Tópicos | Festival Janela Internacional de Cinema do Recife

À frente do Janela Internacional de Cinema do Recife,que vai até o próximo domingo (12), o diretor Kleber Mendonça Filho reafirma o compromisso social e o cunho político do festival. Com o tema 'Heroínas', a décima edição do Janela lança luz no protagonismo feminino.

"O festival é fruto da sociedade e ele deve ser reflexo dela através da arte. Então, para mim, não existe a possibilidade de um festival de cinema ou de teatro que não seja um reflexo honesto do que está acontecendo na nossa sociedade", contou em entrevista ao LeiaJá. Ele ainda afirmou que o 'Janela' é um mensageiro e que utiliza os filmes para representar diversas questões latentes no mundo.

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Diante da atual conjuntura política, o cineasta falou sobre a responsabilidade da arte nesse cenário. "Os filmes refletem uma gama de pensamento e fazer cinema é, com certeza, um ato político. Isso é muito discutido no Janela de maneira muito pontiaguda".

Nas semanas que antecederam o festival, o equipamento cultural passou por problemas no projetor que quase inviabilizaram a sua realização. Mesmo assim, durante a exibição de algumas produções houve problemas no áudio e legendas. De acordo com Kleber, o maquinário foi consertado e os contratempos no evento foram pequenos.

"Doi dias antes do festival, a gente estava tentando resolver o problema. Infelizmente problemas técnicos podem acontecer e este ano a gente teve mais problemas com legendas do que na edição passada. Isso é lamentável e eu peço desculpas por isso".

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O Festival pernambucano Janela Internacional de Cinema anunciou a lista de curtas-metragens selecionados para a mostra competitiva. O Janela acontece entre os dias 24 de outubro a 2 de novembro no Cinema São Luiz e no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco. 

Nesse ano 1005 trabalhos de 33 países foram recebidos, um recorde no festival. Entre os 42 curtas selecionados, 22 são brasileiros e 20 estrangeiros.

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"Estamos felizes com a seleção de curtas que será apresentada nessa 7ª edição. Sempre é um processo difícil escolher filmes e montar programas a partir de mais de mil inscrições. Mas acredito que chegamos a um equilíbrio interessante de descobertas, somadas a filmes de autores que acompanhamos há vários anos", explica Emilie Lesclaux, produtora executiva e fundadora do festival, ao lado do diretor e programador Kleber Mendonça Filho.

A previsão é de serem exibidos 150 filmes em mostras competitivas de curtas e longas, sessões de clássicos e não competitivas. A programação completa do festival será divulgada no dia 14 de outubro.


Confira a lista completa abaixo:

Mostra Nacional

- A Era de Ouro (Ceará), de Leonardo Mouramateus
- Dia Branco (São Paulo), de Thiago Ricarte
- Estátua! (São Paulo), de Gabriela Amaral Almeida
- Gigante (Rio de Janeiro), de Rafael Spínola
- História Natural (Pernambuco), de Júlio Cavani
- João Heleno dos Brito (Pernambuco), de Neco Tabosa
- Kyoto (São Paulo), de Deborah Viegas
- La Llamada (São Paulo), de Gustavo Vinagre
- Loja de Répteis (Pernambuco), de Pedro Severien
- Malha (Paraíba), de Paulo Roberto
- Noites traiçoeiras (Pernambuco), de João Lucas Melo Medeiros
- Nua por dentro do couro (Maranhão), de Lucas Sá
- O Arquipélago (Rio de Janeiro), de Gustavo Beck
- O Bom Comportamento (Rio de Janeiro), de Eva Randolph
- Ocaso (Rio de Janeiro), de Bruno Roger
- O Clube (Rio de Janeiro), de Allan Ribeiro
- Quinze (Minas Gerais), de Maurilio Martins
- Sandra Espera (Minas Gerais), de Leonardo Amaral
- Si no se puede bailar, esta no es mi revolución (São Paulo / Cuba), de Lillah Halla
- Tejo Mar (Rio de Janeiro), de Bernard Lessa
- Vailamideus (Ceará), de Ticiana Augusto Lima
- Verona (São Paulo), de Marcelo Caetano

Mostra Internacional


- A Caça Revoluções/ The Revolution Hunter (Portugal), de Margarida Rego
- Abandoned Goods (Inglaterra), de Ed Lawrenson
- An Der Tur / At the Door (Alemanha), de Miriam Bliese
- Cambodia 2099 (França), de Davy Chou
- En Août/ In August (Suíça), de Jenna Hassej
- La Reina/ The Queen (Argentina), de Manuel Abramovich
- Me Tube (Áustria), de Daniel Moshel
- Nevermind (Canadá), de Jean-Marc E. Roy
- Oh Lucy (Japão), de Atsuko Hirayagi
- Person to Person (Estados Unidos), de Dustin Guy
- Ponto Morto/ Idle Road (Portugal), de Pedro Peralta
- Redemption (Portugal), de Miguel Gomes
- Rio-me porque és da aldeia e vieste de burro ao baile (Portugal), de Stealing Orchestra & Rafael Dionísio
- Tant qu'il nous reste des fusils à pompe/ As long as shotguns remain (França), de Caroline Poggi e Jonathan Vinel
- The Chicken (Alemanha), de Una Gunjak
- The Dark, Krystle (Estamos Unidos), de Michael Robinson
- Tornistan/ Backward Run (Turquia), de Ayce Kartal
- Triangulo Dourado/The Golden Triangle (Portugal), de Miguel Clara Vasconcelos
- Washingtonia (Grécia), de Konstantina Kotzamani
- Wind (Alemanha), de Robert Löbel

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