Tópicos | Guia Brasileirão

Dos 20 times que compõem a tabela da Série A 2016, quatro deles têm motivos extras, em relação aos demais, para iniciar a disputa já de olho no troféu. Seja pelo histórico recente, peso da camisa, poder orçamentário ou qualidade técnica do elenco. Dentre essas justificativas, distribuem-se Atlético-MG, Corinthians, Grêmio e São Paulo. 

O LeiaJá traz a análise do momento e as projeções de cada equipe enumerada para o Brasileirão que começa neste sábado (14). Confira abaixo:

##RECOMENDA##

O Atlético-MG venceu a Libertadores de 2013, a Copa do Brasil de 2014 e, no mesmo ano, a Recopa Sul-Americana. Ainda tem dois vice-campeonatos brasileiros recentes na conta, em 2012 e no ano passado. As credenciais falam por si: o Galo é um dos favoritos a terminar no topo da tabela. Apesar de ter sucumbido ante o América-MG na final do Estadual, neste começo de temporada, a equipe conta com uma torcida que não costuma decepcionar e ainda manteve a base do elenco qualificado de 2015. Quem sabe não é a hora de o Galo deixar para trás o jejum que vem desde o título conquistado no Brasileirão de 1971?

Com a saída do treinador Levir Culpi e a chegada do uruguaio Diego Aguirre para o comando técnico, a postura do time tende a ser diferente nesta edição da Série A. A proposta do atual dono da prancheta é a seguinte: jogo direto, marcação elevada, pressão nos minutos iniciais e jogadas velozes.

O craque do time é o centroavante argentino Lucas Pratto. Considerado um "fenômeno" pelo treinador, o ofensivo é do tipo que não desiste de batalhar pela primeira bola, sabe sair pelas pontas, demonstra valor nos momentos em que é necessário prender a bola e ainda é artilheiro. Em sua cola nessa disputa, aparece Robinho, que, apesar de não expor como outrora a magia do futebol arte, une técnica e experiência a favor do Galo.

A qualidade da equipe ainda é reforçada por Rafael Carioca. O meio-campista é essencial ao time, com um futebol de passes seguros e desarmes limpos. Puxando para o canto esquerdo, o lateral Douglas Costa também vive boa fase - inclusive foi convocado por Dunga para a Copa América. E na defesa da meta atleticana, o consagrado Victor segue firme fechando tudo.

Atual campeão brasileiro e dono da melhor campanha da história dos pontos corridos do Brasileirão, o Corinthians segue como um dos favoritos pela história - são seis títulos no total -, regularidade e por contar com o único técnico que não se mexeu na dança das cadeiras dos comandantes em 2015, Tite. Mesmo diante das perdas das grandes estrelas do ano passado, Jádson e Renato Augusto, levados pelo milionário futebol chinês, o treinador pôs a equipe nos eixos. Foi eliminado pelo surpreendente Audax, nas semifinais do Paulistão, mas chega para o torneio nacional com um nível de trabalho em conjunto que pouco se encontra no país - um pragmatismo convertido em eficiência.

Com as saídas de Gil e Ralf, pontos de segurança no sistema defensivo, o zagueiro Felipe, de 26 anos, fica com a missão de comandar a contenção. Com estilo de jogo focado em fazer o simples de forma séria, o defensor pode ser classificado como segundo maior destaque da equipe que iniciará a Série A. Atrás apenas do ídolo Elias, um dos protagonistas do título recente na Série A e nome recorrente nas convocações da seleção brasileira. Ainda sobre o vai-vem, completam a lista de baixas de peso Malcom e Vágner Love. Peças que, ao lado das demais que deixaram o Timão, foram repostas com reforços como André, Guilherme, Giovanni Augusto e Marlone.

Afora o encaixe tático tradicionalmente encontrado com as orientações de Tite, o Corinthians ainda conta com um fator extracampo que o impulsiona no status de 'cinco estrelas'. Trata-se do poderio financeiro do Timão, que é referência nacional com seu quadro de sócios, médias de público e impacto nas ações de marketing. Fatores que, juntos, proporcionam ao clube a oportunidade de investir para elevar ainda mais o nível do time e buscar o segundo título consecutivo do Campeonato Brasileiro. 

