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O grupo de teatro João Teimoso faz seu retorno aos palcos, após um período de quarentena, com o espetáculo Retratos de Chumbo - As Rosas que Enfrentaram os Canhões. A peça cumpre curta temporada de cinco semanas no teatro Fernando Santa Cruz, localizado no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, com estreia neste sábado (11), às 19h.

Retratos de Chumbo é baseado nas histórias de mulheres que lutaram, foram torturadas e mortas durante o período da Ditadura Militar no Brasil. No palco, as atrizes Chell Moriim, Joana Botelho e Camila Cavalcanti se revezam na interpretação dos relatos de quem foi oposição ao regime que deixou marcas profundas na história do país. 

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Além disso, o espetáculo rende homenagem à Dona Elzita Santa Cruz, mãe do desaparecido político Fernando Santa Cruz, figura que dá nome à sala na qual a montagem será apresentada. A direção é assinada por Oséas Borba Neto, com assistência de Chell Moriim.

Serviço

Retratos de Chumbo - As Rosas que Enfrentaram os Canhões

Estreia

Sábado (11) - 19h

Temporada

18 e 25/Setembro/2021

 02 e 09/Outubro/2021

Sempre às 19h

Teatro Fernanda Santa Cruz - Mercado Eufrásio Barbosa - Varadouro/Olinda

Meia-entrada para todos - R$ 20





 

Assim como tantos outros grupos culturais e artistas, o João Teimoso, grupo de teatro pernambucano com duas décadas de atividades, resolveu migrar para a internet em virtude da pandemia do novo coronavírus. Impossibilitado de realizar seus projetos de forma presencial, por conta das normas de segurança, o grupo preparou um cronograma de ações virtuais para dar continuidade ao seu trabalho. 

A quarentena colocou uma pausa em atividades como os cursos de formação do João Teimoso, Sarau das Artes e apresentações teatrais, como a temporada do espetáculo Retratos de Chumbo, As Rosas que Enfrentaram os Canhões  que estava em temporada no Teatro Fernando Santa Cruz. 

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Sendo assim, o grupo criou um calendário com uma programação online para dar vazão a seus projetos. Nas segundas-feiras acontecem conversas e debates sobre os Anos de Chumbo da Ditadura Militar e o processo de construção da peça Retratos de Chumbo, As Rosas que Enfrentaram os Canhões, na página @retratosdechumbo Às quartas-feiras, será o dia das conversas sobre arte em geral, técnica, mercado de trabalho e formação,  pela página @grupojoaoteimoso. Já nas sextas-feiras, é a vez de conversar sobre difusão cultural nas artes em geral na página @sarau.dasartes. Os encontros começam às 20h, com convidados e membros do grupo. 

Para ajudar nesta empreitada de produções virtuais, o Grupo João Teimoso, criou uma vakinha on-line para cobrir suas despesas e adquirir o equipamento para as produções.

O Burburinho Bar vai abrir seu palco para o teatro. Na próxima quinta (14), a atriz e dramaturga Chel Moriim, do Grupo João Teimoso, abre, na casa, uma pequena temporada do espetáculo 'Marcas: a história de mais uma Maria'. A peça terá encenação, também, nos dias 21 e 28 de novembro, sempre às 20h. 

'Marcas: a história de mais uma Maria' conta a história de uma mulher educada para atender às expectativas de uma sociedade machista. Ela se vê envolta a problemas no casamento, mas dá a volta por cima ao descobrir o real significado de ser mulher. 

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O texto é escrito pela dramaturga e atriz Chell Moriim, que também encena a produção. O espetáculo cumpre curta temporada no Burburinho, sempre às quintas do mês de novembro, com início às 20h. 

Serviço

Marcas: a história de mais uma Maria

14, 21 e 28 de novembro - 20h

Burburinho Bar (Rua Vigário Tenório, 185 - Bairro do Recife)

R$ 20 e R$ 10

Em setembro de 2017, o espetáculo 'O evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu' foi proibido de ser apresentado na cidade de Jundiaí, em São Paulo, sob justificativa de “macular o sentimento do cidadão comum”. O espetáculo, que traz o personagem Jesus Cristo como uma mulher transexual, voltou a sofrer perseguição no ano seguinte, quando foi cancelada da programação do Festival de Inverno de Garanhuns pelo próprio governo pernambucano, desta vez, sob pretexto de ser causador de polêmica.

