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A Uefa e a Conmebol anunciaram, nesta sexta-feira, a criação do Desafio de Clubes, torneio que promoverá um embate em jogo único entre o campeão da Copa Sul-Americana e o campeão da Liga Europa. A primeira edição será realizada daqui a menos de duas semanas, dia 19 de julho, com a participação de Independiente del Valle e Sevilla, vencedores das últimas edições dos torneios continentais, no Ramón Sánchez-Pizjuán, estádio do time espanhol.

O comunicado das entidades classifica o novo torneio como "parte da cooperação ampliada entre a Uefa e Conmebol". As duas entidades têm se aproximado e já firmaram outras parcerias, como a Finalíssima, que coloca as seleções masculinas e femininas campeãs da Eurocopa em confronto com as campeãs da Copa América. Segundo a nota, a cooperação também se estende a "categorias juvenis, futsal, troca de árbitros e programas de treinamento técnico".

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A edição inaugural do novo torneio de clubes recebeu o nome de "Antonio Puerta XII" , em homenagem ao ex-lateral-esquerdo do Sevilla que morreu em 2007, aos 22 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Não haverá prorrogação, portanto a decisão do título será nos pênaltis caso a disputa termine empatada no tempo normal.

Campeão da Copa Sul-Americana no ano passado ao bater o São Paulo na grande final, o Independiente Del Valle tem aterrorizado os clubes brasileiros desde então. Em fevereiro deste ano, superou o Flamengo na decisão da Recopa Sul-Americana. Em seguida, entre maio e junho, venceu o Corinthians duas vezes pela fase de grupos da atual edição da Libertadores.

O Sevilla, por sua vez, terminou a temporada 2022/2023 mostrando mais uma vez a sua familiaridade com a Liga Europa, competição que venceu pela sétima vez ao bater a Roma de José Mourinho na final.

Um dia depois de ser apresentado como técnico e comandar a primeira atividade em campo, Vanderlei Luxemburgo estreia nesta terça-feira (2), às 21h, Neo Química Arena, pela Libertadores, com múltiplas obrigações diante do Independiente del Valle. A primeira é vencer depois da derrota na semana passada em casa para o Argentinos Juniors; a segunda é estabelecer a trégua com a torcida e recuperar o elenco emocionalmente depois dos protestos que levaram à demissão de Cuca.

Embora o nome do treinador ainda não tenha sido publicado pelo Boletim Informativo Diário (BID), o Corinthians já confirmou que ele estará no banco de reservas. Para conseguir a vitória, necessária em função dois jogos que o time fará fora de casa nas próximas rodadas, Luxemburgo tem lições de casa na defesa e no meio. Os defensores vêm sofrendo com mudanças constantes na escalação. No último jogo, Murilo, de 20 anos, estreou. Os jogadores mais experientes, como Gil, Fábio Santos e Fagner, devem ser mantidos.

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No meio, o novo treinador tem de resolver um problema que se arrasta desde a eliminação precoce no Campeonato Paulista: a falta de criatividade do time sem Renato Augusto. Na derrota para o Palmeiras, o técnico Danilo Andrade, que comanda o time sub-20, tentou recuar Róger Guedes para a função, mas não deu certo. Giuliano e Adson devem dividir o papel de armação. Esse é o ponto central para o time superar um time bem armado, que bateu o São Paulo na final da Copa Sul-Americana do ano passado.

Luxemburgo não deve fazer grandes mudanças na escalação e focar no aspecto motivacional, destacando que a equipe fez um jogo razoável contra o Palmeiras, principalmente no segundo tempo. Experiente, o técnico sabe que não é o momento de cobrar, mas de incentivar.

O Corinthians está na segunda colocação do Grupo E, com três pontos. A equipe equatoriana vem logo atrás, com a mesma pontuação, mas com um gol a menos de saldo. O Argentinos Juniors lidera a chave, com seis unidades. Os dois primeiros avançam às oitavas de final enquanto o terceiro disputa os playoffs com equipes da Copa Sul-Americana.

Luxemburgo tem uma missão também com a torcida e o clima do estádio. Antes do clássico com o Palmeiras, Róger Guedes admitiu que o clima estava pesado. Tudo por conta da semana tumultuada que culminou no pedido de demissão de Cuca após a pressão de parte da torcida motivada pela condenação por violência sexual contra uma jovem de 13 anos em 1987 em Suíça.

O episódio causou fraturas até na equipe feminina, que passou a sofrer ameaças por protestar contra a chegada de Cuca. Luxa vai tentar apagar todos esses "incêndios" logo na estreia.

Foi sofrido demais. Sob o comando do técnico Vítor Pereira, o Flamengo somou o terceiro fracasso em torneios disputados no ano, nesta terça-feira, ao perder nos pênaltis para o Independiente del Valle, no Maracanã, por 5 a 4, após vencer no tempo normal por 1 a 0. O time equatoriano ficou com o seu primeiro título da Recopa Sul-Americana, após vencer no Equador por 1 a 0.

O meia uruguaio Arrascaeta foi do céu ao inferno, pois marcou o gol no tempo normal, aos 50 minutos da etapa final, mas errou a cobrança de pênalti.

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Os mais de 71 mil torcedores presentes ao Maracanã cobraram muito o elenco e o treinador português, que somaram derrotas também na decisão da Supercopa do Brasil, para o Palmeiras, e na semifinal do Mundial de Clubes, diante do Al-Hilal. Gritos de 'time sem vergonha' foram ouvidos vindos das arquibancadas nos minutos finais do tempo normal.

O Flamengo foi melhor, principalmente no primeiro tempo, criou várias chances, falhou nas finalizações e não conseguiu superar o organizado time equatoriano.

Apesar da vantagem obtida no primeiro duelo no Equador, o Independiente del Valle começou o jogo com a intenção de tocar bastante a bola no campo do adversário, mesmo com o gramado molhado por causa da forte e constante chuva.

Com a necessidade da vitória, o Flamengo, empurrado pelo grande público presente ao Maracanã, foi intenso na marcação e, aos poucos, conseguiu empurrar o Del Valle para o seu campo.

A primeira oportunidade de gol só surgiu aos 14 minutos, com Pedro. O atacante cabeceou fraco para defesa do goleiro Ramírez, após cruzamento de Everton Ribeiro. Aos 16, Pedro chegou a marcar, mas estava em impedimento.

O Del Valle só foi incomodar o goleiro Santos, aos 29 minutos, em uma falta da intermediária cobrado por Alcivar no centro da meta. O Flamengo respondeu de forma imediata, com duas cabeçadas na trave em menos de um minuto: a primeira de Thiago Maia e a segunda de Ayrton Lucas.

Os últimos 15 minutos foram muito nervosos, com as equipes cometendo faltas ríspidas. Sem comando, o árbitro uruguaio Andrés Matonte Cabrera esteve prestes a perder o controle da partida. Pior para o Flamengo que viu quase todo o seu meio-campo - Thiago Maia, Éverton Ribeiro e Vidal - receber cartão amarelo.

Mais calmo nos minutos finais, o Flamengo criou mais duas grandes oportunidades. Uma com Varela, que o goleiro Ramírez defendeu, e outra com Arrascaeta - apagado nos primeiros 45 minutos -, que cabeceou perto da trave direita da meta equatoriana.

Depois de dominar o primeiro tempo, o Flamengo pressionou desde o primeiro minuto na etapa final, mas sem muita inspiração. A primeira finalização só saiu aos oito minutos, com Pedro cabeceando para fora. Aos poucos o nervosismo foi tomando conta dos atletas flamenguistas, que passaram a errar muitos passes.

Com isso, o Del Valle aproveitou para levar perigo ao gol de santos. Aos 13, Kevin Rodrigues escapou pela direita e cruzou para a finalização fraca de Sornoza.

Aos 26 minutos, Vitor Pereira colocou Gerson e Everton Cebolinha na tentativa de deixar o Flamengo mais agressivo. Aos 36, foi a vez de Matheuzinho e Matheus Gonçalves entrarem em campo. O Flamengo ficou com a bola quase o tempo todo, mas pouco produziu.

Em um dos raros momentos perigosos, David Luiz, de cabeça, teve a chance de levar a disputa para a prorrogação, mas errou o alvo. Mas ainda havia tempo para o milagre e ele veio aos 50 minutos, com Arrascaeta, um dos piores em campo.

