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A presidente estadual do PT, deputada estadual Teresa Leitão, questionou a justificativa usada pelo ex-secretário e ex-petista Fábio Barros, de que se desfiliou da legenda por falta de diálogo. Segundo Leitão, a justificativa não é plausível, pois ela mesma travou uma conversa com Barros, para tentar amenizar os estragos causados pelas desavenças entre ele e o deputado Sérgio Leite (PT). 

“Não gostei de ele ter dito que não houve diálogo no PT, eu mesma conversei com ele. É um quadro importante do PT, estava fazendo um bom trabalho e é parlamentar. Não dá para sair dizendo que não teve discussão, pois teve sim”, rebateu Leitão.

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Barros entregou o comando da secretária de Meio Ambiente da prefeitura do Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), nessa terça-feira (25). No ato ele entregou a carta de desfiliação e confirmou o desembarque de mais 113 petistas da tendência Partido dos Trabalhadores de Lutas e Massas (PTLM) em Pernambuco. “A entrega do cargo era já prevista. Ele quis ser mais radical. É um direito que tem. Por conta da polêmica do cargo. Respeitamos e lamentamos, não vamos fazer nenhum processo que estique esse debate”, disse a presidente. 

Questionada se o PT vai solicitar o mandato de vereador do ex-secretário, Teresa afirmou que a legenda não discutiu isso ainda. “Até o momento não tem nenhum posicionamento quanto a isso”, disse. 

Um desfalque de 114 pessoas no PT. É esse o resultado da exigência de que todos os filiados da legenda deixassem os cargos ocupados nos governos do PSB em Pernambuco. A desfiliação foi encabeçada pelo hoje ex-secretário do Meio Ambiente de Paulista, Fábio Barros (sem partido), que solicitou a exoneração do comando da pasta, nesta terça-feira (25), e retornou Câmara de Vereadores da cidade. 

Durante um breve discurso, na sessão de posse, Barros apresentou um balanço do período que esteve à frente da secretaria e apresentou a carta de desfiliação partidária. “O tratamento que venho recebendo me impossibilita de permanecer no Partido dos Trabalhadores, pois neste ambiente não vislumbro o exercício de ampla defesa. Assim apresento a minha carta de desfiliação”, afirmou Barros. Segundo ele, a decisão de entregar os cargos deve ser respeitada, no entanto questionou porque apenas em Pernambuco a exigência foi feita, já que no Amapá PT e PSB governam juntos o estado.  

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Desde junho de 2013 – antes mesmo do rompimento do PSB com o PT –, a direção do PT em Paulista vinha solicitando que Fábio Barros deixasse a gestão do prefeito Júnior Matuto (PSB), porém ele não acatou a determinação, tornando-se assim alvo de criticas internas. “Na verdade, a desfiliação do partido está sendo tomada não só pela decisão nacional da saída dos petistas. Mas por uma ação constante direta durante dez meses por parte de integrantes do partido que em espaços públicos, como jornais e blogs, fizeram acusações que me deixam hoje sem conseguir dialogar com o partido. Acusações que destacam a minha imagem, que me atacam pessoalmente, de forma também moral”, informou.

Especulações apontam a possibilidade do ex-secretário se filiar ao PSB, porém ele assegurou que ainda não está dialogando com outra sigla. ”Não há nenhum diálogo com outra sigla. Vamos permanecer na condição de sem partido”, disse. Com a desfiliação, o PT pode solicitar o mandato de Barros, e, questionado se tem medo que isso aconteça, o vereador ressaltou que o seu mandato foi outorgado pelo povo.

“Respeito qualquer decisão partidária que possa ser tomada. Mas, neste instante com a minha desfiliação, fico sem partido e não tenho nenhuma relação partidária de preocupação com o PT. Vou retomar o meu caminho político, tomar as minhas decisões e caminhar junto com o povo que foi quem me outorgou este mandato”, cravou. 

Desde que assumiu a secretaria, quem ocupava o lugar de Barros, na Casa de Torres Galvão, era o vereador suplente Aluizio Camilo (PT). Para Camilo, o desembarque na gestão de Paulista é um “grande erro”. “Tudo isso é fruto de um debate mal feito no interior do meu partido. Penso que a forma que foi desenvolvido não ajuda a cidade. Mas tem algo importante na vida pública, quando você desce do palanque junta as bandeiras e vai buscar o melhor para a sociedade. Acho um grande erro”, disparou. 

Vereador licenciado pelo PT, o secretário de Meio Ambiente do município do Paulista, Fábio Barros, que também acumula a pasta de Desenvolvimento Urbano, anuncia nesta terça-feira (25), às 09h, durante a sessão na Câmara de Vereadores da cidade, a entrega dos cargos na gestão do prefeito Junior Matuto (PSB) e seu retorno a Casa legislativa.

No pronunciamento, o petista fará um balanço do trabalho desenvolvido no governo municipal e dará uma resposta ao partido acerca da Resolução do Diretório Nacional que determinou, na última sexta (21), a saída dos seus filiados das gestões do PSB em Pernambuco.

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O prazo de 30 dias determinado pela executiva municipal do PT, na cidade de Paulista, venceu semana passada sem ser acatada pelo filiado e secretário de Meio Ambiente da cidade, Fábio Barros (PT). No último dia 26 de junho a legenda comunicou oficialmente ser oposição no município e exigiu que os militantes petistas se afastassem de qualquer cargo público na cidade.

A discussão em Paulista surgiu desde as eleições 2012 quando o deputado Sérgio Leite (PT) foi concorrente do atual prefeito Junior Matuto (PSB). De lá para cá houve articulações e conversas e o socialista nomeou o ex-vereador Fábio Barros como secretário de uma das pastas.

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Os ânimos pareciam ter sido acamados até a executiva municipal se pronunciar depois de seis meses de gestão e se declarar oficialmente como oposição, além de exigir o desligamento dos petistas de qualquer função municipal.  “Eu não acatei. Primeiro que eu não reconheço uma decisão arbitrária, porque uma vez sendo encaminhada para a executiva estadual tem que esperar uma decisão. A decisão é arbitrária dentro do partido e esperamos que a executiva estadual resolva isso”, soltou o secretário.

De acordo com Barros, foi aberto um recurso na executiva estadual para analisar a decisão municipal e só depois da avaliação poderá ter uma decisão final. “Não vou me desligar, inclusive temos resultados que veem dando certo como a obra de contenção do mar. Vamos esperar uma decisão superior. O ritmo deles (executiva estadual) é avaliar e discutir, mas não foi definido prazos para isso”, explicou.

Na avaliação do petista das 11 forças existentes em Paulista todas estão a favor dele e apenas parte da força “Construir um Novo Brasil” do deputado Sérgio Leite deseja que haja a oposição. “Apenas parte de uma das forças não é favorável e as outras 10 tendências acompanham nossa posição”, argumentou.

O secretário do Meio Ambiente comentou que o assunto da oposição em Paulista já foi colocado quatro vezes em pauta nas reuniões estaduais, mas nenhuma chegou a evoluir devido a outras prioridades. Outra questão tocada pelo petista foi o apoio dado ao PSB a nível estadual. “Na Assembleia Legislativa Sérgio Leite apoia Eduardo Campos (PSB) agora em Paulista ele é contra o PT. Não se pode tratar a questão com dois pesos e duas medias. Essa é nossa concepção”, disparou Barros.

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