Tópicos | I Guerra Mundial

De Woodrow Wilson a Mustafa Kemal Atatürk, passando por Lenin e Clemenceau, alguns líderes políticos foram decisivos depois da I Guerra Mundial.

- Woodrow Wilson (1856-1924) -

Presidente (democrata) dos Estados Unidos desde 1912, Wilson fez campanha para reeleição em 1916 a favor da neutralidade americana, apesar do financiamento de Washington aos aliados.

A decisão da Alemanha de declarar a chamada guerra submarina, atacando inclusive navios de países neutros, levou Wilson a entrar na guerra em abril de 1917.

Em 1919 participou pessoalmente nas negociações de paz, se pronunciou a favor do direito dos povos a decidir seu futuro e impôs a criação da Sociedade das Nações (SDN) como parte do Tratado de Versalhes. O Senado americano se recusou a ratificar o Tratado de Versalhes e os Estados Unidos ficaram de fora da SDN.

- Georges Clemenceau (1841-1929)

Este político francês, republicano radical, anticlerical e anticolonialista foi um ministro do Interior de linha dura. Em 1914 se negou a integrar o governo de unidade nacional ou da união sagrada de René Viviani. Em 1917 o presidente Raymond Poincaré o nomeou presidente do Conselho (primeiro-ministro).

O "Tigre", que tinha 76 anos, estimulou o esforço de guerra e ganhou popularidade ao visitar as trincheiras. Sua frase preferida era "Alemanha pagará". Foi inflexível na imposição de condições leoninas a Berlim durante as negociações do Tratado de Versalhes ante os aliados americanos e britânicos, mais abertos a concessões.

- David Lloyd George (1863-1945) -

Em agosto de 1914, este liberal britânico era ministro da Fazenda e pacifista, mas acabou defendendo a guerra e se tornou um propagandista.

Foi ministro de Guerra e em 1916 primeiro-ministro. Considerado em seu país o homem que venceu a guerra, representou o Reino Unido na Conferência de Paz de Paris de 1919 e no Tratado de Versalhes.

- Lenin (1870-1924)-

Lenin (Vladimir Ilyich Ulyanov), militante revolucionário, viveu quase sempre no exterior até 1917 e participou ativamente na estruturação do movimento operário.

Foi contrário à "guerra imperialista" que explodiu quando estava na Áustria. Voltou à Rússia em fevereiro de 1917 com a cumplicidade dos alemães, que acreditavam que sua presença enfraqueceria o inimigo, Rússia.

Lenin foi o principal líder da insurreição que desembocou na "Revolução de Outubro". Era partidário de uma paz imediata com a Alemanha. Mas Leon Trotski, comissário do povo para Relações Exteriores, discordava.

Em 15 de dezembro, Lenin assinou em Brest-Litovsk (Bielorrússia) um armistício com os alemães que acabou com os combates. Em 3 de março de 1918 assinou um tratado pelo qual a Rússia perdia grande parte de seus territórios ocidentais para a Alemanha (Polônia, Países Bálticos, Finlândia...) e mais de 30% de sua população.

Lenin presidiu a União Soviética até sua morte, mas a saúde precária fez com que perdesse poder a partir de 1922 para Josef Stalin.

- Mustafa Kemal "Atatürk" (1881-1938) -

Este coronel e depois general otomano teve um papel importante na vitória contra os Aliados na campanha de Galípoli, ou batalha dos Dardanelos, em 1915.

Na época virou a principal figura do movimento nacional turco, contrário ao Tratado de Sèvres assinado em agosto de 1920 entre os Aliados e o sulão Mehmet VI e que ratificava o desmantelamento do império otomano e da Turquia.

Sob seu comando, o exército turco reconquistou a Armênia, o Curdistão e a Cilícia, retomados dos Aliados, expulsou os gregos que haviam ocupado Anatólia e retomou o controle de todo o país.