O clima no Maracanã mudou completamente. A torcida ficou eufórica e o time do Flamengo ganhou confiança para ir ao ataque, deixando o Del Valle encurralado em seu campo. Apesar do domínio, a equipe rubro-negra não conseguiu furar o bloqueio equatoriano e disputa foi para os pênaltis.

Nos pênaltis, o Del Valle foi perfeito: Faravelli, Hoyos, Previtali, Schunke e Landázuri marcaram. Já pelo Flamengo, Arrascaeta perdeu, enquanto David Luiz, Everton Cebolinha, Gerson e Gabriel Barbosa marcaram.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 1 (4) x 0 (5) INDEPENDIENTE DEL VALLE

FLAMENGO - Santos; Varela (Matheuzinho), David Luiz, Fabrício Bruno e Ayrton Lucas (Marinho); Thiago Maia (Gerson), Vidal (Everton Cebolinha), Éverton Ribeiro (Matheus Gonçalves) e Arrascaeta; Gabriel e Pedro (Mateusão). Técnico: Vítor Pereira.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Ramírez; Fernández, Caravajal, Schunke e García Basso; Caicedo (Cortez), Pellerano (Previtali), Faravelli, Alcívar (Kevin Rodríguez) e Sornoza (Hoyos); Díaz (Landázuri). Técnico: Martín Anselmi.

GOLS - Arrascaeta aos 50 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Andrés Matonte Cabrera (URU).

CARTÕES AMARELOS - Pellerano, Thiago Maia, Éverton Ribeiro, Vidal, Carabajal, Alcivar, Varela, David Luiz, Faravelli, Ramírez, Mateusão e Gerson.

RENDA - R$ 5.693.362,50.

PÚBLICO - 71.411 presentes (65.739 vendidos).

LOCAL - Maracanã.

O Flamengo tem uma nova oportunidade para esquecer de vez os fracassos na Supercopa do Brasil e no Mundial de Clubes. Nesta terça-feira, às 21h30, recebe o Independiente del Valle, do Equador, pelo jogo de volta da Recopa Sul-Americana. A partida será realizada no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), que deve receber um público superior a 60 mil torcedores.

No primeiro confronto, o Independiente del Valle levou a melhor ao vencer por 1 a 0, com gol de Carabajal. Assim, na volta, pode até mesmo empatar para levantar o título. O Flamengo precisa vencer por dois ou mais gols para ficar com a taça no tempo normal. Vitória brasileira por apenas um gol leva a definição à prorrogação e, caso o empate persista, aos pênaltis.

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O Flamengo quer usar a partida para se reencontrar na temporada. O time já perdeu o título da Supercopa do Brasil, ao ser derrotado pelo Palmeiras, por 4 a 3. No Mundial de Clubes, caiu nas semifinais para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, por 3 a 2, e perdeu a chance de medir forças com o Real Madrid, que se sagrou campeão. Ao menos ficou com o terceiro lugar ao derrotar o Al Ahly, do Egito, por 4 a 2. Mas voltou ao Brasil com uma sensação de enorme frustração.

Mas para ser campeão, o Flamengo vai ter que mostrar um futebol bem mais efetivo do que apresentou no jogo de ida, em Quito, numa altitude de 2.850 metros, que serviu como desculpa. Para conquista o título vale tudo, inclusive, convocar a torcida para lotar o Maracanã.

Este trabalho ficou a cargo de Rodrigo Caio, perseguido por lesões e que vai ficar na reserva. Para ele a ‘força das arquibancadas’ pode ser fundamental como já aconteceu no passado. Ele citou como exemplo, a disputa com o Atlético-MG pela oitavas de final da Copa do Brasil de 2022, quando quase 70 mil torcedores empurraram o rubro-negro para a vitória por 2 a 0, superando os 2 a 1 favorável ao time mineiro em Belo Horizonte, no jogo de ida.

"Não vivemos o nosso melhor momento. Mas é quando a gente está desacreditado que a gente volta melhor e esta final pode ser a mudança na chave. Pedimos o apoio da torcida, do início ao fim, porque todos podem ter certeza que os jogadores vão se doar em campo, suando sangue para conquistar mais um título", disse Rodrigo Caio. Criticado e pressionado, o técnico Vítor Pereira não deve fazer nenhuma mudança em relação ao time que iniciou a primeira partida. O atacante Pedro e o volante Gerson se recuperaram de lesões e estão à disposição. Pedro será titular, mas Gerson não joga desde o dia 15 e deve iniciar no banco de reservas. Assim, o meio-campo será formado por Thiago Maia, Vidal e Everton Ribeiro.

O setor defensivo também segue o mesmo, com David Luiz e Fabrício Bruno. Isso porque o zagueiro Léo Pereira ainda se recupera de lesão, sofrida no começo do mês no Mundial de Clubes. Bruno Henrique, Filipe Luís e Victor Hugo são outros que estão no departamento médico.

Apesar da dificuldade do duelo, Vítor Pereira aposta na força da torcida para reverter o resultado. "Está tudo em aberto. Jogaremos em casa, confiantes e acreditando na nossa qualidade e na força da nossa torcida. Assim como eles nos venceram, temos todas as condições de reverter esse cenário", afirmou o português.

O técnico Martín Anselmi, apesar de fazer mistério na escalação, não deve fazer muitas mudanças no Del Valle. Entretanto, não poderá contar com o volante João Ortiz, expulso no confronto de ida. Ele começou o jogo como reserva, sendo o titular da posição Cristian Pellerano.

Há uma dúvida também se o ataque terá dois ou três nomes. O atacante Kevin Rodríguez e o volante Nicolás Previtali disputam uma vaga no time. No fim de semana, Anselmi poupou os titulares, mas mesmo assim o time venceu o Mushuc Runa, por 3 a 1, com direito a gol de Kendry Páez, de apenas 15 anos, que estreou no profissional.

De um lado, um time visitante que tenta inaugurar a "era Vítor Pereira" com um título após o baque do vice da Supercopa e também o pífio terceiro lugar no Mundial de Clubes. Do outro, uma equipe movida pelo espírito de revanche contra os cariocas, e embalada pela recente conquista da Supercopa do Equador. É nessa atmosfera que Flamengo e Independiente del Valle iniciam a disputa da Recopa Sul-Americana nesta terça-feira, às 21h30, no Equador, em busca de uma estabilidade para o restante da temporada 2023. O duelo de volta, no Rio de Janeiro, está marcado para o dia 28 deste mês.

Após encerrar 2022 com a conquista da Libertadores e da Copa do Brasil, a diretoria vem pagando o preço da troca de comando que trouxe Vitor Pereira para o clube. A aposta no treinador português transformou o clube em uma panela de pressão. Assim, diante deste cenário de instabilidade, o Flamengo vai a campo pressionado atrás de um título que possa acalmar a sua torcida.

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Se a liderança isolada do Campeonato Carioca surge como uma atenuante, um tropeço contra a equipe equatoriana, neste primeiro jogo da final da Recopa Sul-Americana, recoloca o time na rota da turbulência diante do risco de perder a terceira chance de título em apenas dois meses.

Para o jogo, Vitor Pereira tem problemas. O volante Gerson, machucado, sequer viajou com o clube. Léo Pereira, em tratamento médico, aumenta a lista de desfalques. Vidal ao lado de Thiago Maia no meio-campo, e a entrada de Fabrício Bruno na zaga, são mudanças certas para enfrentar os equatorianos. O atacante Marinho, opção tradicional para o ataque, também ficou de fora após sofrer lesão na vitória sobre o Resende.

Diante dessas baixas, Vitor Pereira vai armar o time com Varella e Ayrton Lucas nas laterais e Everton Ribeiro e Arrascaeta na função de armadores. No ataque, Gabriel Barbosa e Pedro seguem intocáveis e tem a missão de comandar o time por seu poder de decisão.

Líder do elenco atual, Gabigol chamou a responsabilidade e colocou a Recopa Sul-Americana como prioridade para o clube. "Com todo respeito a Vasco, Fluminense e Botafogo, temos que pensar em ganhar a Recopa Sul-Americana. É um título muito importante para nós", afirmou o atleta numa referência clara às frustrações que a torcida sofreu desde que Vitor Pereira assumiu o time.

Em meio ao ambiente tenso no time carioca, o Independiente del Valle segue o seu planejamento para buscar o seu segundo título no ano. Embalado pela conquista da Supercopa nacional, o time equatoriano tem a chance de vingar o vice-campeonato da mesma Recopa, perdida para o rubro-negro em 2019, quando o Flamengo era comandado por Jorge Jesus.

