar o rumo de sua política.

Obama falou após se reunir nesta terça-feira com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye. A dupla participa de uma reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático. Ele ressaltou que os dois líderes querem paz e segurança para todos os povos.

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O presidente norte-americano disse que os mais recentes lançamentos da Coreia do Norte são provocações e que o país precisa saber que essas ações ampliarão seu isolamento no mundo. Park disse que um teste nuclear e que os seguidos lançamentos de mísseis são uma ameaça à segurança da Península Coreana.

Em discurso para cerca de 1.100 pessoas, Obama afirmou que os compromissos dos EUA com a região da Ásia e do Pacífico são de longo prazo. "Nós temos enviado uma mensagem clara de que, como uma nação do Pacífico, estamos aqui para ficar."

Obama lembrou que a região da Ásia e do Pacífico abriga mais da metade da população global e disse que a zona se tornará ainda mais importante ao longo dos próximos cem anos. Segundo ele, esse é o motivo para que Washington reequilibre sua política externa para ter mais um papel na região.

O líder também disse que os EUA têm a obrigação moral de ajudar o Laos a melhorar e de auxiliar a que o governo local invista em seu povo. O presidente lembrou a "guerra secreta" que os EUA conduziram no Laos durante a Guerra do Vietnã. Segundo ele, aviões norte-americanos lançaram mais bombas sobre o país que as que caíram sobre a Alemanha e o Japão durante a Segunda Guerra. A autoridade disse que é importante reconhecer o sofrimento de todos os lados do conflito e o sofrimento trazido pela guerra.

Obama é o primeiro presidente dos EUA a visitar o Laos. Ele informou que o governo americano destinará US$ 90 milhões ao longo dos próximos três anos para retirar bombas que não explodiram no Laos durante a Guerra do Vietnã. Milhões de bombas de cacho não detonadas continuam no interior do Laos, fruto de uma campanha de nove anos dos EUA para evitar que as forças comunistas do vizinho Vietnã aumentassem sua influência no Laos. A Casa Branca disse que contribuíram com US$ 100 milhões no esforço de desativar bombas nos últimos 20 anos. As mortes a cada ano caíram de mais de 300 para menos de 50 nesse período. Fonte: Associated Press.

Um avião que transportava altos funcionários do governo de Laos caiu neste sábado em uma área de floresta do país do sudeste asiático, matando o ministro da Defesa e pelo menos outras quatro pessoas, informaram autoridades locais.

Acredita-se que cerca de 20 pessoas estavam a bordo do avião da Força Aérea, que deixou a capital do Laos, Vientiane, no início da manhã de sábado para levar o grupo a uma cerimônia oficial na província de Xiangkhoung, a cerca de 470 quilômetros de distância, disse o porta-voz do Ministério do Exterior tailandês Sek Wannamethee.

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A aeronave de fabricação russa Antonov AN-7KTK300 caiu no distrito de Pek da província de Xiangkhoung, onde autoridades estavam "ajudando a resgatar os sobreviventes", de acordo com a agência de notícias de Laos KPL, que cita um comunicado do gabinete do primeiro-ministro. A reportagem não informa quantas pessoas morreram ou sobreviveram no acidente.

Entre as mortes confirmadas estavam a do ministro da Defesa Douangchay Phichit e sua esposa, informou o secretário permanente do Ministério da Defesa da Tailândia, Nipat Thonglek. Douangchay também foi um dos vice-premiês do país e membro do alto escalão do Politburo, o principal órgão de tomada de decisão para a Partido Comunista do país.

Também entre os mortos estão o governador de Vientiane, Sukhan Mahalad, e dois

outros altos funcionários, afirmou Nipat. Ele disse que recebeu a informação por

autoridades do país vizinho Laos, que não deram imediatamente os detalhes do

outros passageiros. A causa do acidente não era imediatamente conhecida.

Fonte: Associated Press

Um avião da Laos Airline caiu nesta quarta-feira no Rio Mekong, aparentemente matando as 49 pessoas a bordo. A aeronave havia saído da capital do Laos, Vientiane, com destino à cidade de Pakse, no sul do país.

Segundo o Bangkok Post, de língua inglesa, o acidente ocorreu por causa de más condições climáticas. A aeronave caiu no Rio Mekong, a menos de oito quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de Pakse.

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Informou-se inicialmente que havia 44 pessoas a bordo, mas posteriormente o Ministério dos Transportes do Laos esclareceu que havia 49 pessoas no avião, sendo 44 passageiros e cinco tripulantes. Não há sinais de sobreviventes.

O avião transportava pessoas de 11 nacionalidades diferentes. Entre os passageiros havia 17 laocianos, sete franceses, cinco australianos, cinco tailandeses, três coreanos, dois vietnamitas, um canadense, um chinês, um malaio, um taiwanês e um norte-americano.

Apesar de o mau tempo ser a causa mais provável, as autoridades locais abriram uma investigação para apurar as exatas circunstâncias da queda. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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