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A inflação do setor agropecuário desacelerou no atacado. Os preços subiram 0,03% no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente a outubro, ante alta de 0,61% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira, 16. A inflação industrial atacadista também perdeu força, registrando queda de 0,23% na leitura divulgada hoje, ante aumento de 0,25% no mês passado.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,15% neste mês, em comparação com o avanço de 0,20% no índice de setembro.

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Por sua vez, os preços dos bens intermediários recuaram 0,26%, após subirem 0,49% em igual tipo de comparação. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram recuo de 0,40% em outubro, contra aumento de 0,37% um mês antes.

Interrompendo a sequência de três quedas, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 0,31% em setembro. Mas os preços não devem seguir avançando num ritmo muito mais intenso, comentou nesta quarta-feira, 17, o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. "O que se pode esperar a partir de agora é que até suba um pouco mais, mas não há nada que sugira avanço maior", disse. "De forma geral, tudo indica que, se houver avanço (nos IGPs), será muito gradual", acrescentou.

De acordo com Quadros, alguns produtos estão em elevação, mas o movimento não é generalizado. "Os fatores de pressão encontram contrapesos", explicou, atribuindo a esta combinação a perspectiva de que o cenário de preços mantenha este comportamento entre setembro e outubro.

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Neste mês, as principais elevações ocorreram na cadeia de carnes. No atacado, bovinos avançaram 3,22%, enquanto a carne bovina frigorificada ficou 7,23% mais cara. "A entressafra sozinha não provocaria um repique tão intenso de preços. As notícias de quem (os produtores) poderia exportar maior quantidade foram mais importantes", citou o superintendente.

Além disso, grãos como soja, milho e trigo ainda tiveram preços em queda, mas em menor intensidade do que em agosto - o que contribuiu para a aceleração do índice. No entanto, o minério de ferro segue no terreno negativo, com recuo de 5,42% em setembro, e os alimentos in natura, como tomate e batata-inglesa, ficaram ainda mais baratos, mostrando que a queda de preços renovou o fôlego nesses produtos.

No caso das carnes, contudo, Quadros alerta que a expectativa de vendas dos produtores pode não se concretizar, o que provocaria uma correção dos preços na sequência. "Essa é mais uma razão para não traçar um cenário de aceleração", afirmou. A soja, por sua vez, conta com o bom cenário projetado para a safra dos Estados Unidos, com constantes revisões cada vez mais otimistas. "Não vejo condição para a soja subir de preço agora", disse o superintendente.

No varejo, a alta das carnes também pesou no bolso dos consumidores. O item ficou 1,35% mais caro, segundo a FGV. A alimentação no domicílio, porém, subiu 0,08%, uma taxa considerada baixa. "Ela vai acabar subindo, mas será uma alta suave", disse Quadros.

A cesta de produtos do IGP-10 de setembro, indicador geral de preços que cobre o período de 11 de agosto a 10 deste mês, transitou dentro do cenário esperado pelo economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano, que já havia antecipado que agosto seria o último mês de deflação dos IGPs em 2014. O dado em análise saiu de uma queda de 0,55% no mês passado para uma alta de 0,31% em setembro. A projeção de Serrano era de um avanço de 0,30%.

Por trás deste movimento altista na média de preços coletada no âmbito do IGP-10, destacam-se os preços agropecuários, que saíram de uma queda de 2,20% em agosto para uma alta de 0,61% na coleta de preços entre 11 de agosto e 10 deste mês.

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"É um movimento importante de aceleração. Se formos pegar a carne, por exemplo, seu preço subiu tanto no industrial como no atacado. Café e suínos também subiram, provocando um movimento que, marcadamente, não era perceptível em setembro", analisou o economista do Besi Brasil. Outro produto de grande importância na composição do IGP-10 e cujo preço distendeu no período foi a soja, que saiu de uma queda de 4,55% no mês passado para uma queda de 0,58% em setembro. "Apesar de ainda estar negativa, este movimento é de uma aceleração importante e ajudou a explicar o aumento do IGP-10", disse Serrano.

Ele lembrou ainda que o IPA Industrial também trocou o terreno negativo pelo positivo ao deixar uma queda de 0,43% em agosto para entrar setembro com uma alta de 0,25%. Para Serrano, não é ainda um índice pressionado porque o minério de ferro tem apresentado movimentos consecutivos de queda, o que ajuda o IPA.

