O início do processo de fluoretação da água na Região Metropolitana do Recife pode ser adiantado. De acordo com a gestão municipal do Cabo de Santo Agostinho, representantes da Secretaria de Saúde fizeram vistoria no Sistema Pirapama, primeira estação a receber o serviço, e o prazo para implantação já é no mês de março (a previsão inicial era em junho de 2014). Após o Pirapama, a expectativa é que a fluoretação chegue às estações de Tapacurá, Botafogo, Alto do Céu e Gurjaú.
Regulamenta pela Lei n° 6.050, de 24 de maio de 1974, a fluoretação se resume ao enriquecimento da água com o elemento químico popularmente conhecido como flúor. De acordo com o projeto do Governo do Estado, a promessa é de redução de 65% no índice de cárie na população dos municípios contemplados: Cabo, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Recife, Olinda, Paulista e Abreu e Lima.
##RECOMENDA##A monitoria do processo será de responsabilidade da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). De acordo com o coordenador estadual de Saúde Bucal, Paulo César Oliveira, a medida vai beneficiar um contingente de cerca de 2 milhões de pessoas. A ideia é que, após a implantação da fluoretação da água, uma campanha seja feita para estimular as pessoas a consumirem a água que saem de suas torneiras.
Efetividade da medida – Segundo a gerente de Saúde Bucal do Cabo, Elizabeth Santana, “a fluoretação vai fazer com que tenhamos, no futuro, crianças com menor índice de cáries e que não vão precisar ir com tanta frequência ao dentista”. A ingestão permanente do flúor, através da água fluoretada, garante a incorporação da substância no esmalte dos dentes, afirmam os pesquisadores, tornando a arcada dentária mais resistente.
Na concepção do professor de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Petrônio Martelli, o projeto é de total segurança, pois há “evidências científicas que asseguram a qualidade do processo. Essa medida é considerada uma das mais eficientes para redução expressiva dos índices de cárie”.
Com informações da assessoria