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Auditores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco interditaram mais de 100 caminhões de lixo do Recife, Olinda, Abreu e Lima, Paulista e Jaboatão na última sexta-feira (31). De acordo com os auditores, a interdição é devido às más condições de trabalho dos garis, que recolhem o lixo sem cinto de segurança e pendurados nos estribos dos caminhões, o que põe em risco a integridade física e a vida dos trabalhadores.

O LeiaJá entrevistou a auditora fiscal do trabalho Aline Amoras para saber mais detalhes sobre como ficará a coleta de lixo nas cidades onde as empresas interditadas atuam e quais serão as medidas legais em caso de descumprimento da ordem de adequação das condições de trabalho dos garis.

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Quais são as medidas que as empresas de limpeza deverão tomar para garantir a segurança dos garis?

Em primeiro lugar, saliento que o que está interditado não é a coleta de resíduos como um todo, mas sim o transporte irregular de trabalhadores para a coleta de resíduos. Assim, os empregadores estão proibidos de permitir ou ordenar o transporte de trabalhadores pendurados nos estribos, sem cinto de segurança ou em condição em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro - CTB.

Como fica a coleta de lixo durante a interdição e investigação? 

As empresas deverão providenciar uma forma alternativa de transporte para os coletores, de modo que não lhes imponha condição de risco grave e iminente à sua integridade física. Assim, a coleta com os trabalhadores pendurados nos estribos ou para-choques dos caminhões fica proibida, restando autorizados os demais trabalhos que não são feitos nestas condições.

Se as empresas não cumprirem a determinação, que tipo de punição é prevista? 

No caso de constatada desobediência os Auditores Fiscais do Trabalho informarão a Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho, para que possam ser tomadas as medidas penais cabíveis. A pena pelo crime de desobediência é de detenção de quinze dias a seis meses. Já para o crime de exposição da saúde ou vida de terceiros a perigo é de detenção de três meses a 1 ano, aumentada em até 1/3 se decorrer do transporte de pessoas para prestação de serviços em desacordo com as normas legais (vide art. 330 e art. 132 do Código Penal).

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As boates Underground, Pink Elephant, e Hashtag Comer e Beber, localizadas no bairro de Boa Viagem, no Recife, foram interditadas na manhã desta sexta-feira (24). A ação foi feita em conjunto pela Secretária-Executiva de Controle Urbano (Secon) com o Corpo de Bombeiros, que juntos inspecionaram, no total, quatro estabelecimentos.

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A boate Underground, localizada na Avenida Boa Viagem, não se encontrou de acordo com o decreto de segurança 27.248/13, que prevê a exposição do termo de compromisso, capacidade máxima de ocupação e atestado de regularidade do Corpo de Bombeiros. Os bombeiros afirmam, também, que o termo de regularidade apresentado posteriormente já havia vencido e que existiam problemas na saída de emergência do local. 

A Pink Elephant, que é localizada na Avenida Engenheiro Domingos Ferreiras, também apresentou problemas com a saída de emergência. Segundo os bombeiros, uma das escadas estava erguida com madeira e descolada da parede. 

Já a Hashtag, também na via, não apresentou o termo e não tinha sinalizações apontando para a saída de emergência. A Secon afirmou que os estabelecimentos só poderão voltar a funcionar uma vez que as irregularidades sejam corrigidas.

“São coisas simples, que devem ser mudadas e garantem a segurança das pessoas. Nós sempre orientamos os responsáveis que nos informem assim que tiverem realizado as mudanças para que uma nova vistoria seja realizada e o espaço seja liberado assim que possível”, conta o chefe da 6ª Gerência Regional, Agnaldo Arruda.

Em menos de uma semana, três agências bancárias fechadas no Recife, por descumprir as regras de segurança pública, de acordo com a Diretoria de Controle Urbano (Dircon). As agências foram flagradas com ausência de câmeras, biombos, portas giratórias blindadas e detector de metais.

As unidades do Bradesco, da Avenida 17 de Agosto, em Casa Forte e o Santander da Avenida Parnamirim que foram alvo de assalto recentemente, foram fechadas nesta segunda-feira (19). Os dois estabelecimentos já haviam sido notificados e passado o prazo de ajuste às normas, não se adequaram à lei. De acordo com a Dircon, nas agências fechadas ontem, não havia biombos no local, nem número adequado de câmeras de segurança, portas e vidros blindados, garagem externa para carro forte, os estabelecimentos também não apresentaram dispositivos que impeçam ligações de celular no interior dos bancos.

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Na quarta-feira passada, a agência do Itaú, que fica no Hospital Português, também foi interditada por não cumprir as normas e não possuir alvará de funcionamento. Segundo a diretora do órgão, Roberta Valença, até o momento, 80 agências foram intimadas por falta de segurança e mais de 30 autuadas por falta de alvará. “Desta vez, o estabelecimento interditado só poderá retornar ao normal quando apresentar a regularização da atividade com o alvará de funcionamento e também, atender itens de segurança que estavam sendo descumpridos”, afirmou.

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