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O deputado estadual Fausto Júnior (MDB-AM) apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma queixa-crime contra o ex-presidente da CPI da Covid, Osmar Aziz (PSD-AM), a quem acusa de suposta calúnia em declarações dadas durante oitiva do parlamentar estadual perante o colegiado instalado do Senado, no dia 29 de junho.

Além de imputar o crime de calúnia a Aziz, Fausto Junior quer que o senador pague indenização de 30 salários mínimos em razão dos supostos crimes contra a honra. O documento encaminhado ao STF é assinado pelas advogadas Karina Kufa, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach.

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Adversário político de Aziz, Fausto Júnior diz que o senador atribuiu a ele 'fatos determinados e específicos definidos como crime', acusando-o de suposta ligação com esquema de corrupção no Amazonas. O deputado foi o relator da CPI da Saúde no Estado.

"Em breve síntese, o ora querelado (Aziz) ao sugerir, falsamente, que o querelante (Fausto Júnior), como Deputado Estadual do Estado do Amazonas, solicitou ou recebeu vantagem econômica ilícita , progredindo geometricamente seu patrimônio, bem como, deixou de indiciar o Governador do Estado do Amazonas, Sr. Wilson Lima, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, cometeu, por duas vezes, o delito de calúnia", diz trecho do documento.

Procurado pelo Estadão, o senador Omar Aziz afirmou que sua resposta "está na denúncia feita à Procuradoria-Geral da República sobre o caso. O parlamentar diz ainda esperar que a Procuradoria e a Polícia Federal investiguem.

O deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (MDB) disse ter convicção de que o governador do Estado, Wilson Lima (PSC), sabia "de tudo" durante a crise do novo coronavírus. Fausto Junior foi relator da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas no ano passado e apontou uma "promíscua mistura de corrupção e incompetência", mas decidiu não indiciar o governador na investigação.

"Eu tenho convicção de que o governador sabia de tudo, mas a CPI precisa provar", disse o deputado estadual. De acordo com ele, somente a Polícia Federal tinha elementos para apontar responsabilidades de Wilson Lima. O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o deputado estadual será investigado pela CPI se não der respostas suficientes e que os senadores vão quebrar o sigilo de empresas e autoridades públicas do Amazonas para investigar a crise no Estado.

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O deputado estadual prometeu propor uma segunda CPI na Assembleia Legislativa para investigar a gestão estadual e a participação de Wilson Lima. Fausto Junior se recusou a assinar um requerimento que tramita no momento alegando não concordar com o objeto do pedido, que seria "pandemia, genericamente".

A CPI da Covid no Senado investiga o colapso no sistema de saúde em Manaus, no início do ano. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), declarou que irá provar os motivos pelos quais o deputado estadual não indiciou o governador. "Não vai ficar por isso mesmo. A CPI irá tomar as providências", declarou Aziz. O deputado estadual disse estar sendo ameaçado pelo senador.

Esquema de corrupção

Omar Aziz apontou um suposto esquema de corrupção envolvendo empresas privadas e agentes públicos no Amazonas. Ele afirmou que a comissão do Senado vai quebrar os sigilos bancário e fiscal de empresas e acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a conselheira Yara Lins dos Santos, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Yara Lins é mãe do deputado estadual Fausto Junior, que presta depoimento nesta terça na CPI do Senado.

De acordo com Aziz, o suposto esquema de corrupção livrou Wilson Lima do indiciamento. "Estou falando em corrupção, estou falando em advocacia administrativa, estou falando em benefícios, por isso, senhores senadores, senhoras senadoras e o povo do Amazonas, por isso é que o governador não foi indiciado", disse o senador.

Aziz afirmou que a conselheira Yara Lins precisa ser investigada por ter sido presidente da corte de contas e relatora do julgamento da aplicação de verbas estaduais na saúde. "Minha mãe é uma pessoa honrada, uma servidora pública de carreira. Não tem nenhuma mácula. Pode investigar, pode quebrar o sigilo da empresa que for, não temos o que temer", disse Fausto Junior.

Durante o depoimento, o deputado estadual afirmou que o próprio Omar Aziz, ex-governador do Amazonas, tinha participação na crise da saúde e deveria ser indiciado pelos pagamentos indenizatórios - feitos sem licitação - durante o período que governou o Estado. Aziz reagiu afirmando que o simples registro de repasses não era indício de corrupção.

