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Nascido da mistura de uma de diversas influências de ritmos vindos da África com o rock e o soul, o funk toma conta das rádios brasileiras desde os anos 1970. No Rio de Janeiro, o estilo vindo dos EUA ganhou sua versão própria, uma variação do Miami Bass com diferentes sonoridades: o funk carioca.

Sem dúvidas uma das maioras marcas conhecidas por reproduzir e defender o 'pancadão', a equipe de som Furacão 2000 embalava festas de garagem e abriu o caminho para que vários artistas ganhassem projeção. Para quem gosta de matar a saudade dos hits, o LeiaJa.com preparou uma lista ilustrando a trajetória da Furacão desde o MC Batata, ainda na década de 1990, até chegar na explosão dos MCs, no começo do milênio:

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1 - Feira de Acari - MC Batata

Influenciado pelo chamado Miami Bass, ritmo mais acelerado nascido na Flórida, o funk começou a crescer pelo apelo em comunidades carentes. Após grande período adaptando músicas americanas com a melodia própria, passavam a surgir letras nacionais. Para quem curtiu as festas do final dos anos 1980, Feira de Acari é um clássico que marcou época.

2 - Rock das Aranhas - Cidinho Cambalhota

A regravação, antes de músicas dos Estados Unidos, também passava para o conteúdo nacional. Rock das Aranhas, de Raul Seixas, recebeu uma personalização marcante graças a Cidinho Cambalhota.

3 - Som de Preto - Amilcka e Chocolate

Os anos 1990 trazem ao funk, por necessidade de conscientização e pelo fim da violências nos bailes, um novo estilo, o funk melody. Justamente esse movimento que viria a popularizar o ritmo que sofria preconceito pela origem nas camadas mais carentes da sociedade.

4 - Nosso Sonho - Claudinho e Buchecha

Era também o auge do funk mais romântico, estilo que levou a dupla Claudinho e Buchecha ao estrelato. Autores de grandes hits, os cantores foram um dos maiores sucessos da marca Furacão 2000.

5 - Rap das Armas - MC Cidinho e Doca

Em contrapartida, era também o momento de surgirem os 'proibidões'. Criado em 1994, o Rap das Armas é um exemplo dessas músicas que exaltavam grupos criminosos locais e provocavam as facções rivais. Graças ao Furacão 2000, a produção atingiu sucesso além das fronteiras nacionais.

6 - Me Leva - Latino

Com o programa Furacão 2000 na televisão, a janela estava ainda mais aberta para o surgimento de novos sucessos. Foi assim que Latino - ele mesmo - começou. Em 1994, o hit Me Leva, explodiu em todas as rádios e o cantor era convidados de programas de audiência como é o caso do Xuxa Park.

7 - Beijo na Boca é Coisa do Passado - Axé Bahia

Já a partir de 2000, houve a explosão do funk carioca. Em nenhum outro momento, o Furacão emplacou tantos artistas e sons nas paradas musicais. Algumas produções acabaram se tornando maiores que os próprios autores. Foi o caso da Axé Bahia, nem todos se lembram da banda, mas a música é um marco da época. 

8 - Morto Muito Louco - Bonde do Tigrão

Entre 2007 e 2008, o funk movimentou mais de R$ 10 milhões graças ao estrondoso de bandas como o Bonde do Tigrão. 'Cerol na Mão', 'Só as Cachorras' e 'O Baile Todo' foram algumas das produções que marcaram época. O morto muito louco era tocado em qualquer festa, de absolutamente qualquer classe social ou idade.

9 - Dança da Motinha - MC Beth

Em um momento onde o gênero dominava programas em rádios e televisão, junto à maior presença do público na internet, não é surpresa que a Dança da Motinha fosse presença certa na playlist dos brasileiros. MC Beth emplacou o hit e foi convidada do programa do Raul Gil.

