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O período de pandemia e o receio do contágio pela Covid-19 influenciaram na maneira da população utilizar meios de transporte. É o que aponta um levantamento da empresa de tecnologia 99, especializada em mobilidade urbana.

No estudo, 54% da população da periferia de capitais como Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, passaram a apelar aos aplicativos de transporte por carros particulares para transitar pelas cidades com menos risco para a saúde. O estudo também mostra que 19% dos entrevistados que residem fora do centro das maiores cidades não tiveram a opção de permanecer em quarentena.

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Para o advogado e consultor em segurança viária André Garcia, a condição socioeconômica foi um dos pontos fundamentais para que a população procurasse utilizar modais alternativos de transporte em meio à pandemia.

“Estamos todos no mesmo mar, mas em barcos diferentes. A classe média e alta, que mora em melhores bairros, está mais perto dos pólos de trabalho e educação, todavia contam com transporte individual (automóvel, motocicleta ou aplicativo), enquanto a classe popular, relegada à periferia, tem como principal meio de mobilidade o transporte público”, aponta o especialista.

De acordo com Garcia, o mau desempenho do serviço de transporte público também favorece o desenvolvimento de outros segmentos de mobilidade urbana, como a utilização de motocicletas. Além do menor risco de exposição ao coronavírus, as motos trouxeram benefícios para a sociedade em tempos de crise. “O setor de duas rodas demonstra boa recuperação e foi a salvação de vários setores com os motoboys. Por ter valor agregado, manutenção mais acessível e grande economia de combustível, a moto é alternativa para sair do caro transporte público e se salvaguardar em relação ao Covid-19”, completa o consultor em segurança viária.

Redução nas mortes

A queda na fluência de carros pelas ruas durante a pandemia também colaborou para a redução dos índices de morte no trânsito. Números do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga SP) mostram que houve queda de 25% nos registros de acidentes entre carros e pedestres no período entre janeiro e agosto de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Embora tenha havido menos prejuízo, o consultor e professor de Legislação de Trânsito Julyver Modesto de Araujo destaca uma alta após a flexibilização de algumas atividades nos grandes centros.

“Já percebemos que os números voltaram a aumentar. Foram 408 mortes em julho e 447 em agosto, o que exige ações dos órgãos de trânsito para manter as condições de segurança viária”, enfatiza Araujo.

Para o especialista, um dos legados que o tempo de crise sanitária pode deixar em benefício da mobilidade urbana é o trabalho em casa. “O período de pandemia trouxe a oportunidade de reduzir os deslocamentos, em especial por conta do home-office, que deve ser uma tendência para muitas empresas e funcionários, mesmo após o término deste período”, declara.

Ainda segundo Araujo, o surto também fez com que o poder público fosse posto à prova com a prestação de serviços de transporte nas grandes cidades. “A Covid-19 impôs desafios aos órgãos públicos, inclusive para atender aos deslocamentos inevitáveis, embora houvesse recomendação de isolamento”, aponta. “Tornar mais seguro o deslocamento para o trabalho é um desses exemplos, pois exige a oferta maior e com mais qualidade do transporte coletivo, utilizado por grande parte da população”, conclui.

O número de pessoas mortas no trânsito apresentou queda no mês de julho. De acordo com o levantamento do sistema Infosiga, do governo do estado de São Paulo, foram 402 vítimas fatais nas ruas e rodovias paulistas. O dado equivale à redução de 16,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Embora tenha apresentado baixa, os motociclistas continuam sendo as maiores vítimas no tráfego de veículos.

De acordo com o estudo, o sétimo mês de 2020 totalizou 139 mortes entre motoqueiros. O cálculo é o mesmo do que fora apurado pelo sistema no ano anterior. Na segunda posição do número de vítimas fatais estão os ocupantes de veículos. Foram 108 mortos em julho deste ano. Mesmo com uma queda de 28,1% no número de mortos entre pedestres, a categoria está no terceiro posto do levantamento. Ao todo, 92 transeuntes morreram no tráfego de São Paulo no mês passado.

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Resumo de 2020

Em todo o estado de São Paulo, os índices de 2020 apresentam queda. Em comparação com os números de 2019, a baixa é de 11,4% nas mortes (2.726 contra 3.078 nos primeiros sete meses de 2019). Só no último mês de julho, foram menos mil vítimas fatais do que no ano anterior.

Segundo o presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP), Ernesto Mascellani Neto, em entrevista ao portal do governo, a diminuição das fatalidades no trânsito podem ser atribuídas ao período de isolamento social. "Em função da pandemia de Covid-19, a mobilidade passa por uma intensa transformação. Com um menor número de pessoas transitando por ruas e estradas, os acidentes caíram na mesma proporção. Esse cenário beneficiou principalmente os pedestres, os mais expostos em caso de acidentes. Hoje, esse grupo registra o menor número de mortes dos últimos 5 anos", comenta.