Prorrogação da CPI

O presidente da CPI da Covid, afirmou nesta terça, em sua conta no Twitter, que o colegiado já reuniu assinaturas suficientes para prorrogar os trabalhos da comissão por mais 90 dias. A decisão com relação a prorrogação, no entanto, ainda depende de aval do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). "Decidimos prorrogar os trabalhos da CPI da Pandemia por mais 90 dias. Já temos assinaturas de 31 senadores. Temos muito o que investigar ainda", afirmou o Omar Aziz.

O requerimento apresentado pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), precisa de 27 assinaturas para prorrogar os trabalhos. Desde o começo da CPI, Aziz mantinha um discurso de que a comissão não seria prorrogada. Contudo, o suposto esquema de corrupção no governo federal com a compra de vacinas fez o senador reavaliar a necessidade de estender os trabalhos. Com o prazo atual e sem recesso formal, a comissão deve encerrar os trabalhos no dia 26 de julho.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, Pacheco resiste à pressão para prorrogar a CPI. O parlamentar quer esperar e avalia consultar os líderes partidários da Casa para decidir sobre o tema. A interlocutores, Pacheco tem chamado a atenção para a necessidade de uma análise técnica e política.

O deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (MDB) disse ter sido ameaçado de prisão pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM). Durante depoimento no colegiado nesta terça-feira (29). Fausto Junior afirmou que tentou propor o indiciamento de Aziz, ex-governador do Amazonas, na CPI da Assembleia Legislativa que investigou a atuação da administração estadual na saúde.

De acordo com o parlamentar estadual, a CPI estadual identificou indícios de corrupção em pagamentos indenizatórios de gestões anteriores e da administração atual, comandada por Wilson Lima (PSC). Os deputados, porém, não indiciaram Lima e nenhum ex-governador do Amazonas. Omar Aziz reagiu à afirmação dizendo que só o registro de pagamento, feito sem licitações para situações urgentes, não indica nenhuma irregularidade. Para o presidente da CPI, Fausto Junior agiu de má-fé.

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O bate-boca com o deputado na CPI foi protagonizado pelos senadores Omar Aziz e Eduardo Braga (MDB-AM), ex-governadores do Amazonas e apontados como pré-candidatos ao Senado e ao governo estadual no ano que vem, respectivamente. "A gente vai chegar lá no final e vocês vão ver quem é quem aqui", disse Omar Aziz, fora do microfone, durante o depoimento. "Eu falo do seu governo e o senhor me ameaça de prisão, senador?", questionou Fausto Junior. O presidente da CPI respondeu que não estava ameaçando o deputado estadual, mas que ele não deveria fazer acusações só com o registro de pagamentos.

O deputado estadual Fausto Vieira dos Santos Junior (MDB-AM) apontou responsabilidade do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), na crise da saúde no Estado, mas afirmou que decidiu não pedir o indiciamento do gestor quando foi relator da CPI da Saúde no Amazonas, no ano passado. Ele presta depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, nesta terça-feira, dia 29.

Durante o depoimento, o deputado disse que considerou propor o indiciamento de Wilson Lima e até do presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), ex-governador do Estado, mas que essa decisão não foi tomada pelo conjunto de deputados que faziam parte da comissão na Assembleia Legislativa. "Não somente o governador Wilson Lima, todos têm participação", declarou, citando Aziz. O senador, por sua vez, declarou que o deputado foi convocado como testemunha, e não para "me acusar". Além disso, o presidente da CPI da Covid argumentou que teve os processos aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Fausto Junior foi convocado no Senado por ter sido relator da CPI da Saúde, que investigou a atuação do governo estadual no Amazonas no ano passado. Ele afirmou que houve uma "promíscua mistura de corrupção e incompetência" na crise do sistema de saúde no Amazonas. A CPI da Assembleia Legislativa encerrou os trabalhos em setembro de 2020. Por isso, o deputado evitou se aprofundar sobre o colapso no sistema por falta de oxigênio, que ocorreu em janeiro deste ano.

O deputado foi questionado pelos senadores sobre não ter proposto o indiciamento do governador do Amazonas. De acordo com Fausto Junior, as informações que ligavam Wilson Lima estavam nas mãos da Polícia Federal, e não da CPI da Assembleia. Ele também evitou falar sobre ações e omissões do governo do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que os deputados estaduais não podem investigar o Executivo federal.