10 - Um Tapinha não Dói - MC Naldinho

Talvez o mais famoso funk da Furacão 2000. Um Tapinha não Dói foi regravada por vários artistas, mas ficou marcada na voz do MC Naldinho. Mais uma que marcou época.

11 - Elas Estão Descontroladas - Furacão 2000

Não dá para colocar todos os sucessos que explodiram graças à equipe de som carioca. Passando na lista da nostalgia do funk carioca, uma faixa que ficou na cabeça e na boca do público brasileiro e é tocada em festas até os dias de hoje.

12 - Tá dominado - Furacão 2000

Encerrando essa fase mais nostálgica, um som que costuma ser favorito dos djs e também do público que admira o funk.

13 - Eu Vou Ficar - MC Anita

Para fechar a lista, uma da MC Anita. Antes mesmo de ser 'Anitta', ou 'Anira' como os gringos chamam a cantora carioca. O sucesso dela também conta com uma parceria na Furacão 2000. A produção de hits segue firme, mesmo a febre dos anos 2000 tendo perdido força, os bailes continuam recebendo novidades a cada ano que passa.

O morro vai descer para o asfalto. É o que garante o produtor Rômulo Costa, fundador da Furacão 2000, histórica companhia de bailes funk do Rio de Janeiro. O empresário está organizando a ida de dois carros de som à praia de Copacabana no próximo domingo (17) para atrair o público e se opor ao impeachment de Dilma Rousseff.

Ele espera presença de de cerca de 100 mil pessoas, principalmente de comunidades próximas, como Rocinha, Cantagalo, Vidigal e Pavão Pavãozinho. Em entrevista a O Dia, Costa se disse fã do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele tinha que morar em um prédio de 10 andares na Vieira Souto (em Ipanema) por tudo o que já fez pelo País”, opinou.

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Apesar de evangélico e frequentador da Igreja Universal, Costa criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. “Os evangélicos de Brasília não me representam”, concluiu.

Da Agência PT de Notícias, com informações de O Dia

A produtora de funk Furacão 2000 foi condenada à multa de R$ 500 mil pelo lançamento do hit 'Um tapinha', que tem o refrão "Um tapinha não dói". Por dois votos a um, a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região divulgada na última semana acolheu o recurso do Ministério Público Federal (MPF) e concluiu que a música banaliza a violência contra a mulher. A empresa carioca anunciou que vai recorrer.

A ação foi ajuizada em 2002, mesmo ano do lançamento da música, pelo MPF e pela ONG Themis - Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero, de Porto Alegre. Além da produtora, o processo também pedia a condenação da gravadora Sony, pela música "Tapa na Cara", do grupo Pagod’Art, e até da União, por não estimular a erradicação da violência contra a mulher nos meios de comunicação.

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Na representação, a ONG alega que as músicas incitam a violência contra as mulheres, transmitem uma visão preconceituosa contra sua imagem e papel social, além de dividi-las entre boas e más de acordo com a conduta sexual. O texto ainda lembra que as músicas foram veiculadas em programas voltados ao público infanto-juvenil na televisão aberta.

Em 2013, a Justiça acolheu parcialmente a ação e condenou apenas a Furacão 2000 em primeira instância, já fixando o valor de R$ 500 mil. A produtora recorreu e teve a decisão revertida na 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

O MPF apresentou embargos infringentes e a 2ª Seção do tribunal voltou a reformar a sentença, reaplicando a multa, que deverá ser depositada no Fundo Federal de Defesa dos Diretos Difusos da Mulher.

Para o desembargador federal Luiz Alberto d’Azevedo Aurvalle, relator do acórdão, a música transmite a jovens e ao público em geral a ideia de que mulher gosta de sofrer. "Até mesmo uma lei especial e investimentos de conscientização foram e são necessários porque persiste enraizada na sociedade brasileira inconcebível violência contra a mulher", disse o magistrado, citando a lei Maria da Penha.

Por telefone, a assessoria de imprensa da Furacão 2000 informou apenas que vai recorrer da decisão.

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