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Um grupo de homens armados com armas de fogo e granadas invadiu uma emissora de TV durante programa ao vivo, em Guayaquil, no Equador, nesta terça-feira (9), fazendo reféns no estúdio. A ação foi transmitida em rede nacional. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ouvir as vítimas pedindo para que não haja interferência da polícia. 

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O levante de facções criminosas no Equador teve início na segunda-feira (8), quando o presidente, Daniel Noboa, decretou estado de emergência em todo o país, desde a fuga do líder do cartel Los Choneros, José Adolfo Macias, do presídio onde cumpria pena, no domingo (7). 

A polícia do Equador confirmou, por meio das redes sociais, que os envolvidos na invasão do canal de TV foram capturados e as vítimas já estão liberadas. 

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Darwin Castillo perdeu o pai em meio à crise do coronavírus em Guayaquil, epicentro da epidemia no Equador. Ele foi recuperar o corpo em um necrotério lotado, mas, quando abriu a capa mortuária, percebeu que não era seu familiar.

Pouco mais de duas semanas se passaram, e ele ainda não sabe onde está o corpo do pai. Castillo, de 31 anos e que trabalha em uma fábrica de produtos plásticos, acabou devolvendo o caixão à funerária.

"Não culpo o hospital ou o necrotério. Havia pessoas morrendo na entrada. Gostaria que meu pai aparecesse para realizar um enterro cristão, para dar flores ao meu velho", disse o homem à AFP.

A frustração anda de mãos dadas com a tristeza. O pai de Castillo, Manuel, tinha 76 anos, fazia diálise e sofreu uma obstrução de um cateter, o que acabou por matá-lo em 31 de março.

O filho foi procurar o corpo dois dias depois no necrotério do hospital Los Ceibos, o maior de Guayaquil e destinado a pacientes com coronavírus.

Oficialmente, a Covid-19 já matou mais de 400 pessoas no Equador. Dos 8.000 casos, 70% estão concentrados na província de Guayas e em sua capital, Guayaquil.

Castillo confessa que subornou um dos funcionários do necrotério com 150 dólares para recuperar o corpo, em meio aos 170 que, segundo o que foi informado, estavam no local.

O colapso é tal, acrescenta ele, que as autoridades instalaram um contêiner refrigerado para preservar outros 46 cadáveres. Castillo recebeu o corpo e, então, encontrou outra pessoa - "um homem de bigode e com roupas diferentes".

"O homem ainda tinha a pulseira do hospital que dizia Rodríguez", relata.

Os funcionários então deram a ele a oportunidade de procurar entre os mortos, incluindo as vítimas da Covid-19.

"Se não houvesse esse problema, procuraria morto por morto pelo meu pai", disse Castillo, que desistiu da busca, devido ao medo de contágio.

- Corpos extraviados -

O caos hospitalar e funerário causado pela pandemia, agravado pelo toque de recolher imposto pelas autoridades para impedir a propagação, levou muitos corpos a passarem dias nas casas até serem removidos.

O governo equatoriano, que nas últimas semanas removeu quase 1.400 cadáveres de casas e hospitais em Guayaquil, informa através de um site onde os corpos foram enterrados. Dois cemitérios foram ampliados para esse fim.

Castillo inseriu os dados do pai, mas ainda não o encontrou.

Como o seu, existem mais casos. Um grupo está se organizando para apresentar uma ação contra o Estado.

"Não é possível compreender os serviços funerários que não entregam os corpos, os perdem, ou fazem trocas", disse à AFP o advogado que os representava e vereador de Guayaquil, Héctor Vanegas.

"A família tem o direito de saber o destino de seus parentes mortos. Os familiares dizem que os mortos chegam com identidades trocadas, ou chegam homens quando são mulheres", acrescentou o advogado.

Vanegas está preparando uma lista das pessoas afetadas e já recebeu 190 telefonemas.

Moisés Valle, de 37 anos, funcionário de uma empresa farmacêutica, também perdeu o pai. Ele morreu de ataque cardíaco no hospital Teodoro Maldonado Carbo.

Quando preparava os trâmites para recuperar o corpo, soube que ele havia sido enviado para o contêiner de outro sanatório sem sua autorização.

"A partir desse dia, o calvário começou, porque eu não conseguia retirar o corpo. Até ontem, o nome do meu pai não aparecia no site", disse Valle à AFP.

