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Washington e Atenas pediram nesta segunda-feira (30) ao Irã para liberar dois petroleiros bloqueados em águas do golfo Pérsico, uma medida segundo os Estados Unidos "injustificada" que constitui uma "ameaça à segurança marítima", destacou o Departamento de Estado.

O secretário de Estado, Antony Blinken, falou por telefone nesta segunda-feira com seu colega grego, Nikos Dendias, e ambos "concordaram que o Irã deve liberar imediatamente os navios bloqueados, seus carregamentos e tripulações", precisou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.

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Os Guardiões da Revolução, o exército ideológico do Irã, anunciaram na sexta-feira que confiscaram dois petroleiros gregos nas águas do golfo Pérsico, pouco depois de protestar pela apreensão por parte da Grécia de uma embarcação com petróleo iraniano a pedido dos Estados Unidos.

Em nota publicada em seu site, os Guardiões da Revolução indicaram que suas forças navais "apreenderam hoje (sexta) dois petroleiros gregos no golfo Pérsico devido à violações", sem detalhá-las.

Após essa declaração, o Ministério de Relações Exteriores da Grécia garantiu em nota que "estes atos são equiparáveis a pirataria" e reclamou energicamente ao embaixador iraniano em Atenas sobre a "violenta" apreensão.

As autoridades iranianas indicaram que as tripulações dos petroleiros gregos confiscados na sexta estão a bordo e bem de saúde.

Segundo as autoridades gregas, nove de seus cidadãos integram as tripulações.

O navio que transportava petróleo iraniano foi bloqueado em meados de abril pela Grécia a pedido dos EUA.

Em virtude das sanções europeias vinculadas à guerra na Ucrânia, as autoridades gregas apreenderam em 19 de abril, em frente à ilha de Eubea, o petroleiro russo "Pegas", rebatizado dias depois como "Lana".

Segundo informações da época, o navio transportava 115 mil toneladas de petróleo iraniano.

Dezenas de milhares de gregos se manifestaram neste domingo (4), em Atenas, para se opor ao uso do nome Macedônia por parte do país vizinho.

Junto a uma bandeira grega gigante em meio à praça Syntagma, milhares de manifestantes gritavam "Macedônia é grega", "Macedônia significa Grécia!".

Uma recente pesquisa para o canal de televisão Action 2 mostra que 59% dos gregos discordam da presença da palavra Macedônia no futuro nome do país, um compromisso que o governo de esquerda de Alexis Tsipras e o novo primeiro macedônio socialdemocrata, Zoran Zaev, parecem estar dispostos a negociar. Cerca de 35% dos gregos dizem que não se incomodariam.

A marcha foi organizada e financiada em grande parte por grupos da diáspora grega, associações de militares reformados, grupos religiosos e associações culturais da Macedônia grega.

Nesta semana, o enviado das Nações Unidas para o tema, Matthew Nimetz, disse em Atenas que chegou a hora de encontrar uma solução.

Essa disputa remonta à independência da antiga república iugoslava. Os gregos temem que, com a atribuição oficial do nome de Macedônia ao país, não se possa distingui-lo do nome da província fronteiriça homônima do norte da Grécia.

Como consequência, a Grécia bloqueou há dois anos a adesão de sua vizinha à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e ao processo para integrar a União Europeia.

Para o professor de Ciência Política Nikolaos Tzifakis, da Universidade de Peloponeso (sul), "muitas pessoas veem agora a mudança política (sobre esse assunto) pelo prisma da crise política e a enxergam como uma concessão a mais".

Uma equipe de socorristas voluntários gregos que salva emigrantes em alto mar e uma militante de uma associação que os abriga em terra receberam nesta segunda-feira o prêmio Nansen 2016 do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Konstantinos Mitragas, representando a Equipe Helênica de Resgate (HRT), e Efi Latsoudi, da associação que administra o acampamento Pipka na ilha de Lesbos "foram selecionados por seu trabalho sem pausa durante a crise dos refugiados na costa grega em 2015", disse a ACNUR em comunicado.

A Equipe Helênica de Resgate trabalhou "24 horas por dia para salvar emigrantes em perigo no mar" e Efi Latsoudi é premiada "por sua compaixão e os cuidados dados aos refugiados e imigrantes mais vulneráveis em Lesbos".

O Alto Comissário Filippo Grandi disse que ambos se recusaram a permanecer como testemunhas passivas dessa situação e por isso merecem receber o prêmio Nansen".

Cerca de 850.000 pessoas chegaram em 2015 por mar à Grécia (meio milhão a Lesbos) fugindo dos conflitos de Séria, Iraque e Afeganistão.

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