Expectativa é a palavra do momento entre os gremistas. Por quê? Em 2015, quem esperava um Grêmio fadado ao meio de tabela, errou. O time surpreendeu ao unir jovialidade, estilo de jogo moderno e muita vontade de vencer. O resultado foi um futebol marcado pela eficiência, esboços de briga pelo título e uma classificação à Libertadores com a terceira colocação geral. Retrospecto recente que, diante da manutenção da base do elenco, credencia o Tricolor Gaúcho a figurar entre as equipes 'cinco estrelas', sendo considerado um dos favoritos ao título que não ganha desde 1996, quando Luiz Felipe Scolari estava no comando técnico e Paulo Nunes ainda era aquele atacante afoito. Comandado pelo ex-lateral-esquerdo Roger Machado, o conjunto tem como principal característica a valorização da posse de bola.

O craque da equipe é o volante Walace. Carinhosamente comparado ao francês Pogba, ele é do tipo que consegue fazer de tudo um pouco. E com eficiência. Marca, cobre, surge como opção ofensiva e lê o jogo com maestria. Logo em seguida, quem bate na trave na briga pelo posto de destaque é o atacante Luan. Aos 23 anos, deixou de ser promessa e é realidade. Sem porte físico avantajado, porém valente, é referência ofensiva no time. Setor que também conta com Giuliano e o centroavante equatoriano Miller Bolaños, principal nome dentre os poucos contratados para a atual temporada - reforçando a ideia da manutenção da base.

Saindo do ataque e mostrando a força do conjunto gremista, não se pode deixar de lado o zagueiro Pedro Geromel. Sem pinta de boleiro e com cara de garoto, apesar dos seus 30 anos, o defensor joga em alto nível e tem como marca registrada a seriedade. Com ele não, tem brincadeira na hora de espanar. E, fechando a cota de nomes que tendem a brilhar no Brasileirão, o responsável por fechar o gol: Marcelo Grohe, que é reconhecido pela torcida e pela imprensa, de forma praticamente unânime, como um dos melhores do país na posição. 

O que se pode esperar de um clube que é hexacampeão do Campeonato Brasileiro e, nesse trajeto, levantou a taça em três anos - recentes - consecutivos (2006, 2007, 2008)? Nada mais justo do que apostar na briga por mais um troféu na competição nacional. Histórico que dá ao Tricolor, simultaneamente, peso nas cobranças e respaldo. De início, no entanto, as circunstância tendem a afastar a equipe das primeiras colocações na tabela. Isso porque o time está nas quartas de final da Libertadores da América, o que pode fazer com que titulares sejam poupados na reta inicial. Mas a perspectiva se mantém. Vice-líder e quarto colocado  nas edições de 2014 e 2015 da disputa nacional, respectivamente, o topo é a meta.

No badalado Paulistão, a campanha dos tricolores foi interrompida nas quartas de final, diante da sensação Audax. Fator que, deixado no passado, dá espaço para previsões de uma equipe técnica, mas com pegada. Nos moldes costumeiramente propostos pelo técnico argentino Edgardo Bauza, bicampeão da Libertadores, no comando de LDU (COL) e San Lorenzo (ARG). Ele é conhecido por montar times 'carrancudos'. E, no São Paulo, diante das opções que tem em mãos, a chance para aliar talento e seriedade é das melhores. Com um diferencial a mais: fora de campo, o clube é referência em estrutura e condições de trabalho.

Entre as quatro linhas, o destaque atende por Paulo Henrique Ganso. Após um segundo semestre de respeito na temporada passada, ele segue em excelente fase. Dono de uma categoria inquestionável, o articulador é mestre na arte de deixar seus companheiros na cara do gol. Se bobear, ele faz o quer com a bola. Bem psicologicamente, é um dos melhores do país. E o peso do elenco tricolor não para por aí. Bauza ainda tem Michel Bastos - com seus chutes certeiros, experiência e poder de fogo - e o jovem atacante argentino Jonathan Calleri, de 22 anos, voando em campo.

LeiaJá também:

--> Veja times que devem brigar para não cair

--> Sem favoritismo, mas que podem surpreender

--> Quando o meio da tabela parece ideal ao time

--> Times que lutam pela Libertadores
 

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando