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As mudanças causadas na sociedade em razão da pandemia de covid-19 também vão afetar as práticas esportivas. Para o tênis, o "novo normal" pode ter jogadores em quadra com máscaras, cumprimentos com a raquete e bolinhas com as iniciais de cada tenista para evitar trocas e contato físico.

A fórmula vem sendo ensaiada em um torneio de exibição disputado nos Estados Unidos. Desde a semana passada, a Saddlebrook Academy, em Tampa, na Flórida, promove competição para também dar ritmo de jogo e premiações aos seus tenistas. E muito do que os organizadores estão fazendo poderá virar tendência nos grandes torneios do circuito no futuro.

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Nas partidas, cada tenista recebe três bolas com as iniciais do seu nome e sobrenome. Até o fim do jogo, o tenista só poderá sacar com estas bolinhas. Se precisar passar para o outro lado, terá que usar somente a raquete para evitar o contato com as mãos. Não há boleiros, aqueles garotos e garotas que ficam no fundo da quadra recolhendo e distribuindo as bolinhas. Assim, cada jogador precisa cuidar da própria toalha.

Também para evitar contato, não há aperto de mão na rede. Cumprimentos ao adversário e ao juiz somente de longe ou com um toque entre raquetes. As cadeiras onde os tenistas descansam são higienizadas por funcionários da academia em diferentes momentos do jogo.

"Eu não sabia o que esperar, mas achei bem legal. O mais engraçado foi o cumprimento. Ou usa a raquete ou só dá um tchauzinho de longe. No tênis, já tem um pouco de distanciamento social. Mas agora, quando a gente troca de lado, espera a outra tomando mais distância ou passa pelo outro lado", conta Luisa Stefani, que tem a Saddlebrook como sua base.

Além de aprovar o novo sistema, a número 1 do Brasil nas duplas comemora a ajuda das premiações. "Não temos garantias no nosso esporte. Salário só vem jogando. Sem isso, é muito difícil conseguir conciliar tudo, precisando treinar e manter a forma física. Os gastos continuam, mas agora sem receber nada", diz a brasileira, que recebe dos patrocinadores apenas o material de treino.

A nova rotina também atinge os treinos. No Brasil, tenistas vêm treinando de máscara em Estados onde podem acessar clubes e academias ou mesmo em quadras particulares. "É muito estranho, no começo dá até um pouco de falta de ar", diz Rogério Dutra Silva, ainda tentando se adaptar ao acessório mais comum nesta pandemia. "É desconfortável. Não é o ideal para o alto rendimento, que tem exigência física grande. Tem dificuldade para respirar. Mas a prioridade no momento é a saúde, né", afirma João Pedro Sorgi.

Em Itajaí (SC), Sorgi explica que apenas dois atletas podem treinar por vez em cada quadra, sempre ao ar livre - as cobertas estão interditadas. "Temos álcool em gel por todo lado. Somente os treinadores podem pegar a bola com a mão. Nós, jogadores, só usamos a raquete. Todo o material é higienizado e mantemos distância até no descanso." Além disso, todo trabalho físico é feito ao ar livre, longe das academias.

Um cirurgião britânico que gravou suas iniciais nos fígados de dois pacientes durante transplantes foi condenado nesta sexta-feira (12) a realizar trabalhos sociais.

Um tribunal de Birmingham (centro da Inglaterra) condenou Simon Bramhall, de 53 anos, a um ano de trabalhos sociais e a pagar uma multa de 10 mil libras (13.600 dólares) após ter se declarado culpado de duas acusações de agressão, embora tenha negado outras duas de ter causado danos físicos a suas vítimas.

"As duas (operações) foram longas e difíceis. Admito que nessas duas ocasiões você estava cansado e nervoso, e isso pode ter afetado seu julgamento", disse o juiz ao acusado durante a leitura da sentença.

No entanto, acrescentou, "o que você fez foi um abuso de poder e uma traição à confiança que seus pacientes depositaram em você".

O caso deste médico que gravou "SB" nos órgãos não tem precedente legal, disse a Promotoria.

Bramhall gravou as iniciais com um laser coagulador de gás argônio, usado nas operações para evitar hemorragias, e o fez na presença de seus colegas.

Uma das vítimas teve que ser operada novamente tempos depois e os cirurgiões encontraram as iniciais, explicou a imprensa britânica.

"Suas ações marcando os fígados daqueles pacientes, de modo totalmente desnecessário, foram atos deliberados e conscientes", denunciou Elizabeth Reid, da Promotoria.

"Esses ataques são errados, não apenas do ponto de vista ético, mas também penal", acrescentou.

Um médico inglês assumiu ter gravado suas iniciais no fígado de dois pacientes. Simon Brahall se declarou culpado nesta quarta-feira, 13, durante o julgamento de suas ações.

O médico usou um equipamento de cauterização para marcar as iniciais de seu nome no órgão dos pacientes em 2013. As marcas não danificaram o funcionamento do órgão e desapareceram sem nenhuma intervenção cirúrgica.

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O caso foi descoberto quando outro médico teve de realizar uma segunda cirurgia em um paciente que Simon já havia operado. Ele foi afastado de suas funções no hospital Birmingham's Queen Elizabeth e poucos meses depois, enquanto acontecia uma investigação disciplinar interna, entregou sua carta de demissão.

Após o julgamento, Simon foi liberado mediante pagamento de fiança e terá sua sentença decretada no dia 12 de janeiro

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