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de agosto caiu 0,55%, ante recuo de 0,56% em julho, informou, nesta sexta-feira, 15, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda foi maior da prevista por analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxas negativas entre 0,50% e 0,28%, com mediana das expectativas em -0,40%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o índice. O IPA-10, que representa os preços no atacado, caiu 0,91% em agosto, em comparação à queda de 1,03% em julho. Por sua vez, o IPC-10, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,01% na leitura anunciada hoje, após subir 0,24% no mês passado. Já o INCC-10, que mensura o custo da construção, teve elevação de 0,45%, após registrar aumento de 0,58%, na mesma base de comparação. Até agosto, o IGP-10 acumula aumentos de 1,70% no ano e de 4,82% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 11 de julho a 10 de agosto.

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Setor agropecuário

A deflação do setor agropecuário perdeu força no atacado. Os preços agropecuários caíram 2,20% no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente a agosto, ante queda de 2,29% em julho. A deflação industrial atacadista também ganhou força, registrando queda de 0,43% na leitura divulgada hoje, ante redução de 0,54% no mês passado.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais caíram 0,51% neste mês, em comparação ao recuo de 0,82% no índice de julho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários caíram 0,10%, após recuarem 0,24% em igual tipo de comparação. Já os preços das matérias-primas brutas intensificaram o ritmo de redução, com recuo de 2,38% em agosto, em comparação com a baixa de 2,19% um mês antes.

A queda do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) no âmbito do IGP-10 de maio em 0,22% ante uma alta de 1,42% em abril, bem como a desaceleração da inflação dos Bens Finais de 2,64% em abril para 0,42% em maio se deram, basicamente pela desaceleração dos preços dos alimentos in natura.

Os preços deste segmento desaceleraram de uma alta 15,79% em abril para 1,18% em maio. O Índice relativo aos Bens Finais (ex), que exclui os alimentos in natura e combustíveis registrou variação de 0,46%. Em abril, a taxa tinha sido de 1,19%.

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Já o índice do grupo Bens Intermediários do IGP-10 encerrou o mês de maio mostrando uma variação negativa de -0,26%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,36%. Quatro dos cinco subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,25% para -0,62%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de -0,28%. No mês anterior, foi registrada variação de 0,35%.

No mercado de câmbio, os indicadores fracos da economia aqui e na Europa pesaram na abertura e já davam força ao dólar. Internamente, além da queda de 0,5% no varejo em março ante fevereiro e de 1,1% em relação a março de 2013, pesou a desaceleração do IGP-10. A inflação de maio subiu 0,13% após alta de 1,19% em abril, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado anunciado nesta quinta-feira, 15, ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma taxa de 0,01% a 0,38%, com mediana de 0,29%.

A fraqueza da economia doméstica reforça a perspectiva de interrupção na alta da Selic e isso enfraquece expectativas de entradas de recursos. Mais cedo, o dólar à vista bateu máxima de R$ 2,215 e, há pouco, era cotado a R$ 2,213, com valorização de 0,27%.

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No exterior, os destaques anteriores aos dados dos EUA foram os resultados frágeis da produção industrial e da inflação ao consumidor na zona do euro, que aumentam as possibilidades de o Banco Central Europeu adotar medidas de estímulo à economia no seu encontro de junho, como sinalizou o presidente da instituição, Mário Draghi. Isso tira força do euro e das principais divisas de emergentes e ligadas a commodities em relação ao dólar norte-americana nesta manhã.

Nos EUA, a inflação do consumidor de abril ficou em 0,3%, em linha com o esperado. A taxa anual é de 2%, que é a meta de inflação de longo prazo do Federal Reserve. Já o indicador de atividade Empire State explodiu, atingindo 19,01 em maio, comparado a expectativa de 5,0. Esses indicadores reforçaram imediatamente a expectativa de que o Fed poderia ser obrigado a subir juro antes do previsto e mexeram com todos os mercados. As taxas de juros dos Treasuries, que ontem bateram mínimas em seis meses, subiram e bateram máximas, apesar de terem voltado a cair pouco depois. O dólar ganhou força ante todas as moedas.

