Tópicos | Festival de Cinema de Veneza

O ator Brendan Fraser não conseguiu segurar as lágrimas na 79ª edição do Festival de Cinema de Veneza. No evento, o astro norte-americano chorou ao ser aplaudido de pé durante seis minutos. Em um vídeo que circula na internet, é possivel ver Brendan extremamente emocionado.

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A demonstração de carinho do público com o ator veio por causa da atuação dele no filme A Baleia (The Whale). No longa dirigido por Darren Aronofsky, Brendan Fraser vive Charlie. O personagem, que passa por um momento delicado de saúde, tenta reconectar sua vida com a filha, Ellie (Sadie Sink).

Para mostrar no projeto que estava com mais de 200 quilos, Brendan precisou usar uma prótese. No Festival de Veneza, ele disse aos jornalistas que precisou "aprender a se mover de uma nova maneira". "Desenvolvi músculos que não sabia que tinha", contou.

Devido ao desempenho no papel, Brendan Fraser é cotado para ser indiciado ao Oscar 2023 na categoria de Melhor Ator. Sucesso no cinema desde os anos 1990, Brendan Fraser encantou espectadores mundo afora nas produções Código de Honra, George, o Rei da Floresta, De Volta Para o Presente, Endiabrado, Viagem ao Centro da Terra e A Múmia.

O festival de cinema de Veneza começa na quarta-feira com o mais recente filme de Pedro Almodóvar, "Mães paralelas", um retrato sobre as maternidades, uma história que "emocionará muito", afirmou nesta sexta-feira (27) o cineasta espanhol em uma longa entrevista ao jornal italiano La Repubblica.

"É um filme sobre a identidade", contou o cineasta, que compete pelo Leão de Ouro, depois de ter recebido em 2019 o Leão de Ouro honorário, um gesto que confirma sua excelente relação com os organizadores de um dos festivais mais renomados e antigos do mundo.

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O fime "fala de uma verdade pessoal e de uma verdade histórica. De ancestrais e descendentes. No centro, o dilema moral de uma mulher que quer encontrar o corpo do bisavô assassinado pelos franquistas durante a Guerra Civil (1936-1939), mas ao mesmo tempo enfrenta um segredo íntimo incômodo", resumiu o cineasta.

Depois do sucesso de "Dor e Glória", no qual ele mesmo incorporou seu personagem, Almodóvar retorna ao tema da maternidade para abordar também uma questão política: os milhares de desaparecidos durante a guerra civil e a ditadura na Espanha.

A 77ª edição do Festival de Cinema de Veneza termina neste sábado (12) com um saldo positivo, após registrar zero caso de coronavírus e ter exibido muitas produções de autores independentes.

O primeiro Festival em tempos de coronavírus, sem as estrelas de Hollywood e o público de fãs no tapete vermelho, foi realizado com total respeito às medidas de saúde, sem filas e aglomerações, com os espectadores sentados a distância, com um assento vazio de cada lado.

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"Até agora, não foram registrados casos positivos de coronavírus. Isso é uma vitória", disse à imprensa o novo presidente da Bienal de Veneza, Roberto Cicutto.

Segundo Eleanor Stanford, em matéria publicada no jornal "The New York Times", o distanciamento social foi "o valor agregado", porque o espectador ficou mais confortável.

O "Times" considerou essa edição "mais livre", devido à ausência das grandes produções americanas que usam Veneza como um trampolim para lançar seus filmes ao Oscar.

O primeiro grande festival internacional celebrado em plena pandemia, que durou dez dias, conforme a tradição, contou com menos repórteres credenciados - apenas 5.000, um número baixo se comparado à última edição, que somou 12.000.

"Novos olhares"

A ausência de críticos e de delegações de países asiáticos ou da América Latina foi notável, apesar da presença de vários filmes da região, como o impactante "Nova Ordem" do mexicano Michel Franco.

"Nós servimos de laboratório para os outros festivais", disse satisfeito Alberto Barbera, que encerra sua gestão este ano, depois de uma década como diretor do Festival.

Apesar da definição dada pelo jornal francês "Le Monde" de um concurso "amorfo", os organizadores consideram que serviu para revitalizar um setor em crise pelas salas de cinema fechadas e pelas gravações paralisadas.