Em comparação com temporadas anteriores, o Independiente vem cumprindo uma fase de reformulação do elenco onde o destaque é Cristian Pellerano, um armador de 41 anos que dita o ritmo do time. Remanescentes daquele período, Schunke, Caicedo e Faravelli também são pontos de estabilidade para a equipe que atualmente é comandada pelo treinador argentino Martín Anselmi.

Foram exatos 3.587 dias, ou quase dez anos, para o torcedor do São Paulo ver o time em uma decisão continental. E os são-paulinos terão de esperar um pouco mais para comemorar novamente um título. Neste sábado, no estádio Mario Kempes, em Córdoba (Argentina), o time do técnico Rogério Ceni perdeu para o Independiente Del Valle, do Equador, por 2 a 0, com gols de Lautaro Díaz e Faravelli, na decisão da Copa Sul-Americana.

Goleiro e capitão da equipe campeã em 2012, Rogério Ceni não conseguiu repetir o feito agora como treinador. A derrota na final coloca um enorme ponto de interrogação no futuro do técnico. Ele mesmo afirmou que sua continuidade no Morumbi passava pela conquista do título.

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A derrota na decisão para o Del Valle faz também o São Paulo fechar o ano sem título. A última chance era na Sul-Americana após eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil para o Flamengo. Agora terá de brigar no Brasileirão para conseguir garantir uma vaga na Libertadores do próximo ano.

O São Paulo aprendeu da pior maneira possível que qualquer erro pode ser fatal contra um adversário perigoso como o Del Valle. Bastou uma saída equivocada do capitão Diego Costa para o time equatoriano abrir o placar antes dos 15 minutos. Faravelli deu passe perfeito para Lautaro Díaz na área. O atacante, que havia perdido uma chance um pouco antes, não desperdiçou na segunda oportunidade: finalizou rasteiro, sem chance para Felipe Alves.

Atrás no placar, o São Paulo avançou suas peças no bem cuidado gramado do estádio Mario Kempes, em Córdoba. E, claro, dava espaço para o Del Valle. Sonorza, aquele mesmo ex-Corinthians e Fluminense, quase fez o segundo três minutos depois do 1 a 0. A bola parou na trave após Felipe Alves desviar.

A equipe de Rogério Ceni não jogava mal. De posse da bola, o São Paulo incomodava o Del Valle. As bolas enfiadas nas costas da linha de três zagueiros eram um bom caminho. O desafio era ajustar o tempo do passe, já que os equatorianos deixaram os são-paulinos em impedimento diversas vezes. Neste cenário, apenas Calleri teve uma boa chance ao driblar o goleiro Ramírez, perder o equilíbrio e chutar para fora.

Para o segundo tempo, o São Paulo voltou com o mesmo time, mas com uma postura mais agressiva. A equipe adiantou sua marcação e forçava o erro do Del Valle. Nestor quase empatou aos 2 minutos, após um roubo de bola, em lance que terminou em uma defesa excelente de Ramírez. Um minuto depois Igor Vinícius recebeu na direita e cruzou para Calleri, livre na área, cabecear para fora.

A pressão não resultou em gol e, aos poucos, o São Paulo foi perdendo força. O Del Valle aproveitou, jogou com inteligência até encontrar espaço e chegou ao segundo gol em uma linda jogada. Sornoza recebeu nas costas de Diego Costa e tocou para Lautaro Díaz, que encontrou Faravelli livre na área só para desviar de Felipe Alves.

Com desvantagem de 2 a 0, o São Paulo foi para o tudo ou nada com algumas mudanças realizadas por Rogério Ceni. Mas não conseguiu sequer diminuir o placar em Córdoba e ainda teve dois jogadores expulsos nos minutos finais: Calleri e Diego Costa. O título era do Independiente Del Valle.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 0 x 2 INDEPENDIENTE DEL VALLE

SÃO PAULO - Felipe Alves; Igor Vinícius, Diego Costa, Léo e Reinaldo; Pablo Maia, Nestor (Igor Gomes) e Alisson (Galoppo); Luciano, Calleri e Patrick (Eder). Técnico: Rogério Ceni.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Ramírez; Fernández, Carabajal, Schunke, Segovia e Chávez (Beder Caicedo); Faravelli (Mateo Ortíz), Marco Angulo (Gaibor), Pellerano e Sornoza (Ayoví); Lautaro Díaz (Joao Ortiz). Técnico: Martín Anselmi.

GOLS - Lautaro Díaz, aos 13 minutos do 1ºT; Faravelli, aos 21 minutos do 2ºT.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Carabajal, Reinaldo, Schunke, Diego Costa e Pellerano.

CARTÕES VERMELHOS - Calleri e Diego Costa.

LOCAL - Estádio Mario Alberto Kempes (Argentina).

O Atlético-MG passou enorme sufoco em sua visita ao Independiente Del Valle, em Quito, nesta terça-feira à noite. Mas conseguiu somar um importante empate com os equatorianos, por 1 a 1, pela terceira rodada da Copa Libertadores. Hulk anotou seu 50º gol pela equipe mineira em 82 aparições, com o ex-corintiano Sornoza empatando na segunda etapa.

O resultado não altera a classificação das equipes no Grupo D. Nos critérios de desempate, o Independiente Del Valle continua na liderança, com os mesmos cinco pontos do rival. Mas o Atlético-MG fará dois dos últimos três jogos no Mineirão e aposta em sua força caseira para avançar às oitavas de final.

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O Atlético-MG pisou no gramado do Estádio Banco de Guayaquil, em Quito, para disputar a primeira colocação do Grupo D com uma escalação precavida. Mesmo precisando da vitória para ultrapassar o Dela Valle, o técnico Antonio Mohamed optou por usar três zagueiros, com Rever ao lado de Nathan Silva e Júnior Alonso. A ideia era conter o ímpeto dos mandantes, empolgados após duas vitórias no campeonato local e na ponta da chave.

Apesar da formação precavida, o Atlético-MG rolou uma postura ofensiva e logo aos oito minutos abriu o marcador, em bela trama ofensiva que contou com cortaluz de Nacho Fernández e cruzamento de Arana para Hulk anotar seu 50° gol pelo time mineiro. O goleiro Ramírez falhou e o atacante apenas escorou para as redes

O atacante passou em branco no fim de semana, se envolveu em troca de farpas com Gabriel Barbosa por causa de uma possível agressão em jogador do Coritiba e acabou adiando a homenagem para a filha recém-nascida Zaya. A festa veio no Equador.

Em um primeiro tempo bom dos mineiros, a vantagem poderia ter sido maior no intervalo. A falta de capricho nas finalizações, porém, acabou custando caro e os equatorianos cresceram nos minutos finais, sem ameaçar o gol de Everson, contudo.

A volta do descanso foi completamente diferente. O Independiente Del Valle cresceu e não demorou a igualar o marcador. Em pressão gigantesca, rondou o gol mineiro até Sornoza acertar no canto de Everson.

Completamente envolvido, o Atlético demorou a se encontrar. O fez quando Hulk entrou em ação. Tudo de bom do time mineiro na fase final passou por seus pés. O cruzamento passou na linha do gol e Nacho não conseguiu marcar. Depois, o camisa 7 ainda carimbou o travessão.

A etapa, contudo, era do Independiente. E a pressão voltou a ser grande na reta final da partida. Até o chileno Vargas virou defensor, com Hulk isolado na frente entre quatro marcadores. Foi um bombardeio do Dele Valle de todos os cantos, sem sucesso. O Atlético-MG suportou o sufoco e traz ponto precioso para Belo Horizonte.

FICHA TÉCNICA

INDEPENDIENTE DEL VALLE 1 x 1 ATLÉTICO-MG

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Ramírez; Perlaza, Segovia, Schunke e Carabajal; Chávez (Billy Arce), Pellerano (Angulo) e Faravelli; Gaibor, Sornoza (Ayoví) e Bauman. Técnico: Miguel Bravo.

ATLÉTICO-MG - Everson; Nathan Silva, Júnior Alonso e Réver; Mariano (Guga), Allan (Otávio), Zaracho, Nacho Fernández (Rubens) e Guilherme Arana; Ademir (Vargas) e Hulk (Calebe). Técnico: Antonio Mohamed.

GOL - Hulk, aos 8 minutos do primeiro tempo; Sornoza, aos 4 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Allan (Atlético-MG) e Pellerano e Carabajal (Del Valle).

ÁRBITRO - Fernando Rapallini (ARG).

RENDA E PÚBLICO - não disponíveis.

