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Cinco dias antes da disputa do GP da Alemanha, a Ferrari anunciou nesta quarta-feira (27) a demissão do seu diretor-técnico, James Allison, em um reflexo claro do fato de que a chefia da equipe está insatisfeita e decepcionada com o desempenho dos seus carros até esta primeira metade da temporada da Fórmula 1.

Allison passou três anos na Ferrari nesta sua segunda passagem pela escuderia de Maranello, depois de ter trabalhado para a mesma anteriormente entre 2000 e 2004, então como chefe de aerodinâmica durante o período de dominância de Michael Schumacher pelo time italiano na F1.

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A nova decisão da Ferrari tem efeito imediato e Allison será substituído já a partir desta quarta-feira por Mattia Binotto, que é um experiente engenheiro italiano que integra a equipe desde 1995. O diretor-técnico sai da tradicional escuderia pela segunda vez após passagens vitoriosas também pela Renault, onde exerceu o mesmo cargo quando Fernando Alonso foi bicampeão mundial com os títulos de 2005 e 2006, e pela Lotus, da qual ele foi contratado pela Ferrari anteriormente em 2013.

Ao oficializar a saída de Allison, o chefe da escuderia italiana, Maurizio Arrivabene, agradeceu ao profissional pelo seu "comprometimento e sacrifício" neste novo período de trabalho pelo time e desejou "sucesso e serenidade" para seus futuros desafios.

Allison, por sua vez, destacou nesta quarta-feira que sai grato pela nova oportunidade que teve de fazer parte da Ferrari e também disse que torcerá para equipe brilhar neste ano e nas próximas temporadas.

"Durante os anos que passei na Ferrari, em duas fases diferentes e desempenhando papéis diferentes, eu pude conhecer e apreciar o valor da equipe e das pessoas, mulheres e homens, que são parte dela", afirmou o britânico, que depois reforçou: "Gostaria de agradecer a todos pela grande experiência profissional e humana que nós compartilhamos. Gostaria de desejar a todos um futuro feliz e com muito sucesso".

Ainda sem conseguir conquistar uma vitória nesta temporada, mesmo contando com a forte dupla de pilotos campeões mundiais formada por Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, a Ferrari hoje também está apenas um ponto à frente da Red Bull na vice-liderança do Mundial de Construtores, assim como se vê bem longe de ameaçar o domínio da Mercedes de Lewis Hamilton e Nico Rosberg. No Mundial de Pilotos, por sinal, Daniel Ricciardo, da Red Bull, é o terceiro colocado, atrás apenas da dupla da Mercedes e logo à frente de Raikkonen e Vettel.

A Ferrari confirmou nesta segunda-feira a contratação de James Allison para coordenar a área técnica da equipe. Allison será o novo diretor técnico dos italianos após deixar o mesmo cargo na Lotus, em maio.

Com a chegada do reforço para o corpo técnico, a direção da Ferrari precisou fazer uma mudança em sua estrutura. A equipe criou a função de diretor de engenharia para Pat Fry, que era o diretor técnico da escuderia até então.

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Allison e Fry não terá relação de hierarquia. Ambos vão se reportar diretamente ao chefe de equipe Stefano Domenicali. O primeiro assumirá oficialmente sua posição na Ferrari em setembro, às vésperas do GP da Itália, quando a equipe correrá diante de sua torcida, em Monza.

A chegada de Allison visa preparar a Ferrari para as mudanças que acontecerão na Fórmula 1 a partir de 2014. Os carros terão novo motor V6, de 1,6 litro, e algumas regras sofrerão alterações.

A escuderia Lotus anunciou, nesta segunda-feira (17) que vai trazer novidades para o carro no Grande Prêmio da Cingapura, que será realizado no próximo domingo. Nova asa dianteira e um novo assoalho estão entre as propostas da equipe, que visam garantir máxima aderência nas curvas.

"Nós temos um novo assoalho e uma nova asa traseira. A asa opera com os mesmos níveis de downforce que a de Mônaco, mas com um DRS melhor. Isso quer dizer que a nova asa tem um maior alcance entre a abertura máxima e a mínima", contou o diretor-técnico James Allison.

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DRS duplo é a outra novidade da equipe, mas o chefe da Lotus, Eric Boullier, assegura que ele só será implementado no Grande Prêmio do Japão, já que o circuito de Marina Bay, em Cingapura, não permite benefício do sistema.

"Ele não se adapta às características da pista. Esse sistema deve voltar no Japão. Nós temos algumas atualizações para Cingapura, que devem nos dar melhor desempenho", explica o dirigente.

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