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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ingressou com uma ação civil pública solicitando que o Estado, em um prazo de 30 dias, contrate um profissional de Libras para o Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste. O pedido ocorre após uma pessoa denunciar a falta do serviço durante audiência pública, o que gerou a abertura de um inquérito.

A Lei Federal n°10.436/2002 estabelece que as instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de saúde devem garantir atendimento e tratamento adequados aos deficientes auditivos. Tal prática, constatou o MPPE, nunca foi implementada no Hospital Dom Moura. 

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Para o promotor de Justiça Alexandre Augusto Bezerra, a falta de intérpretes em Libras acaba submetendo os pacientes a diagnósticos frágeis. “A consequência dessa omissão estatal é tornar impossível  a realização, no Hospital Dom Moura, de um diagnóstico confiável aos pacientes deficientes auditivos”, disse o promotor.

A unidade de saúde chegou a informar ao MPPE, através de ofício, que disponibilizaria curso de Libras para seus funcionários, o que não ocorreu. A Lei Federal n°8.080/90, que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), aponta que é dever do Estado estabelecer condições que assegurem o acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde. 

Com informações da assessoria

Após a interdição parcial do Hospital Dom Moura, em Garanhuns, Agreste pernambucano, médicos e estudantes de medicina do município, realizarão um ato público nesta terça-feira (4), às 9h30, em defesa da unidade de saúde. O objetivo é chamar atenção dos órgãos públicos e da população sobre a real situação da unidade de saúde, referência do local. 

No último dia 10 de abril o hospital recebeu uma fiscalização dos médicos fiscais do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Na ocasião, foram interditados os setores de pediatria, cirurgia e traumatologia do local. Entre as irregularidades encontradas está a ausência de diretor técnico, diretor clínico e chefe de emergência. 

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Além desse problema, ainda existem muitas escalas incompletas em todos os setores do hospital e por conta disso, há sobrecarga no número de atendimentos. A maioria dos clínicos são contratados por empenho, ou seja, com vínculos frágeis de trabalho. Ainda durante a visita, os médicos denunciaram serem vítimas de constrangimento e assédio moral, praticados por policiais e administradores da unidade. Também há queixas de alimentação insuficiente para pacientes e médicos.

A concentração do ato público será em frente ao hospital, seguindo caminhada para o Ministério Público de Pernambuco, em Garanhuns, para formular Ação Civil Pública cobrando responsabilidade do Governo sobre a saúde no município e cobrar as providências necessárias.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) determinou nesta terça-feira (23), a interdição ética dos setores de pediatria, cirurgia e traumatologia do Hospital Dom Moura, no município de Garanhuns, Agreste do Estado. No dia 10 de abril, foram realizados fiscalizações na unidade. Entre as irregularidades encontradas, está a ausência de diretor técnico e clínico e chefe de emergência.

A unidade realiza atendimento de emergência nas especialidades de pediatria, clínica médica, traumatologia, cirurgia geral e obstetrícia. Entretanto, muitas escalas estão incompletas em todos os setores, causando uma sobrecarga. De acordo com a norma, o ideal seria um quadro de três clínicos, dois pediatras (sendo um na sala de parto), dois obstetras, dois anestesiologistas, dois cirurgiões e dois traumatologistas.

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A presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão, fala sobre as condições do hospital. “É inaceitável que o Dom Moura continue funcionando dessa forma, sem condições de trabalho para os médicos e sem prestar um atendimento adequado aos pacientes. Essa interdição parcial será importante para garantir segurança a quem procura o serviço. Também servirá para o município e o Estado ajustarem seus serviços prestados”.

Diante do exposto, o Conselho aguarda a adoção de medidas e soluções imediatas da Secretaria Estadual de Saúde para os problemas citados na fiscalização e que são a causa da interdição ética parcial do Hospital Dom Moura. Também foi formalizada denúncia no Ministério Público de Pernambuco sobre a situação da unidade.

Com informações da assessoria 

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