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Uma ONG de São Paulo desenvolveu um aplicativo que realiza tradução simultânea da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para o português, com o objetivo de aumentar a inclusão de surdos e facilitar seu atendimento por empresas e serviços públicos.

O "ICOM", disponível para sistemas iOS e Android, foi criado pela Associação dos Amigos Metroviários dos Excepcionais (AME) e será apresentado na feira de acessibilidade Reatech, que acontece de 13 a 16 de junho, em São Paulo.

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O aplicativo fornece uma central de atendimento 24 horas por dia e funciona por meio de chamadas de vídeo: ao receber um surdo, o atendente do SAC de uma empresa, de um consultório ou de um serviço público, por exemplo, aciona o call center da AME, que faz a tradução simultânea do português para Libras - e vice-versa - e a intermediação do diálogo.

"O aplicativo foi desenhado para atender a uma demanda das empresas. A legislação garante o atendimento de surdos em sua língua, mas não tínhamos um mecanismo eficaz para prover essa comunicação", disse, em entrevista à ANSA, o presidente da AME, José de Araújo Neto.

Atualmente, o app conta com cerca de 30 empresas em sua base de clientes, incluindo a linha aérea Gol, que já utiliza o recurso em suas lojas nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo. Outra possibilidade é empregar o aplicativo na comunicação de profissionais surdos com colegas de trabalho.

Para garantir o serviço, que é gratuito para pessoas com deficiência auditiva, o ICOM conta com 45 intérpretes, sendo que apenas uma pequena parte trabalha remotamente. Segundo Neto, no entanto, ainda existe uma "barreira cultural muito forte" nas empresas.

"As pessoas gostam, se encantam, porque o aplicativo tem um impacto muito forte, mas a decisão de compra ainda é uma dificuldade. Não porque seja caro, mas ainda lidamos com uma resistência cultural", declarou o presidente da AME.

Apesar disso, ele afirmou ter percebido uma diferença "acentuada" em 2019. "Atribuímos muito disso ao fato de o governo federal ter demonstrado preocupação com a inclusão de surdos", ressaltou. O próximo passo, de acordo com Neto, é oferecer um programa de "internet patrocinada".

Ele contou que, especialmente nas empresas públicas, existem carências de infraestrutura digital para rodar o aplicativo e realizar as videochamadas. "A solução está no surdo, por meio de seu smartphone", explicou. A contrapartida é que a utilização do ICOM não consuma o pacote de dados do usuário.

O projeto está em fase de conclusão e deve ser ofertado dentro de 30 dias. A AME terá um estande na Reatech e levará terminais para que o visitante possa experimentar o app. Organizada pela Cipa Fiera Milano, a feira promove novas tecnologias para a inclusão, acessibilidade e reabilitação de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Da Ansa

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) teve queda de 0,2 ponto em janeiro, passando de 104 para 103,8 pontos, de acordo com o levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado hoje (25).

Segundo a fundação, os empresários estão otimistas com o aumento das vendas nos próximos meses, porém ainda mantêm certa atenção com a situacão econômica do país. O levantamento mostra, por exemplo, que o Índice de Situação Atual recuou 2,5 pontos, passando de 97,1 para 94,6 pontos. A primeira queda desde maio do ano passado, ao passo que o Índice de Expectativas subiu 2,1 pontos e foi de 110,8 para 112,9 pontos. O maior patamar desde fevereiro de 2011.

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"Após registrar altas expressivas em novembro e dezembro, a confiança do comércio acomodou no início de janeiro", explica o coordenador da sondagem do comércio da FGV, Rodolpho Toblerone. "O resultado mostra que o setor ainda se encontra em transição para níveis maiores de confiança", completa.

Uma recuperação gradual na atividade do comércio. É o que sinaliza a queda mais fraca no Índice de Confiança do Comércio (Icom), que passou de -6,8% para -5,8% do trimestre encerrado em dezembro para o trimestre até janeiro. Para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que elabora o índice em parceria com o Banco Central (BC), esta retomada é influenciada por melhora em indicadores de varejo.

No período, houve recuos menos intensos tanto no Índice de Situação Atual (Isa-Icom) como no Índice de Expectativas (Ie-Com). Nas respostas relacionadas ao presente, no entanto, o quadro negativo ainda é puxado por piora na avaliação de demanda. Do total de 1.276 empresas pesquisadas, a parcela que avalia a demanda atual como forte caiu de 29,5% para 27,1% de janeiro de 2011 para janeiro de 2012. No mesmo período, subiu de 13% para 19,9% o porcentual de empresas que a classificam como fraca.

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As expectativas também continuam menos favoráveis. Das empresas consultadas, caiu de 55,7% para 53,0% o porcentual de companhias que esperam melhora nas vendas nos próximos três meses, e subiu de 7,6% para 11,6% a fatia das que projetam piora.

O Icom é calculado a partir de tópicos da Sondagem do Comércio, e representa desempenho consolidado de cinco segmentos. Todos apresentaram queda de confiança em janeiro de 2012 contra igual mês no ano passado; e também no trimestre até janeiro, contra igual período no ano anterior. Na evolução mensal, houve recuos em varejo restrito

(-1,7%); veículos (-6,9%); material para construção (-6,2%); varejo ampliado (-3,1%) e atacado (-9,4%). No desempenho trimestral, houve quedas respectivas de -3,4%; de -11,3%; de -2,5%; de -4,5% e de -8,6% em cada um dos segmentos.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 3,3% no trimestre finalizado em outubro, ante igual período no ano passado. O recuo representa mais que o dobro do resultado anterior, no mesmo tipo de comparação: no trimestre encerrado em setembro, a queda havia sido menos intensa, de 1,5%. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na Sondagem Conjuntural do Comércio, segunda edição da nova pesquisa da instituição, elaborada em parceria com o Banco Central (BC).

Segundo a FGV, no caso dos dois indicadores componentes do Icom, o Índice de Situação Atual (Isa-Com) caiu 4,5% no trimestre encerrado em outubro, ante recuo de 3,7% apurado no trimestre finalizado em setembro. Já o Índice de Expectativas (Ie-Com) caiu 2,5% no trimestre até outubro; ante estabilidade (0,0%) no trimestre encerrado em setembro.

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No desempenho mensal, os sinais também são negativos. O Icom caiu 8,1% em outubro ante igual mês no ano passado, após aumento de 0,9% em setembro, no mesmo tipo de comparação. O Isa-Com recuou 9,1% em outubro ante taxa negativa de 0,5% em setembro; e o Ie-Com teve queda de 7,4% no mês passado frente a um aumento de 1,7% em setembro.

A pesquisa abrange 17 segmentos do comércio e inclui varejo e atacado. Este último representa um terço do indicador. De acordo com informações divulgadas pelo BC no lançamento da pesquisa, a sondagem deverá ser incorporada ao conjunto de indicadores analisados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nas decisões para decidir o patamar da taxa básica de juros.

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