Tópicos | Jussara Rodrigues Paes Silva

No novo depoimento, a farmacêutica Jussara Rodrigues Paes Silva, de 55 anos, contou a Polícia Civil ter aplicado um “mata-leão” e arrancado e queimado os genitais do marido. As informações, repassadas pelo advogado de Jussara e do filho Danilo Paes Rodrigues, serão verificadas pela polícia. Ainda segundo o advogado, a reprodução simulada do caso, com a participação de Jussara, será iniciada às 8h da quinta-feira (6) no condomínio de luxo onde a família vivia em Aldeia, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Segundo o relato, Denirson Paes da Silva e Jussara discutiam na manhã do dia 31 de maio. Ela conseguiu derrubar o médico em um movimento surpresa e ele bateu com a cabeça no chão. Em seguida, a mulher teria esganado o companheiro.

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Percebendo que Denirson já estava sem vida, a farmacêutica teria escondido o corpo dele em um quarto na área externa. Naquela noite, a mulher teria voltado ao local para esquartejar o marido e arrancar e atear fogo nas genitais dele após não conseguir jogar o corpo inteiro dentro da cacimba. A acusada teria descoberto que estava sendo traída no dia anterior.

A Polícia Civil deverá ouvir também uma pessoa identificada como Uraktan, auxiliar de farmácia no Hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife. Ele seria o responsável por quebrar a casa anexa e jogar as tralhas dentro do poço. Entretanto, o advogado de Jussara e de Danilo aponta que o auxiliar não sabia do crime, mas que isso contribuiria para inocentar Danilo, que apresentou dores de coluna após o desaparecimento do médico.

Danilo, o filho mais velho, foi apontado como autor do homicídio e da ocultação de cadáver juntamente com Jussara. A polícia encontrou uma grande presença de sangue, por exemplo, no guarda-roupa dele. Outro indício da participação dele no crime é devido à esganadura sofrido pelo médico. Segundo Fernando Benevides, perito criminal, a esganadura exigiria força e, portanto, Danilo seria o provável responsável. A delegada Carmen Lúcia, responsável pelo caso, também se surpreendeu com a frieza de Danilo ao descobrir que o pai estava morto. Assim que encontraram os restos mortais, o filho foi buscar o diploma, dando entender o interesse em conseguir uma cela diferenciada na prisão. 

Conclusão

A conclusão do caso foi apresentada na última sexta-feira (31) em uma coletiva de imprensa da Polícia Civil. A delegada Carmen Lúcia concluiu que as motivações do crime foram o relacionamento extraconjugal de Denirson, a iminente separação do casal e a consequente perda do padrão de vida da mulher. Nos dias seguintes ao desaparecimento do médico, Jussara e Danilo relataram fortes dores no corpo. O filho, inclusive, assistiu aos jogos da Copa do Mundo deitado em um colchão por causa de dores nas costas. 

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro supostamente ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado ou dado notícia. A polícia começou a suspeitar dos próprios familiares pois ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que havia sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. 

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio. 

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