Tópicos | guerra na Síria

O papa Francisco fez neste domingo um apelo à paz e pediu o fim da guerra na Síria, depois de proclamar diante de milhares de católicos na Praça de São Pedro: "Não à destruição, sim à paz!".

"Apelo ao compromisso de todos para que se faça uma escolha a favor da civilização, não da destruição, sim à paz, sim ao povo de Aleppo e da Síria", afirmou o papa durante o Angelos, falando do balcão de seu escritório no palácio apostólico.

"Cada dia tenho presente, principalmente na oração, as pessoas em Aleppo. Não se pode esquecer que Aleppo é uma cidade e que lá há pessoas: famílias, crianças, idosos, doentes... Infelizmente, já estamos acostumados com a guerra e a destruição", lamentou o pontífice.

O exército sírio reforçou sua vantagem perante os rebeldes no leste de Aleppo e o êxodo dos moradores dessa cidade no norte da Síria prosseguiu com a fuga de mais de 10.000 civis em poucas horas neste domingo.

As forças governamentais dominam agora 85% do leste de Aleppo e estreitam o cerco aos insurgentes em um local onde tudo falta, especialmente a comida.

Diante da ausência de paz na Síria, a pequena Bana Alabed, de 7 anos, é uma das milhares de crianças em meio ao confronto e em constante medo pelo cenário vivido no País. Diante disso, o escape encontrado por ela foi a tecnologia. Através do Twitter, a menina faz publicações com fotos e textos suplicando aos líderes internacionais pelo fim da guerra. 

Os relatos do seu cotidiano em Aleppo, onde mora, são feitos por Bana – escritos em inglês - com ajuda da mãe desde setembro. Para isso, uma fraca conexão de 3G ou Wi-Fi ligam ela e sua família ao mundo. Ela já alcançou cerca de 60 mil seguidores. 

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A apreensão sobre o cotidiano da menina é tão grande que sua angustia se mistura ao alívio em poder ser vista todas as manhãs. Outros depoimentos da pequena podem retratar o cenário e mostrar a dimensão do que é vivido pelos sírios. Em algumas das postagens, Bana diz estar lendo para esquecer a guerra, e que necessita de paz.

Em fotos, ela registra os bombardeios sofridos no local, que podem ser vistos através da sua janela. Os seus posts  clamam principalmente por Barack Obama, Vladimir Putin e Bashar al-Assad, pedindo que encerrem a guerra e freiem a matança que tem feito tantas vítimas.  

A nostalgia também faz parte da sua rotina e está presente no “diário eletrônico“ de Bana na internet. A vida que tinha e hoje não existe mais é relatada com saudade, ao mostrar a foto da casa de um amigo que foi destruída pelos bombardeios aéreos. Diante disso, os pedidos por paz e os anseios de fim da guerra são sua maior bandeira, afinal, como disse em postagem, Bana quer viver como uma menina e a guerra pode matá-los a qualquer momento. 

Em 120 anos de Olimpíadas, mais de 200 equipes disputaram medalhas em Jogos de Verão e Inverno. Mas a edição do Rio-2016 já tem uma novidade nunca antes vista; a primeira Equipe Olímpica de Refugiados. Composto por dois nadadores sírios, dois judocas provenientes da República Democrática do Congo, um maratonista da Etiópia e cinco corredores de meia-distância do Sudão do Sul, o 'TeamRefugees' irá representar as mais de 59 milhões de pessoas que precisaram fugir suas casas por conta de conflitos violentos.

Dois destes refugiados já estavam no Brasil e vão disputar medalhas no judô. Em 2013, Popole Misenga, 23 anos, e Yolanda Bukasa, 28, tiveram que deixar a República do Congo por conta de uma guerra civil e estão vivendo em comunidades carentes no Rio de Janeiro. Ambos foram incluídos, em maio, no programa 'Solidariedade Olímpica', fundo de emergência recém-criado pelo COI para auxiliar os refugiados, via comitês nacionais.

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De acordo com Filippo Grandi, alto comissário do ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, a criação da equipe tem o intuito de servir como inspiração para todos que precisam reconstruir suas vidas. "A sua participação nos Jogos Olímpicos é uma homenagem à coragem e perseverança de todos os refugiados em superar a adversidade e construir um futuro melhor para si e suas famílias. O ACNUR está com eles e com todos os refugiados", afirmou o comissário.

Conheça um pouco mais dos dez integrantes que compõem a Equipe Olímpica de Refugiados:

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