Pelo mesmo caminho, percorreram os espetáculos Abrazo, do grupo Clowns de Shakespeare, e Gritos, da Companhia Dos à Deux, que tiveram temporadas canceladas pela Caixa Cultural (do Recife e Brasília, respectivamente); Coroação de Nossa Senhora dos Travestis, do Grupo Academia Transliterária, retirado da Virada Cultural de Belo Horizonte após petição online; e o espetáculo Res Pública 2023, da Companhia Motosserra Perfumada, proibido de estrear em São Paulo por não reunir "qualidade artística", segundo o diretor da Funarte, Roberto Alvim. Todos no ano de 2019. Em comum, os espetáculos citados têm temáticas LGBT e de viés político.

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Muito embora os casos citados acima tenham ocorrido em pleno século 21, o cenário que se vislumbra para os profissionais das artes cênicas é o mais pessimista possível. Além de estarem diante do afunilamento do espaço para escoar suas produções artísticas, os trabalhadores das artes cênicas ainda se veem diante da dificuldade em levantar recursos e obter apoio financeiros para suas produções. Nesta quinta (19), em que se celebra o Dia Nacional do Teatro, o LeiaJá conversou com alguns representantes da classe em Pernambuco a fim de entender como estão se colocando em meio ao cenário atual das artes no Brasil e quais são as perspectivas para o futuro. 

Teatro de Pernambuco

Pernambuco tem uma história de vasta produção teatral. Em meados da década de 1950, os principais jornais da capital contavam com cronistas especialmente dedicados a escrever sobre o que se apresentava nos palcos do Recife. As companhias e artistas pernambucanos também provaram, ao longo dos anos, o poder das suas artes cênicas com grandes produções, artistas e dramaturgos que percorreram os quatro cantos do país, a exemplo do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), Waldemar de Oliveira, Hermilo Borba Filho e Geninha da Rosa Borges. 

Os caminhos, no entanto, nunca foram fáceis. Oséas Borba Neto, diretor do grupo João Teimoso, relembra algumas dificuldades: "Comecei a fazer teatro ainda no período da ditadura, então a gente aprende a se virar, nem sempre a gente teve lei de incentivo e censura sempre foi um fantasma". Ele conta que no início do grupo, há 18 anos, o dinheiro que viabilizava as produções vinha de rifas, ajuda de amigos, Livro de Ouro (estratégia para levantar dinheiro mediante assinaturas dos que se disponibilizam em doar) e marketing direto. 

O diretor do grupo Totem, Fred Nascimento, também sabe o que é fazer arte cênica com recursos e ajuda escassos: "Se fossemos depender de financiamentos e ajuda financeira não existiríamos, pois sempre sobrevivemos 'às próprias custas S/a'. Nosso primeiro edital de financiamento foi aprovado em 2011, quando o grupo já tinha 23 anos". Hoje o Totem já conta 32 anos de estrada. 

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Sobre apoio e incentivo, Samuel Santos, diretor do grupo O Poste, aponta o descaso do poder público para com as artes: "Os cortes para a cultura sempre foram violentos, ou melhor, as políticas para a cultura geralmente são pensadas de forma tímida, menor, principalmente no teatro feito por coletivos, grupos e companhias do Nordeste". Fred complementa: "Quanto aos cortes institucionais, no Recife, os financiamentos, prêmios e fomentos financeiros já vêm acontecendo há anos, a classe perdeu o Fomento às Artes Cênicas da Prefeitura, perdeu o SIC (Sistema de Incentivo à Cultura, extinto em 2012), gerências foram extintas, temos teatros sucateados...".

Para driblar essa realidade, os grupos e companhias têm recorrido aos seus próprios artistas e público através de campanhas de financiamento coletivo, doações e o investimento de dinheiro do próprio bolso. "A gente não pode depender só de editais, aqui em Pernambuco a gente só tem o Funcultura e alguns pequenos editais que a Prefeitura do Recife lançou. A arte não vai parar, ela se reinventa e vai buscar novas formas de se produzir", diz Oséas Borba. 

Censura?

Nessa constante necessidade de reinvenção, está, também a preocupação em lidar com uma onda de proibições e um ensaio de volta da censura, haja vista os casos citados no início desta matéria. "Essa realidade já vinha se desenhando no cenário político brasileiro, que é a de um governo eleito dentro de uma democracia para instaurar a perseguição ao pensamento livre. É surreal, isso sempre nos pega de uma forma violenta. Como ainda é tudo 'novo', as articulações acontecem ainda timidamente, mas acontecem", frisa o diretor Samuel Santos. 

