Um pouco antes e durante a pausa do Campeonato Brasileiro para a Copa do Mundo Rússia 2018, alguns times da Série A aproveitaram o intervalo sem jogos para contratar atletas para se reforçar na temporada. Entre os jogadores contratados, muitos não são brasileiros. Equipes como Vasco, Santos e São Paulo, apostaram em craques de fora do país. Agora, são 55 estrangeiros na série A do Brasileirão.

No início deste mês, o Santos anunciou a contratação do costarriquenho Bryan Ruiz. O meia foi titular e camisa 10 da Costa Rica na Copa do Mundo. E na última quarta-feira (18), a equipe paulistana anunciou mais um estrangeiro. O Peixe acertou a contratação do meia uruguaio Carlos Sánchez. O atleta, de 33 anos, disputou o Mundial pelo Uruguai. 

Outra equipe paulista que também contratou reforços de fora do Brasil foi o São Paulo. Em abril, o time tricolor anunciou a contratação do atacante uruguaio Gonzalo Carneiro, de 22 anos. No final de junho, o São Paulo também confirmou a contratação do meia-atacante equatoriano Joao Rojas, de 29 anos. O jogador estava no Talleres, da Argentina. 

Na última semana, o Vasco divulgou através do seu site oficial a contratação do atacante argentino Maxi López. O jogador de 34 anos já teve passagem pelo futebol brasileiro, quando defendeu o Grêmio em 2009. Vale lembrar também, que o cruzmaltino contratou o zagueiro colombiano Henríquez Bocanegra, que estava no Sport.

O Cruzeiro foi outra equipe que anunciou a contratação de um jogador estrangeiro. O time mineiro confirmou que assinou contrato com o atacante argentino Hernán Barcos. O atleta de 34 anos já atuou no futebol brasileiro entre 2012 e 2013, com a camisa do Palmeiras. Entre 2013 e 2015 pelo Grêmio.

O rival da raposa, o Atlético Mineiro, que emprestou o venezuelano Otero ao Al Wheda, da Arábia Saudita, trouxe o colombiano Yimmi Chará, carrasco de times brasileiros jogando pelo Atlético Júnior de Barraquilla.

E foi do time colombiano que veio o reforço do Internacional. O time colorado anúnciou na última segunda-feira (16) a contratação do atacante uruguaio Jonatan Álvez.

Confira a lista de gringos estão em elencos da série A:

Santos:

Emiliano Vecchio (Argentina)

Jonanthan Copete (Colômbia)

Brian Ruiz (Costa Rica)

Carlos "Pato" Sanchez (Uruguai)

São Paulo:

Joal Rojas (Equador)

Arboleda (Equador)

Tréllez (Colômbia)

Gonzalo Carneiro (Uruguai)

Palmeiras:

Nico Freire (Argentina)

Borja (Colômbia)

Alejandro Guerra (Venezuela)

Corinthians:

Romero (Paraguai)

Flamengo:

Miguel Trauco (Peru)

Paolo Guerrero (Peru)

Cuéllar (Colômbia)

Marlos Moreno (Colômbia)

Berrío (Colômbia)

Uribe (Colômbia)

Botafogo:

Gatito Fernádez (Paraguai)

Joel Carli (Argentina)

Leo Valencia (Chile)

Rodrigo Aguirre (Uruguai)

Fluminense:

Guillermo De Amores (Uruguai)

Sornoza (Equador)

Vasco:

Martin Silva (Uruguai)

Erazo (Equador)

Desábato (Argentina)

Andrés Rios (Argentina)

Maxi Lopez (Argentina)

Henriquéz (Colômbia)

Grêmio:

Kannemann (Argentina)

Inter: 

Victor Cuesta (Argentina)

D'Alessandro (Argentina)

Martín Serrafiore (Argentina)

Jonatan Alvez (Uruguai)

Nico López (Uruguai)

Cruzeiro:

Ariel Cabral (Argentina)

Mancuello (Argentina)

Arrascaeta (Uruguai)

Barcos (Argentina)

Atlético Mineiro:

Juan Cazares (Equador)

David Terans (Uruguai)

Yimmi Chará (Colômbia)

Atlético Paranaense:

Lucho González (Argentina)

Chapecoense:

Nery Bareiro (Paraguai)

Canteros (Argentina)

Vitória:

Marcelo Benítez (Argentina)

Marcelo Meli (Argentina)

Walter Bou (Argentina)

Bahia:

Eugênio Mena (Chile)

Allione (Argentina)

Paraná:

Marcelo Baez (Paraguai)

Torito González (Paraguai)

Ceará:

Cardona (Colômbia)

Javier Reina (Colômbia)

Miguel Borja chegou neste sábado (11) ao Brasil para se apresentar ao Palmeiras e reforçar a tendência dos grandes clubes do País de procurar os vizinhos da América do Sul na hora de contratar. O colombiano, assim como outros forasteiros, vem com o status de estrela e faz chegar a 64 a quantidade de estrangeiros nos times da Série A do Campeonato Brasileiro.

Das 20 equipes da elite em 2017, apenas Ponte Preta e Atlético Goianiense não têm jogadores de outros países. Desde o início da era dos pontos corridos no Brasileirão, em 2003, o número de atletas estrangeiros subiu 371% ao passar de 14 para 64.

Além das questões financeiras - a moeda brasileira tem alto poder de compra nos outros países latino-americanos -, a mudança na legislação esportiva, que permite maior número de estrangeiros, também ajuda na chegada dos gringos.