Do total de 60 longas-metragens convidados a participar em cinco categorias distintas e 15 curtas, a maioria eram obras de autores quase desconhecidos.

"Além da distância física, havia a distância mental. Foi aberto um espaço para novos olhares, para uma nova geração de diretores", afirmou a crítica italiana Cristiana Paternó, ao elogiar o alto número de diretores e diretoras independentes que participaram das diversas seções do Festival.

Em um dos anos mais atípicos de sua longa história, as mulheres aumentaram sua participação no Festival, com oito mulheres contra 10 homens competindo pelo precioso Leão de Ouro.

As previsões sobre possíveis vencedores estão abertas. Não se descarta que o júri, presidido por Cate Blanchett, premie o filme de uma mulher.

Em um testemunho íntimo e inesquecível, Caetano Veloso narra no documentário exibido neste domingo (6) para a imprensa no Festival de Cinema de Veneza seus 54 dias de prisão durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985).

Em "Narciso em Férias", o músico baiano de 78 anos relata sua prisão em 1968 por ordem dos militares, canta algumas canções e, de certa forma, alerta as novas gerações sobre os perigos das doutrinas fascistas.

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Escrito e dirigido por Renato Terra ("Uma Noite em 67") e Ricardo Calil ("Cine Marrocos"), o documentário de 83 minutos é também uma espécie de denúncia da perseguição e preconceito político contra o mundo da arte.

Caetano, ícone da cultura popular brasileira e referência mundial da música sul-americana, não pôde comparecer à estreia em Veneza devido às limitações impostas pelas autoridades italianas por causa da pandemia do coronavírus.

Após três décadas de avanços em termos de direitos individuais após o fim da ditadura militar em 1985 e treze anos de governos de esquerda (2003-2016), uma das grandes vozes da resistência no Brasil revisita suas memórias dessa experiência dolorosa que marcou sua vida e a de todo o país.

 Sílabas e hendecassílabos

Os longos dias que passou sozinho numa cela, seus sentimentos, medos e pensamentos, inclusive sexuais, são de algum modo um convite a refletir sobre as implicações da onda conservadora dos dias de hoje, que encontrou expressão no discurso do governo de Jair Bolsonaro.

O músico, poeta e ativista deixa seu depoimento para que, de algum modo, as novas gerações não esqueçam o que foi a ditadura militar. Com seu testemunho, sensível e comovente, Caetano denuncia aqueles anos obscuros.

“Acordei algumas noites ouvindo gritos de pessoas sendo torturadas. Fiquei apavorado!”, confessa diante da câmara sentado em frente a uma parede cinza metálica.

No documentário, o artista relembra o período do confinamento e revive episódios dolorosos e inesquecíveis vividos com outros presos, entre eles o cantor e compositor Gilberto Gil, seu amigo.

Ambos representantes do movimento musical Tropicália, eles foram detidos por ofender a bandeira e o hino nacional. Após serem soltos, tiveram que ir para o exílio e continuaram seu trabalho criativo na Europa.

Com um tom quase divertido, Caetano relê o interrogatório feito pela polícia e recentemente encontrado no arquivo da instituição, no qual é acusado de "terrorismo cultural" por ter mudado a letra do hino nacional.

“Não pode ser: o hino tem versos hendecassílabos e na Tropicália as sílabas são mais longas e poéticas”, respondeu ele, segundo o documento. “Tentei me defender sem ser um traidor”, disse ele para a câmera.

Exibido em Veneza fora de competição, "Narciso em Férias", que não traz outras imagens ou entrevistas, é um longo relato sobre aqueles dias, sobre as arbitrariedades cometidas pelos militares e de como uma forma de resistência à ditadura nasceu de um novo gênero musical, a Tropicália, uma mistura livre de gêneros e ritmos.

A atriz britânica Tilda Swinton e a cineasta de Hong Kong Ann Hui serão premiadas com o Leão de Ouro de Carreira na 77ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que será celebrado de 2 a 12 de setembro, informaram os organizadores nesta segunda-feira (20).

A decisão foi tomada pelos diretores da Bienal de Veneza a pedido do diretor do festival, o crítico de cinema italiano Alberto Barbera.

