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O telescópio espacial Cheops deixou a Terra nesta quarta-feira (18), após o adiamento do seu lançamento na véspera, com o objetivo de observar exoplanetas e avançar na compreensão da origem da vida.

Um foguete Soyuz decolou às 05h54 (horário de Kourou e de Brasília) do centro espacial da Guiana Francesa com o telescópio Cheops a bordo. A duração da missão, da decolagem à separação dos satélites, será de 4 horas e 13 minutos.

"A missão Cheops representa uma etapa suplementar para melhor compreender a astrofísica de todos esses planetas estrangeiros que descobrimos e que não têm equivalência no sistema solar", explicou à AFP Didier Queloz, prêmio Nobel de 2019 de Física.

Quase 4.000 exoplanetas - orbitando uma estrela que não seja o Sol - foram detectados desde a descoberta do primeiro, 51 Pegasi b, há 24 anos, pelo astrofísico e seu colega Michel Mayor.

Hoje, estima-se que há na galáxia ao menos tantos planetas quanto estrelas, ou seja, 100 bilhões. "Queremos passar das estatísticas e estudar em profundidade", explicou à AFP David Ehrenreich, cientista responsável pela missão Cheops, dirigida pela Suíça e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

O objetivo do Cheops (CHaracterising ExOPlanet Satellite) não é encontrar novos exoplanetas, mas analisar aqueles já identificados, para tentar entender do que eles são feitos, um passo na longa busca por condições de forma de vida extraterrestre, mas também das origens da Terra.

Embutido em um satélite, o telescópio orbitará 700 km acima da Terra, para não ser perturbado pela atmosfera, e acessará todo o céu, com o Sol nas costas.

Seu objetivo: Proxima Centauri, 55 Cancri, Koro 1 ... pelo menos 400 sistemas planetários, a algumas centenas de anos-luz de distância - a "perifeira próxima" do Sol na escala da Via Láctea.

Os dados coletados por Cheops, combinados com as informações coletadas pelos telescópios terrestres, possibilitarão medir a densidade, um parâmetro essencial para determinar a composição do planeta. Um critério fundamental para definir a probabilidade de um planeta abrigar vida.

"A missão também vai permitir medir a quantidade de luz refletida por esses planetas. Ao analisar esta luz, poderemos ter ideia da estrutura da sua atmosfera", acrescentou Didier Queloz.

O foguete Soyouz também leva um satélite de observação da Terra COSMO-SkyMed Second Generation, para a Agência Espacial Italiana (ASI) e o ministério da Defesa italiano. E três cargas auxiliares: Angelss, primeiro nanossatélite produzido e financiado pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) francês; Eyesat, também financiado pelo CNES; e Ops-Sat, em nome da ESA (Agência Espacial Europeia).

"O lançamento é um momento importante, uma etapa emocionante, mas o momento mágico para nós será quando os dados recolhidos chegarem", disse Didier Queloz. O que não deverá tardar, segundo a ESA, que estima "que os primeiros resultados de Cheops chegarão em alguns meses".

Depois do adiamento por dois dias, a Agência Espacial Americana (Nasa, na sigla em inglês) lançou nesta quarta-feira (18) o Satélite de Levantamento de Exoplanetas em Trânsito (Tess, na sigla em inglês), uma espaçonave especialmente dedicada à busca de exoplanetas - como são chamados os planetas que ficam fora do Sistema Solar. O lançamento foi realizado às 19h51 (horário de Brasília), na Flórida, nos Estados Unidos.

O foguete Falcon 9, da empresa espacial privada SpaceX, enviou a Tess para uma órbita entre a Lua e a Terra. A nave passará pelo menos dois anos vasculhando o céu à procura de outros planetas e determinar se algum deles tem a possibilidade de abrigar vida, de acordo com os cientistas da Nasa.

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Com o custo de US$ 200 milhões, a Tess substituirá o telescópio espacial Kepler, que está em operação desde 2009 e descobriu mais de 4,5 mil planetas em órbita em torno de estrelas distantes. Ao contrário do Kepler, cuja vida útil está chegando ao fim, a Tess terá a missão de procurar exoplanetas em estrelas mais próximas da Terra. Os cientistas estimam que a nave possa descobrir até 20 mil novos mundos.

Na busca por exoplanetas, a Tess utiliza o mesmo método adotado pelo Kepler. Na órbita da Terra, as câmeras desses instrumentos observam o céu em inúmeras direções, medindo o brilho das estrelas. Quando há um planeta na órbita de uma estrela, sua passagem diante dela causa uma redução minúscula de seu brilho - que o cientistas chamam de "trânsito".

Assim como ocorre com o Kepler, quando os instrumentos extremamente sensíveis da Tess detectarem um trânsito diante de uma estrela, ela será "marcada" para que os astrônomos possam analisá-la individualmente e decidir se ali há mesmo um candidato a exoplaneta.