A Bolsa deve abrir realizando ganhos de ontem, mas a tendência de alta pode ser retomada a qualquer instante, à medida em que houver entrada de dinheiro estrangeiro, como tem ocorrido nos últimos pregões.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do IGP-10 medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em maio registrou variação de 0,76%. Em abril, o indicador havia registrado alta de 0,88%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. O principal destaque partiu do grupo Alimentação (1,71% para 1,16%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 15,65% para 2,72%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,71% para -0,16%); - Transportes (0,62% para 0,50%); e Vestuário (1,08% para 0,81%). Nestas classes de despesa, de acordo com os técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacam-se os itens: passagem aérea (5,92% para -14,62%), gasolina (0,97% para 0,28%) e roupas (1,34% para 1,08%), respectivamente.

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Em contrapartida, o indicador apresentou acréscimo das taxas de variação em Saúde e Cuidados Pessoais (0,72% para 1,43%); Habitação (0,56% para 0,65%); Comunicação (-0,09% para 0,15%); e - Despesas Diversas (0,35% para 0,39%).

As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens medicamentos em geral (0,84% para 2,40%), tarifa de eletricidade residencial (0,06% para 2,54%), tarifa de telefone residencial (-0,66% para 0,39%) e alimentos para animais domésticos (0,90% para 1,21%), respectivamente.

A desaceleração da inflação no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em abril foi influenciada pelos preços no atacado, especialmente os agrícolas. Grãos como soja e café perderam força. Apesar disso, itens importantes como carnes e alimentos in natura apresentaram taxa maior do que no mês de março, o que determinou o recuo ainda tímido nos preços. Neste mês, o IGP-10 avançou 1,19%, contra 1,29% em março.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), boa parte da desaceleração no atacado veio das matérias-primas brutas (2,29% para 1,28% entre março e abril). Contribuíram para esse movimento a laranja (14,89% para -13,03%), a soja em grão (2,83% para -0,26%), o milho em grão (8,58% para 6,69%) e o café em grão (26,11% para 11,55%).

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Mesmo assim, algumas matérias-primas aceleraram, como leite in natura (0,46% para 4,96%), bovinos (2,96% para 5,00%) e aves (-0,27% para 2,95%).

Os bens finais, cuja taxa passou de 1,61% para 2,64%, impediram que a taxa do IGP-10 perdesse ainda mais força. Isso foi influenciado pelo subgrupo alimentos in natura, que ainda mostra fôlego, saindo de 11,22% em março para alta de 15,79% em abril. A batata-inglesa, por exemplo, subiu 38,71% em abril, contra 6,51% em março.

Os bens intermediários, por sua vez, deram alívio ao índice, ao passar para alta de 0,36%, contra elevação de 1,15% em março. Segundo a FGV, quatro dos cinco subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura (1,41% para 0,25%).

O resultado do IGP-10 de abril, de 1,19%, é o maior para o mês desde 2004. Naquele ano, a inflação medida por este indicador havia apresentado alta de 1,20%. Apesar disso, a taxa divulgada nesta segunda-feira, 14, pela FGV veio abaixo da registrada em março deste ano (+1,29%).

A inflação de abril medida pelo IGP-10 subiu 1,19% após alta de 1,29% em março, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado, anunciado nesta segunda-feira (14), ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma taxa de 0,84% a 1,38%, com mediana de 1,10%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de abril, os preços no atacado representados no IPA-10 tiveram alta de 1,42% este mês, após subirem 1,65% em março. Os ao consumidor medidos no IPC-10 avançaram 0,88%, após elevação de 0,70% no mês anterior. Já o INCC-10, da construção civil, teve taxa positiva de 0,39%, em comparação ao aumento de 0,31%, na mesma base.

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Até abril, o indicador acumula altas de 3,40% no ano e de 7,77% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 foi do dia 11 de março a 10 de abril.

Após forte alta em março, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) deve desacelerar, indicou nesta segunda-feira (17), o superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Salomão Quadros. Para ele, o índice deve ficar abaixo de 1%, sendo que haverá de dois a três meses de recuo.

"Acho que para repetir esse resultado, acima de 1%, tem que acontecer algum impacto (de preço) mais forte. Pelas informações que tenho até o momento, não devemos ter um segundo mês como esse", comentou. A FGV anunciou nesta segunda-feira que o IGP-10 variou 1,29% neste mês, ante os 0,30% de fevereiro.