O ex-goleiro paraguaio Roberto "Gato" Fernández atuou por seis anos no futebol brasileiro na década de 1990 e incentivou o filho, Gatito, atualmente no Botafogo, a fazer a mesma escolha. "O futebol brasileiro é muito competitivo e paga melhor do que qualquer grande clube do Paraguai. É um mercado que dá mais visibilidade para a Europa também", explicou.

Como os clubes nacionais costumam perder as revelações muito cedo para a Europa e agora para a China, a estratégia tem sido repetir a fórmula com as revelações dos países vizinhos. "Nossa maneira de ver o futebol é alegre, bem parecida com a escola brasileira. Talvez por isso estamos conseguindo a adaptação", disse o colombiano Copete, um dos destaques do Santos.

Um detalhe interessante é que 74% dos estrangeiros atuam do meio para frente. "A liga brasileira é muito competitiva e exige que o jogador sempre dê o melhor", disse o meia peruano Cueva, do São Paulo.

Os grandes do futebol paulista se reforçaram com estrangeiros, inclusive da Europa. O inglês naturalizado turco Kazim Richards chegou ao Corinthians, o argentino Lucas Pratto está no São Paulo e os colombianos Hernández e Borja são de Santos e Palmeiras, respectivamente - o clube alviverde também trouxe o venezuelano Guerra.

A grande quantidade de forasteiros foi viabilizada por uma mudança de regras da CBF em 2014. A alteração aumentou de três para cinco o limite de atletas de fora do País que podem jogar em uma mesma partida.

O gerente executivo da Chapecoense, Rui Costa, foi o responsável por protocolar na CBF o pedido para rever a limitação, ainda em 2013, quando estava no Grêmio. "Antes, olhávamos mais para Argentina e Uruguai. Agora, além de expandir os horizontes, estamos conseguindo disputar os principais jogadores com a Europa. Estamos estudando mais esse mercado", disse.

Para ele, os estrangeiros precisam de acompanhamento próximo. "É preciso oferecer acompanhamento que vai desde o apoio dos funcionários até a conversa diária com o departamento de futebol. A barreira do idioma é um complicador e afeta outros profissionais que lidam com gestão de grupo", completou Rui Costa (colaborou Gonçalo Junior, de São Paulo)

O Sport ainda não marcou um gol sequer sob comando do técnico Oswaldo de Oliveira. Já foram disputados três jogos e as redes adversárias não foram balançadas. O treinador analisou o fraco desempenho e disse que o problema vai além dos fundamentos técnicos e táticos.

Oswaldo Oliveira acredita que o Leão precisa melhorar posicionamento, movimentação, triangulação, apoio dos laterais e diagonais dos volantes. Fundamentos táticos imprescindíveis na organização futebolística de qualquer equipe. Ainda assim, o treinador vê os jogadores estrangeiros, o colombiano Reinaldo Lenis e o chileno Mark González, em fase de adaptação. Além de apontar pouco tempo para alcançar o nível adequado de entrosamento.

"São jogadores que estão se conhecendo, se entrosando. Alguns jogadores estrangeiros também estão se habituando a jogar em Pernambuco, no Brasil, ao ritmo e estilo do futebol daqui. A resposta só vai aparaecer com trabalho e persistência. É assim que nós vamos superar o que os adversários nos impõe", contou o treinador, apontado a competitividade da Série A.

A diretoria leonina ainda busca cinco ou seis contratações para a temporada. O que levaria ainda mais tempo para encaixar o time ideal dar entrosamento ao time. Oswaldo Oliveira praticamente repetiu a escalação nas três partidas em que treinou o Sport.

A equipe rubro-negra volta a campo no próximo domingo (20), em partida contra o Botafogo. Oswaldo de Oliveira reclamou da falta de tempo para organizar o time e falou: "Tem coisas que você tem que convencer o jogador para acreditar naquilo que você está tentando plantar. E não temos tempo. Preciso que eles reajam ao que eu tou tentando colocar. É preciso insistir com veemência para eles fazerem o que estou pedindo no jogo".

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Na janela de transferências e no fim da última temporada, o nome do lateral-esquerdo Renê esteve envolvido em diversas especulações que supunham sua transferência para clubes brasileiros e nacionais. O jogador, entretanto, continua no Sport, com contrato até 2017. Tranquilo, o atleta falou sobre as propostas recebidas, e afirmou que está tranquilo no Leão, apontando a procura das agremiações como reconhecimento pelas boas atuações em 2014 e 2015.

“Se apareceu proposta, é porque fui bem. Dois times me procuraram oficialmente. Um deles foi o São Paulo. Mas tenho contrato aqui (no Sport). Caso apareça algo que seja bom pra mim e para o clube, eu saio. No momento, o foco é começar bem essa temporada”, declarou Renê. E deixou em aberto: “Quem sabe no fim do ano acontece alguma transferência...Peço para meu empresário só avisar quando há algo concreto, para que eu não perca a concentração pensando nessas hipóteses”.

GRINGOS NO ELENCO – Na última quarta-feira (6), o Sport apresentou sete reforços. Dentre eles, o meia chileno Mark González e o meia-atacante colombiano Reinaldo Lenis. Sobre os atletas, Renê disse que – obviamente – ainda não teve muito contato com eles, mas que aparentam ser bons de grupo. “Só esbarrei com eles umas duas vezes no vestiário. Mas parecem ser bem tranquilos. Espero que tenhamos uma boa convivência”, resumiu.