Ainda segundo o Infosiga, a redução do número de mortes no primeiro semestre de 2020 chega a 36,8% em relação ao período de início da série histórica, em 2015.

 

A cidade de Guarulhos, a segunda maior do estado de São Paulo em população, registrou no primeiro trimestre deste ano o menor número de mortes em acidentes de trânsito dos últimos cinco anos, conforme apontam dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP). 

Entre janeiro e março, foram contabilizadas 25 mortes, nove a menos que no mesmo período do ano passado, quando houve o registro de 34 vítimas fatais. Já nos três primeiros de 2017, o município registrou 33 mortes, contra 35 no ano anterior, e 38 em 2015. 

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O secretário municipal de Transportes e Mobilidade Urbana, Paulo Carvalho, atribui a queda no índice de mortes às ações constantes de educação e fiscalização realizadas pela pasta. "Estamos trabalhando de forma constante para diminuir ainda mais os acidentes, principalmente aqueles com vítimas fatais. Nesse sentido, além de campanhas, estamos revitalizando a sinalização horizontal e vertical e melhorando os semáforos por toda cidade", afirma. 

Entre os acidentes registrados no primeiro trimestre de 2019, os pedestres foram as maiores vítimas fatais, com 11 mortes. Seguidos pelos motoristas de automóveis e os motociclistas, com nove e cinco mortes contabilizadas no período, respectivamente. A maioria das vítimas é do sexo masculino, com idade entre 25 e 31 anos. Além disso, a maior parte dos acidentes ocorre às quintas e sextas-feiras, durante a madrugada, e aos sábados no período da noite.

 

O número de pessoas que morreram em decorrência de acidentes de trânsito no estado de São Paulo diminuiu 7,5% em fevereiro deste ano no comparativo com o mesmo mês de 2018, de acordo com o levantamento do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga). Foram registradas 347 mortes em 2019, contra 375 no ano passado.

Em 52,6% dos casos, os acidentes ocorreram em rodovias municipais. Os outros 47,4% aconteceram em rodovias estaduais. Dos 347 mortos em fevereiro, 50 foram nos dias 23 e 24, final de semana pré-carnaval.

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O governo do estado atribuiu a queda no total de mortes à redução de óbitos de pedestres e motociclistas, que foi de -18,9% e -13,1%, respectivamente. O levantamento mostra ainda que fevereiro registrou o menor número de mortos no trânsito paulista desde 2017.

Em relação ao perfil das vítimas, os dados revelam que 81,2% eram homens; 22,8%, jovens entre 18 e 29 anos; e 57,5%, eram motoristas. Além disso, 50,6% dos acidentes fatais ocorreram no período da noite e 46% aos finais de semana.

Por outro lado, em janeiro, a capital paulista registrou um aumento de 53% no número de mortes no trânsito, com o número de vítimas passando de 57 em 2018, para 87 neste ano.

A cidade de São Paulo registrou 87 mortes no trânsito em janeiro, contra 57 no mesmo mês do ano passado. O que representa um aumento de 53%, de acordo com dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga). De acordo com o órgão, o crescimento das vítimas fatais na capital paulista foi impulsionado pelas mortes de pedestres, com 34 casos (39% do total), e de motociclistas, com 30 (34% do total).

Roberta Torres, especialista em Gestão, Educação e Segurança no Trânsito, afirma que em São Paulo o aumento no número de mortes no trânsito é constante, situação que exige mais atenção por parte do governo. “É um problema que deveria ser olhado com bastante atenção pelo poder público. Não apenas pelo alto custo gerado pela violência no trânsito, mas também pela dor sentida por quem fica, ou seja, dos familiares. Isso sem contar a quantidade de pessoas com sequelas por toda vida”, avalia.

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Roberta acrescenta que a redução da velocidade é uma das medidas fundamentais para diminuir o número de vítimas fatais de acidentes de trânsito, especialmente nos casos de atropelamentos.  “Um aumento de dez quilômetros por hora na velocidade parece pouco mas, em uma emergência, caso seja necessário parar bruscamente, a 70 quilômetros por hora o veículo vai percorrer uma distância de aproximadamente 30 metros até parar totalmente”, explica.

Em nota, a prefeitura afirmou que tem investido em políticas de conscientização e em melhorias na sinalização viária. Até 2020, a meta determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de reduzir o número de mortes no trânsito para seis em cada 100 mil moradores. No entanto, conforme lembra Roberta, a redução da velocidade permitida nos centros urbanos [que não é aplicada pela administração municipal] é um dos princípios básicos estabelecidos pela ONU.

