Tópicos | Guerra do Afeganistão

Líderes de países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram nesta segunda-feira em passar para o Afeganistão a liderança das ações de segurança a partir de meados de 2013, na medida em que apressam o fim da guerra e tentam assegurar que as forças afegãs possam combater o Taleban após a saída das tropas estrangeiras. Os países da Otan também concordaram em financiar as tropas e policiais afegãos, o que exigirá um gasto de US$ 4,1 bilhões por ano. Metade desses recursos virão dos EUA e a outra metade dos outros países da Aliança Atlântica. Os EUA disseram que o subsídio não será eterno e a partir de 2015 o governo afegão começará a assumir o gasto com US$ 500 milhões, soma que aumentará progressivamente.

Numa declaração da cúpula, realizada em Chicago, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e seus 27 aliados militares confirmaram o plano de retirar suas tropas de combate até o final de 2014 e de deixar apenas uma missão de treinamento.

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Os líderes afirmaram que o processo de transição é "irreversível" e que colocarão as tropas afegãs "na liderança da segurança em todo o país" até meados de 2013, o que vai permitir que as tropas estrangeiras gradualmente deixem de participar de combates para se concentrarem em ações de suporte. O documento prevê que em 2024 o governo afegão assumirá o custo total para manter exército e polícia.

Atualmente, a Otan tem 130 mil soldados no Afeganistão, dos quais 90 mil são norte-americanos. O rascunho da declaração do encerramento da cúpula diz que um "modelo preliminar" para o futuro tamanho das forças afegãs prevê "uma força de 228.500 homens com um orçamento estimado de US$ 4,1 bilhões, o qual será revisado regularmente de acordo com a evolução da situação de segurança no Afeganistão".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O soldado norte-americano acusado de matar 16 civis afegãos deverá ser conduzido a uma prisão militar nos Estados Unidos mais tarde nesta sexta-feira, após uma parada no Kuwait do voo militar que o conduz de volta aos EUA, disse um oficial graduado da Defesa. O nome do soldado, um sargento do Exército, continua sob sigilo. O soldado deverá ficar preso em Fort Leavenworth, no Kansas, uma prisão militar de segurança máxima.

Funcionários da Defesa dos EUA disseram que o acusado foi retirado do Afeganistão porque não existem condições de segurança de mantê-lo detido em segurança no país centro asiático.

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O advogado do sargento acusado, John Henry Browne, disse que teve que cancelar uma teleconferência com o seu cliente porque ele estava em rota para os EUA. Browne não quis divulgar qual é o nome do seu cliente. Ele disse que o acusado tem dois filhos pequenos, de 3 e 4 anos. O militar é natural do meio-oeste dos EUA, tem 38 anos, é casado e foi para o Afeganistão em dezembro do ano passado, com a 3º Brigada Stryker. Ele serviu no Iraque e foi indicado para a Estrela de Bronze, uma medalha militar dos EUA que é concedida por bravura, mérito, ou serviço meritório, mas ainda não havia recebido a condecoração.

Browne disse que sabe de poucos detalhes da chacina, mas rechaçou relatos de que uma combinação de álcool, stress e problemas domésticos tenham levado o suspeito a cometer os assassinatos em série. Ele disse que a família negou que o sargento seja alcoólatra e descreveu o casamento do militar como "fabuloso". Dos 16 civis afegãos chacinados no domingo passado, nove eram crianças.

As informações são da Associated Press.

Esforços para acabar com as operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, deter as ambições nucleares do Irã e frear a sangrenta repressão contra a oposição na Síria deverão estar na agenda do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, que se reunirão mais tarde nesta terça-feira na Casa Branca. Cameron inicia nesta terça-feira uma visita oficial de três dias aos EUA com o foco na política externa, aparentemente para combinar com os EUA como será a retirada das forças da Otan que operam no Afeganistão.

Os dois líderes, que falaram pessoalmente pela última vez em setembro do ano passado na Organização das Nações Unidas (ONU), se encontram antes de uma cúpula da Otan marcada para maio, quando uma decisão sobre a velocidade da retirada das tropas do Afeganistão será tomada.

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A Otan havia marcado o final da retirada para dezembro de 2014, mas o secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse recentemente que a retirada será completa até meados de 2013, quando tropas afegãs assumirão as posições mantidas por soldados da Aliança Atlântica. Isso significa que a retirada poderá ser acelerada.

As informações são da Associated Press.

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