LOCAL - Estádio Banco Guayaquil, em Quito.

O Palmeiras viaja até Buenos Aires, na Argentina, para enfrentar o Defensa y Justicia nesta terça-feira (4), às 21h30. A partida é válida pela 3° rodada do Grupo A da Libertadores da América, e vai trazer um confronto com ar de revanche no estádio Norberto "Tito" Tomaghello, por conta dos outros dois confrontos que ocorreram no mês passado, em que o clube argentino se tornou campeão nos pênaltis pela Recopa Sul-Americana, com direito a expulsão e briga entre jogadores durante a prorrogação.

Correspondentes ligados ao clube argentino confirmaram que houve um surto de contágio de Covid-19 na equipe do Defensa y Justicia e, por conta disto, já foram confirmados 14 desfalques do elenco de jogadores, além de outros quatro membros da comissão técnica. Em coletiva de imprensa, o técnico Sebastián Beccacece, informou que apesar do ocorrido, não será solicitado cancelamento dos próximos jogos, e quem estiver disponível para ser escalado, vai defender o clube.

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O Verdão poupou alguns jogadores titulares na última disputa do Campeonato Paulista, no último domingo (2), onde enfrentou o Santo André e venceu por 1 a 0 fora de casa. Agora, o time quer repetir o desempenho que teve na última rodada da Libertadores, quando goleou o Independiente del Valle, no Allianz Parque, por 5 a 0. Rony, Luiz Adriano, Patrick de Paula e Danilo Barbosa foram os responsáveis por balançar as redes.

Ambos fazem parte do Grupo A da Libertadores. Com duas rodadas disputadas, a tabela se encontra da seguinte maneira: o Palmeiras é líder do grupo, com 6 pontos conquistados em 2 partidas, e assim, 100% de aproveitamento. Já o segundo colocado é o Defensa y Justicia, com 4 pontos disputados. No terceiro lugar está o Independiente del Valle, com 1 ponto, e na lanterna da tabela, está o Club Universitario de Desportos, do Peru.

Depois de estrear na Copa Libertadores com uma vitória definida no último lance em Lima, o Palmeiras terá hoje, às 21h30, no Allianz Parque, um adversário ainda mais gabaritado. A equipe equatoriana do Independiente Del Valle se consolidou como uma das novas forças da América do Sul ao ganhar a Copa Sul-Americana em 2019 e se notabilizar pelas vitórias sobre clubes brasileiros

Nos últimos cinco anos o Independiente aprontou várias surpresas no futebol continental. A equipe em 2016 eliminou River Plate e Boca Juniors para chegar à final da Libertadores. O time ficou com o vice. Um pouco depois, em 2009, o clube equatoriano ganhou a Sul-Americana em uma campanha que contou com a vitória sobre o Corinthians na semifinal. O técnico era o espanhol Miguel Ramírez, hoje no comando do Inter.

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O bom retrospecto diante de rivais brasileiros faz o Independiente Del Valle se orgulhar de no ano passado ter goleado o Flamengo por 5 a 0 no Equador pela fase de grupos da Libertadores. Já nesta edição, o time eliminou o Grêmio na última fase preliminar com duas vitórias. O resultado causou a demissão de Renato Gaúcho.

O Independiente virou uma potência a partir de 2006. O clube estava na terceira divisão do Equador, até ser comprado por dois empresários. Um deles é Michelle Deller, dono de redes de shopping centers no país. O outro é Franklin Tello, representante na América do Sul da rede americana de fast-food KFC, especializada em frango frito.

Curiosamente, o time também é comandado por um português. Renato Paiva trocou o trabalho de mais de dez anos nas categorias de base do Benfica para assumir o time equatoriano nesta temporada.

Para encarar o adversário, o Palmeiras poupou os titulares no último domingo, contra o Mirassol. Apesar da derrota por 2 a 0, a equipe alviverde garante que a confiança não está abalada. "Queremos ganhar sempre, faz parte do DNA do clube. Sabemos onde queremos ir, para o que estamos trabalhando nesta competição", disse o auxiliar técnico João Martins.

O Palmeiras tem problemas na defesa para montar a escalação. O zagueiro Alan Empereur cumprirá suspensão pelo cartão vermelho recebido na estreia, diante do Universitario, em Lima. Renan deve ser o substituto. Na lateral esquerda, Matías Viña continua fora para cumprir a punição de três jogos pela expulsão na final da Recopa Sul-Americana.

O técnico Abel Ferreira ainda não pode contar com os lesionados Kuscevic, Lucas Lima, Breno Lopes e Gabriel Veron. No ataque, a aposta continua na dupla formada por Rony e Luiz Adriano.

O carnaval para o flamenguista durou até a Quarta-Feira de Cinzas. Com um atuação impecável de Gabriel e Gerson, o Flamengo conquistou pela primeira vez a Recopa Sul-Americana, nesta quarta-feira (26), ao derrotar o Independiente Del Valle, por 3 a 0, em um Maracanã com quase 70 mil torcedores.

O Rubro-Negro soma o terceiro troféu no ano em apenas 11 dias, após conquistar a Supercopa do Brasil e a Taça Guanabara. O time da Gávea é o primeiro time carioca a ganhar o título da disputa entre o campeão da Libertadores e o da Sul-Americana.

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Sem poder contar com Bruno Henrique, Jorge Jesus escalou Gabriel pela esquerda, mas com liberdade para se movimentar bastante por todos os setores do campo, enquanto Pedro ficou fixo no meio, tentando abrir espaços na zaga equatoriana. Para o lugar de Rodrigo Caio, Léo Pereira fez dupla com Gustavo Henrique.

Logo aos 5 minutos, Gabriel já conseguiu uma bela escapada pela ponta-esquerda. Aos 17, o atacante Gabriel fez ótimo passe para Gerson, que surgiu diante do goleiro, mas perdeu o ângulo e devolveu para o camisa 9. A finalização só não se tornou gol porque Segovia desviou a bola com o ombro.

Mas o gol do Flamengo não demorou a sair. Aos 20, após duas falhas consecutivas da zaga equatoriana, o goleiro Pinos espalmou, mas a bola bateu no travessão e sobrou para Gabriel, que só teve o trabalho de empurrar a bola para dentro da meta.

Quando todos esperavam que o Flamengo iria deslanchar na partida, William Arão chutou o peito de Caicedo e recebeu o cartão vermelho, após o juiz argentino Fernando Rapallini consultar o VAR.

Com dez jogadores em campo, o Flamengo mudou sua forma de jogar. Jorge Jesus trocou Pedro por Thiago Maia e a equipe passou a esperar os contra-ataques. E levou perigo. Lançado por Everton Ribeiro, Gabriel enfrentou três zagueiros e bateu com perigo para a defesa de Pinos.

De tanto ficar com a bola, o Independiente levou perigo ao gol de Diego Alves. Com problemas de entrosamento na marcação de Gerson e Thiago Maia, Sánchez aproveitou para invadir a área e dividir a bola com Filipe Luís. A bola passou perto, aos 39 minutos. O veterano Pellerano, de 38 anos, arriscou de longe, e o goleiro flamenguista fez grande defesa.

O segundo tempo começou muito tenso. O Independiente, com um jogador a mais, tomou postura para dominar o jogo e pressionou o Flamengo. Aos 9 minutos, Faravelli apareceu sozinho dentro da área teve tempo até para parar a bola, mas Diego Alves fez grande defesa.

Ao perceber o momento difícil da equipe, a torcida do Flamengo passa a incentivar muito nas arquibancadas. O time respondeu com vontade em campo. Gabriel partiu pela ponta-direita e cruzou para o chute de Gerson, que, antes de entrar, tocou na trave: 2 a 0, aos 17 minutos.

Os equatorianos sentiram o segundo gol e viram o Flamengo assumir novamente o comando do jogo, apesar de ter um jogador a menos em campo. A situação ficou igual aos 40 minutos, quando Cabeza foi expulso.

Jorge Jesus aproveitou para colocar o veloz Michel, que iniciou a jogada do terceiro gol, marcado por Gerson, aos 43 minutos, além de outros momentos importantes.

A partir daí, o clima foi festa total no Maracanã, com a torcida cantando músicas clássicas de carnaval.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 3 X 0 INDEPENDIENTE DEL VALLE

FLAMENGO - Diego Alves; Rafinha, Gustavo Henrique, Léo Pereira e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Arrascaeta (Vitinho) e Everton Ribeiro (Michel); Pedro (Thiago Maia) e Gabriel. Técnico: Jorge Jesus.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Pinos; Preciado, Schunke, Segovia (Cabeza) e Beder Caicedo (Guerrero Vásquez); Franco, Pellerano, Faravelli (Nieto) e Jhon Sánchez; Murillo; Gabriel Torres. Técnico: Miguel Ángel Ramírez.