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"O IGP pegou em cheio a alta dos produtos agrícolas, mas acredito que, mesmo que ainda suba um pouco, não será na mesma velocidade", disse. Ele cita que a perda da safra de soja, por exemplo, deve ficar em torno de 2%. "Com a perda nessa proporção, o preço não precisa subir tanto", diz. Quadros afirma que, apesar disso, o preço de produtos intermediários continuará subindo e haverá também mais impacto no preço dos processados. "Não vem um IGP tão forte, mas o efeito não se desfaz imediatamente. Será uma volta gradativa".

O efeito do câmbio sobre os preços no atacado está chegando ao fim, afirmou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz. Segundo ele, todos os níveis da cadeia produtiva apurados no Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) apresentaram desaceleração em novembro - e devem seguir nesse ritmo nas próximas semanas.

Mas o IGP não deve apresentar novos recuos em sua taxa, uma vez que a influência do câmbio se transferiu para os preços ao consumidor. Em novembro, as carnes bovinas aceleraram para 2,22%, de 1,66% na apuração anterior. O produto apresenta elevação em função do reajuste mais intenso no farelo de soja (utilizado como ração animal) nos últimos meses, além do maior incentivo à exportação (o que diminui a oferta interna). As carnes suínas seguiram o mesmo rumo e apresentaram alta de 4,79%, contra 1,45% em outubro.

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Além do câmbio, as hortaliças e legumes também ajudaram a elevar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) a 0,61%, contra 0,33% no mês anterior. O tomate foi o principal vilão, com alta de 27,56%.

Apesar disso, o nível atual das taxas no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) indica que haverá alívio em alguns itens do IPC. "A aceleração do IPC não deve se sustentar no curto prazo", disse Braz, que aposta em estabilidade do indicador nas próximas apurações. Como exemplo, ele enumerou as reduções no ritmo de alta das próprias carnes bovinas no IPA, de 6,61% para 1,66%, e na inflação do trigo (4,08% para -6,15%) e da farinha de trigo (2,68% para -0,79%), que eram afetados pelo câmbio.

Descartando choques sazonais nos alimentos, Braz afirma que há apenas dois itens que podem provocar forte aceleração no IPC nas próximas apurações. O tomate, que subiu 48,77% no âmbito do IPA e pode provocar novos reajustes para o consumidor, e os combustíveis, caso o reajuste seja aprovado no fim do mês. "Tomate às vezes prega umas peças, vítima de outros efeitos que não são sazonais, como menor área plantada ou pragas. Com isso, está subindo muito forte ao produtor", explicou Braz. "Se o tomate e os combustíveis subirem juntos, vai ser um choque para o IPC", acrescentou.

O IPC ainda pode continuar refletindo reajustes em tarifas de energia elétrica e nos cigarros, como já se observou no IGP-10 de novembro. As tarifas de energia apresentaram alta de 1,12%, contra 0,23% no mês anterior, enquanto os cigarros saíram da estabilidade para alta de 0,72%. Mas esse é um impacto secundário, observou Braz.

Sem choque

As oscilações recentes do dólar frente o real não são suficientes para gerar novo choque nos preços, afirmou o economista Braz. Segundo ele, a não ser que haja um overshooting na cotação da moeda americana, a inflação não deve acelerar a níveis semelhantes aos observados em setembro - o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) avançou 1,5% naquele mês, o maior resultado do ano.

"São pequenas volatilidades. O que repercute mais são fortes choques, e mesmo assim não é de imediato. Demora um ou dois meses para se consolidar", explicou Braz. Assim, mesmo que o dólar se valorizasse nessa reta final de 2013, o choque só seria sentido nos preços no próximo ano.

Com isso, Braz vê espaço para desacelerações em produtos fortemente influenciados pela questão cambial, como é o caso de materiais e equipamentos para a construção, que ainda subiram 0,65% no IGP-10 de novembro, ante 1,15% em outubro.

Os produtos vendidos no atacado também podem desacelerar um pouco mais, como o trigo (-6,15% em novembro, de 4,08%) e os bovinos (2,04%, de 3,50%). Os preços ao consumidor, contudo, ainda refletem os repasses do câmbio e podem ser atingidos ainda pela alta do tomate (devido a problemas de safra) e pelo reajuste dos combustíveis.