Chegou ao poder em 1920 e é considerado o pai da Turquia moderna.

Faltando poucos dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Portal LeiaJá continua, nesta quarta-feira (10), a série de matérias com dicas de revisão das disciplinas abordadas nas provas. O professor de história Albino Dantas aborda os principais assuntos que podem cair na hora da prova. As reportagens serão publicadas todas as quartas-feiras.

Para falar sobre uma das matérias que boa parte dos alunos gosta, o professor destaca os assuntos que estão mais evidentes no Exame. “Há uma predileção pelos assuntos de História Contemporânea do Brasil e Geral. Já que este ano completamos datas redondas como os 100 anos da I Guerra Mundial, os 60 anos da morte de Getúlio Vargas e os 50 anos da Ditadura Militar no Brasil são boas pedidas para um estudo mais cuidadoso”, diz o educador.

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Para a I Guerra Mundial um assunto importante é a corrida imperialista do século XIX. O precário equilíbrio de forças desafiados por Conflitos Coloniais (Guerra dos Cipaios na Índia, Guerras do Ópio na China), Guerras Internas na Europa (Criméia, Franco-Prussiana) e rebeliões que denunciavam os Efeitos Nocivos da Industrialização (Comuna de Paris) são alguns dos temas. Vale dar uma atenção maior para os grandes blocos, a Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia) e a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Império Turco-Otomano) e para a crise conhecida como “Quebra da Bolsa de NY de 1929”. Albino indica os filmes Feliz Natal, dirigido por Christian Carion, e Flyboys, dirigido por Tony Bill.

Já para a Era Vargas, os temas como a Política do Café com Leite, Crise entre Minas Gerais e São Paulo, Apoio do presidente Brasil Washington para Júlio Prestes, Indicação de Getúlio Vargas e João Pessoa para à presidência devem ser estudados. Também são relevantes a Revolução de 1930, Mudanças no voto secreto e o feminino, Leis Trabalhistas, Criação de Órgão Federais, Sua volta em 1951 e a democracia e o Fim da Era Vargas. Dicas de filme são a minissérie Agosto e o filme Getúlio, de João Jardim. “Getúlio Vargas é uma daquelas figuras históricas cuja importância, independente da posição política adotada, é inegável”, afirma.

Os temas principais em eventos antes e durante a Ditadura Militar são o Presidente Juscelino Kubitschek e a construção de Brasília, bem como a Candidatura de Jânio Quadros, JK e os Estados Unidos durante a Guerra Fria. Além desses, são assuntos relevantes o Governo de Jânio e a proibição dos biquínis, jogos de azar, a Política Externa Independente (PEI) e sua renúncia. Outros filmes indicados são Jango, dirigido por Sílvio Tendler, O Dia que Durou 21 anos, por Camilo Tavares, e "O que é isso, companheiro?", de Bruno Barreto.

Para fazer uma boa revisão nessas últimas semanas, Albino Dantas aconselha os feras: “A principal dica é pensar fora da caixa. O Enem privilegia àqueles que interpretam. E não há como interpretar sem ler ou assistir filmes, documentários. Não há mais um caminho de estudo. Hoje, com a variedade de fontes e meios, o estudo pode e deve ser uma experiência extraordinariamente rica”. Ele ainda lembra que se o candidato quiser fazer uma boa prova de historia é preciso exercitar todos os dias usando as edições antigas do Exame. "É preciso acertar, no mínimo, 60 questões por dia para se manter bem e atingir uma boa pontuação. Além dos cuidados na hora da leitura de mapas e imagens para que não haja uma confusão que acabe ocasionando a perda da questão.", ressalta.

Além dessas dicas, todas as quintas-feiras você também pode acompanhar, aqui no LeiaJá, o programa "Vai Cair no Enem". Nele, os professores resolvem questões de assuntos essenciais para o Exame. Confira nossa primeira matéria sobre matemática

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