Para a especialista, o poder público também deve pensar na formação dos futuros condutores e não em ações isoladas e paliativas. “É preciso rever o processo de formação e essa medida já teve início o ano passado e está parada atualmente. Não podemos pensar apenas em 'desburocratizar' e 'facilitar a vida do cidadão' para pagarmos com os dados amargos do aumento da violência que nos assola todos os dias. Precisamos, além das medidas de engenharia e fiscalização, investir na educação básica inserindo o tema nas escolas ainda que de maneira transversal, na formação dos condutores e na educação dos motoristas já habilitados”, pondera Roberta.

 

A capital paulista registrou, entre janeiro e setembro, 16 mortes de ciclistas, de acordo com dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga SP).  Junho foi o mês mais violento, com seis mortes, e em 81% de todos os casos as vítimas chegaram a ser socorridas, mas não resistiram. 

A falta de ciclovias compromete a segurança dos ciclistas, que acabam se arriscando no meio dos carros, conforme constatado pela Associação dos Ciclistas Urbanos (Ciclocidade) que passou um dia inteiro sobre a Ponte Eusébio Matoso, trecho que liga o Butantã a Pinheiros, e contabilizou que 1.164 bicicletas passaram pelo local entre 6h e 20h, o equivalente a 83 por hora.

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Desses, 75% dos ciclistas usaram a calçada para se locomover e 56% não estavam com capacete. A entidade cobra da prefeitura a construção de uma ciclovia no local, na qual a obra está prevista desde 1994.

A avenida Eusébio Matoso tem uma extensão de 300 metros e nenhuma placa de sinalização de trânsito. Na ponte, os ônibus trafegam quase encostando nas bicicletas e a calçada acaba substituindo a ciclovia, o que também dificulta o deslocamento dos pedestres.

A prefeitura informou que está preparando a licitação do projeto executivo da ciclopassarela e que o lançamento do edital das obras deve ocorrer até o final de 2019. Segundo a administração municipal, o novo plano cicloviário da capital prevê a implantação de 1.420 quilômetros de ciclovias até 2028.

Outro problema que os ciclistas enfrentam na capital é a falta de segurança quando eles precisam “estacionar” a bicicleta. São Paulo tem apenas 200 paraciclos públicos, que são estruturas onde se pode deixar a bicicleta.

De acordo com um levantamento realizado pelo Infosiga SP, Guarulhos registrou diminuição no número de mortes no trânsito em fevereiro de 2018: No total foram 11 vítimas.

O número representa uma queda de 15,38% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dias com maior índice de acidentes no município são sexta-feira, sábado e domingo.

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Já o Estado de São Paulo registrou em fevereiro uma queda de 10,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Confira os dados completos nesta matéria.

A cidade de Guarulhos (SP) registrou queda de 38% em acidentes com vítimas fatais em 2017 em comparação ao mesmo período de 2016. As informações são do relatório divulgado hoje (20) do Infosiga-SP, feito pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, programa do Governo de São Paulo.

Em todo o estado, de janeiro a maio, a queda no número de mortos é de 5,5%, com 2.398 em 2016 e 2.266 em 2017: 132 mortes a menos. O mês de maio mostrou aumento de 2,6% (505 em 2016, 518 em 2017), enquanto os acidentes com vítimas apresentaram queda (-4,9%) na comparação com o mesmo período de 2016. Colisões contra objetos fixos e atropelamentos lideram as estatísticas.

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Do total, 24% das vítimas têm idade entre 18 e 29 anos. Segundo o Infosiga-SP, nas ocorrências com motocicletas 38% das fatalidades envolvem essa faixa etária. Em 60,5% dos casos, os jovens são condutores dos veículos, número superior à média geral para acidentes fatais (48,5%).

“As ações promovidas pelo Movimento Paulista em parceria com municípios e departamentos do Governo de São Paulo buscam conscientizar este público. Um exemplo foi a campanha #FocanoTrânsito, lançada no mês de maio em parceria com Detran-SP e Artesp. Para reduzir os índices de acidentes é fundamental mobilizar os jovens”, afirma o coordenador técnico do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, Evandro Vale.

Segundo o Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), o número de mortes causadas por acidentes de trânsito no Estado de São Paulo caiu 7% em janeiro de 2016 em relação ao mesmo mês do ano passado.

35 vidas foram poupadas em janeiro deste ano. O maior número de vítimas em janeiro ficou registrado entre homens, na faixa entre 18 e 24 anos. Motociclistas e pedestres sendo as vítimas mais comuns.

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2016 começou a apresentar uma tendência para a diminuição no número de vítimas, registrando 340 mortes a menos que em 2015. Este ano já apresentou uma queda de 3% em acidentes devido ao aumento da fiscalização da Lei Seca.

A meta do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, criado pelo Governo do Estado, é reduzir o número de vítimas de acidentes no trânsito pela metade até 2020.

 

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