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O festival, que confirmou sua celebração em um ano sombrio marcado pela pandemia de coronavírus, não especificou se as duas artistas comparecerão pessoalmente à premiação no Lido veneziano.

"Ann Hui é uma das diretoras de cinema mais apreciadas, prolíficas e versáteis do continente asiático", reconheceu Barbera, que também elogiou Tilda Swinton por "sua versatilidade fora do comum".

A ruiva britânica, de 59 anos, de rosto pálido eternamente jovem, que estreou no cinema em 1986 com o filme "Egomania", participou em quase 70 longas-metragens com vários diretores como Jim Jarmusch, Wes Anderson, Terry Gilliam, Danny Boyle... uma lista que revela sua inclinação para produções independentes, experimentais e arriscadas.

"Tilda Swinton é unanimemente reconhecida como uma das intérpretes mais originais e intensas", destacou Barbera ao comentar "sua personalidade exigente e excêntrica" e "sua capacidade de passar do cinema de autor mais radical para as grandes produções de Hollywood, sem renunciar a sua inesgotável necessidade de dar vida a personagens inclassificáveis e pouco comuns", escreveu.

Ann Hui, por sua vez, representante da nova onda do cinema de Hong Kong, de 73 anos, conhecida por "The Song of Exile" (1990), confessou sentir-se "sem palavras" com o prêmio e desejou que "todo o mundo melhore logo, para que todos possam sentir-se felizes como me sinto agora", disse ela em nota oficial.

A cineasta de Hong Kong, "foi uma das primeiras artistas a misturar material documental e cinema de ficção", e nunca abandonar "a visão do autor", segundo o próprio Barbera.

Ao longo de quase meio século, esteve particularmente interessada nos "assuntos humanos e sociais", como a vida dos imigrantes vietnamitas após a Guerra do Vietnã e foi "pioneira, por sua linguagem e estilo visual", lembrou o crítico.

O festival contará este ano com um programa "reduzido" devido à pandemia de coronavírus, segundo adiantaram os organizadores, que divulgarão a lista dos filmes selecionados em 28 de julho em uma coletiva de imprensa.

"Será uma edição com características únicas em sua história e será lembrada por isso", confessou Barbera em maio.

Também se espera a confirmação da presença da atriz australiana Cate Blanchett, presidente do júri, que vive na Inglaterra.

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A atriz Bárbara Paz foi uma das artistas brasileiras que se manifestou sobre o avanço das queimadas na Amazônia. Durante sua presença no Festival de Cinema de Veneza, na Itália, nessa segunda-feira (2), Bárbara protestou sobre a Floresta Amazônica segurando uma placa com a frase em inglês "I am Amazônia", que traduzida para o português significa "Eu sou Amazônia".

Após divulgar o registro na sua passagem pelo tapete vermelho do evento internacional, Bárbara Paz dividiu opiniões com a mensagem que quis passar. Alguns internautas detonaram a publicação da atriz. "Protestar com uma folha de papel não ajuda em nada, só enche o saco. Quer fazer alguma coisa? Crie um viveiro de mudas nativas e doe para produtores reflorestar onde tiveram queimadas", criticou uma seguidora no Instagram.

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Confira:

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Reynaldo Gianecchini está no ar como Anthony na novela de grande sucesso com o público, Verdades Secretas, da Globo, mas esse não é o único prestígio atual da sua carreira. O ator está abalando as telonas do cinema e foi reconhecido internacionalmente. O tempo só tem feito bem para ele.

Gianecchini compareceu ao Festival de Cinema, em Veneza, pelo filme Diminuta, que conta a história de Cristiano – protagonizado pelo ator – um saxofonista que se apaixona por uma italiana, Clarice, que vai motivá-lo a superar todos os obstáculos para viver seu sonho, que é a música. E o ator não saiu de mãos vazias do evento.

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Em clique publicado em sua conta do Instagram, Reynaldo compartilhou com seus seguidores o prêmio que recebeu. O ator foi premiado com a estatueta Starlight - que tem realmente o formato de estrela, como você pode ver na imagem acima – um prêmio concedido pelos jornalistas por ele ajudar a promover a interação cultura, como explica na legenda. Que honra!

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