GOLS - Gabriel, aos 20 minutos do primeiro tempo. Gerson, aos 17 do segundo.

ÁRBITRO - Fernando Rapallini (ARG).

CARTÕES AMARELOS - Gerson, Franco e Gustavo Henrique.

CARTÃO VERMELHO - Willian Arão, Cabeza.

RENDA - R$ 5.396.997,50.

PÚBLICO - 64.504 pagantes (69.986 total).

LOCAL - Maracanã.

Um antigo participante da terceira divisão do Equador conseguiu em apenas 13 anos chegar à elite, ser finalista da Copa Libertadores de 2016 e se classificar para a decisão da Copa Sul-Americana de 2019. A trajetória digna de filme é a vivida pelo Independiente del Valle, um time modesto no passado, organizado no presente e otimista para conseguir no futuro uma façanha à altura da obtida na última quarta-feira, quando eliminou o Corinthians na semifinal da Sul-Americana. O próximo adversário sairá do confronto entre Atlético-MG e Colón, da Argentina.

"Derrotamos o Corinthians, um grande do futebol mundial", resumiu após o jogo o técnico do Independiente del Valle, o espanhol Miguel Ramírez. A euforia da equipe equatoriana faz o resto do continente se perguntar como um clube de pouca torcida, sediado na pequena Sangolquí, nos arredores de Quito, conseguiu se estabilizar como potência na América do Sul. Tanto os dirigentes quanto a imprensa equatoriana são unânimes em apontar o investimento nas categorias de base como a chave do sucesso.

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O Independiente del Valle bateu o Corinthians após vencer em São Paulo por 2 a 0 e segurar o empate por 2 a 2, em Quito. Os equatorianos entraram em campo na segunda partida da semifinal com quatro titulares formados nas categorias de base. A revelação de talentos é o grande investimento da diretoria e recebe por ano cerca de 30% de toda a receita do clube. O orçamento total é modesto: cerca de R$ 20 milhões anuais.

Os equatorianos contam com um amplo centro de treinamentos para os garotos, com uma estrutura moderna, campos de futebol e uma imensa rede de escolinhas e olheiros. Boa parte da prospecção de talentos está em Esmeraldas, província conhecida por ser a terra natal dos principais jogadores do Equador. O Independiente del Valle se preocupa em dar aos garotos educação, com aulas de inglês, português e até de música. Moram no local cerca de 120 meninos.

O Independiente del Valle passou a ter esse projeto em 2006, ano de uma grande virada histórica. O clube na época estava na terceira divisão do Equador, até ser comprado por dois empresários. Um deles é Michelle Deller, é dono de redes de shopping centers no país. O outro é Franklin Tello, representante na América do Sul da rede norte-americana de fast-food KFC, especializada em frango frito.

A compra impactou, inclusive, no nome e nas cores do clube. Antes dessa operação, o time fundado em 1958 se chamava Independiente José Terán e vestia vermelho e branco, uma referência ao xará argentino. Depois, adquiriu o "del Valle" e o uniforme preto e azul para se tornar uma potência no Equador. No entanto, apesar de bons resultados e de vagas constantes em competições internacionais, os títulos ainda não vieram.

As melhores campanhas foram dois vice-campeonatos: um no Equador, em 2013, e outro na Libertadores de 2016. O sonho de um título se renova agora, com a Sul-Americana, e faz a diretoria sonhar em ter torcida. "Por não termos um grande número de torcedores, tivemos tranquilidade para comandar nosso trabalho. Mas um dos nossos objetivos é aumentar a nossa torcida", disse Franklin Tello ao jornal equatoriano El Comércio.

O trabalho na base revelou jogadores tanto para o time profissional, como para negociações internacionais. O time finalista da Libertadores de 2016 e derrotado na decisão pelo Atlético Nacional, da Colômbia, tinha como craque o meia Junior Sornoza, atualmente no Corinthians. O mesmo elenco revelou o meia Jefferson Orejuela, do Fluminense, e o atacante Bryan Cabezas, do Atalanta, da Itália.

O Corinthians teve uma mudança de postura em relação ao jogo de ida do mata-mata, mas o tropeço em casa foi decisivo para a eliminação na semifinal da Copa Sul-Americana. Depois de perder em Itaquera por 2 a 0, o time alvinegro fez uma boa apresentação nos 2.800 metros de altitude em Quito, mas empatou com o Independiente Del Valle por 2 a 2, na noite desta quarta-feira, no Equador, e deu adeus à competição continental.

O setor ofensivo alvinegro funcionou, mas o time ficou exposto ao contra-ataque e acabou levando por duas vezes o empate. Vagner Love e Clayson foram os autores dos gols do Corinthians, mas a defesa cometeu dois vacilos e permitiu os gols do adversário.

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A eliminação complica também o clube financeiramente. O campeão da Sul-Americana receberá mais US$ 4 milhões (cerca de R$ 16,6 milhões) e o vice fica com a metade. O Corinthians já arrecadou com as classificações até a semifinal R$ 10,1 milhões, mas tem na atual temporada um déficit de R$ 100 milhões.

Carille fez algumas modificações e o time foi mais forte ofensivamente do que no jogo de ida. Ramiro, Sornoza e Boselli entraram nas vagas de Junior Urso, Mateus Vital e Clayson, que foram mal na partida na arena em Itaquera. Ralf também substituiu Gabriel, suspenso.

Como precisa reverter a vantagem, o Corinthians entrou pressionar desde o início marcando a saída de bola adversária. O Del Valle tentou impor o ritmo na base da velocidade e das jogadas pelo lado esquerdo.

O time alvinegro abriu o placar graças a uma roubada de bola de Ralf no meio-campo. Pedrinho acionou Love na esquerda, que cruzou para Boselli mandar para as redes. Ainda faltava um. E quase veio em grande jogada individual de Love, que bateu de fora da área e acertou o travessão. No primeiro tempo, o Corinthians levou apenas um susto após descuido da zaga, mas Cássio fez a defesa.

No segundo tempo a partida ficou aberta. O centroavante Gabriel Torres passou a incomodar a defesa do Corinthians. Fagner também encontrava dificuldades para segurar a marcação de Dajóme. O time alvinegro parou de criar e Carille colocou o time para frente com a entrada de Clayson na vaga de Ramiro.

Na tentativa de ampliar o resultado, o Corinthians abriu e levou o empate em um rápido contra-ataque. Manoel deu o bote atrasado, Sánchez se livrou da marcação pela esquerda, avançou e bateu na saída de Cássio.

O Corinthians sentiu o empate, mas ganhou fôlego nos minutos finais graças ao auxílio do VAR. Danilo Avelar foi derrubado na área e o árbitro de vídeo marcou pênalti. Clayson foi para a cobrança e deixou o time visitante em vantagem novamente. Mas não deu nem para comemorar. Em novo contra-ataque, Cabeza bateu rasteiro e decretou a classificação dos equatorianos.

FICHA TÉCNICA:

INDEPENDIENTE DEL VALLE 2 X 2 CORINTHIANS

INDEPENDIENTE DEL VALLE: Pinos; Landázuri, Schunke, Segovia e Preciado (León); Franco, Pellerano e Mera (Nieto); Jhon Sánchez (Cabeza), Dájome e Gabriel Torres. Técnico: Miguel Ángel Ramirez.

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Gil, Manoel e Danilo Avelar; Ralf (Junior Urso), Ramiro (Clayson) e Sornoza; Pedrinho, Boselli (Gustagol) e Vagner Love. Técnico: Fábio Carille.

GOLS - Boselli, aos 29 minutos do primeiro tempo; Sánchez, aos 22, Clayson, aos 41, e Cabeza, aos 44 do segundo.

ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).

CARTÕES AMARELOS - Franco e Mera (Del Valle); Sornoza e Clayson (Corinthians).

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito (EQU).

O Corinthians levou um baile em Itaquera no primeiro jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, segundo a definição do próprio presidente do clube, Andrés Sanchez, para a derrota por 2 a 0 para o Independiente Del Valle. Nesta quarta-feira, às 21h30, os comandados de Fábio Carille tentarão reverter esse placar na altitude de Quito em busca de um lugar na decisão do torneio continental.

