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Foi publicada nesta terça-feira (29) no Diário da Câmara dos Deputados a desistência do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) ao seu terceiro mandato consecutivo. Wyllys justificou a decisão afirmando que vem sendo vítima de ameaças de morte.

O comunicado de desistência foi enviado por Wyllys na última sexta-feira (25). No texto, ele afirma que a decisão foi “pensada, ponderada, porém sofrida”. "Minha vida está, há muito tempo, pela metade; quebrada, por conta das ameaças de morte e da pesada difamação que sofro desde o primeiro mandato", afirmou Wyllys, em carta dirigida ao Psol e anexada ao comunicado.

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A vaga de Jean Wyllys será ocupada por David Miranda, também do PSOL do Rio de Janeiro.

Reeleito em outubro do ano passado com 24.295 votos, Wyllys é o primeiro parlamentar assumidamente homossexual a lutar pelos direitos da comunidade LGBT na Câmara, causa que lhe rendeu enfrentamentos com grupos conservadores.

*Da Agência Câmara

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos solicitou, há algumas semanas, ao Governo brasileiro que tomasse as medidas necessárias para proteger a integridade e a vida do deputado federal Jean Wyllys (PSOL). O parlamentar já contou, por meio das rede sociais, que recebeu diversas ameaças de morte. Em entrevista concedida ao El País, o psolista revelou que a situação chegou a um nível que não anda mais sem escolta.

“Não posso ir a lugar nenhum sem a escolta porque essas são as condições para me proteger, de modo que é como se eu estivesse em cárcere privado sem ter praticado crime nenhum, sendo eu a vítima. Isso tem afetado muito minha saúde física e emocional”, desabafou.

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Wyllys contou que as ameaças de morte aumentaram durante o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff e depois do assassinato da vereadora Marielle Franco. “Me obrigando a pedir escolta oficial e circular em carro blindado, restringindo meus movimentos inclusive durante a última campanha”, disse.

O ex-BBB também disse ao jornal que os opositores o difamam por meio de fake news na tentativa de destruir a sua imagem e para espalhar ódio contra ele e sua família. “Desde o início do primeiro mandato, sou alvo de fake news e campanhas difamatórias que tentam me associar à pedofilia e me colocar como ameaça para as famílias e inimigo de parte da população, particularmente dos cristãos. Para isso, atribuem a mim projetos de lei inexistentes e declarações que nunca fiz, usando vídeos editados, montagens de fotos, notícias falsas e deturpação de informações”, salientou.

Jean ainda falou que a decisão da Comissão Interamericana põe em evidência “a falta de resposta eficaz por parte do Estado brasileiro, que tem sido negligente” em relação aos ataques e ameaças que vem passando.

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