Ele adquiriu um túmulo na cidade vizinha de Durán e tinha tudo pronto para o enterro. Precisou cancelar o serviço e agora prepara uma ação judicial.

Dayana, que prefere omitir seu sobrenome por medo de retaliação, trabalha em uma funerária. Os últimos dias de março foram árduos e traumáticos.

"Chegava morta em casa, chorando por tudo que via, cadáveres apodrecendo, com vermes", descreve.

Toda vez que ia aos hospitais, levava quatro caixões. Mas eram insuficientes. Os pedidos de ajuda ainda estão em sua memória.

"Preciso de um psicólogo e preciso urgentemente, depois de ver tanta tragédia", comenta.

Dayana, de 29 anos, relata que "havia muitos corpos NN (nome desconhecido)" e que, nos necrotérios, mudavam as etiquetas de identificação e entregavam corpos sem a respectiva ata assinada.

Tudo isso contribui para que, agora, os parentes sintam o vazio de não saber onde estão seus mortos.

O caos que se tornou os serviços de saúde e funerário na cidade de Guayaquil, no Equador, estão gerando imagens dignas de filme de terror. Sem condições de enterrar seus mortos, famílias abandonam os corpos das vítimas da Covid-19 pelas ruas e os urubus rondam as regiões em seus sobrevoos em busca de alimentação. Na internet, as pessoas estão relatando o desespero que assola a localidade. 

Guayaquil é o epicentro da crise do coronavírus no Equador. Com quatro mil pacientes da Covid, o sistema de saúde do município colapsou assim como o funerário que não está dando conta de enterrar todos os mortos. Algumas vítimas fatais foram sepultadas em caixões de papelão, já outros corpos estão sendo abandonados nas vias públicas por falta de urnas funerárias e espaço para o sepultamento. A prefeita Cynthia Viteri afirmou que "não há espaço nem para vivos, nem para mortos" nos hospitais e cemitérios da cidade.

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O engenheiro brasileiro que mora em Guayaquil relatou, ao G1, a situação do lugar. “Vejo urubus no céu de Guayaquil e à tarde a fumaça dos corpos sendo queimados em um dos cemitérios da cidade. Agora, estou vivendo em um filme de terror, apocalíptico”. Vários vídeos que mostram o cenário desolador que se transformou o município equatoriano estão sendo compartilhados na internet todos os dias. "O líquido dos corpos em decomposição vai sendo derramado nas ruas, infectando tudo. O mau cheiro é insuportável", completou o engenheiro.

Após ter decretado estado de exceção, o presidente do Equador, Lenín Moreno, transferiu a sede do governo da capital Quito para Guayaquil, a cerca de 430 quilômetros de distância.

Em um discurso televisivo e acompanhado pelos líderes das Forças Armadas, o mandatário disse que os protestos de massa contra o fim dos subsídios aos combustíveis são uma "decisão política organizada para romper a ordem democrática". "O que está acontecendo não é um episódio de descontentamento social", declarou.

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Moreno também acusou seu antecessor, Rafael Correa, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de arquitetarem um "plano de desestabilização" para derrubá-lo e garantiu que não voltará atrás em suas medidas econômicas.

A transferência da sede do governo é uma das prerrogativas do presidente em períodos de estado de exceção, que também autoriza a presença das Forças Armadas nas ruas e o fechamento de portos, aeroportos e passagens de fronteira.

O estado de exceção foi decretado em 3 de outubro, após protestos populares contra medidas econômicas do governo, principalmente o fim dos subsídios ao preço dos combustíveis. O prazo inicial era de 60 dias, mas a Corte Constitucional o reduziu para 30.

Organizações indígenas convocaram uma greve nacional para esta quarta (9) e já tiveram adesão de sindicatos e movimentos estudantis. A expectativa é que 20 mil índios marchem em Quito para exigir um recuo do presidente.

Da Ansa

Um terremoto atingiu nesta sexta-feira (17) as imediações de Guayaquil, na província de Guayas, no oeste do Equador, informou o Instituto Geofisico de Quito.

De acordo com o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS), o tremor teve magnitude de 5,2. No entanto, o Instituto Geofísico equatoriano registrou uma magnitude de 6,2, com o epicentro do tremor a cerca de 26 quilômetros da cidade litorânea, a uma profundidade de 11 km.