A tarefa não será fácil, especialmente se forem analisados os resultados do time alvinegro na temporada. Em 69 jogos no ano, somente em três o clube conseguiu o placar que o garantirá na decisão esta noite. Para não ser eliminado, o Corinthians precisa vencer por três gols de diferença, ou por dois, contanto que balance as redes do adversário por três ou mais vezes (3 a 1, 4 a 2, 5 a 3...) Isso porque na Sul-Americana existe a regra do gol fora de casa com maior peso para efeito de desempate em caso de igualdade do saldo do mata-mata.

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Neste ano, o Corinthians não derrotou nenhum adversário por três ou mais gols. Mas bateu o Ceará por 3 a 1 (fora de casa, pela Copa do Brasil), o Avenida por 4 a 2 (em casa, pela Copa do Brasil) e o Fortaleza por 3 a 1 (fora, pelo Brasileirão).

Carille recordou duas adversidades recentes para destacar a capacidade de reação do time. "Como técnico, acho que estou há mais de 170 jogos aqui. O que vem na cabeça é o jogo do Avenida. Estávamos perdendo por 2 a 0 com sete minutos e viramos para 4 a 2. E o jogo do Racing lá (na primeira fase da Sul-Americana). O time deles liderando o Campeonato Argentino... Confesso que achava que não fosse passar. A gente saiu perdendo, o Racing buscava o jogo, e ganhamos nos pênaltis", comentou sobre a vitória por 5 a 4 após o tempo normal terminar 1 a 1.

Na temporada, o Corinthians tem 32 vitórias, 15 empates e 22 derrotas. Marcou 103 gols e sofreu 72, o que dá uma média de 1,4 gol por jogo, insuficiente para a classificação hoje.

O Corinthians não joga em Quito há quase 20 anos. Mas a última vez que esteve na capital do Equador, a equipe conquistou um resultado que, se for repetido nesta noite de quarta, o levará para os pênaltis. Em 11 de abril de 2000, o time alvinegro bateu a LDU por 2 a 0, gols de Luizão e Dinei, pela Libertadores.

EVOLUÇÃO - O presidente Andrés Sanchez foi um dos principais críticos da atuação no jogo de ida, mas tratou de acabar com qualquer boato de que uma eventual eliminação pudesse causar a demissão de Carille. E aproveitou para provocar implicitamente o Palmeiras, que foi despachado pelo Grêmio da Libertadores nas quartas de final.

"Se pegar o jogo com o Santos na semifinal do Paulista e o do Del Valle foram nossas piores atuações da temporada. Todo mundo sabe. Mas vamos fortíssimos tentar reverter. Se não reverter, vamos voltar para disputar o Brasileiro de cabeça erguida, como já têm outros times bilionários que estão se dedicando só a ele", disse o dirigente nesta terça-feira, em entrevista ao SporTV.

A vaga para a final pode ajudar o clube a diminuir o déficit anual, que hoje é de cerca de R$ 100 milhões. O clube já arrecadou até agora, só em classificações no torneio, R$ 10,1 milhões. O campeão recebe mais US$ 4 milhões (cerca de R$ 16,6 milhões na cotação atual) e o vice fica com a metade. O confronto desta quarta-feira terá transmissão ao vivo pela plataforma de streaming na internet DAZN.

O Corinthians foi surpreendido pelo Independiente Del Valle nesta quarta-feira e se complicou na semifinal da Copa Sul-Americana. Em plena arena em Itaquera, diante de 37 mil torcedores, o time alvinegro perdeu por 2 a 0 e agora precisa vencer o adversário por três gols de diferença na próxima quarta-feira para ir à decisão do torneio.

A equipe equatoriana foi mais organizada em campo, soube anular o lado direito ofensivo corintiano e teve coragem para atacar. Com dois gols de Torres, um no primeiro e outro no segundo tempo, o Del Valle deu um grande passo para a final. O resultado deve servir para o técnico Fábio Carille repensar alguns titulares absolutos.

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O volante Junior Urso e o atacante Clayson foram mais uma vez muito mal. O primeiro não conseguiu apoiar o ataque, demonstrou nervosismo em alguns momentos e pode perder a vaga para Matheus Jesus, que entrou bem no segundo tempo. Clayson tornou nula as ofensivas pelo lado esquerdo. Ele e Danilo Avelar pouco criaram.

O Corinthians enfrentou dificuldades para criar desde o início da partida. O Del Valle se apresentou muito bem organizado taticamente e preparado para segurar as investidas dos anfitriões pelo lado direito.

Pedrinho não conseguia receber uma bola. O lateral-esquerdo Preciado anulou o atacante corintiano e também chegava com velocidade no setor ofensivo. E foi pelo lado esquerdo que os equatorianos criaram as principais chances. Eles aproveitaram as subidas de Fagner para assustar e precisaram mandar para as redes duas vezes para valer uma.

Na primeira, Dájome recebeu nas costas do lateral-direito, disputou a bola com Cássio e na sobra Gil mandou contra. O auxiliar deu impedimento no momento do lançamento e o VAR demorou 4 minutos e 56 segundos para de fato anular o gol.

A parada serviu para Carille dar uma bronca em seus jogadores, que esboçaram reação. Mateus Vital acertou a trave em batida cruzada e Clayson mandou um chute para fora. Mas era muito pouco para quem jogava em casa. O lado esquerdo era nulo ofensivamente.

O Del Valle abriu o placar no último minuto do primeiro tempo. Segovia roubou a bola no meio de campo e tocou para Mera. Após um bate-rebate na área, a bola sobrou para Torres, livre, mandar para as redes. O VAR foi novamente consultado e validou o gol.

Carille fez logo duas mudanças no intervalo: tirou Gabriel e Clayson para as entradas de Matheus Jesus e Gustavo. A equipe acordou em campo e passou a incomodar mais o adversário. Foram quatro finalizações perigosas nos dez minutos iniciais, igualando tudo o que o time criou durante todo primeiro tempo.

O problema é que o Corinthians ficou exposto ao contra-ataque e o Del Valle soube matar a partida. Cabeza, que havia acabado de entrar, arrancou pela direita e cruzou na segunda trave para Torres escorar para as redes.

O Corinthians se perdeu em campo. Pedrinho, que encontrou muita dificuldade para criar, deu lugar a Janderson. A torcida corintiana vaiou Carille pela mudança e aproveitou para começar a deixar o estádio. O time também se entregou em campo. Passou a arriscar chutes de longa distância, mas sem muito perigo ao goleiro adversário.

A outra semifinal da Sul-Americana terá o Atlético-MG contra o Cólon nesta quinta-feira, também pelo jogo da ida, na Argentina.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 0 x 2 INDEPENDIENTE DEL VALLE

CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Manoel, Gil e Danilo Avelar; Gabriel (Matheus Jesus), Júnior Urso e Mateus Vital; Pedrinho (Janderson), Vagner Love e Clayson (Gustagol). Técnico: Fábio Carille.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Pinos; Landazuri, Segovia, Schunke e Preciado; Pellerano, Franco, e Mera (León); Dájome (Cabeza), Sánchez (Corozo) e Torres. Técnico: Miguel Ángel Ramírez.

GOLS - Torres, aos 45 minutos do primeiro tempo e aos 24 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gabriel e Fagner (Corinthians); Dájome (Del Valle).

ÁRBITRO - Leodán González (URU).

RENDA - R$ 2.264.371,00.

PÚBLICO - 37.112 pagantes.

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).

Na base da raça, o Independiente del Valle buscou o empate no fim e ficou no 1 a 1 com o Atlético Nacional, nesta quarta-feira, no estádio Olímpico de Atahualpa, em Quito, no Equador, no primeiro duelo da decisão da Copa Libertadores. Apesar da igualdade, o time anfitrião pode comemorar o resultado, pois viu o adversário dominar a partida.

O time colombiano ignorou os 2.800 metros de altitude em Quito, não se intimidou com o estádio lotado, impôs seu jogo e caminhava para uma vitória de certa forma tranquila, apesar de ser apenas por um gol de diferença. Só não esperava que em uma jogada de bola parada, aos 42 minutos do segundo tempo, seu goleiro falhasse e deixasse a bola nos pés do zagueiro Arturo Mina, que fez o gol de empate.

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Como na final da competição continental não existe a regra do gol fora de casa, qualquer igualdade no jogo de volta, na próxima quarta-feira, no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, leva o jogo para a prorrogação. Persistindo o resultado igual, pênaltis.

