Tópicos | Gary Neville

O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, ameaçou nesta segunda-feira (19) expulsar da entidade os clubes e jogadores que participarem da "Superliga".

"Ainda estamos avaliando a situação com a nossa equipe jurídica, mas tomaremos todas as sanções que pudermos e iremos informa-los assim que pudermos. Minha opinião é que o mais rápido possível eles devem ser banidos de todos os nossos torneios e os jogadores de todas as nossas competições", disse Ceferin em uma reunião de emergência da Uefa.

##RECOMENDA##

O encontro desta segunda-feira estava previsto para confirmar os planos de extensão da Liga dos Campeões, mas ele foi ofuscado pela notícia da criação da "Superliga".

"A Uefa e o mundo do futebol estão unidos contra essa proposta vergonhosa e egoísta, que foi motivada pela ganância. Estamos todos unidos contra esse projeto absurdo", declarou Ceferin.

O jornal "Tuttosport" informou que o dirigente esloveno se sentiu "traído" pelo presidente da Juventus, Andrea Agnelli, um dos principais defensores do projeto da "Superliga".

A iniciativa reúne o chamado "big six" da Inglaterra (Arsenal, Chelsea, Liverpool, City, United e Tottenham), os três times de maior torcida da Itália (Inter, Milan e Juve) e três clubes da Espanha (Atlético de Madrid, Barcelona e Real).

O torneio terá duelos nos meios de semana e será organizado pelos clubes fundadores. O objetivo é iniciar a competição "assim que for possível". O projeto foi elaborado por conta do descontentamento dos times mais ricos com a distribuição de dinheiro pela confederação europeia e às tentativas das equipes de aumentar a arrecadação.

Ferguson e Neville detonam Superliga Europeia: 'Os clubes deveriam ter vergonha'

O plano de uma Superliga Europeia, que foi anunciado neste domingo com a adesão de grandes clubes de Inglaterra, Itália e Espanha, não foi aprovado por dois grandes ídolos do Manchester United: o ex-treinador Alex Ferguson e o ex-atacante Gary Neville. Ambos consideraram que seria uma quebra das tradições do esporte e seria contra os critérios esportivos.

"Falar de uma Superliga é um movimento para longe de 70 anos de futebol dos clubes europeus. Como jogador para um time provincial Dunfermline nos anos 1960 e como técnico no Aberdeen vencendo a Copa dos Vencedores de Copa Europeus, para um pequeno clube provincial na Escócia era como subir o Monte Everest", comparou Ferguson, que posteriormente venceu duas Ligas dos Campeões e treze edições do Campeonato Inglês pelo Manchester United.

"O Everton está gastando 500 milhões de libras (cerca de R$ 4 bilhões) para construir um novo estádio com a ambição de jogar a Liga dos Campeões. Torcedores de todo lugar amam a competição como é", completou Ferguson.

A ideia da Superliga é ter 15 clubes fixos como participantes, independentemente dos seus resultados anteriores. Já teriam aderido 12 clubes: seis da Inglaterra (Liverpool, Manchester United, Manchester City, Arsenal, Tottenham e Chelsea), três espanhóis (Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid) e três italianos (Juventus, Milan e Inter de Milão). O Paris Saint-Germain se recusou a participar, assim como o Bayern de Munique e os demais clubes alemães.

Gary Neville foi ainda mais incisivo. "Eu não sou contra a modernização das competições de futebol, nós temos a Premier League (Campeonato Inglês), temos a Liga dos Campeões. Mas trazer essas propostas em meio à pandemia de covid, em meio à crise econômica que existe para todos os clubes é um escândalo absoluto. O United e o resto dos 'seis grandes' que assinaram por isso deveriam ter vergonha de si mesmos" opinou o ex-atacante, hoje comentarista do canal de TV Sky Sports.

"O Arsenal está nisso? Eles acabaram de empatar com o Fulham, o Manchester United está empatando com o Burnley (acabaram vencendo por 3 a 1). Eu não consigo me concentrar no jogo. Assinar para uma Superliga durante a temporada é uma piada, deveriam tirar pontos de todos os seis", criticou o ex-jogador.

