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A existência de planetas com mais de um sol pode ser comum na ficção, a exemplo de Tatooine em Star Wars, mas na vida real, nem tanto. Apesar disso, uma pesquisa recente revelou a descoberta do BEBOP-1c, um exoplaneta rodeado por dois sóis.

Encontrado fora do nosso Sistema Solar, BEBOP-1c é um gigante gasoso com cerca de 65 vezes a massa da Terra e que leva aproximadamente 215 dias para completar uma viagem ao redor de seus sóis.

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A descoberta é de grande importância, pois torna o BEBOP-1c o primeiro planeta circumbinário, que gira em torno de ambas as estrelas, detectado apenas com a técnica de “velocidade radial”, como explica o principal autor do estudo Matthew Standing, astrofísico da Open University, na Inglaterra:

“Até agora, planetas circumbinários foram descobertos em trânsito pelos telescópios espaciais Kepler e TESS, que custaram centenas de milhões de dólares. Esta nova descoberta é poderosa porque mostra que ‘você não precisa de telescópios espaciais caros para detectar esses planetas’. Em vez disso, eles também podem ser descobertos usando a técnica de velocidade radial, a partir de telescópios terrestres com planejamento cuidadoso e seleção de alvos.”

Segundo o pesquisador, as pesquisas sobre o BEBOP-1c continuarão, com o objetivo de confirmar o tamanho do exoplaneta.

 

 

No espaço desde 2022, o telescópio espacial James Webb confirmou a presença de um exoplaneta quase do tamanho da Terra, a 41 anos-luz do nosso planeta. O corpo celeste foi categorizado como LHS 475 b e os primeiros estudos foram divulgados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12) (via ESA).

A definição “exoplaneta” corresponde aos planetas localizados fora do nosso Sistema Solar. As leituras fornecidas pelo James Webb revelam que o LHS 475 b completa uma órbita ao redor da sua estrela em apenas dois dias, e está mais próxima da estrela própria do que qualquer planeta em relação ao nosso Sol.

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Diretor da divisão de astrofísica da NASA, Mark Clampin explica a importância da descoberta:

“Esses primeiros resultados observacionais de um planeta rochoso de tamanho similar à Terra abrem as portas para muitas possibilidades de estudos desses corpos celestes com o Webb. O telescópio nos deixa cada vez mais próximos de entender novos mundos fora do nosso Sistema Solar, e a missão está apenas começando.”

Os cientistas agora trabalham para estudar a fundo as leituras apresentadas pelo Webb, que podem revelar detalhes da formação do novo planeta, além da presença ou não de uma atmosfera.

 

O telescópio espacial James Webb detectou pela primeira vez a presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera de um exoplaneta, um planeta fora do nosso sistema solar. A descoberta demonstra suas imensas capacidades e entusiasma os cientistas.

O planeta em questão é um gigante gasoso e quente onde a vida tal como conhecemos seria impossível, mas o novo achado indica que essas observações também podem ocorrer em planetas rochosos - com o objetivo final de determinar se algum deles tem condições favoráveis à vida.

“Para mim, é uma porta que se abre para estudos futuros de super Terras, inclusive de Terras”, declarou nesta quinta-feira (25) à AFP o astrofísico Pierre-Olivier Lagage, do Comissariado da Energia Atômica (CEA), um dos três coautores desses trabalhos publicados na revista científica Nature.

“Meu primeiro pensamento: uau, realmente temos a possibilidade de detectar as atmosferas de planetas do porte da Terra”, comentou no Twitter a professora de astrofísica Natalie Batalha, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.

Além disso, a identificação de CO2 permitirá aprender mais sobre a formação desse planeta, chamado WASP-39b, descoberto em 2011, explicou a Nasa. Localizado a 700 anos-luz, o planeta tem cerca de um quarto da massa de Júpiter e está muito próximo de seu sol.

Esse planeta foi selecionado a partir de vários critérios que faziam sua observação mais fácil enquanto os cientistas ainda avaliam as capacidades do telescópio, que revelou suas primeiras imagens há menos de dois meses.

O WASP-39b passa periodicamente em frente a seu sol, com uma órbita de quatro dias.

Para suas observações, o James Webb usa o método dos trânsitos, ou seja, quando o planeta passa diante de sua estrela, o telescópio capta a ínfima variação de luminosidade resultante.

Em seguida, analisa a luz “filtrada” por meio da atmosfera do planeta. As diferentes moléculas presentes na atmosfera deixam marcas específicas que permitem determinar sua composição.

Os telescópios Hubble e Spitzer já haviam detectado vapor de água, sódio e potássio na atmosfera desse planeta, mas o James Webb pode ir mais longe graças a sua enorme sensibilidade à luz infravermelha.

No comunicado da Nasa, Zafar Rustamkulov, da Universidade Johns Hopkins, comenta o que sentiu quando a presença de CO2 foi claramente estabelecida: “Foi um momento especial, alcançar um ponto de inflexão na ciência dos exoplanetas”.

Após divulgar a primeira imagem capturada pelo telescópio James Webb, a Nasa revelou novas imagens nesta terça-feira (12), que mostram registros de uma assinatura de água em um exoplaneta descoberto.

De acordo com a Agência Espacial, o telescópio registrou um exoplaneta a 1.150 anos-luz de distância da Terra, orbitando uma estrela semelhante ao Sol. Além da assinatura de água, existem também indícios de nuvens e neblina na atmosfera do planeta gasoso, conhecido até então como WASP 96-b.

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Outra imagem feita pelo James Webb, disponível nas redes da Nasa, mostra uma região conhecida informalmente como Nebulosa do Anel Sul, que se localiza a 2.500 anos-luz de distância. O registro captura uma estrela que morreu e ficou envolta em camadas de poeira e luz.

Segundo a Nasa, o novo registro possível pelo James Webb nos ajudará a entender quais moléculas ficam presentes nas camadas de gás e poeiras em eventos como este.

O telescópio foi lançado ao espaço no final de 2021, porém, só agora em abril ele completou sua fase de alinhamento e se tornou operacional. O James Webb conta com 18 espelhos que totalizam mais de 6,4 m de largura, instrumento mais potente e que pode ser ferramenta para a ciência encarar os mistérios que se escondem nos cantos afastados de nossa galáxia.

O projeto do telescópio foi concebido como sucessor do Hubble, que se aposentou após décadas vagando pelo espaço. Apenas a fase de desenvolvimento do telescópio durou mais de 20 anos, tendo começado em 1996.

Por Matheus Maio.

Em comunicado oficial divulgado nesta semana, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) anunciou que cientistas detectaram sinais de um exoplaneta na órbita de uma estrela fora da Via Láctea. Esta pode ser a primeira evidência na história de um planeta fora da nossa galáxia. A descoberta foi realizada pelo telescópio de raios-x conhecido como Chandra, que está na órbita da Terra, a 105 km de altitude.

Vale lembrar que, para ser considerado exoplaneta, o corpo celeste precisa estar na órbita de outra estrela que não seja o sol, e este é o caso, já que  ele está localizado na galáxia espiral Messier 51 (M51). Até o momento, todos os exoplanetas que haviam sido descobertos estavam dentro da Via Láctea, a cerca de três mil anos-luz da Terra, já este, tem distância de aproximadamente 28 milhões de anos-luz.

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A observação pôde ser realizada por meio da queda de brilho de raios-x, que normalmente são emitidos por estrelas de nêutron ou por um buraco negro, e assim, a partir do momento que um corpo celeste passa entre o telescópio e os emissores, a queda do registro de raios-x leva a acreditar que apenas um exoplaneta pode ser o responsável, já que cometas e meteoros não orbitam em volta de estrelas.

De acordo com a professora de astronomia do Centro de Astrofísica de Harvard e uma das responsáveis pela pesquisa na agência norte-americana, Rosanne Di Stefano, toda a corporação está em estudo e em busca de outros mundos, procurando candidatos e possíveis planetas seguindo as possibilidades de ondas raios-x, que permitem descobrir diversos corpos celestes em outras galáxias, além da nossa.

Um novo planeta entrou nesta quarta-feira no restrito círculo de astros capazes de abrigar sinais de vida fora do sistema solar.

"Não poderíamos sonhar com um candidato melhor para iniciar uma das maiores investigações da ciência: a busca de provas de vida fora da Terra", afirmou Jason Dittmann, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics de Cambridge (Estados Unidos), coautor de um estudo publicado na revista científica Nature.

O exoplaneta, batizado LHS 1140b, foi descoberto em volta de uma estrela da constelação Cetus, situada a cerca de 40 anos-luz da Terra (um ano-luz equivale a 9,460 trilhões de km).

Apesar de não ser o primeiro "primo" da Terra que os astrônomos descobrem, o LHS 1140b "tem vantagens", segundo Xavier Bonfils, astrônomo do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) francês no Observatório de Ciências do Universo de Grenoble (leste).

O exoplaneta orbita na zona habitável da sua estrela, ou seja, está "a uma distância da sua estrela que permite a presença de água líquida na sua superfície, o que é indispensável para a vida", explica Jason Dittmann.

Dos milhares de exoplanetas detectados até agora, apenas algumas dezenas se encontram, como o LHS 1140b, em uma zona habitável.

Outra vantagem do LHS 1140b é que sua estrela anfitriã é muito luminosa e sua órbita está corretamente inclinada no céu em relação a nós. A cada 25 dias, ao transitar diante da sua estrela, projeta uma sombra que pode ser bem observada a partir da Terra.

Os astrônomos, que se basearam nas observações do espectógrafo Harps, instalado em um telescópio do ESO (Observatório Europeu Austral) no Chile, puderam definir o raio e a massa do LHS 1140b.

Seu raio mede quase uma vez e meia o da Terra, e sua massa é seis vezes maior que a do nosso planeta. Os astrônomos deduziram que o exoplaneta é rochoso, como o nosso.

Para encontrar vida, os cientistas procuram planetas similares à Terra.

Em fevereiro, cientistas anunciaram a descoberta de sete planetas do tamanho da Terra, dos quais três poderiam abrigar oceanos de água líquida, orbitando uma estrela-anã TRAPPIST-1.

Os cientistas aguardam impacientes o lançamento, previsto para outubro de 2018, do telescópio espacial James Webb (JWST), cem vezes mais potente que o Hubble, que permitirá estudar esses exoplanetas e descobrir se possuem atmosfera.

Depois, deverão definir se estas atmosferas contêm rastros de oxigênio, outro elemento essencial para a vida como a conhecemos.

Cientistas estão preparando o anúncio da descoberta de um novo planeta na nossa vizinhança galáctica, que acreditam ser parecido com a Terra e que orbita sua estrela a uma distância que poderia favorecer a presença de vida, noticiou nesta sexta-feira o semanário alemão Der Spiegel.

O novo exoplaneta orbita uma estrela muito pesquisada chamada Proxima Centauri, a mais próxima ao Sistema Solar, que é parte do sistema Alpha Centauri e pode ser vista desde o hemisfério sul, segundo a revista, citando fontes anônimas.

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"Acredita-se que o planeta, que ainda não tem nome, seja parecido com a Terra", destaca a revista, acrescentando que este "orbita a Proxima Centauri a uma distância que poderia permitir a presença de água líquida na sua superfície - uma condição necessária para a existência de vida".

"Nunca antes os cientistas tinham descoberto uma segunda Terra tão perto", informa o texto, acrescentando que o Observatório Europeu Austral (ESO) anunciará a descoberta no final de agosto.

Richard Hook, porta-voz do ESO, disse à AFP que está ciente da publicação do artículo, mas se negou a confirmar ou desmentir a informação. "Não estamos fazendo comentários", afirmou.

"Encontrar um corpo celeste é um trabalho muito difícil", declarou ao semanário um astrofísico que pediu para não ser identificado. "Estamos nos limites do que é tecnicamente possível medir", disse.

A Nasa anunciou a descoberta de novos planetas em outras ocasiões, mas a maioria deles eram ou muito quentes ou muito frios para abrigar água em estado líquido, ou eram feitos de gás, como Júpiter e Netuno, em vez de rocha, como a Terra ou Marte.

No ano passado, a agência espacial americana anunciou um exoplaneta que descreveu como o "gêmeo mais parecido" da Terra.

Chamado Kepler 452b, o planeta é cerca de 60% maior que a Terra e poderia ter vulcões ativos, oceanos, luz do sol como a nossa, duas vezes mais gravidade e um ano que dura 385 dias.

O Kepler 452b está, porém, situado a 1.400 anos-luz de distância da Terra, de modo que a humanidade tem pouca esperança de alcançá-lo no futuro próximo.

Em comparação, o exoplaneta que orbita a Proxima Centauri, se confirmado, está a apenas 4,24 anos-luz de distância.

Apesar disso, viajar até esta estrela não está ao alcance dos humanos, pelo menos não com a geração atual de foguetes espaciais.

Segundo a página do Centro Espacial Goddard, da Nasa, a estrela está a uma distância 271.000 vezes maior que a que há entre a Terra e o Sol.

O maior exoplaneta (planeta fora do sistema solar) já descoberto gira em torno de duas estrelas, a uma distância que faz com que seja potencialmente habitável, anunciaram cientistas na segunda-feira.

