Tópicos | greve dos enfermeiros

Grupos de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem protestam no Estádio do Geraldão, na Imbiribeira, na zona sul do Recife, local de uma agenda do presidente Lula (PT) com apoiadores e políticos aliados nesta quarta-feira (22). Eles pedem melhores condições de trabalho e o pagamento do novo piso salarial da categoria.

Faixas com frases exigindo um posicionamento de Lula sobre o assunto, estão sendo erguidas no local. “Lula, assine a nossa MP”, escreveram alguns manifestantes.

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Os sindicatos dos auxiliares e técnicos de enfermagem em vários estados do país, decretaram estado de greve desde o dia 9 desse mês.

No discurso, o presidente Lula mencionou o pleito dos trabalhadores da saúde durante a sua visita no Recife e fez questão de exaltar que os hospitais privados têm verba suficiente para pagar o reajuste. Ele também aproveitou para explicar as questões burocráticas da medida provisória. 

“Quando o piso foi aprovado, empresários do setor privado da saúde entraram com uma ação no STF com o argumento de que não podiam pagar. Eu acho que eles podem pagar, mas eles entraram com esse argumento e tem uma ação, que está na mão do ministro Barroso e o presidente não pode atropelar a decisão, - quem fazia isso era Bolsonaro”, afirmou. 

De acordo com o presidente, a única instituição que não tem condições financeiras de arcar com o reajuste dos trabalhadores da saúde são a Santa Casa, mas que o governo decidiu dar um subsídio para financiar o pagamento da Santa Casa. “A única coisa que eu não posso é tomar uma decisão com o processo na Suprema Corte. Então, o nosso ministro e chefe da Casa Civil foi hoje ao gabinete de Barroso tentar conversar com ele para ver se liberava o governo para tomar a decisão”, detalhou.

Segundo o levantamento apresentado pela própria prefeitura, das 132 Unidades de Saúde da Família (USF) em funcionamento, apenas 31 contam com profissionais de enfermagem trabalhando desde o início da greve.

O vereador Rinaldo Junior (PSB), que também é presidente da Força Sindical de Pernambuco, disse que se reuniu recentemente com representantes do Sindicato do Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE), com o intuito de entender as necessidades da classe.

"Tive a oportunidade de me sentar com o presidente do Sitenpe, e estamos chegando a um denominador, para que seja valorizado no nosso governo esses profissionais”, pontuou Rinaldo.

A deputada estadual Rosa Amorim (PT), também presente no local, e falou da importância de um governo que sabe ouvir as necessidades dos trabalhadores. "estou aqui olhando para as arquibancadas que trazem um grito nacional para o presidente Lula em escutar suas necessidades. A saúde pede socorro'', disse a parlamentar.

*Com informações de Alice Albuquerque 

 

O Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (SEEPE) informou, nesta sexta-feira (4), que os profissionais desta categoria, vinculados à Prefeitura do Recife, decretaram greve. O motivo da paralisação se dá pela insatisfação da gestão da cidade e a não apresentação do reajuste salarial. 

Ao todo são 794 enfermeiros que atendem no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU, nas Policlínicas, nas Maternidades municipais, nos Centros de Apoio Psico-Social- CAPs, nas Unidades de Saúde da Família - USF e nas Unidades Básicas de Saúde – UBS. Estes profissionais alegam insatisfação em relação à falta de apresentação da proposta de reajuste condizente com os pleitos da categoria, principalmente em relação à reposição das perdas salariais.

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Antes da decisão de greve, houve negociação entre a prefeitura e a categoria, ocasião em que foi apresentada pelo município uma proposta de reajuste salarial escalonado e condicionado ao aumento da receita líquida do município, o que não foi aceito pela maioria das categorias dos servidores municipais. 

As condições de trabalho como a falta de medicamentos, insumos e a precariedade da estrutura física das unidades são alguns dos pontos negativos apresentados pela categoria. O SEEPE ainda acrescentou que o cumprimento dos acordos feitos com a categoria anteriormente, relacionados a equiparação de gratificação, Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, entre outros pontos também representam a insatisfações destes profissionais. 

O início da greve se dará na próxima terça-feira (8) com mobilização na Câmara dos Vereadores, a partir das 14h. O intuito, segundo o SEEPE é sensibilizar os vereadores para as reivindicações e pressionar a Casa para impedir a votação do projeto de lei que regulamenta a proposta de reajuste salarial da prefeitura que não foi aceita pelos trabalhadores.

A categoria, em cumprimento à lei 7.783/89, manterão 30% do efetivo de trabalhadores nos serviços de urgência e emergência. A greve será comunicada oficialmente a Prefeitura do Recife, ao Conselho Municipal de Saúde e ao Conselho Regional de Enfermagem - Coren-PE.

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