Dos mais de 4,5 mil candidatos a exoplanetas identificados pelo Kepler, mais de 2,3 mil já foram confirmados. O Kepler, porém, tem seu foco fixado em uma porção do céu e aprofunda as buscas naquele trecho, encontrando planetas em distâncias imensas.

A Tess, por outro lado, buscará por estrelas de 30 a 100 vezes mais brilhantes do que as observadas pelo Kepler, em um área muito maior. A nave passará cerca de um mês com o foco em cada trecho do céu. A ideia é encontrar exoplanetas em estrelas mais próximas, que depois possam ser estudadas a fundo por telescópios localizados na Terra.

Segundo a Nasa, a órbita escolhida para a Tess, extremamente elíptica, é inédita e nunca foi tentada antes. Em sua trajetória, a nave irá tão longe como a Lua para observar os planetas e voltará para as proximidades da Terra para enviar os dados de volta. Cada órbita será completada em aproximadamente 14 dias.

A equipe do telescópio espacial Kepler da Nasa anunciou nesta segunda-feira a descoberta de 219 possíveis exoplanetas, dez deles de um tamanho similar ao da Terra, onde hipoteticamente poderia existir água em estado líquido e permitir a vida.

No total, 4.034 potenciais exoplanetas - planetas fora do Sistema Solar - foram detectados pelo Kepler até hoje, dos quais 2.335 foram confirmados por outros telescópios.

Cerca de 50 destes planetas são de um tamanho próximo ao da Terra e se encontram na zona habitável das suas estrelas, incluindo os últimos dez cuja existência foi divulgada na segunda-feira.

Mais de 30 destes exoplanetas potencialmente irmãos da Terra foram confirmados.

"Este catálogo meticuloso é o fundamento científico que permitirá responder diretamente a uma das questões mais atrativas da astronomia, que é determinar o número de planetas irmãos da Terra" na Via Láctea, explicou Susan Thompson, integrante do grupo de cientistas da equipe do Kepler e do instituto Seti, dedicado à busca de inteligência extraterrestre.

Estas últimas descobertas foram anunciadas à imprensa no âmbito da conferência "Fourth Kepler and K2 Science" que é realizada esta semana no centro de pesquisas Ames da Nasa, na Califórnia.

Nesta conferência, foi apresentada a versão final e a mais completa e detalhada do catálogo dos exoplanetas descobertos a partir de dados coletados durante quatro anos de observações desse telescópio.

O Kepler foi lançado em 2009, mas sua missão original foi finalizada inesperadamente em 2013 devido a uma falha dos seus giroscópios.

O telescópio escrutou 150.000 estrelas na constelação de Cygnus.

Uma equipe internacional de astrônomos ratificou a descoberta, nesta segunda-feira (18), através do telescópio espacial americano Kepler, de 104 exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar), dos quais quatro orbitam uma mesma estrela e poderiam ser parecidos com a Terra.

A confirmação e a definição das características desses exoplanetas foram realizadas por vários observatórios, incluindo os quatro telescópios Keck, no Havaí.

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Desde 2009, a missão espacial Kepler permitiu a descoberta de mais de 4.600 planetas, dos quais 2.326 foram confirmados. Destes, 21 se situam a uma distância considerada habitável de sua estrela, de modo que a água pode existir em estado líquido na superfície, permitindo potencialmente a existência da vida.

Esses novos planetas variam em tamanho, sendo desde menores que a Terra até maiores do que Júpiter. Todos eles orbitam próximo demais de suas respectivas estrelas, o que faz que sejam muito quentes.

Os quatro que podem ser parecidos com a Terra são entre 20% e 50% maiores do que o nosso planeta e são, aparentemente, rochosos. Como sua estrela é muito mais fria do que o sol, as superfícies de dois deles poderiam ter temperaturas similares às registradas na Terra, segundo os astrônomos.

Esse sistema estelar se encontra a 400 anos-luz do nosso planeta, acrescentaram os cientistas.

Com base em dados obtidos pelo Telescópio Espacial Kepler, a Nasa anunciou nesta terça-feira, 10, a descoberta de 1284 novos exoplanetas (planetas situados fora do Sistema Solar). O achado não tem precedentes, segundo a Nasa: de uma só vez o número de exoplanetas descobertos pelo Kepler mais que dobrou. A façanha foi possível graças a uma nova técnica estatística desenvolvida para analisar os dados obtidos pelo telescópio.

"O anúncio mais que dobra o número de planetas confirmados descobertos pelo Kepler. Isso nos dá a esperança de que em algum lugar lá fora, em torno de uma estrela parecida com o nosso Sol, nós possamos eventualmente descobrir outra Terra", disse Ellen Stofan, a cientista-chefe do quartel-general da Nasa em Washington.

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"Antes do lançamento do Telescópio Espacial Kepler, nós não sabíamos se os exoplanetas eram comuns ou raros na galáxia. Graças ao Kepler e à comunidade de pesquisa, agora sabemos que pode haver mais planetas que estrelas. Esse conhecimento delineia as missões futuras que serão necessárias para nos levar mais perto do que nunca de descobrir se estamos sozinhos no Universo", disse Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica do quartel-general da Nasa.

De acordo com a Nasa, a análise que resultou na descoberta dos novos exoplanetas foi feita a partir de um catálogo de 4302 "candidatos a planeta", isto é, potenciais planetas cujos sinais haviam sido captados pelo Kepler, mas cuja existência ainda não havia sido confirmada.

Segundo a nova análise, dos 4302 potenciais exoplanetas, 1284 foram confirmados, por apresentarem uma chance maior que 99% de serem de fato planetas - porcentual mínimo de probabilidade para que um candidato receba o status de planeta. Outros 1327 candidatos não atingiram o limite mínimo de 99% de chance de confirmação e não foram considerados planetas. Foram descartados 707 candidatos que, segundo a Nasa, provavelmente são outros tipos de fenômenos astrofísicos. A análise também validou 984 candidatos que já haviam sido verificados antes por outras técnicas.

Do conjunto de novos planetas validados, cerca de 550 podem ser planetas rochosos como a Terra - o que é possível concluir com base no tamanho deles.

Nove desses planetas rochosos têm órbitas na chamada zona habitável de suas estrelas. A zona habitável é caracterizada quando a distância entre um planeta e sua estrela é a ideal para que a superfície planetária tenha temperaturas que permitam a existência de água líquida - uma condição necessária para a existência de vida. Com os nove novos planetas, agora são conhecidos no total 21 exoplanetas na zona habitável.

Por que "candidatos"? O Kepler utiliza o método de trânsito para capturar os sinais dos planetas. Ao observar uma estrela distante, o telescópio detecta minúsculas reduções em seu brilho, caso exista um planeta em trânsito - isto é, passando diante da estrela.

Mas, como os exoplanetas não são de fato visualizados, os sinais são inicialmente catalogados como os de "candidatos a planeta". Desde a descoberta dos primeiros planetas fora do sistema solar, há mais de 20 anos, os cientistas têm sido obrigados a realizar um trabalhoso processo de análise dos candidatos, estudando-os um a um antes de confirmá-los como planetas. O novo método de análise estatística, no entanto, pode ser aplicado simultaneamente a diversos candidatos a planeta.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Astrophysical Journal. O autor principal do estudo, Timothy Morton, da Universidade de Princeton em Nova Jersey (Estados Unidos), empregou uma técnica para atribuir a cada candidato a planeta do Kepler uma probabilidade de confirmação. As técnicas estatísticas tradicionais tinham foco apenas em sub-grupos da lista de candidatos identificada pelo Kepler.

"Podemos pensar em candidatos a planeta como se fossem migalhas de pão. Se você derruba algumas migalhas grandes no chão, você pode recolhê-las uma a uma. Mas se você deixa cair um saco de migalhas pequenas, você vai precisar de uma vassoura. Essa análise estatística é a nossa vassoura", disse Morton.

Dos cerca de 5 mil candidatos a planeta descobertos até hoje, mais de 3200 foram verificados, dos quais 2325 foram descobertos pelo Kepler. O telescópio foi lançado em março de 2009 e é a primeira missão da Nasa voltada para descobrir planetas habitáveis com dimensões semelhantes às da Terra.

Os novos planetas foram descobertos graças a dados coletados pelo Kepler entre 2009 e 2013, quando o telescópio observava cerca de 150 mil estrelas em um pequeno quadrante do céu entre as constelações de Cisne e Lira, buscando sinais de trânsito de planetas.

Os telescópios não param de descobrir exoplanetas "potencialmente habitáveis", mas como ter a certeza de que realmente comportariam vida? Os astrônomos desenvolveram uma nova técnica para obter, a partir da Terra, traços de água e de outras moléculas vitais. Desde o início da década de 1990, cerca de 900 planetas que orbitam outras estrelas que não o Sol foram descobertos, de acordo com os números mais recentes da Nasa. Estatisticamente, recentes estudos estimam que eles poderiam totalizar bilhões em todo o Universo.

A maioria dos exoplanetas descobertos até agora é maior do que a Terra. Mas alguns são rochosos e localizados em áreas consideradas potencialmente habitáveis, nem muito longe nem muito perto de sua estrela. Uma área que não é nem muito quente nem muito fria para ser incompatível com a presença de água em forma líquida, condição necessária - mas não suficiente - para a existência de vida.