A equipe de astrônomos da Nasa que fez a descoberta usando o telescópio orbital americano Kepler anunciou as conclusões na conferência da Sociedade Astronômica Americana, que acontece nesta semana em San Diego, no estado da Califórnia.

Este exoplaneta circumbinário (que orbita duas estrelas) e gasoso do tamanho de Júpiter, batizado Kepler-1647b, também conta com a maior órbita para este tipo de planeta, girando em torno a essas duas estrelas em 1.107 dias, ou pouco mais que três anos terrestres.

Trata-se do 11º exoplaneta circumbinário descoberto desde 2005. Estes planetas são às vezes chamados de "Tatooines", em referência ao planeta onde cresceu o personagem Luke Skywalker, da saga Star Wars.

O Kepler-1647b está mais afastado das suas duas estrelas do que qualquer outro planeta circumbinário conhecido, em uma órbita que "o coloca dentro da chamada zona habitável", segundo um comunicado da Universidade Estatal de San Diego.

Em teoria, isso significa que o planeta não é nem muito quente, nem muito frio para ser habitável para humanos e para que possa existir água em estado líquido. Porém, tratando-se de um planeta gasoso, é pouco provável que a vida possa se desenvolver nele, mas esta poderia surgir possivelmente em alguma das suas luas.

O Kepler-1647b tem 4,4 bilhões de anos de idade e se encontra na constelação de Cygnus, a 3.700 anos-luz (um ano-luz equivale a 9,4 trilhões de quilômetros) da Terra. As duas estrelas são similares ao sol, sendo que uma delas é ligeiramente maior e a outra um pouco menor que o nosso astro, informaram os astrônomos, cuja descoberta foi aceita para ser publicada na revista científica Astrophysical Journal.

Os cientistas conseguem detectar os exoplanetas quando estes passam na frente das suas estrelas, o que provoca uma diminuição passageira da luminosidade. Este fenômeno, chamado de trânsito astronômico, permite deduzir a massa do planeta e a distância a que ele está da sua estrela.

"Mas encontrar exoplanetas circumbinários é muito mais difícil", disse William Welsh, astrônomo da Universidade Estatal de San Diego e um dos autores da descoberta. "A passagem do planeta diante das duas estrelas não é regularmente espaçada e portanto sua duração pode variar", afirmou Welsh.

Uma vez que um candidato a exoplaneta é descoberto, os astrônomos utilizam sofisticados programas informáticos para determinar se efetivamente se trata de um planeta, um processo que pode ser longo e difícil.

O astrônomo Laurance Doyle, do Instituto SETI - cuja missão é "buscar inteligência extraterrestre" - observou o trânsito do Kepler-1647b pela primeira vez em 2011.

Os cientistas levaram, porém, vários anos coletando e analisando dados adicionais para confirmar que se tratava, de fato, de um exoplaneta circumbinário.

Astrônomos descobriram pela primeira vez um exoplaneta que gira ao redor de um sol idêntico ao da Terra, usando o buscador de planetas 'Harps' do observatório La Silla, no norte do Chile, informou nesta quarta-feira o Observatório Europeu Austral (ESO).

Os especialistas descobriram três exoplanetas em um cúmulo estelar denominado Messier 67, que contém 500 estrelas, situado a 2.500 anos-luz da Terra na constelação de Câncer e um destes corpos mostrou a particularidade de orbitar um Sol muito similar ao da Terra.

"Comprovou-se que o primeiro desses planetas estava orbitando uma estrela notável, um dos gêmeos solares mais idênticos destacados até agora e que é praticamente idêntico ao sol. É o primeiro gêmeo solar em um cúmulo descoberto contendo um planeta", destacou o comunicado o ESO.

Até agora tinha sido quase impossível encontrar planetas neste tipo de cúmulos, razão pela qual este novo estudo "contrasta com trabalhos anteriores que não conseguiram encontrar planetas em cúmulos", destacou a nota.

Para chegar a esta descoberta inédita, os astrônomos usaram em plena capacidade o instrumento buscador de planetas HARPS, do Telescópio de 3,6 metros da ESO, no Observatório La Silla, cujos resultados tiveram como base observações feitas na França e nos Estados Unidos.

"Foram monitoradas cuidadosamente 88 estrelas selecionadas em Messier 67 durante um período de seis anos para observar os pequeníssimos movimentos indicadores de aproximação e distanciamento da Terra, que revelam a presença de planetas orbitando", indicou o ESO no comunicado.

O Observatório La Silla do ESO se situa na cidade de La Serena, 500 km ao norte de Santiago, uma região privilegiada para a atividade astronômica.

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