Uma das grandes armas do Atlético Nacional para dominar a partida foi ter tranquilidade. A mesma que desesperou o São Paulo nas semifinais em pleno estádio do Morumbi - na ocasião, os colombianos venceram por 2 a 0. Sem se importar com quem estava do outro lado, o time visitante demorou um pouco para se acertar e depois mandou no jogo.

Os anfitriões até tentaram impor o ritmo no início. Criaram uma chance com José Angulo logo aos três minutos. Mas a equipe colombiana manteve o estilo de cozinhar o jogo em banho maria. Tocava a bola de um lado para o outro no campo de defesa à espera de uma chance.

No início, talvez um pouco atrapalhado com a altitude, o Atlético Nacional errou muitos passes quando tentava encontrar os seus atacantes. Mas o tempo foi passando e os jogadores passaram a se acertar. Tomaram conta da partida. Como quem não quer nada, o time visitante chegou ao ataque aos 36 minutos e abriu o marcador.

O meia Torres encontrou Berrío na meia-lua. O atacante girou, levou a bola para a perna direita, a protegeu de três zagueiros e bateu colocado no canto esquerdo do goleiro Azcona: 1 a 0 no placar. O segundo quase saiu na sequência. Após um vacilo da zaga, a bola sobrou na intermediária para Marlos Moreno. O jogador viu o goleiro adiantado e arriscou belo chute, que bateu na rede pelo lado de fora.

Na etapa final, o Independiente del Valle continuava com dificuldades para assustar os visitantes. Conseguiu ter mais posse de bola, mas não conseguia chutar a gol. O técnico Pablo Repetto demorou para mexer na equipe. Somente aos 23 minutos ele tirou os atacantes Julio Angulo e Cabezas para as entradas de González e Uchuari.

O Atlético Nacional permanecia confortável com o resultado e nem os contra-ataques tentava se arriscar. Talvez tenha sido aí o erro. O excesso de confiança com o jogo ganho, deixou a equipe satisfeita com o placar de 1 a 0. Quando recuperava a bola, procurava gastar o tempo para desespero dos donos da casa e de sua torcida.

Na base da raça e com o apoio de sua torcida, o Independiente del Valle não desistiu e alcançou o empate. Aos 42 minutos, Sornoza cobrou falta na área, o goleiro Armani saiu mal, tentou cortar com os pés e a bola sobrou para o zagueiro Arturo Mina deixar tudo igual. Nos minutos finais, os anfitriões tentaram ainda a virada, mas não houve tempo.

FICHA TÉCNICA

INDEPENDIENTE DEL VALLE 1 x 1 ATLÉTICO NACIONAL

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Azcona; Christian Núñes, Arturo Mina, Luis Caicedo e Tellechea; Rizotto, Orejuela e Sornoza; Julio Angulo (González), José Angulo e Bryan Cabezas (Uchuari). Técnico: Pablo Repetto.

ATLÉTICO NACIONAL - Armani; Bocanegra, Davinson Sánchez, Henríquez e Farid Díaz; Diego Arias, Sebastián Pérez (Guerra) e Macnelly Torres (Blanco); Berrío, Miguel Borja e Marlos Moreno. Técnico: Reinaldo Rueda.

GOLS - Berrío, aos 36 minutos do primeiro tempo; Arturo Mina, aos 42 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Sebastián Pérez e Davinson Sánchez e Guerra (Atlético Nacional); Christian Núñes, Rizotto e Caicedo (Independiente del Valle).

ÁRBITRO - Enrique Cáceres (Fifa/Paraguai).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Olímpico de Atahualpa, em Quito (Equador).

No duelo mais tardio das quartas de final da Copa Libertadores, o Independiente del Valle aproveitou o fator casa para sair em vantagem sobre o Pumas, na noite desta terça-feira (17). A equipe equatoriana venceu por 2 a 1 neste jogo de ida e agora só precisa de um empate para garantir seu lugar na semifinal.

A partida da volta está marcada para a próxima terça-feira, na Cidade do México. Para avançar, o Pumas precisa de uma vitória simples, por 1 a 0, porque fez gol fora de casa. Novo placar de 2 a 1 leva o duelo para os pênaltis.

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O Del Valle definiu a partida desta terça entre o fim do primeiro tempo e o início da segunda etapa. Jose Angulo marcou os dois gols dos anfitriões. O primeiro saiu aos 42 minutos, quando recebeu passe dentro da área, conteve a marcação e bateu para as redes. Aos 10 minutos da segunda etapa, ele escorou cruzamento na área e ampliou a vantagem.

Na metade da etapa, Angulo teve a chance para "matar" o jogo e praticamente encaminhar a classificação. Mas acertou a trave. A "punição" veio na sequência, quando o Pumas se recuperou do susto. E Fidel Martinez descontou aos 28 minutos do segundo tempo ao aproveitar rebote de outra bola na trave, em chute de Britos.

O gol manteve o confronto em aberto neste lado da chave da Libertadores. O vencedor poderá cruzar com Boca Juniors ou Nacional na semifinal.

Atual campeão da Copa Libertadores, o River Plate se despediu de maneira amarga desta edição da competição, nesta quarta-feira à noite, em Buenos Aires. O time comandado por Marcelo Gallardo venceu o Independiente Del Valle por 1 a 0, no Monumental de Nuñez, mas acabou sendo eliminado por ter sido derrotado por 2 a 0 no duelo de ida das oitavas de final, na semana passada, no Equador.

Com o triunfo sobre o tradicional clube argentino, o time equatoriano se credenciou para enfrentar nas quartas de final o Pumas, do México, que na noite da última terça-feira derrotou o Deportivo Táchira por 2 a 0, em casa, e reverteu a derrota por 1 a 0 sofrida no confronto de ida das oitavas, na Venezuela.

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O River dominou o confronto desta quarta, mas não conseguiu traduzir a sua superioridade em gols no primeiro tempo e na etapa final parou duas vezes na trave, com Alario e depois com D'Alessandro. Para completar, o goleiro Azcona fez grande atuação pela equipe visitante, sendo decisivo para a classificação.

O time argentino só conseguiu abrir o placar aos 33 minutos da etapa final, com um gol de Alario. Após chute de fora da área, Azcona deu rebote e o atacante balançou as redes em finalização cruzada. Depois disso, o goleiro do Independiente Del Valle brilhou com novas boas defesas, sendo uma delas nos acréscimos, aos 49 minutos, em cabeçada do mesmo Alario após cruzamento de D'Alessandro.

O Independiente del Valle surpreendeu o atual campeão River Plate e largou com uma ótima vantagem no confronto de oitavas de final da Libertadores nesta quinta-feira. Diante do gigante argentino, o time equatoriano não se intimidou, foi superior e venceu o jogo de ida por 2 a 0, para delírio da torcida em Sangolquí.

Mais ofensivo, o Independiente dominou boa parte dos 90 minutos e viu um River pouco inspirado. O segundo gol, de pênalti, saiu já nos acréscimos do segundo tempo e complicou bastante a vida do River Plate, que terá que vencer por pelo menos três gols de diferença na volta, quarta que vem, no Monumental de Núñez, para ficar com a vaga.

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O Independiente começou mostrando atitude e disparou para o ataque desde o primeiro minuto. Antes dos dez, já havia criado duas oportunidades pelo alto. Na mais perigosa delas, Nuñez cruzou da direita e o zagueiro Mina apareceu na área para cabecear rente ao travessão.

Com o tempo, o ímpeto do Independiente del Valle diminuiu e o River aproveitou para equilibrar o duelo, mas em nenhum momento levou perigo ao gol de Azcona. Se o primeiro tempo terminou com 50% de posse de bola para cada lado, as oportunidades foram todas do lado equatoriano.

No segundo tempo, o time da casa cresceu e quase marcou aos 10 minutos com José Angulo, novamente de cabeça. Mas foi com as pernas que o atacante finalmente abriu o placar aos 18. Após roubada de bola no meio de campo, Cabezas recebeu na esquerda e cruzou rasteiro para a área. Angulo dominou e encheu o pé para vencer Barovero.

O gol não diminuiu o ímpeto do Independiente, que quase marcou o segundo aos 29, em cobrança de falta de Sornoza que parou na trave. O River só respondeu aos 32, quando Alario foi lançado por Lucho González e tocou para a rede, mas a arbitragem viu impedimento duvidoso.