"Potencialmente habitável" não significa "habitado" e os meios de observação atuais são insuficientes para analisar a presença de água ou outras moléculas complexas que estão a anos-luz de distância de nós.

Mas isso talvez não dure muito tempo, não de acordo com pesquisadores que vão apresentar na sexta-feira seu mais recente estudo na conferência anual da British Royal Astronomical Society em St Andrews (Escócia). Uma equipe liderada pela Universidade holandesa de Leiden conseguiu detectar o rastro deixado no espectro luminoso por moléculas de água, sem a necessidade de telescópios ultra-poderosos.

Normalmente, os astrônomos analisam os exoplanetas medindo quanto a sua gravidade influencia a estrela em torno da qual giram. A equipe de Leiden, por sua vez, reverteu o processo ao estudar a influência gravitacional de uma estrela sobre o planeta.

E graças ao espectrógrafo de alta resolução (CRICES) equipado com o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu Austral (ESO), eles conseguiram ler os traços extremamente tênues deixados pela água de um exoplaneta (HD 189733b, localizado a 63 anos-luz e onde a temperatura é superior a 1.000° C) em sua atmosfera. Esta técnica permitiu recentemente detectar moléculas de monóxido de carbono (CO) neste exoplaneta, mas nenhuma molécula mais complexa.

"Sabíamos que isso funcionaria para moléculas simples, em comprimentos de onda mais curtos. Mas para encontrar a água, tivemos que explorar comprimentos de onda maiores, onde a atmosfera realmente começa a bloquear os sinais que nós procuramos", explicou em um comunicado Jayne Birkby, astrofísica que liderou o estudo. "Não tínhamos certeza que iríamos encontrar alguma coisa. E ficamos muito felizes quando o sinal apareceu! Isso significa que ainda podemos fazer muito mais com essa técnica", acrescentou.

Se a água (H2O) pôde ser identificada, os cientistas acreditam que isto abre caminho para rastrear outras moléculas intimamente relacionadas com a vida, tal como o oxigênio (O2) e metano (CH4), especialmente quando o telescópio gigante (E-ELT) da ESO no Chile entrar em serviço a partir de 2020.

"Na próxima década, nosso trabalho ajudará os astrônomos a refinar suas buscas por planetas semelhantes à Terra - e possivelmente por vida - em órbita em torno de outras estrelas do que a nossa", explica Jayne Birkby.

Os astrônomos do Observatório Europeu Austral (ESO) descobriram na constelação de Escorpião um sistema solar "dotado de uma zona habitável e três "super-Terras", em que as condições ambientais são compatíveis com a existência de água líquida.

Foi em torno da estrela Gliese 667C, com uma massa equivalente a um terço da de nosso Sol, que a equipe fez a descoberta, com a ajuda do instrumento HARPS, equipado com um telescópio de 3,6 metros do ESO no Chile, indica a organização em um comunicado.

O sistema de três estrelas ao qual pertence a Gliese 667C é amplamente estudado por cientistas. Ele está nas imediações do nosso Sistema Solar (22 anos-luz), e também é surpreendentemente similar ao nosso.

Representa, portanto, um excelente candidato para a descoberta de planetas potencialmente habitáveis. "Sabíamos, a partir de estudos anteriores, que a estrela (Gliese 667C) estava cercada por três planetas, por isso queríamos verificar a possível existência de outros planetas", explica Mikko Tuomi da Universidade britânica de Hertfordshire.

"Ao adicionar novas observações e revisitar os dados existentes, fomos capazes de confirmar a existência destes três corpos e descobrir novos", acrescenta. No total, os astrônomos identificaram pelo menos cinco planetas, e dois outros devem ser ainda confirmados.

O sistema é composto de três "super-Terras", com maior massa do que a Terra, mas menores que os gigantes Urano e Netuno, e são "provavelmente rochosos". Eles também ocupam a zona habitável da estrela, uma faixa em torno da estrela em que a água pode estar presente sob a forma líquida, se as condições forem adequadas. E, consequentemente, passível de ter qualquer forma de vida. "Esta é a primeira vez que três planetas deste tipo são identificados nesta área no mesmo sistema", indica o ESO.

Um resultado muito animador para os astrônomos. "Porque sabemos agora que precisamos observar uma única estrela para descobrir mais planetas, antes do que observar dez estrelas à procura de um planeta potencialmente habitável", disse Rory Barnes, da Universidade de Washington e co-autor do estudo.

Os três planetas habitáveis "têm, provavelmente, a mesma face voltada para a estrela, de modo que a duração do dia iguala a dos seus anos, sendo um dos lados permanentemente iluminado e o outro no escuro", explica o comunicado.

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