Após balançar as redes no final do primeiro tempo, se esperava que o Santa Cruz fosse largar com vitória na Copa do Nordeste. Porém, o que se viu foi o cansaço tomando conta do grupo que apenas empatou com o Confiança, jogando em Aracaju-SE. Mesmo um pouco chateado pelos pontos que escaparam pelos dedos, o técnico tricolor viu nas circunstâncias do jogo, motivos para acreditar que o placar final foi justo, e satisfatório.
"Queríamos ganhar, até porque saímos na frente. Mas pelo volume de jogo deles, foi justo. Estivemos bem na parte defensiva, tirando as bolas paradas, pois houve pouco perigo. O principal é ter um modelo de jogo, acreditar nele e fazer a rapazeada evoluir. É o que nos comprometemos tanto para fazer, trouxemos o que encaixou melhor nos treinos", disse Júnior Rocha.
##RECOMENDA##Tanto que ele não quis entrar na polêmica se a bola entrou, ou não, no gol de Jorginho. "Essa pergunta eu que faço a vocês (jornalistas). Entrou? Se entrou, é gol. Seria polêmico só se não entrasse. Foi o melhor gol do ano se entrou", brincou.
O comandante viu no empate um ponto que o agradou bastante. Foi a coletividade do grupo. Chateado com a forma no qual surgiu o empate dos sergipanos, ele conta que tem sua responsabilidade no lance pela ausência de treinos específicos. A prioridade nos trabalhos realizados estava na busca pelo tão comentado 'padrão de jogo'.
"O que eu faço é treinar igual para titulares ou reservas. Quem jogar vai cumprir a função como é necessário. Treinei também com atletas da base, a coletividade hoje é mais importante. Tomamos um gol de bola parada, o que eu não gosto, pois acho mais fácil marcar o adversário. Faz parte, treinamos muito pouco, culpa minha, pois tínhamos outras prioridades", declarou o treinador.
A volta para Recife ficou marcada para esta quarta-feira (17), o que tira a possibilidade de qualquer treinamento antes da estreia no Campeonato Pernambucano. Júnior ainda não sabe com quem vai poder contar, pois não pretende escalar jogadores cansados para enfrentar o Vitória de Santo Antão. "Fizemos duas programações, voltar logo após o jogo ou dormir aqui. Escolhemos ficar e descansar. Vai depender da fisiologia saber quem pode jogar lá. Nada substitui o olho no olho. Quem entra cansado passa vergonha, futebol é competitivo. Vamos avaliar quem estará 100%", contou Júnior Rocha.