Ainda que de maneira tímida, tais articulações estão acontecendo em diversas frentes, como explica Fred Nascimento, do Totem: "Quanto à classe artística, vejo dois tipos de ação/reação, a primeira é aquela que vem em forma de arte, que estão surgindo cada vez mais, espetáculos que denunciam, que gritam, que partem pra briga, que chama pra luta, cada um à sua maneira, claro. isso vem crescendo. A segunda é a coletividade, os movimentos coletivos, cooperativas, que também já estão acontecendo, ainda são poucos, mas a tendência é crescer, e eu acredito nesse crescimento. Todos sabem que o futuro de sua arte, de sua própria sobrevivência, depende disso". 

Os outros diretores concordam com Fred e engrossam o coro sobre a importância da coletividade. "O que precisamos é nos articular mais. Resistir e existir", diz Samuel. Oséas complementa: "A gente tem que aprender a esquecer nossa diferenças e se unir, as artes como um todo, a gente prega muito isso na Guerrilha Cultural da gente. Do contrário, eles vão começar a eliminar os mais fracos e aquele segmento que tiver um pouquinho mais de estrutura será o último a ser levado. Acho que o caminho é a união para enfrentar todo esse turbilhão que vem pela frente". 

Dar as mãos é a forma que esses artistas do teatro, seus grupos e colegas encontraram para resistir e continuar o seu fazer artístico de maneira livre. O objetivo comum é romper com qualquer amarra para que sua arte nunca se acabe e continue tocando e sensibilizando o público. Fred Nascimento conclui: "A liberdade é essencial para qualquer atividade humana. A arte é o biscoito fino da humanidade, portanto, aqueles que tolhem, censuram, perseguem e proíbem qualquer tipo de liberdade são pessoas autoritárias e, politicamente falando, são pessoas perigosas, pois querem silenciar os que não pensam iguais a eles. Os grupos, diretores, atores, produtores, dançarinos, performers, músicos e todos os artistas e técnicos têm uma grande batalha pela frente e devem sempre denunciar e resistir ao autoritarismo. Jamais devemos nos calar ou retroceder diante do obscurantismo e sim enfrentá-lo". 

Imagens: Reprodução

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Reprodução/InstagramGrupoTotem

Para comemorar seus 18 anos de atividade, o grupo de teatro João Teimoso entra em cartaz com o espetáculo Retratos de Chumbo - As rosas que enfrentaram os canhões. O espetáculo faz curta temporada, nos dias 9 e 10 e 16 e 17 de agosto, no Teatro Hermilo Borba Filho, sempre às 20h. 

Retratos de Chumbo é baseado nas histórias de mulheres que lutaram, foram torturadas e mortas durante o período da Ditadura Militar no Brasil. No palco, as atrizes Chell Moriim, Ysa Muniz e Laís Alves se revezam nos relatos de quem foi oposição ao regime que deixou diversas marcas na história do país. 

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Criado em 2001, o grupo João Teimoso se destaca pelo engajamento na promoção e manutenção da vida cultural do Recife. Dentre as atividades que comemoram a maioridade do grupo, também está a realização do evento Front Cultural, no mês de setembro, com o objetivo de reunir artistas, público e gestores para debater cultura e arte. 

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Serviço

Retratos de Chumbo - As rosas que enfrentaram os canhões

9 e 10 de agosto - 20h

16 e 17 de agosto - 20h

Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, 142 - Bairro do Recife)





 

O Grupo de Teatro João Teimoso vai comemorar seu aniversário de 18 anos com a peça Retratos de Chumbo, as Rosas que Enfrentaram os Canhões. Mas, para colocar o espetáculo nos palcos, o grupo precisa da ajuda do público. Uma campanha de financiamento coletivo foi criada na internet para levantar o valor necessário para viabilizar a produção. As contribuições já podem ser feitas. 

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Retratos de Chumbo, as Rosas que Enfrentaram os Canhões tem texto e direção de Oséas Borba Neto e foi escolhida por todo o grupo para a celebração dos seus 18 anos. A peça conta a história de mulheres que foram presas e torturadas durante os anos de Ditadura Militar no Brasil. A obra de ficção traz diversos dados históricos e foi baseada em pesquisas e em entrevistas a mulheres que vivenciaram aqueles anos. 

O espetáculo está com estreia marcada para o dia nove de agosto, às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Após a estreia, o grupo pretende entrar em circulação. A campanha de financiamento coletivo do João Teimoso estará disponível até o dia 10 de julho, no site Vakinha.  

