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Os atores mexicanos Gael García Bernal e Diego Luna anunciaram que irão sair da produtora cinematográfica Canana Filmes que eles criaram há 14 anos. Pablo Cruz, também ator mexicano e sócio de Bernal e Luna, assumirá a empresa.

“Queremos compartilhar com todos vocês que, por acordo entre os três, decidimos dar por terminado um ciclo muito afortunado de trabalho e deixar nas mãos de Pablo a empresa Canana”, afirmaram em comunicado conjunto.

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Luna também afirmou que "a Canana foi um grande refúgio, um espaço de liberdade e colaboração, seguiremos fazendo cinema e contando histórias".

Luna e García Bernal fundaram a Canana Films em 2005 para incentivar a produção de filmes independentes no México como “Rudo e Cursi”, “Só quero caminhar” e “O Búfalo da Noite”.

O EstreiaJá dessa semana destaca o lançamento de um dos filmes mais aguardados do ano. Após o sucesso de “Star Wars: O Despertar da Força”, agora os fãs da saga poderão se aprofundar em outras questões do universo criado por George Lucas em “Rogue One: Uma História Star Wars”. O novo filme de Clint Eastwood e o sucesso de “Neruda” também compõem a pauta do programa, que recebe o crítico de cinema Stefano Spencer como convidado.

O EstreiaJá é apresentado pelo jornalista e crítico Rodrigo Rigaud e vai ao ar semanalmente no Portal LeiaJá.

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Confira o programa completo abaixo e fique ligado para participar de nossa promoção.

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Gael García Bernal fala com paixão sobre política, da eleição do "canalha" Donald Trump até a "necessária discussão" na América Latina sobre a revolução cubana, a propósito da morte de Fidel Castro.

O ator mexicano, de 38 anos, viajou para Los Angeles para apresentar "Neruda", filme chileno de Pablo Larrain que busca indicação ao Oscar de filme estrangeiro e no qual ele interpreta o policial que persegue o poeta comunista em 1948, durante o governo de Gabriel Gonzalez Videla.

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Era uma história que "não era tão clara, especialmente porque nunca focaram através dos olhos de Neruda, através do que aconteceu com ele. O filme me fez entender o contexto em que viviam naquela época", após a Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, disse em entrevista à AFP o ator que também atuou em "No", de Larraín, sobre o referendo que depôs Augusto Pinochet.

P: Seu personagem, Oscar Peluchonneau, destaca as contradições entre o discurso comunista do poeta e seu modo de vida. Você concorda com o inspetor?

R: A grande controvérsia que o comunismo enfrentou se manifesta em uma das cenas do filme, quando uma colega diz a Pablo Neruda: 'veja, quando o comunismo triunfar, como todos nós seremos? Como você ou eu?' E essa é a questão que se pode articular (...), porque sempre gerou uma cúpula de elites e privilegiados. No entanto, certas coisas básicas do comunismo foram mantidas do socialismo, como a educação pública gratuita, a saúde pública gratuita, certas coisas que hoje é um pouco ridículo que sejam discutidas nos Estados Unidos como se fosse certo ou errado ter saúde pública gratuita, me parece uma discussão terrível.

P: Trump seria o "fantasma uniformizado" dos imigrantes ilegais, como o Neruda do filme chama Peluchonneau?

R: Não, porque o antagonista criado por Neruda é um inimigo nobre e eu acredito que o inominável tem tudo menos nobreza, poesia. Tem uma visão de vida míope, que implode, que não tem noção do bem comum e tem zero de poesia. Pelo menos Peluchonneau era melhor poeta.

P: O medo é justificado?

R: Claro que é, porque essa é a base de sua campanha, não é uma interpretação (...). Não temos que minimizá-lo, é um canalha total.

P: Você também protagoniza "Desierto", sobre a travessia da fronteira, que Trump quer parar com o "muro insignificante", como você o descreveu.

R: Eu disse isso um pouco como uma afronta à estupidez, simbólica, e praticamente porque 80% das pessoas que estão nos Estados Unidos sem documentos chegaram de avião, que estupidez é criar um muro para evitar esses 20% de pessoas, que aliás vêm e vão.

P: Trump chega com um discurso populista de direita num momento em que os governos populistas de esquerda na América Latina estão acabados. Com a morte de Fidel, como a esquerda latino-americana ficará?

R: O que é preciso é não falar em termos de Guerra Fria. Temos, por exemplo, que usar Cuba agora que Fidel morreu para uma discussão mais ampla, muito sincera sobre os sucessos e fracassos da revolução cubana, falar claramente e com uma abordagem oportuna e histórica sobre o que aconteceu. E enxergar de que ângulo estamos criticando o que aconteceu. Do ângulo dos nossos países da América Latina, onde ainda há uma miséria brutal, onde a desigualdade é assustadora? Temos de falar sobre isso, incorporá-lo, é uma boa discussão, é uma discussão necessária, que também deve ser alegre.

P: E o cinema é uma das muitas plataformas para ter esta discussão. Como você vê o cinema latino-americano?

R: Se faz um cinema muito interessante, poderoso, muito livre, e isso já é muito. Eu sinto que haverá mais filmes interessantes. O problema é que ainda não conseguimos compartilhar nossas histórias, que é algo que deveríamos fazer mais.

O ator mexicano Gael García Bernal, embaixador da organização humanitária Oxfam, pediu à comunidade internacional mais ajuda para os refugiados sírios na região, depois de visitar vários deles na Jordânia. "A ajuda é essencial para estas pessoas. Apesar das promessas da comunidade internacional, não há ajuda suficiente", indicou García Bernal, citado em um comunicado da Oxfam.

"Mais importante ainda é que as pessoas que conheci querem paz. Querem voltar para seu país para reconstruir o futuro. Já é hora de colocar dinheiro invés de falar tanto e ajudar esta gente, cujo único sonho é voltar para casa", acrescentou.

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Mais de 1,8 milhão de sírios deixaram o país e se refugiaram em países vizinhos, fugindo de uma guerra que já custou a vida de 100.000 pessoas. A maioria dos refugiados se encontra no Líbano (600.000 refugiados) e na Jordânia (500.000).

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