A aceleração no preço dos alimentos processados foi o principal impulso para a alta do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), calculado no âmbito do IGP-10. O subgrupo alimentos processados, que faz parte dos bens finais medidos pelo indicador, registrou avanço de 2,79% em outubro, ante 0,80% em setembro. Os bens finais tiveram variação de +0,70%, em outubro, ante -0,02% em setembro. O IPA passou de 1,46% em setembro para 1,48% em outubro.

Já entre os bens intermediários, todos os subgrupos pesquisados contribuíram para a desaceleração registrada no mês (1,12%, ante 1,87% em setembro). A principal influência veio dos materiais e componentes para a manufatura, com alta de 1,52%, contra 2,52% no mês anterior.

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Entre as matérias-primas brutas, cuja taxa passou de 2,74% para 2,81%, contribuíram para a elevação do grupo os itens minério de ferro (1,96% para 5,99%), bovinos (-0,28% para 3,50%) e aves (6,45% para 8,72%). Na contramão, com taxas mais arrefecidas, destacaram-se os itens soja em grão (6,84% para 3,26%), laranja (22,92% para 7,36%) e café em grão (-2,73% para -8,27%).

No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que acelerou de 0,22% em setembro para 0,33% em outubro, o principal impacto veio dos transportes. O grupo saiu de deflação de 0,18% para alta de 0,14%. Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos habitação (0,38% para 0,54%), vestuário (0,25% para 0,94%) e comunicação (0,03% para 0,31%).

Em contrapartida, os grupos educação, leitura e recreação (0,43% para 0,16%), alimentação (0,21% para 0,18%), despesas diversas (0,23% para 0,09%) e saúde e cuidados pessoais (0,41% para 0,40%) desaceleraram na passagem do mês, dentro do IPC.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro, alta de 0,44%, acima do resultado do mês anterior, de 0,34%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços avançou 0,93%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,71%. O índice que representa o custo da mão de obra ficou estável pelo segundo mês consecutivo.

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 0,15% no mês de agosto, após avançar 0,43% em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira, 14. O resultado ficou dentro do intervalo das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 0,07% a 0,29%, e acima da mediana das expectativas, de 0,13%.

No caso dos três indicadores que compõem ao IGP-10 de março, o IPA-10 teve alta de 0,19% este mês, após subir 0,49% no anterior. Por sua vez, o IPC-10 apresentou deflação de 0,07% em agosto, em comparação com inflação de 0,13% em julho. Já o INCC-10 teve taxa positiva de 0,35% em agosto, após aumento de 0,71% em julho. Até agosto, o indicador acumula altas de 2,25% no ano e de 4,12% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 desse mês foi do dia 11 de julho a 10 de agosto.

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Agrícola

Os preços agropecuários no atacado passaram de inflação a deflação de julho para agosto. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas caíram 0,45% neste mês, em comparação à alta de 0,80% apurada antes, no âmbito do IGP-10. Segundo a FGV, os preços dos produtos industriais no atacado subiram 0,43% em agosto em comparação à alta deRoseli01lopes58 0,38%, no mês passado.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,13% em agosto, em comparação com queda de 0,40% em julho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 0,94% este mês, após avançar 1,03% no anterior. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram taxa negativa de 0,62% em agosto, após subirem 0,94% em julho.

A inflação de julho medida pelo IGP-10 desacelerou para 0,43%, ante 0,63% em junho, informou nesta terça-feira, 16, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro do intervalo das projeções dos analistas, que esperavam uma taxa de 0,30% a 0,80%, com mediana de 0,56%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10, o IPA-10 teve alta de 0,49% este mês ante 0,43% em junho. Por sua vez, o IPC-10 apresentou avanço de 0,13% em julho, na comparação com 0,39% em junho. Já o INCC-10 teve taxa positiva de 0,71% em julho ante 2,48% em junho.

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Até julho, o indicador acumula alta de 2,10% no ano e de 5,62% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 deste mês foi do dia 11 de junho a 10 de julho.

