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Após a morte de Mayara Estefanny, vítima de um ataque com ácido sulfúrico promovido pelo ex-marido no dia 4 de junho, a vereadora do Recife, Goretti Queiroz (PSC), afirmou que vai pedir celeridade na votação, na Câmara Municipal, de um projeto de lei que solicita controle rigoroso da venda de ácidos. 

De acordo com uma nota emitida pela vereadora, que também é autora da proposta, a intenção é “evitar violências com as substâncias  corrosivas contra às mulheres e outros vulneráveis”.

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O projeto tramita desde março e só pode ser colocado em pauta quando acabar o recesso da Casa, no início de agosto. Ainda de acordo com a parlamentar, dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) mostram que foram registrados 7.478 acidentes com as substâncias.

Mayara Estefanny morreu na última quinta-feira (25).  A jovem estava internada em estado grave no Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife, desde o dia 4 de julho, quando foi atacada por William César dos Santos Júnior, ex-companheiro de Mayara, e Paulo Henrique Vieira dos Santos. De acordo com a Polícia Civil, Paulo Henrique segurou Mayara para que William pudesse jogar o produto químico na mulher.

Os dois homens estão presos preventivamente. William foi indiciado por tentativa de feminicídio qualificado, descumprimento de medida protetiva, injúria, ameaça e contravenção penal. Já Paulo por tentativa de feminicídio qualificado e desobediência.

No Brasil, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência no atendimento ao parto, segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo. Preocupada com o tema, a vereadora Goretti Queiroz (PSC) apresentou um projeto de lei que institui no Recife a Semana Municipal de Conscientização contra a Violência Obstétrica. A data será incluída no calendário oficial de eventos da cidade e comemorada na primeira semana de maio, em alusão ao mês do Dia das Mães.

A Semana terá caráter educativo com o objetivo de conscientizar a população com ações culturais e sociais e também promover o acesso à informação sobre a violência obstétrica nas empresas privadas, entidades, conselhos municipais, associações de bairros e órgãos interessados.

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De acordo com o projeto, considera-se violência obstétrica todo ato praticado pelo médico, pela equipe do hospital, por um familiar ou acompanhante que ofenda de forma verbal, psicológica ou física as mulheres gestantes, em trabalho de parto ou, ainda, no período puerpério. “São gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia, impedimento de entrada de acompanhante, violência psicológica, impedimento de contato com o bebê e ao aleitamento materno, cesariana desnecessária e sem consentimento, entre outros”, explica a parlamentar.

Goretti Queiroz destaca ainda que vários procedimentos hospitalares têm sido questionados pela carência de evidências científicas que os suportem, a existência de evidências que os contraindiquem e por trazerem desconforto à mulher”. “Muitas práticas submetem mulheres a normas e rotinas rígidas e muitas vezes desnecessárias, que não respeitam os seus corpos e os seus ritmos naturais e as impedem de exercer seu protagonismo”.

 

*Da Câmara Municipal do Recife

Amontoados, sob o sol e presos em gaiolas. Privados de conforto e longe das condições sanitárias ideais, diversos animais são vendidos em feiras e mercados públicos do Recife. O Portal LeiaJá foi até alguns destes lociais e constatou as más condições pelas quais são submetidos bichos de diferentes espécies. 

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O cenário encontrado por nossa reportagem - principalmente no Mercado da Madalena, na Zona Oeste da capital - vai de encontro ao que se entende por bem-estar animal. “Há os cinco preceitos básicos dessa ciência, de que todos os animais devem ser livres de medo e estresse; de fome e sede; de desconforto; serem livres de dor e doenças; ter liberdade para expressar seu comportamento ambiental”, explicou a médica veterinária Naiara Nascimento. 

Diante dos flagrantes, a profissional explica que “os animais devem estar em um espaço onde existam água e alimento disponível para ele, o que não é o caso de algumas gaiolas”. “Não pode existir privação disso e está havendo. A área deve mantê-lo confortável, afinal ele tem que poder deitar, girar e não deve ficar apertado neste lugar. A gaiola deve estar em boas condições de uso e não deve apresentar riscos de machucar o animal, mas é possível ver algumas delas com ferrugem e danificadas”, complementa a veterinária. 

Defesa dos animais

A ativista dos direitos dos animais, Goretti Queiroz, explicou que esse tipo de prática é "comprovadamente maus tratos". Ela informou que comerciantes "promovem diariamente esse tipo de violência, mantendo esses bichos em gaiolas minúsculas". 

Queiroz apontou para o trabalho realizado pelos ativistas, em março deste ano, através de vistorias em feiras e mercados públicos com o objetivo de averiguar a situação da venda de animais nesses locais. O grupo buscou a Delegacia do Meio Ambiente (Depoma) para emitir Boletins de Ocorrência e também recorreu à construção de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Ela alega que a situação nesses espaços não melhorou e critica as poucas ações realizadas pela polícia.

"Eles não realizam fiscalizações e apontam a falta de equipe e estrutura para efetivarem o trabalho. Dizem que não têm efetivo nem pra cuidar de gente". Os ativistas irão tentar agendar uma reunião com o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, para intensificar a atuação desta delegacia. Após período sem titular, a Depoma tem à frente a delegada Beatriz Gibson, nomeada em outubro deste ano.  

