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A Internacional Board, responsável pelas regras do futebol, parece não ter gostado nada da postura de Andrew Redmayne na disputa por pênaltis que garantiu a Austrália na Copa do Mundo e resolver modificar o regulamento nos tiros livres. Agora, os goleiros terão de ficar com um pé em contato direto com a risca do gol, ou seja, proibidos de ficar "dançando" sobre a linha como o australiano fez diante dos peruanos.

Redmayne entrou no fim da prorrogação da repescagem para a Copa do Mundo contra o Peru somente para as penalidades. Com sua saltitante dança de um lado para o outro antes das cobranças rivais, fez Advíncula bater na trave e ainda defendeu a cobrança decisiva de Valera. A atitude não será mais permitida nas competições oficiais de acordo com comunicado da Internacional Board.

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"No momento da cobrança de pênalti, o goleiro deve ter pelo menos parte de um pé em contato direto com a linha do gol, não atrás da linha no momento em que o batedor chuta a bola", é a nova norma da Internacional Board. O novo texto já está no seu caderno de regras.

A entidade explicou a mudança que foi realizada para não beneficiar o defensor. "Anteriormente, o goleiro tinha que ter pelo menos parte de um pé tocando ou pisando na linha do gol no momento da execução de uma penalidade máxima", explicou. Ou seja, quando fica saltitando, o goleiro apenas resvala na risca e pode pisar para trás da linha, ganhando impulso.

"O texto foi reformulado para evitar penalizar essa posição. Para explicar essa modificação, destaca-se que o espírito da regra incentiva o goleiro a posicionar os dois pés em contato direto com a linha do gol ou diretamente acima dele até que a penalidade máxima seja executada. Em outras palavras, o goleiro não pode estar na frente ou atrás da linha."

A Internacional Board, que reúne apenas as federações britânicas de futebol e a Fifa, mas que tem o poder de decidir sobre as regras do futebol, aceitou passar a consultar o resto do mundo sobre as suas decisões. Essa foi a principal novidade na assembleia geral anual do grupo, realizada neste sábado, em um hotel de Edimburgo, na Escócia.

No Congresso da Fifa de 2011, a Internacional Board recebeu a solicitação de realizar uma "autorreforma" como parte das propostas de alteração do processo de governança da Fifa. Apesar de a composição da entidade permanecer inalterada (com Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), foi decido dar espaço a consultas para "melhorar o processo de tomada de decisões, e para proporcionar maior transparência", segundo explicou a Fifa.

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A Internacional Board concordou com a criação de dois comitês consultivos: um técnico, composto por especialistas em arbitragem, e um de futebol, formado por ex-jogadores, técnicos e diretores técnicos.

A reunião da assembleia geral neste sábado não fez grandes mudanças no futebol. A principal delas foi a definição de que os organizadores das competições terão autonomia para decidir se querem usar a tecnologia na linha do gol em jogos específicos ou em todas as partidas de um torneio.

Aos organizadores também caberá decidir se desejam transmitir as imagens dos incidentes relacionados à linha do gol nos telões dos estádios e também na transmissão pela TV.

Com relação às regras do jogo, a única mudança foi na regra 11, que trata do impedimento. O texto ganhou nova redação, de forma a deixar mais claro o entendimento sobre "tirar vantagem" em casos de rebote ou sobra de bola.

Outras decisões foram adiadas. A proposta de mudar a regra 8 para colocar no papel a obrigação de devolver a bola em lances de fair play será votada no ano que vem. Já quanto ao uso de véu para jogadoras muçulmanas, a decisão só sairá na assembleia de 2014.

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