Ao contrário do que aconteceu em meses anteriores, o comportamento dos preços no atacado não respondeu sozinho pela aceleração da inflação pelo Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) em junho, que subiu 0,63% após uma deflação de 0,09% em maio, mostram os indicadores que compõem o IGP-10. Houve uma contribuição forte da construção civil, cujos preços aceleraram 7,86%, ante alta de 7,01% em maio, puxado pelo reajuste de salários no setor em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília.

A valorização dos serviços de construção civil é pontual e não chega a indicar uma tendência na inflação, ao contrário do que ocorre com os alimentos. A alta de preços no atacado de produtos que fazem parte da alimentação típica das famílias brasileiras indica que, em breve, a inflação deverá corroer também o orçamento dos consumidores.

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Estão mais caros, no atacado, os alimentos in natura (de -0,37% para 0,91%), como a batata inglesa (de 8,78% para 16,16%), destaque de aceleração no grupo; assim como a soja (de -0,40% para 9,61%); e o farelo de soja (de 0,75% para 14,12%), por causa de uma perspectiva de safra ruim do grão nos Estados Unidos.

"O trigo (de -2,22% para 1,88%) é o que mais perigo leva para o varejo, por causa da sua capacidade de contaminação de preços pelos seus derivados", destacou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz. E a inflação do arroz passou de -0,30% para 4,02%, devido a problemas com o clima na lavoura da região Sul do País.

A expectativa de Braz é de que, já ao longo deste mês, a alta de preços dos alimentos comece a contaminar o varejo. "Os preços da alimentação podem avançar um pouco mais ao longo do mês. Mas não acredito que irá disparar", disse o economista.

Por enquanto, a inflação dos alimentos para o consumidor final permanece desacelerando (de 0,57% para 0,41%). Após 12 meses ganhando ritmo, a inflação do arroz e do feijão, por exemplo, teve alta menos intensa neste mês, de 1,67%, ante 2,78% em maio. A carne de frango recuou 1,56% em junho, após queda de 1,52% em maio. E a inflação dos óleos e gorduras passaram de -1,79% para -2,58%.

Também contribuiu para a desaceleração do grupo a alimentação fora de casa (de 0,68% para 0,52%), após alta de 7,35% em maio, segundo o Ibre/FGV.

O preço do tomate deve começar a dar um alívio ao consumidor final ainda neste mês, prevê o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Salomão Quadros. A expectativa é de que uma desaceleração já percebida nos últimos dias no atacado apareça em breve no varejo.

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que faz parte do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), a inflação do tomate foi de 8,55% para 15,77%, na passagem de março para abril. No ano, acumula alta de 90,77% e, em 12 meses, de 170,48%.

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O grupo alimentação, com aceleração de 1,26% para 1,40% no período, permanece liderando a inflação no varejo neste mês. As influências, contudo, não partiram só do tomate. São destaques as altas de preços das frutas, que avançaram de 1,07% para 5,44%; da batata inglesa, de 6,72% para 13,43%; e da cebola, de 14,27% para 21,17%.

A alimentação no domicílio ficou 1,73% mais cara, ante 1,42% no mês anterior, e acumula alta de 16,19% em 12 meses. Enquanto à inflação fora de casa, em contrapartida, desacelerou de 1,01% para 0,85%. "Não haverá, nos próximos meses, a informação de que os preços dos alimentos despencaram. Mas, se a gente olhar para o atacado, podemos prever que percam ritmo daqui para frente", disse Quadros.

A inflação de abril medida pelo IGP-10 subiu 0,18% após avançar 0,22% em março, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado anunciado nesta terça-feira, 16, ficou abaixo do piso do intervalo previsto pelos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma taxa de 0,25% a 0,47%, e também inferior à mediana das expectativas (0,35%).

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de abril, o IPA-10 teve queda de 0,06% este mês, após subir 0,11% em março. Por sua vez, o IPC-10 apresentou avanço de 0,67% em abril, em comparação com a alta de 0,49% no mês passado. Já o INCC-10 teve taxa positiva de 0,65% em abril, em comparação com o aumento de 0,37% em março.

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Até este mês, o indicador acumula alta de 1,12% no ano e de 7,45% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 desse mês foi do dia 11 de março a 10 de abril.