A entrada de Alario deixou o River mais ofensivo, mas o atacante estava longe de seus melhores dias. Ele perderia chance incrível aos 36, quando aproveitou falta batida da direita e cabeceou sozinho, na pequena área, para fora. Um minuto depois foi a vez de Rodrigo Mora receber na área e bater firme, mas Azcona espalmou.

Quando o River era todo ataque em busca do segundo gol, o Independiente aproveitou um contra-ataque para ampliar. Aos 45 minutos, Miller Castillo arrancou pela direita e tocou para Tellechea, que tentou o drible para cima de Maidana. O zagueiro veio estabanado, no carrinho, e derrubou o atacante dentro da área. Sornoza bateu o pênalti no meio do gol e selou o triunfo.

Era dia de estreias no Atlético Mineiro. Robinho e Cazares em campo e a torcida nas arquibancadas, no primeiro jogo da equipe em casa nesta Copa Libertadores. Destas novidades, os torcedores e o equatoriano brilharam na noite desta quarta-feira na vitória do Atlético sobre o Independiente del Valle, por 1 a 0, no Independência. Robinho, sem ritmo, jogou apenas no segundo tempo e exibiu atuação discreta.

O triunfo deixa o Atlético com 100% de aproveitamento no Grupo 5 da Libertadores, com seis pontos. Com as duas vitórias seguidas, o time mineiro se coloca em situação favorável para garantir a vaga nas oitavas de final. Se fizer a lição de casa nas próximas rodadas, não deverá ter problemas para avançar.

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O primeiro jogo do Atlético em casa nesta edição da Libertadores contou com duas novidades em campo. Cazares foi titular, enquanto Robinho jogou somente no segundo tempo. Curiosamente, o ex-atacante do Santos entrou justamente na vaga do equatoriano, o que desagradou a torcida.

Cazares foi o melhor jogador do time em campo, mesmo deixando a partida aos 11 minutos da segunda etapa. Enquanto esteve no jogo, incendiou o meio-campo e deu velocidade ao jogo. Principalmente no começo, quando Lucas Pratto marcou o único gol da partida, logo aos três minutos. No segundo tempo, o Atlético caiu de ritmo, levou sustos, mas sustentou a vantagem no placar.

O JOGO - Diante da ansiedade da torcida pela estreia em casa nesta Libertadores, o Atlético fez tudo o que os torcedores mais queriam nesta quarta: abriu o placar logo aos 3 minutos e incendiou o duelo. Marcos Rocha cruzou rasteiro da direita e Lucas Pratto só escorou para as redes. A bola passou entre as pernas do goleiro e entrou vagarosamente no gol.

Era o combustível que as arquibancadas precisavam para emular a vitoriosa campanha de 2013. Principalmente depois que Luan mandou a bola para as redes no minuto seguinte, lance que foi anulado pelo árbitro, anotando falta de Pratto antes mesmo de a bola entrar. O jogo era quente também na defesa. E Leonardo Silva não demorou para levar seu amarelo.

O ritmo acelerado contagiava também o Independiente, que tentava aproveitar momentos de hesitação da zaga atleticana. Nem mesmo o sobrevoo de um drone no gramado, que causou rápida paralisação, esfriou a empolgação dos anfitriões e da torcida.

O Atlético só desacelerou a partir dos 30 minutos. Foi quando Cabezas recebeu livre dentro da área e quase deu um susto no goleiro Victor. Antes do intervalo, Leonardo Silva cabeceou com perigo e quase anotou o segundo do time atleticano, aos 42 minutos.

A segunda etapa veio com um misto de alegria e decepção da torcida. Alegria, pela entrada de Robinho. E indignação, em razão do nome do substituído. Cazares, que também estreava, era um dos motores do time em campo e vinha agradando as arquibancadas. A saída do equatoriano rendeu insultos ao técnico Diego Aguirre.

Em sua primeira partida com a camisa do Atlético, Robinho mostrou que ainda está sem ritmo. Sem jogar desde dezembro, quando defendeu o Guangzhou Evergrande, da China, no Mundial de Clubes da Fifa, o atacante entrou em campo aos 11 minutos.

Em seus primeiros lances, cometeu erros bobos em passes e lançamentos. Apesar do esforço, Robinho exibia a clara falta de entrosamento com os companheiros, enquanto Cazares fazia falta no meio-campo da equipe brasileira. O Atlético perdeu poder de fogo no ataque em comparação ao primeiro tempo.

Mesmo assim, o time anfitrião conseguia levar perigo. No melhor lance, aos 44 minutos, a arbitragem falhou duas vezes em jogada crucial. Primeiro, deixou de marcar falta sobre Patric. Em seguida, a bola sobrou para Hyuri, que sofreu pênalti. Novamente a arbitragem ignorou, gerando reclamações do time atleticano.

 

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 1 x 0 INDEPENDIENTE DEL VALLE

ATLÉTICO-MG - Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo, Douglas Santos; Leandro Donizete (Júnior Urso), Rafael Carioca, Cazares (Robinho); Luan (Hyuri), Lucas Pratto e Patric. Técnico: Diego Aguirre.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Azcona; Christian Núñez, Arturo Mina, Luis Caicedo, Luis Ayala; Rizotto, Orejuela, Tellechea (Julio Angulo), Sornoza (Gabriel Cortez), Bryan Cabezas (Uchuari); José Angulo. Técnico: Pablo Repetto.

GOL - Lucas Pratto, aos 3 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Leonardo Silva, Leandro Donizete, Marcos Rocha, Lucas Pratto, Ayala, Orejuela, Mina.

ÁRBITRO - Fernando Rapallini (Argentina).

RENDA - R$ 1.244.430,00.

PÚBLICO - 20.851 pagantes.

LOCAL - Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).

Com dois jogadores expulsos, o Botafogo perdeu para o Independiente del Valle por 2x1, nesta quarta-feira (13). Apesar do resultado, se manteve na primeira posição do Grupo 2 da Copa Libertadores, com quatro pontos, empatado com o San Lorenzo, da Argentina, e Unión Española, do Chile, que empataram por 1x1, em Buenos Aires. Foi uma partida difícil no pequeno estádio Rumiñahui, em Sangolquí, cidade da região metropolitana de Quito. Além da altitude de cerca de 2.800 metros, choveu bastante, deixando o gramado em péssimas condições.

O dono da casa iniciou o jogo com mais iniciativa, se aproveitando da falta de atenção da defesa alvinegra. Com isso, Jefferson teve de fazer duas grandes defesas após cabeçadas de Lamas e Angulo. Depois de mais um apagão da zaga, Nuñez recebeu a bola desmarcado na área e chutou forte no canto para abrir o placar, aos 26 minutos. Chovia forte e o gramado estava um lamaçal. Por isso, era grande o número de passes errados, escorregões e faltas.

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Se a defesa não estava bem, o setor ofensivo não era melhor. O Botafogo tentava encaixar algum contra-ataque, mas tinha muita dificuldade para criar as jogadas. Lodeiro e Wallyson participavam pouco e Ferreyra, isolado na frente, não podia fazer muita coisa.

O Botafogo começou o segundo tempo um pouco melhor e o empate saiu em uma jogada ensaiada em que Jorge Wagner cobrou o escanteio, Dória desviou e Bolívar marcou, aos 14 minutos.

Aos 27 minutos, a partida desandou para os cariocas. Bolívar, que já tinha um cartão amarelo, fez outra falta forte e foi expulso. Em seguida, houve um tumulto dentro de campo e o lateral-direito Edilson também recebeu cartão vermelho, por reclamação. Com dois a menos, o Botafogo ficou encurralado em campo e, nos acréscimos, Sornoza acertou um chutaço no ângulo e virou o jogo para o Independiente del Valle.

FICHA TÉCNICA

INDEPENDIENTE DEL VALLE 2 x 1 BOTAFOGO

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Azcona; Nuñez, Lamas, Fernando León (Cortéz) e Pineida (Soliz); Rizotto, Henry León (Julio Angulo), González e Sornoza; Daniel Angulo e Guerrero. Técnico: Pablo Repeetto.

BOTAFOGO - Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Jorge Wagner e Lodeiro (Bolatti); Wallyson (André Bahia) e Ferreyra (Lucas). Técnico: Eduardo Hungaro.

GOLS - Nuñez, aos 26 minutos do primeiro tempo; Bolívar, aos 14, e Sornoza, aos 46 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gabriel, Dória e André Bahia (Botafogo).

CARTÕES VERMELHOS - Bolivar e Edilson (Botafogo).

ÁRBITRO - Manuel Garay (Fifa/Peru).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Rumiñahui, em Quito (Equador).

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