De acordo com o parlamentar estadual, a CPI investigou a aplicação de recursos que somaram R$ 1,7 bilhão, dos quais havia indícios de corrupção em 407 milhões com o pagamento de processos indenizatórios. "Acredito que havia, sim, recursos. A questão é como esse recurso foi empregado", disse. "Nosso relatório serviu como base para três operações da Polícia Federal. Casos que conectaram o governador do Estado foram encontrados pela PF, e não pela CPI."

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid retoma as atividades nesta terça-feira (29), após sessão tensa que recebeu os irmãos Luis Ricardo Miranda e Luis Claudio Miranda, denunciantes de supostas irregularidades no Ministério da Saúde envolvendo a compra da vacina Covaxin. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria sido alertado de tais irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR)”. A suspeita é de superfaturamento e corrupção.

Para esta terça, a CPI ouve o deputado estadual Fausto Junior (PRTB-AM), mas outros nomes são cogitados e podem ser confirmados ainda na próxima sessão. Confira os nomes confirmados e os possíveis convocados:

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Fausto Junior, relator da CPI da Saúde do Amazonas

O deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Junior (PRTB) é presença confirmada na reunião da CPI nesta terça (29), que começa às 9h. Junior foi relator da CPI da Saúde realizada pela Assembleia Legislativa do estado em 2020. O requerimento de convocação é de autoria de Marcos Rogério (DEM-RO) e foi aprovado em 16 de junho.

O senador afirma que, desde 2020, o governo do Amazonas é alvo de investigações coordenadas pela Polícia Federal referentes a fraudes em aquisições emergenciais e desvio de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia da covid-19. O parlamentar observa que a CPI estadual foi instalada em maio do ano passado justamente para investigar a ocorrências de atos administrativos ilícitos durante a crise sanitária.

As investigações da CPI revelaram que autoridades, servidores públicos e representantes de empresas privadas se associaram com o intuito de obter vantagens patrimoniais indevidas. Além disso, de acordo com o senador, a CPI da Saúde teve atuação decisiva e complementar nas linhas de investigação do chamado “escândalo dos ventiladores pulmonares” comprados pelo governo do Amazonas por intermédio de uma loja de vinhos.

O empresário Carlos Wizard Martins

Carlos Martins, apontado como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Bolsonaro no enfrentamento à pandemia, deve ser ouvido pela CPI nesta quarta-feira (30), às 9h. Ele foi inserido na lista dos primeiros 14 investigados da CPI e tinha testemunho marcado desde 17 de junho, mas não compareceu. Ao saber que seria convocado pela comissão, o empresário tentou inicialmente ser ouvido por videoconferência, o que lhe foi negado.

Apesar de ter obtido habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso para não responder a perguntas que o incriminasse, o empresário, que estaria nos Estados Unidos desde 30 de março, não se apresentou ao colegiado, o que o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), definiu à época como um desrespeito "não com a CPI, mas com o STF".

O empresário retornou ao Brasil nesta segunda-feira (28). A Justiça Federal em Campinas (SP) autorizou a retenção de seu passaporte, o que foi feito assim que ele desembarcou no Aeroporto de Viracopos (SP).

Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos

A CPI da Pandemia vai ouvir, na quinta-feira (1º), a partir das 10h, o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos. A Precisa é a intermediária da compra das vacinas Covaxin, da Bharat Biotech. Em depoimento à CPI na última sexta-feira (25), o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, indicaram suspeitas de irregularidades envolvendo a compra dessa vacina.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) anunciou a votação da convocação do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do Governo na Câmara, para falar sobre supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Os empresários Carlos Wizard e Francisco Maximiano serão ouvidos na quarta (30) e quinta-feira (1º) sobre esse contrato. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) destacou que a Polícia Federal já está investigando o caso.

Prorrogação da CPI pode ser solicitada

Após as denúncias envolvendo a compra da Covaxin, a cúpula da CPI defendeu a prorrogação dos trabalhos do colegiado para aprofundar as investigações. A CPI tem prazo de funcionamento de 90 dias, que termina no dia 7 de agosto. Se prorrogada, a comissão irá até novembro.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou requerimento e já conseguiu as 27 assinaturas necessárias para a prorrogação. O artigo 152 do Regimento Interno do Senado Federal determina que o prazo poderá ser prorrogado por meio de requerimento de um terço dos membros da Casa.

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