Com relação às fiscalizações, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Prefeitura do Recife, destacou a responsabilidade como papel da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Até o fechamento desta matéria, o órgão ainda não havia se posicionado quanto à realização das vistorias. 

Abóboras, bruxas, doces ou travessuras. Isso tudo tem a ver com a festa norte americana, Halloween, aproriada à cultura brasileira já há algumas décadas. Dentro das comemorações, um lado negativo e cruel mostra como o ser humano é carregado de misticismo e maldade. O Dia das Bruxas tem incitado o sacrifício de animais, principalmente os gatos pretos.

Vistos como símbolo de má sorte e que pode atrair negatividade, os felinos são as maiores vítimas nesse período. No folclore, os gatos pretos são tidos como aliados às bruxas. "No ano passado, vimos um gatinho preto degolado e outros com cabeça esmagada. Isso sempre acontece no Halloween e sextas-feiras 13", detalha a voluntária do grupo Gatinhos Urbanos, Fernanda Aguiar.

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Ela explica ainda que o Dia das Bruxas não tem relação com o sacrifício de gatos. "Sou Wicca e digo que não existe relação com os maus tratos a esses animais". A Wicca é uma religião neopagã, muitas vezes referida como Witchcraft, que em português quer dizer bruxaria. 

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Para Eunice Pereira, voluntária de apoio a animais abandonados, “o preconceito está em toda parte. Com os gatos pretos ou mais escuros isso é muito grande, em todos os lados. As fêmeas são as que mais sofrem. São mais abandonadas e menos adotadas”.

Com o objetivo de combater essa crueldade, o grupo traça estratégias em prol dos animais. “Ano passado nós contratamos um vigilante para fazer a segurança dos animais de rua, mas este ano não sabemos se teremos condições financeiras para isso”, relata.

Abandono e sacrifício de animais

Independente de data, o abandono de animais é crescente, principalmente em relação aos gatos. A ativista da causa animal Goretti Queiroz lamenta a situação. “Eles são desprezados pelos seus tutores de forma indiferenciada, mas acontece que os animais de cor escura são mais difíceis de serem adotados. Não é que haja uma discriminação no abandono, mas há na adoção”, explica Goretti Queiroz. 

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Goretti critica ainda determinadas concepções religiosas que utilizam os gatos pretos para rituais. “A causa animal respeita a liberdade religiosa, vivemos em um país livre, mas queremos que sejam evitados os maus tratos aos animais, afinal isso também vai de encontro à constituição”.

Já para os casos de maus tratos, quem praticar violência contra um animal está sujeito às penalidades do artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais nº 9.605. A norma prevê pena de três meses a um ano de detenção, podendo ser dobrada em caso de morte da vítima. No entanto, essa punição pode ser revertida em penas alternativas, pois o tempo de prisão é inferior a cinco anos.

Ações públicas

A Secretaria Executiva de Direitos dos Animais (Seda) informou que “recebe denúncias e realiza fiscalizações para averiguar possíveis casos de maus tratos e desrespeito aos direitos dos animais no Recife”. A pasta indica que, juntamente à população, realiza inspeções nos locais denunciados e orienta responsáveis pelos animais sobre a prática da guarda responsável.

A Secretaria aponta que realizou, em 2016, 813 fiscalizações de maus tratos e esclarece que é possível realizar denúncias – não anônimas – pelo telefone (81) 3355-8371. “Após a fiscalização, é dado retorno para quem fez a denúncia, informando sobre a situação verificada e as providências realizadas”. 

De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), existem ações voltadas aos animais, como vacinação e cuidados veterinários para os doentes. Em 2016, foram vacinados 38.811 gatos, representando 78,07% da população dos bichos, o que inclui os felinos imunizados durante campanhas e os retardatários. 

Na tarde desta segunda-feira (11), após morte de gatos no entorno do Mercado da Encruzilhada, um grupo de ativistas realizou ato no local em revolta ao ato descoberto nesta manhã. A manifestação que iniciou por volta das 14h, contou com cerca de 30 pessoas que pretendem tomar outras providências em relação ao fato.

“Nos reunimos para protestar contra esse ato cruel porque sabemos que isso foi feito intencionalmente. A justificativa dada foi de que era veneno para matar ratos, mas só matou gatos. Não havia nenhum rato morto”, explicou uma das organizadoras do ato, Milena Saraiva. 

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No local havia dezenas de pessoas em revolta contra as mortes, no entanto, além desse ato, outras medidas serão realizadas pelo grupo. “Nós vamos registrar ocorrência na delegacia do meio ambiente. Em seguida também vamos formalizar a denúncia no Ministério Público porque precisamos lutar contra essa atitude cruel”, destaca.

“Nós fomos ao local para protestar contra a chacina que aconteceu a mais de dez gatos no Mercado. Fomo para mostrar que os animais têm leis e pessoas que os defendem”, apontou Goretti Queiroz, organizadora da ação e ativista há mais de 15 anos. 

Além disso, Queiroz aponta que a manifestação também visou entrar em contato com os comerciantes para esclarecer sobre a forma que a situação deveria ser conduzida. “Abordamos esses comerciantes para esclarecer que se eles possuem algum descontentamento à presença desses animais, isso deve ser cobrado da prefeitura para que tomem as medidas cabíveis e não exterminando, afinal isso é um crime ambiental”, detalhou a organizadora que ainda apontou nunca ter tomado conhecimento sobre ações da prefeitura em mercados públicos quanto ao controle de animais. 

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