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Uma obra de arte instalada a céu aberto na Usina Santa Terezinha, em Água Preta, município da Zona da Mata Sul de Pernambuco, causou polêmica na internet, no último sábado (2). Diva é uma réplica de uma vagina, em grandes dimensões, de autoria da artista plástica Juliana Notari. A peça integra o projeto Usina de Arte, que tem convênio com o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam). 

Como a própria Juliana explicou em seu Instagram, Diva é uma escavação em formato de vulva com 33 metros de altura por 16 de largura e seis de profundidade. A “land art”, produzida em resina e concreto armado, demorou 11 meses para ficar pronta e contou com o trabalho de 20 homens que trabalharam artesanalmente na instalação, uma vez que escavadeiras não permitiriam “esculpir com precisão os relevos” necessários. 

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Na postagem que apresenta a obra, a artista pernambucana explica o conceito da peça. “Em Diva, utilizo a arte para dialogar com questões que remetem à problematização de gênero a partir de uma perspectiva feminina aliada a uma cosmovisão que questiona a relação entre natureza e cultura na nossa sociedade ocidental falocêntrica e antropocêntrica. Atualmente essas questões têm se tornado cada vez mais urgentes”.

Nos comentários, a repercussão foi grande e as opiniões acerca da peça se dividiram. “Uma obra que reafirma o empoderamento feminino que está cada dia mais forte”; “Sua obra tem a dimensão da sua coragem”; “Um trabalho forte e lindo”; “Já vi muitas bizarrices mas essa merece o Oscar”; “Vergonha de ver uma mulher fazer uma presepada dessa”; “Um engenheiro e mais de 20 homens para fazer a obra,isso sim é um empoderamento feminino”. 

Nicolás García Uriburu, o artista plástico argentino de vanguarda que tingiu de verde o Grande Canal de Veneza, o rio Sena de Paris e o East River de Nova York, morreu na segunda-feira aos 78 anos em Buenos Aires, de acordo com fontes sanitárias.

O pintor e defensor do meio ambiente faleceu no Hospital Rivadavia, que não informou a causa da morte. García Uriburu foi um dos pioneiros da chamada 'land art', movimento destinado a criar consciência sobre os estragos da poluição.

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Na Bienal de Veneza de 1968, Uriburu tingiu o Grande Canal com um corante verde fosforescente. Foi preso pela ação, mas o libertaram pouco depois, quando se comprovou que a substância não era tóxica.

Durante sua rica trajetória, presidiu em Buenos Aires uma fundação dedicada ao estudo da arte dos povos originários da América.

Como parte da sua cruzada a favor do meio ambiente, também tingiu de verde as águas no porto belga de Amberes e no francês de Nice.

Em 1981, junto com o artista Joseph Beuys, coloriu o rio Rhin e plantou cerca de 7.000 carvalhos na Alemanha. Para comemorar o regresso da democracia na Argentina, em 1983, tingiu as águas das fontes do Monumento de los Españoles e da Plaza de los Dos Congresos.

"Tento lançar um alarme contra a poluição de rios e mares, e foi através das minhas ações artísticas em pontos distintos do planeta que transformei minha obra em uma espécie de alerta contestatário globalizador", declarou em certa ocasião à imprensa.

Em 2010, durante as festividades do Bicentenário da patriótica Revolução de Maio, coloriu o Riachuelo em Buenos Aires, um dos cursos fluviais mais poluídos do mundo.

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