O laudo do necroscópico da Polícia Técnico-Científica de São Paulo aponta que uma overdose de cocaína matou Alexandre Magno Abrão, conhecido como Chorão, do grupo Charlie Brown Jr. O vocalista da banda foi encontrado morto em 6 de março no seu apartamento na Zona Oeste da capital paulista. O resultado de exame será anexado ao inquérito da Polícia Civil de SP. Após ser concluído, o inquérito será encaminhado ao Fórum da Barra Funda para apreciação do Ministério Público e da Justiça.
O exame toxicológico apontou que o corpo apresentava 4,714 microgramas de cocaína por mililitro de sangue. Segundo os peritos, foi possível concluir, a partir dos testes, que a causa da morte foi "intoxicação exógena devido à cocainemia". O laudo considera resultados do exame toxicológico do Instituto Médico-Legal (IML) feito no corpo de Chorão. De acordo com o psiquiatra Thiago Fidalgo, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o excesso da droga pode ter causado um infarto ou um acidente vascular cerebral. A hipótese mais plausível, segundo o psiquiatra, é a de ataque cardíaco, pois Chorão tinha menos de 50 anos.
##RECOMENDA##Overdose era uma hipótese considerada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). O corpo do artista foi achado caído por um segurança e um motorista dele, no imóvel que mantinha em Pinheiros. Peritos também encontraram pó branco e caixas de medicamentos e bebidas espalhadas no local, que estava parcialmente destruído.
Os depoimentos da ex-mulher do vocalista e dos integrantes do Charlie Brown Jr. confirmaram que o cantor fazia uso de entorpecentes. Em seu depoimento ao DHPP, a estilista Graziela Gonçalves havia dito que "perdeu" o cantor "para as drogas". Graziela chegou a dizer a jornalistas que tinha se separado de Chorão porque ele estava viciado em cocaína.