Preços agrícolas

Os preços dos produtos agrícolas atacadistas caíram 1,17% em abril, queda mais intensa do que a de 0,45% apurada em março, no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado continuaram subindo e tiveram alta de 0,38% neste mês, superior à elevação de 0,33% de março.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,86% em abril, em comparação com a alta de 1,18% em março. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram queda de 0,26% este mês, após avançar 0,17% em março. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram taxa negativa de 0,92% em março, após caírem 0,81% em março.

A inflação medida pelo IGP-10 ficou em 0,22% em março, após avançar 0,29% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira. O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa de 0,13% a 0,40%, e abaixo da mediana das expectativas, de 0,28%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de março, o IPA-10 teve alta de 0,11% este mês, após subir 0,05% em fevereiro. Por sua vez, o IPC-10 apresentou avanço de 0,49% em março, em comparação à alta de 0,74% no mês passado. Já o INCC-10 teve taxa positiva de 0,37%, ante +0,84%, no mesmo período. Até março, o IGP-10 acumula altas de 0,94% no ano e de 8,01% nos últimos 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 desse mês foi do dia 11 de fevereiro a 10 de março.

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IPA

A deflação agropecuária perdeu força no atacado em março. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas caíram 0,45% neste mês, uma redução da queda em comparação com a taxa negativa de 1,73% apurada em fevereiro, no âmbito do IGP-10. A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado desaceleraram, passando de uma alta de 0,79% em fevereiro para um avanço de 0,33% neste mês.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 1,18% em março, em comparação à alta de 1,45% em fevereiro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram queda de 0,17% neste mês, após avançar 0,59% em fevereiro. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram taxa negativa de 0,81%, após caírem 2,11%, no mesmo período.

O reajuste dos combustíveis concedido em janeiro impediu que a inflação medida pelo IGP-10 recuasse mais em fevereiro, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) Salomão Quadros. O IGP-10 ficou em 0,29% em fevereiro ante 0,42% em janeiro.

A redução da tarifa de energia, entretanto, deve compensar a alta de preço dos combustíveis, porém, apenas no varejo, onde a energia elétrica tem mais peso. Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 0,74%, ante 0,76% em janeiro. Quadros ressaltou que os indicadores de inflação da FGV, os IGPs, apresentam desaceleração consecutiva desde dezembro.

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Três grupos contribuíram para que a inflação no varejo acelerasse de 0,65% para 0,76%, na passagem de dezembro para janeiro, segundo o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Foram eles: alimentação; educação, leitura e recreação; e despesas diversas. A principal influência, no entanto, partiu do grupo alimentação, que avançou de 0,97% para 1,54%.

"Se dependesse só do grupo alimentação, a alta no varejo seria maior", analisou o coordenador de Análise Econômica do Ibre/FGV, Salomão Quadros. A variação de preços do grupo reflete a alta das hortaliças e legumes (de -2,61% para 6,45%), que tradicionalmente sobe neste período de chuvas de verão. Entre os alimentos in natura, a maior alta foi do tomate (de -5,93% para 10,29%), seguida da batata inglesa (de -2,28% para 9,77%).

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"Há fatores em curso no atacado, que devem amenizar as pressões nos alimentos, como a desaceleração de preços da carne bovina, frango e óleo de soja. É uma questão de tempo. Mas os in natura ainda podem forçar uma alta dos alimentos antes que comecem a perder ritmo", projetou Quadros.

Já o grupo educação sofreu os efeitos dos reajustes dos cursos formais (de 0% para 2,83%). "Se essa dinâmica de reajuste for mantida, chegaremos ao fim de 30 dias com alta de 8,5%. Até agora, só um terço dos preços foi captado". Os cursos não formais passaram de 0,22% para 1,10%. E, neste mês, ainda pesou sobre o índice o material escolar (de 0,59% para 1,33%). No grupo despesas diversas, a principal contribuição de alta foi do cigarro (de 1,57% para 5,82%), por causa da tributação.

Em sentido contrário, a habitação puxou para baixo a inflação no varejo, após a retirada do efeito da tarifa de eletricidade residencial, que, em dezembro, havia avançado 2,40%, com o reajuste de preço no Rio de Janeiro, para -0,01%.

Para o próximo mês, "a expectativa é de desaceleração. Tudo indica que os aumentos de ônibus não acontecerão no curto prazo, o que abre uma janela para a desaceleração", disse Quadros.

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