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O sismo foi registrado às 08h41 do horário local na cidade mais povoada do Equador. Além disso, na capital, Quito, a 269 Km de distância, a população também sentiu o tremor. Segundo o Serviço Integrado de Segurança ECU911, ainda não há informações sobre vítimas e danos. Por sua vez, eles estão realizando um "levantamento sobre chamadas recebidas" para estabelecer possíveis efeitos do fenômeno natural.

O tremor ocorre minutos antes das autoridades da cidade realizarem uma simulação de terremoto. Diversos usuários do Twitter publicaram imagens de aglomeração de pessoas nas ruas, procedimento padrão em caso de terremotos.

No ano passado, em 16 de abril, o país foi atingido por um terremoto de 7,8 graus de magnitude, o qual devastou povoados das províncias costeiras de Manabí e Esmeraldas. Ao todo, 673 pessoas morreram. O equador é um dos países mais propensos à atividade sísmica por ser localizado na zona de encontro das placas tectônicas Nazca e Sul-americana. 

Da Ansa

O Brasil conquistou neste domingo uma vaga na repescagem do Grupo Mundial da Copa Davis ao fechar o confronto melhor de cinco diante do Equador, em Guayaquil, pelo Zonal Americano, por 3 a 1. O ponto derradeiro da equipe brasileira foi marcado por Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, que derrotou o equatoriano Emilio Gómez por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 6/7 (10/12), 6/1 e 6/1.

Número 157 do ranking, Rogerinho levou um susto no segundo set, quando Gómez, apenas o 252.º do mundo, complicou o jogo e faturou a parcial após um longo tie-break. Pouco depois, no entanto, o equatoriano precisou receber atendimento médico e, a partir daí, o brasileiro deslanchou.

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Se Rogerinho perdesse, a equipe brasileira ficaria em situação bastante complicada. Guilherme Clezar, o outro tenista de simples do Brasil em Guayaquil, sofreu lesão muscular na coxa direita durante o jogo de sexta-feira e não teria condições de entrar em quadra neste domingo. Por isso, a equipe teria de escalar um duplista, Bruno Soares ou Marcelo Melo, para encarar o equatoriano Julio Cesar Campozano na última partida do confronto.

A vitória, no entanto, fez o Brasil passar pelo Zonal Americano. A equipe agora se prepara para voltar à quadra em setembro, quando enfrentará algum dos países eliminados na primeira rodada do Grupo Mundial pela repescagem. Se vencer, o time brasileiro voltará à elite do tênis no ano que vem.

A cidade de Guayaquil foi oficialmente confirmada, nesta quinta-feira (13), como palco do confronto em que o Brasil irá enfrentar o Equador, entre 4 e 6 de abril, pelo Zonal Americano da Copa Davis. A melhor de cinco jogos entre os dois países será em piso de saibro, no Guayaquil Tennis Club.

Apesar de a cidade escolhida ficar ao nível do mar, e portanto sem a temida altitude de outros locais do Equador, o capitão brasileiro na Davis, João Zwetsch, evitou comemorar o fato. "Era esperado sim (que o duelo fosse em Guayaquil). Eles (equatorianos) vão querer jogar num lugar quente e lento, pois sabem que nossos jogadores em geral gostam de lugares onde o jogo é um pouco mais rápido", disse.

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Anteriormente, os equatorianos já haviam derrotado a Venezuela justamente em Guayaquil na primeira rodada do Zonal Americano da Davis, na qual o Equador já pegou o Brasil em sete oportunidades. Os brasileiros levam vantagem no retrospecto geral, com quatro vitórias e três derrotas, mas levou a pior no último embate entre as nações, atuando em casa, em Porto Alegre, no playoff do Grupo Mundial de 2009.

Disposto a fazer o Brasil dar o troco no rival, João Zwetsch também avisou que irá esperar o fim da série de torneios da ATP que serão realizados em solo nacional para depois convocar, até o dia 25 de março, os tenistas que defenderão o País diante dos equatorianos. Esta data é o prazo final da Federação Internacional de Tênis (ITF) para a confirmação dos jogadores. "As condições e o local sempre fazem a diferença. Vou esperar esses próximos torneios para definir a equipe", afirmou o capitão brasileiro.

Dois eventos do circuito profissionais serão realizados no País nos próximos dias de fevereiro. O primeiro deles será o Rio Open, com status de ATP 500, a partir da próxima segunda-feira. Já o Brasil Open, ATP 250 disputado em São Paulo, começará no dia 24. Ambos serão em piso de saibro, sendo o segundo deles em quadra coberta.

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