Após 54 dias internado com a versão mais grave do novo coronavírus, o pequeno Dom, de apenas cinco meses, vai ganhar uma festinha virtual para comemorar meio ano de existência. Já em casa, os pais, Wagner e Viviane, planejam os detalhes do encontro por videoconferência marcado com a família para o próximo dia 14.
Dom sofreu disfunções cardíacas e respiratórias, e chegou a ser colocado em coma induzido, como lembra o professor Wagner, de 34 anos. "Que período difícil! O caso era grave e estávamos perto de um óbito. Entramos em desespero, mas deu certo [...] A gente estava numa corda bamba. Não sabíamos se daria certo. Contávamos com um milagre, sequelas e até a morte".
##RECOMENDA##A economista Viviane, de 32 anos, também comentou sobre o período de internação do filho no hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. "Vivemos um momento mágico na hora da alta, porque por vezes a gente pensou que não traria mais ele para casa. Sair com nosso filho nos braços foi indescritível. Um misto de emoções: felicidade e medo, porque aqui (fora) está tudo muito tenso com esse negócio de Covid. Mas estou muito feliz. A equipe médica, técnica e de enfermagem foi maravilhosa!", relatou ao Extra.
Havia a possibilidade de uma cirurgia em razão dos pulmões que foram comprometidos, no entanto a coordenadora da UTI Pediátrica da unidade, a médica Cristiane Guimarães, descartou o procedimento e garante que o bebê não terá sequelas.
“[...] Com certeza, Deus ouviu nossas preces. Várias pessoas que eu nem conheço, minhas irmãs, meus tios, todos estavam orando. Aquela corrente foi se expandindo por outras religiões, tinha gente espírita, evangélica e do candomblé. O nome dele estava em todas as mesas, em todas as correntes. Tinha grupos no WhatsApp e no hospital. Na minha concepção, foi Deus que proporcionou essa vitória para a gente”, agradeceu o pai do pequeno.