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A Polícia Civil informou, na tarde desta sexta-feira (27), um balanço parcial da Operação Sem Divisas. Na sua primeira etapa foram presas 14 pessoas por suspeitas de investidas criminosas a agências bancárias em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Armas de grosso calibre foram apreendidas juntamente com explosivos utilizados contra unidades da Polícia.

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Segundo o delegado Joselito Amaral, essa é a primeira grande ação da força-tarefa instituída em 1º de novembro pela Polícia Civil, com determinação da Secretaria de Defesa Social (SDS). “Trata-se de uma organização criminosa interestadual. O envolvimento dela em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba denota isso”.

Amaral aponta como violentas as investidas dos bandidos – a bancos e carros-forte - e detalha que a polícia também é alvo de ações da quadrilha. “Eles chegam atirando contra os postos e unidades policiais - como delegacias - para inibir o policiamento. É importante deixar o alerta de que a força-tarefa irá combater e alcançar essas organizações”.

Durante as investigações – com duração de nove meses - foi detectada a ação do grupo em nove municípios de Pernambuco, sendo eles na Zona da Mata Norte e Agreste. “É importante tirar Pernambuco desse contexto. Que o Estado deixe de se tornar atrativo para essa prática criminosa”, frisa Amaral. 

Ao todo, foram presas 14 pessoas dos 16 mandados, dos quais 11 foram cumpridos, sendo três contra presidiários e 26 mandados de busca e apreensão e três conduções coercitivas. 

Na Paraíba foram apreendidas mais de dez armas de grosso calibre, dinheiro. Um vereador da cidade de Alcantil também foi preso. Além disso, flagrantes também estão sendo realizados e, “a partir daí, serão recambiados para Pernambuco, onde responderão também por crimes neste Estado”. 

As ocorrências criminosas contra as agências bancárias em Pernambuco continuam a crescer a cada mês. O Sindicato dos Bancários realizou levantamento que aponta o registro de 244 ações violentas às instituições financeiras de janeiro até 27 de outubro de 2016. 

Ao todo são 12 assaltos, cinco sequestros, 27 explosões, 13 arrombamentos, 128 ataques aos terminais de autoatendimento instalados fora das agências, 18 ataques a agências dos Correios, 36 ações em casas lotéricas e cinco explosões de carros-fortes. O crime mais recente foi registrado na última quinta-feira (27), quando um tesoureiro do Banco do Brasil (BB) foi feito refém, no município de Bezerros, no Agreste. Ao todo, 37 municípios registraram ocorrências. 

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Ações 

O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, acusa o governo de Pernambuco de realizar apenas ações paliativas, “a exemplo das determinações do Procon para que os bancos estabeleçam prazos para reabertura das 38 agências danificadas, sem no entanto, oferecer a devida segurança para as empresas, tampouco para a população”. Ele também aponta para o poderio bélico dos bandidos, como sendo superiores às utilizadas pelo poder público. 

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