Os candidatos à Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, Yves Ribeiro (MDB) e Francisco Padilha (PSB) debateram, nesta quarta-feira (25), suas ideias e propostas para o gabinete municipal, através de um programa promovido pela Rádio Jornal. Esse foi o último encontro deles antes do segundo turno, disputado no próximo domingo (29). Durante a conversa, a ligação entre Padilha e Junior Matuto (PSB), atual prefeito da cidade, foi questionada pelo adversário.
“O candidato não é Junior Matuto, é Padilha”, disse a nova aposta do partido socialista para a cidade. O postulante diz que “não pode pagar por um pecado que não cometeu”, e pede que a população o veja como a representação de algo “novo”, e não como a continuidade dos erros de um colega de partido. “O problema que ele tem para resolver, ele que resolva”, disse.
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Francisco Padilha foi chefe de gabinete de Matuto e indicado pelo prefeito e pelo diretório estadual do PSB para a disputa. O atual gestor de Paulista é investigado na Operação Locatário, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, e já foi afastado da gestão duas vezes.
Durante os blocos, os candidatos puderam discutir os tópicos saúde, gestão metropolitana, saneamento e habitação. Yves Ribeiro questionou o opositor sobre os 15 postos de saúde fechados durante a gestão pessebista, e quais seriam as propostas do socialista para a questão.
Padilha argumentou que as unidades foram fechadas por uma urgência maior, e disse que pretende focar na capacitação dos profissionais, desde os atendentes aos médicos, e que o foco da sua gestão será a atenção humanizada. Também falou em descentralização das farmácias, para facilitar o acesso da população aos medicamentos.
No quesito habitação, Ribeiro retomou sua articulação junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e ao senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), sobre um projeto que tramita no Congresso Nacional, tratando do saneamento básico e moradia popular para o município de Paulista.
O projeto é o “Morada do Povo”, com comissão junto ao movimento, e pretende iniciar uma nova fase com a construção de 1.000 casas populares.
O emedebista também falou sobre continuar as ações de saneamento e Drenagem em Pau Amarelo e Conceição I e II, bairros assistidos pelo Centro de Drenagem de Paulista. Sobre o projeto de revitalização do rio Paratibe, que custou R$ 68 milhões aos cofres públicos, Yves Ribeiro criticou a administração da ação pela gestão de Júnior Matuto, mencionando a série de aterramentos e os problemas ambientais causados pelo projeto.
Perguntado sobre mobilidade, Padilha falou em dar seguimento às interlocuções necessárias com os consórcios de transporte para baixar a tarifa do município. O candidato usou a cidade de Moreno como exemplo e falou que pretende banir a tarifa B e instaurar tarifa tipo A em Paulista. Também discutiu a regulamentação do transporte complementar, mas não especificou propostas.
Em suas considerações finais, o chefe de gabinete voltou a falar em mobilidade urbana e construção de ciclofaixas, e novamente apelou para a sensibilidade em diferenciá-lo do atual prefeito.
Já Yves Ribeiro disse que, primeiramente, quer tirar Paulista das páginas policiais. O candidato aproveitou os últimos segundos para prometer também a entrega de tablets e a implementação da robótica na rede municipal de ensino.