 

No Recife, existem vários grupos de teatro e existe o João Teimoso. Criado em 2001, o grupo se diferencia por levar sua atuação para além dos palcos se engajando na promoção e manutenção da vida cultural local e daqueles que dela tiram seu sustento, os artistas. Com ações como o Sarau das Artes e a Guerrilha Cultural (ambos completando uma década este ano), o João Teimoso faz juz ao seu nome e, sempre erguido, faz da luta pela cultura um de seus esteios. Comemorando seus 18 anos de história e resistência, o grupo coleciona  motivos para orgulhar-se e continuar na ativa.

O embrião do João Teimoso formou-se em 2000, quando o ator e diretor Oséas Borba Neto, um de seus fundadores, começou a dar aulas de teatro como professor voluntário. No ano seguinte, ao final de um de seus cursos, ele decidiu montar o grupo, que já nasceu precisando de uma certa persistência para existir devido a falta de apoio e local para ensaiar. Veio daí o nome, pois o João Teimoso é "aquele bonequinho que você tenta derrubar e ele sempre fica em pé", como explicou Oséas, em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

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Uma vez em pé, o João Teimoso desandou a fazer arte, mas não só isso, também se inseriu em um ativo trabalho de política cultural. O grupo atuou em inúmeras conferências de cultura, a níveis municipal, estadual e federal, através da pessoa de seu fundador,  que foi Conselheiro Municipal de Cultura, membro das câmaras setoriais que deram origem ao Conselho Nacional de Política Cultural, e hoje atua como membro do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, assim como sua assistente, a também atriz, Chell Moriim.

Uma das vitórias do grupo foi conseguir manter um canal de diálogo junto à gestão, tanto municipal quanto estadual, para tratar as demandas da classe artística. Recentemente, eles criaram uma cartilha, a Para quê cultura?, distribuída entre vereadores e deputados a fim de que pudessem olhar para os produtos culturais com outros olhos: "Essa cartilha fala sobre a importância da cultura para a saúde, para o turismo, para a comunidade em geral. É para mostrar aos nossos políticos que não é só diversão", diz Oséas. "A nossa arte é nossa arma. A gente faz isso pra provocar, pra mexer com a população,  com os governos, pra eles verem a importância da arte. Se ficarmos na inércia, não conseguimos nada", complementa Chelli.

Mas, apesar do livre trânsito entre gestores e políticos, o grupo continua teimando para sobreviver. Sem patrocínio ou apoio financeiro, eles se sustentam a partir dos cursos de teatro que realizam em seu espaço, localizado na Rua da Aurora, centro do Recife, e com a renda das bilheterias dos espetáculos. A falta de assistência, no entanto, não intimida os nove artistas que atualmente integram o João Teimoso que, acreditando em seu trabalho, continua firme e resistentes: "A gente acredita em parcerias. A gente não vai ser refém, nem de políticos, nem de gestores. A parceria é boa quando é de dois lados, sem precisar vestir camisa, a gente está aqui pra pedir o que é nosso por direito enquanto cidadão e quanto artista", afirma Oséas.

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Maioridade

Motivados pelo amor à arte e por nela acreditarem, os integrantes do João Teimoso estão radiantes em comemorar sua maioridade. Os 18 anos do grupo será celebrado com algumas ações como a peça Retratos de Chumbo - As Rosas que Enfrentaram os Canhões, com estreia prevista para agosto. A montagem vai contar a história de mulheres que sobreviveram ao regime de ditadura militar brasileiro e o grupo planeja, inclusive, fazer apresentações em assentamentos do MST, movimento com o qual mantém uma parceria.

Além disso, também há planos de realizar, em setembro, no Bairro do Recife, um evento batizado de Front Cultural, que deve reunir artistas, público e gestores para fazer e debater cultura e arte. Enquanto isso o movimento Guerrilha Cultural continua atenta à situação do Teatro do Parque, fechado desde 2010 e que, graças a atuação da Guerrilha está prestes a ser tombado a nível estadual, dentre outras demandas.

Já neste sábado (27), o grupo promove a 208ª edição do Sarau das Artes, com apresentações artísticas de variadas linguagens e feirinha de artesanato com 12 expositores. O Sarau acontece na Rua da Guia, Bairro do Recife, em frente ao Recife Antigo Hostel, das 17h30 às 22h30, e é aberto ao público.

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