[@#video#@]

Até o governo britânico se manifestou. "Torcedores de futebol estão no coração de nosso esporte nacional e qualquer decisão grande deve ter o apoio deles. Ao lado de muitos fãs, estamos preocupados que esse plano possa criar uma casa fechada no topo do nosso jogo nacional", afirmou o ministro da cultura do Reino Unido, Oliver Dowden. Na França, o governo aplaudiu o PSG por não aderir ao projeto.

A Fifa também se manifestou contra a criação da nova competição, mas pediu um diálogo entre os clubes e a Uefa.

O que é a Superliga?

Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City, Tottenham, Milan, Juventus e Inter de Milão anunciaram neste domingo a criação de uma Superliga, competição que promete reunir os melhor clubes europeus e substituir as atuais competições continentais.

A iniciativa já vinha ganhando corpo nos últimos anos e é oficializada agora, na véspera de um encontro da Uefa que pretende anunciar mudanças no formato da Liga dos Campeões, aumentando os jogos entre equipes grandes e reformando o calendário dos principais clubes europeus. O formato seria semelhante ao das grandes ligas esportivas dos Estados Unidos, como a NBA e a NFL.

Ligas da Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália e França criticaram o anúncio. Uefa e Fifa prometem punir os clubes envolvidos, com a exclusão de participação em competições nacionais e impedindo que seus atletas possam defender as cores de suas respectivas seleções.

A Associação Europeia de Clubes se opôs à criação da competição, mesmo comandada por Andrea Agnelli, presidente da Juventus - um dos clubes signatários do novo formato. Em comunicado, o órgão diz que mantém confiança no seu trabalho para o desenvolvimento do futebol na Europa, conjuntamente com a Uefa, a partir das mudanças que entrarão em vigor em 2024.

O novo formato seria composto pelos 12 clubes que anunciaram a criação da Superliga neste domingo, além de outros três que ganhariam o caráter de clubes fundadores. Outras cinco equipes seriam selecionadas a partir do desempenho apresentado na temporada anterior. Os 20 clubes seriam divididos em dois grupos, com dez equipes em cada, e atuariam em partidas de ida e volta. Os times mais bem posicionados avançariam à fase de mata-mata.

Com informações da Agência Estado e Ansa

O Valencia anunciou nesta quarta-feira que chegou a um acordo com o inglês Gary Neville, que assinou contrato para comandar o time espanhol até 30 de junho de 2016. O novo treinador do clube irá substituir o português Nuno Espírito Santo, demitido no último domingo após derrota por 1 a 0 para o Sevilla, pelo Campeonato Espanhol.

Neville irá assumir o comando do time apenas no próximo domingo, um dia depois de o Valencia encarar o líder Barcelona, em casa, pela 14ª rodada da competição. Ele fará a sua estreia à frente da equipe no jogo diante do Lyon, na próxima quarta, também no estádio Mestalla, pela fase de grupos da Liga dos Campeões.

##RECOMENDA##

Ex-lateral do Manchester United, Neville defendeu o clube por 20 anos e se tornou uma lenda do time, no qual ele atuou em 602 partidas entre 1991 e 2011, quando se aposentou. Neste longo período, ele acumulou 22 títulos com a camisa da equipe, sendo dois deles da Liga dos Campeões, um do Mundial de Clubes da Fifa e oito do Campeonato Inglês.

Nesta quarta, o treinador de apenas 40 anos de idade comemorou o acordo fechado com o time espanhol. "Estou muito emocionado e me sinto orgulhoso por ter recebido essa grandíssima oportunidade com o Valencia. É um clube enorme, de imenso prestígio e me lembro bem na minha fase de jogador da grande paixão e da lealdade de seus torcedores", ressaltou Neville, por meio de declarações reproduzidas pelo site oficial do clube, onde concederá entrevista coletiva nesta quinta-feira.

Neville se tornou o sexto técnico do Valencia em um período de apenas três anos. Depois de manter Unai Emery no comando por quatro temporadas e depois o demitir em 2012, o time teve como comandantes o argentino Mauricio Pellegrino, o espanhol Ernesto Valverde, o sérvio Miroslav Djukic e o argentino Juan Antonio Pizzi.

Nuno Espírito Santo estava no comando do Valencia desde o início da temporada passada e tinha contrato até 2018, mas foi dispensado após a 13.ª rodada do Espanhol, com o time em nono lugar, com 19 pontos.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando